MARCHINHAS DE CARNAVAL
Na festa de carnaval não pode faltar
uma boa música.
Pense em um repertório e desenvolva
bandas rítmicas com instrumentos de percussão e outros materiais sonoros.
Improvisarem movimentos sugeridos pelo ritmo rico e contagiante do Carnaval
Brasileiro.Cada turma pode ter um "bloco", com suas fantasias iguais
e música, bem como um instrumento que tocará durante a sua apresentação.As
turminhas desfilam umas para as outras e depois comemoram com muitas
guloseimas, bastante água e música até o final.
TURMA
DO FUNIL
Chegou a turma do funil
Todo mundo bebe
Mas ninguém dorme no ponto
Aí, aí, ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos e eles que ficam tontos
Eu bebo, sem compromisso,
com meu dinheiro, ninguém tem nada com isso
Aonde houver garrafa, aonde houver barril
Presente está a turma do funil
Chegou a turma do funil
Todo mundo bebe
Mas ninguém dorme no ponto
Aí, aí, ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos e eles que ficam tontos
Eu bebo, sem compromisso,
com meu dinheiro, ninguém tem nada com isso
Aonde houver garrafa, aonde houver barril
Presente está a turma do funil
TOURADAS EM MADRI
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1937)
Eu fui às touradas em Madri
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri beijar Ceci
Eu conheci uma espanhola natural da Catalunha
Queria que eu tocasse castanhola e pegasse touro à unha
Caramba caracoles sou do samba não me amoles
Por Brasil eu vou fugir
Isto é conversa mole para boi dormir
VACA AMARELA
(Lamartine Babo/Carlos Netto, 1938)
A vaca amarela pulou a janela
Mexeu, tanto mexeu
Que até quebrou a tal tigela
A minha casa tem quintal pro morro
Com um bangalô que eu fiz pro meu cachorro
Do lado esquerdo tem uma cancela
Toda escangalhada pela tal vaca amarela
Dizem que a vaca veio da montanha
Veio de Minas, lá do Mar de Espanha
Vaca espanhola natural de Minas
Que na Catalunha cata boi com serpentina
VAI COM JEITO
(Braguinha, 1956)
Vai com jeito vai
Se não um dia a casa cai (menina)
Se alguém te convidar
Pra tomar banho em Paquetá
Pra piquenique na Barra da Tijuca
Ou pra fazer um programa no Joá
Menina...
VÍRGULA
(Alberto Ribeiro-Erastótenes Frazão)
Teu amor é fatal - vírgula
Qual mulher sensacional - ponto e vírgula
Queres dar teu coração - interrogação
Que pecado original - exclamação
Teu amor é fatal - vírgula
Qual mulher sensacional - ponto e vírgula
Queres dar teu coração mas comigo não
Ponto final
Teu amor entre aspas
Já consegui descrever
Reticências reticências
Agora adivinhe o que eu quero dizer
YES, NÓS TEMOS BANANAS
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1937)
Yes, nós temos bananas
Bananas pra dar e vender
Banana menina tem vitamina
Banana engorda e faz crescer
Vai para a França o café, pois é
Para o Japão o algodão, pois não
Pro mundo inteiro, homem ou mulher
Bananas para quem quiser
Mate para o Paraguai
Ouro do bolso da gente não sai
Somos da crise, se ela vier
Bananas para quem quiser
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1937)
Eu fui às touradas em Madri
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri beijar Ceci
Eu conheci uma espanhola natural da Catalunha
Queria que eu tocasse castanhola e pegasse touro à unha
Caramba caracoles sou do samba não me amoles
Por Brasil eu vou fugir
Isto é conversa mole para boi dormir
VACA AMARELA
(Lamartine Babo/Carlos Netto, 1938)
A vaca amarela pulou a janela
Mexeu, tanto mexeu
Que até quebrou a tal tigela
A minha casa tem quintal pro morro
Com um bangalô que eu fiz pro meu cachorro
Do lado esquerdo tem uma cancela
Toda escangalhada pela tal vaca amarela
Dizem que a vaca veio da montanha
Veio de Minas, lá do Mar de Espanha
Vaca espanhola natural de Minas
Que na Catalunha cata boi com serpentina
VAI COM JEITO
(Braguinha, 1956)
Vai com jeito vai
Se não um dia a casa cai (menina)
Se alguém te convidar
Pra tomar banho em Paquetá
Pra piquenique na Barra da Tijuca
Ou pra fazer um programa no Joá
Menina...
VÍRGULA
(Alberto Ribeiro-Erastótenes Frazão)
Teu amor é fatal - vírgula
Qual mulher sensacional - ponto e vírgula
Queres dar teu coração - interrogação
Que pecado original - exclamação
Teu amor é fatal - vírgula
Qual mulher sensacional - ponto e vírgula
Queres dar teu coração mas comigo não
Ponto final
Teu amor entre aspas
Já consegui descrever
Reticências reticências
Agora adivinhe o que eu quero dizer
YES, NÓS TEMOS BANANAS
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1937)
Yes, nós temos bananas
Bananas pra dar e vender
Banana menina tem vitamina
Banana engorda e faz crescer
Vai para a França o café, pois é
Para o Japão o algodão, pois não
Pro mundo inteiro, homem ou mulher
Bananas para quem quiser
Mate para o Paraguai
Ouro do bolso da gente não sai
Somos da crise, se ela vier
Bananas para quem quiser
ABRE ALAS
(Chiquinha Gonzaga, 1899)
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar
ALLAH-LÁ-Ô
(Haroldo Lobo-Nássara, 1940)
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara
Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah
APAGA A VELA
(Braguinha, 1941)
Bela, bela
Já não posso resistir
Apaga a vela, ó bela
Apaga que eu quero dormir
Apaga também os teus olhos
Teus olhos enormes de brilho azulado
Não passes a noite falando
Que eu ando com o sonho atrasado
AURORA
(Mário Lago-Roberto Roberti, 1940)
Se você fosse sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô Aurora
Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora
BALANCÊ
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936)
Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê
Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê
Você foi minha cartilha
Você foi meu ABC
E por isso eu sou a maior maravilha
No balancê balancê
Eu levo a vida pensando
Pensando só em você
E o tempo passa e eu vou me acabando
No balancê balancê
BANDEIRA BRANCA
(Max Nunes-Laércio Alves, 1969)
Bandeira branca amor
Não posso mais
Pela saudade que me invade
Eu peço paz
Saudade mal de amor de amor
saudade dor que dói demais
Vem meu amor
Bandeira branca eu peço paz
CABELEIRA DO ZEZÉ
(João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963)
Olha a cabeleira do zezé
Será que ele é
Será que ele é
Será que ele é bossa nova
Será que ele é maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é
Corta o cabelo dele!
Corta o cabelo dele!
CACHAÇA
(Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953)
Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça
CAN CAN
Tem francesinha no salão
Tem francesinha no cordão
Ela é um sonho de mulher
Vem do folies bergères
Uh lá lá trés bien!
Maestro ataca o can can!
CHIK CHIK BUM
(Antônio Almeida, 1941)
Chik chik chik chik chik bum!
Chik chik chik chik chik bum!
Pare o bonde, pare o bonde
Que inda vai entrar mais um
Quando eu pego o bonde errado
Vou até o fim da linha
E pra desfarçar as mágoas
Vou tocando a campainha
Outro dia eu distraí
Passeando com meu bem
Peguei o estrada de ferro
Pensando que fosse um trem
CHIQUITA BACANA
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1949)
Chiquita bacana lá da Martinica
Se veste com uma casa de banana nanica
Não usa vestido, oi! não usa calção
Inverno pra ela é pleno verão
Existencialista com toda razão
Só faz o que manda o seu coração, ôi!
CHUVA SUOR E CERVEJA
(Caetano Veloso, 1971)
Não se perca de mim
Não se esqueça de mim
Não desapareça
A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrô molhado
E vamos embolar
Ladeira abaixo
Acho que a chuva
Ajuda a gente a se ver
Venha veja deixa beija seja
O que Deus quiser
A gente se embala, se embola
Se enrola, só pára
Na porta da igreja
A gente se olha
Se beija, se molha
De chuva suor e cerveja
COLOMBINA IÊ IÊ IÊ
(João Roberto Kelly/David Nasser-1966)
Colombina onde vai você
Eu vou dançar o iê iê iê
A gangue só me chama de palhaço (é a mãe!)
Palhaço (é a mãe!)
Palhaço (é a mãe!)
E a minha colombina que é você
Só quer saber de iê iê iê
CIDADE MARAVILHOSA
(André Filho, 1934)
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n'alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente
Jardim florido de amor e saudade
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz
EVOCAÇÃO Nº 1
(Nelson Ferreira, 1956)
Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon
Cadê teus blocos famosos
Bloco das Flores, Andaluzas, Pirilampos, Apôs-Fum
Dos carnavais saudosos
Na alta madrugada
O coro entoava
Do bloco a marcha-regresso
E era o sucesso dos tempos ideais
Do velho Raul Moraes
Adeus adeus minha gente
Que já cantamos bastante
E Recife adormecia
Ficava a sonhar
Ao som da triste melodia
ÍNDIO QUER APITO
(Haroldo Lobo-Milton de Oliveira, 1960)
Ê ê ê ê ê índio quer apito
Se não der pau vai comer
Lá no bananal mulher de branco
Levou pra pra índio colar esquisito
Índio viu presente mais bonito
Eu não quer colar
Índio quer apito
A FILHA DA CHIQUITA BACANA
(Caetano Veloso, 1975)
Eu sou a filha
Da chiquita bacana
Nunca entro em cana
Porque sou família demais
Puxei à mamãe
Não caio em armadilha
E distribuo banana
Com os animais
Na minha ilha iê iê iê
Que maravilha iê iê iê
Eu transo todas
Sem perder o tom
E a quadrilha toda grita
Iê iê iê
Viva a filha da chiquita
Iê iê iê
Entrei pro women's liberation front
FLOR TROPICAL
(Ary Barroso -1950)
Foram lá fora buscar
Como atração singular
Dona Chiquita da Martinica
E a espanhola de xale e castanhola
Mas morena trigueira
Que tem diploma e cartaz
Pôs a Chiquita e a espanhola
No chinelo pra nunca mais
Ó morena moreninha
Flor do jardim tropical
És de direito e de fato
A rainha do meu carnaval
GRAU DEZ
(Lamartine Babo-Ary Barroso, 1935)
Yo te quiero
A vitória há de ser tua, tua, tua
Morenininha prosa
Lá no céu a própria lua, lua, lua
Não é mais formosa
Rainha da cabeça aos pés
Morena eu te dou grau dez!
O inglês diz "yes, my baby"
O alemão diz "iá, corração"
O Francês diz "bonjour, mon amour"
Très bien! Très bien! Très bien!
O argentino ao te ver tão bonita
Toca um tango e só diz "Milonguita"
O chinês diz que diz, mas não diz
Pede bi! Pede bis! Pede bis!
Yo te quiero
IAIÁ BONECA
(Ari Barroso-1940)
Depois da jardineira que chorando sumiu
Num dia do outro carnaval
Depois da tirolesa que cantando fugiu
Deixando todo mundo mal
Chegou a vez de dominar
Imperar como rainha de encantos sem par
Iaiá Boneca a brasileirinha emoção
Dona do meu coração
Ai ai como é bonita
Ai ai como é formosa
Ai ai Iaiá boneca é um botão de rosa
Iaiá me dá uma esmolinha
Dos beijos teus pelo amor de deus
Iaiá me dá uma esmolinha
Dos beijos teus pelo amor de deus
(Chiquinha Gonzaga, 1899)
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar
ALLAH-LÁ-Ô
(Haroldo Lobo-Nássara, 1940)
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara
Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah
APAGA A VELA
(Braguinha, 1941)
Bela, bela
Já não posso resistir
Apaga a vela, ó bela
Apaga que eu quero dormir
Apaga também os teus olhos
Teus olhos enormes de brilho azulado
Não passes a noite falando
Que eu ando com o sonho atrasado
AURORA
(Mário Lago-Roberto Roberti, 1940)
Se você fosse sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô Aurora
Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora
BALANCÊ
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936)
Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê
Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê
Você foi minha cartilha
Você foi meu ABC
E por isso eu sou a maior maravilha
No balancê balancê
Eu levo a vida pensando
Pensando só em você
E o tempo passa e eu vou me acabando
No balancê balancê
BANDEIRA BRANCA
(Max Nunes-Laércio Alves, 1969)
Bandeira branca amor
Não posso mais
Pela saudade que me invade
Eu peço paz
Saudade mal de amor de amor
saudade dor que dói demais
Vem meu amor
Bandeira branca eu peço paz
CABELEIRA DO ZEZÉ
(João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963)
Olha a cabeleira do zezé
Será que ele é
Será que ele é
Será que ele é bossa nova
Será que ele é maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é
Corta o cabelo dele!
Corta o cabelo dele!
CACHAÇA
(Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953)
Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça
CAN CAN
Tem francesinha no salão
Tem francesinha no cordão
Ela é um sonho de mulher
Vem do folies bergères
Uh lá lá trés bien!
Maestro ataca o can can!
CHIK CHIK BUM
(Antônio Almeida, 1941)
Chik chik chik chik chik bum!
Chik chik chik chik chik bum!
Pare o bonde, pare o bonde
Que inda vai entrar mais um
Quando eu pego o bonde errado
Vou até o fim da linha
E pra desfarçar as mágoas
Vou tocando a campainha
Outro dia eu distraí
Passeando com meu bem
Peguei o estrada de ferro
Pensando que fosse um trem
CHIQUITA BACANA
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1949)
Chiquita bacana lá da Martinica
Se veste com uma casa de banana nanica
Não usa vestido, oi! não usa calção
Inverno pra ela é pleno verão
Existencialista com toda razão
Só faz o que manda o seu coração, ôi!
CHUVA SUOR E CERVEJA
(Caetano Veloso, 1971)
Não se perca de mim
Não se esqueça de mim
Não desapareça
A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrô molhado
E vamos embolar
Ladeira abaixo
Acho que a chuva
Ajuda a gente a se ver
Venha veja deixa beija seja
O que Deus quiser
A gente se embala, se embola
Se enrola, só pára
Na porta da igreja
A gente se olha
Se beija, se molha
De chuva suor e cerveja
COLOMBINA IÊ IÊ IÊ
(João Roberto Kelly/David Nasser-1966)
Colombina onde vai você
Eu vou dançar o iê iê iê
A gangue só me chama de palhaço (é a mãe!)
Palhaço (é a mãe!)
Palhaço (é a mãe!)
E a minha colombina que é você
Só quer saber de iê iê iê
CIDADE MARAVILHOSA
(André Filho, 1934)
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n'alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente
Jardim florido de amor e saudade
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz
EVOCAÇÃO Nº 1
(Nelson Ferreira, 1956)
Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon
Cadê teus blocos famosos
Bloco das Flores, Andaluzas, Pirilampos, Apôs-Fum
Dos carnavais saudosos
Na alta madrugada
O coro entoava
Do bloco a marcha-regresso
E era o sucesso dos tempos ideais
Do velho Raul Moraes
Adeus adeus minha gente
Que já cantamos bastante
E Recife adormecia
Ficava a sonhar
Ao som da triste melodia
ÍNDIO QUER APITO
(Haroldo Lobo-Milton de Oliveira, 1960)
Ê ê ê ê ê índio quer apito
Se não der pau vai comer
Lá no bananal mulher de branco
Levou pra pra índio colar esquisito
Índio viu presente mais bonito
Eu não quer colar
Índio quer apito
A FILHA DA CHIQUITA BACANA
(Caetano Veloso, 1975)
Eu sou a filha
Da chiquita bacana
Nunca entro em cana
Porque sou família demais
Puxei à mamãe
Não caio em armadilha
E distribuo banana
Com os animais
Na minha ilha iê iê iê
Que maravilha iê iê iê
Eu transo todas
Sem perder o tom
E a quadrilha toda grita
Iê iê iê
Viva a filha da chiquita
Iê iê iê
Entrei pro women's liberation front
FLOR TROPICAL
(Ary Barroso -1950)
Foram lá fora buscar
Como atração singular
Dona Chiquita da Martinica
E a espanhola de xale e castanhola
Mas morena trigueira
Que tem diploma e cartaz
Pôs a Chiquita e a espanhola
No chinelo pra nunca mais
Ó morena moreninha
Flor do jardim tropical
És de direito e de fato
A rainha do meu carnaval
GRAU DEZ
(Lamartine Babo-Ary Barroso, 1935)
Yo te quiero
A vitória há de ser tua, tua, tua
Morenininha prosa
Lá no céu a própria lua, lua, lua
Não é mais formosa
Rainha da cabeça aos pés
Morena eu te dou grau dez!
O inglês diz "yes, my baby"
O alemão diz "iá, corração"
O Francês diz "bonjour, mon amour"
Très bien! Très bien! Très bien!
O argentino ao te ver tão bonita
Toca um tango e só diz "Milonguita"
O chinês diz que diz, mas não diz
Pede bi! Pede bis! Pede bis!
Yo te quiero
IAIÁ BONECA
(Ari Barroso-1940)
Depois da jardineira que chorando sumiu
Num dia do outro carnaval
Depois da tirolesa que cantando fugiu
Deixando todo mundo mal
Chegou a vez de dominar
Imperar como rainha de encantos sem par
Iaiá Boneca a brasileirinha emoção
Dona do meu coração
Ai ai como é bonita
Ai ai como é formosa
Ai ai Iaiá boneca é um botão de rosa
Iaiá me dá uma esmolinha
Dos beijos teus pelo amor de deus
Iaiá me dá uma esmolinha
Dos beijos teus pelo amor de deus
(Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938)
Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu
Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu
JOUJOUX E BALAGANDÃS
(Lamartine Babo, 1939)
Joujoux, joujoux? Que é meu balagandã?
Aqui estou eu Aí estás tu
Minha joujoux Meu balagandã
Nós dois Depois
O sol do amor que manhãs
De braços dados Dois namorados
Já sei Joujoux Balagandãs
Seja em Paris Ou nos Brasis
Mesmo distantes Somos constantes
Tudo nos une Que coisa rara
No amor nada nos separa
LINDA LOURINHA
(Braguinha, 1933)
Lourinha, lourinha
Dos olhos claros de cristal
Desta vez em vez da moreninha
Serás a rainha do meu carnaval
Loura boneca
Que vens de outra terra
Que vens da Inglaterra
Ou que vens de Paris
Quero te dar
O meu amor mais quente
Do que o sol ardente
Deste meu país
Linda loirinha
Tens o olhar tão claro
Deste azul tão raro
Como um céu de anil
Mas as tuas faces
Vão ficar morenas
Como as das pequenas
Deste meu Brasil
LINDA MORENA
(Lamartine Babo, 1932)
Linda morena, morena
Morena que me faz penar
A lua cheia que tanto brilha
Não brilha tanto quanto o teu olhar
Tu és morena uma ótima pequena
Não há branco que não perca até o juízo
Onde tu passas
Sai às vezes bofetão
Toda gente faz questão
Do teu sorriso
Teu coração é uma espécie de pensão
De pensão familiar à beira-mar
Oh! Moreninha, não alugues tudo não
Deixe ao menos o porão pra eu morar
Por tua causa já se faz revolução
Vai haver transformação na cor da lua
Antigamente a mulata era a rainha
Desta vez, ó moreninha, a taça é tua
MADEIRA QUE CUPIM NÃO RÓI
(Capiba -1963)
Madeira do Rosarinho
Vem à cidade sua fama mostrar
E traz com seu pessoal
Seu estandarte tão original
Não vem pra fazer barulho
É só dizer e com satisfação
Queiram ou não queiram os juízes
O nosso bloco é de fato campeão
E se aqui estamos cantando essa canção
Viemos defender a nossa tradição
E dizer bem alto que a injustiça dói
Nós somos madeira de lei que cupim não rói
MAMÃE EU QUERO
(Jararaca-Vicente Paiva, 1936)
Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar
Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana
Olho as pequenas mas daquele jeito
Tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal
MARCHA DO REMADOR
(Antônio Almeida - 1969)
Se a canoa não virar olê olê olá
Eu chego lá
Rema rema rema remador
Quero ver depressa o meu amor
Se eu chegar depois do sol raiar
Ela bota outro em meu lugar
MARCHA DO CORDÃO DO BOLA PRETA
(Nelson Barbosa - Vicente Paiva, 1962)
Quem não chora não mama
Segura meu bem a chupeta
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta
Vem pro Bola meu bem
Com alegria inferna
Todos são de coração
Todos são de coração
Foliões do carnaval
(Sensacional!)
MÁSCARA NEGRA
(Zé Keti-Pereira Mattos, 1966)
Quanto riso oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Está fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
ME DÁ UM DINHEIRO AÍ
(Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959)
Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!
Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!
A MULATA É A TAL
(Braguinha-Antônio Almeida, 1947)
Branca é branca preta é preta
Mas a mulata é a tal, é a tal!
Quando ela passa todo mundo grita:
"Eu tô aí nessa marmita!"
Quando ela bole com os seus quadris
Eu bato palmas e peço bis
Ai mulata, cor de canela!
Salve salve salve salve salve ela!
MULATA IÊ IÊ IÊ
(João Roberto Kelly, 1964)
Mulata bossa nova
Caiu no hully gully
E só dá ela
Ê ê ê ê ê ê ê ê
Na passarela
A boneca está
Cheia de fiufiu
Esnobando as louras
E as morenas do Brasil
O TEU CABELO NÃO NEGA
(Lamartine Babo-Irmãos Valença, 1931)
O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor
Tens um sabor bem do Brasil
Tens a alma cor de anil
Mulata mulatinha meu amor
Fui nomeado teu tenente interventor
Quem te inventou meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando faz careta
Porque mulata tu não és deste planeta
Quando meu bem vieste à terra
Portugal declarou guerra
A concorrência então foi colossal
Vasco da gama contra o batalhão naval
PASTORINHAS
(Noel Rosa-Braguinha, 1934)
A estrela d'alva no céu desponta
E a lua anda tonta com tamanho esplendor
E as pastorinhas pra consolo da lua
Vão cantando na rua lindos versos de amor
Linda pastora morena da cor de madalena
Tu não tens pena de mim
Que vivo tonto com o teu olhar
Linda criança tu não me sais da lembrança
Meu coração não se cansa
De sempre sempre te amar
PÉ DE ANJO
(Sinhô, 1920)
Eu tenho uma tesourinha
Que corta ouro e marfim
Serve também pra cortar
Línguas que falam de mim
O pé de anjo, o pé de anjo
És rezador, és rezador
Tens o pé tão grande
Que és capaz de pisar nosso senhor
A mulher e a galinha
São dois bichos interesseiros
A galinha pelo milho
E a mulher pelo dinheiro
PIERRÔ APAIXONADO
(Noel Rosa-Heitor dos Prazeres, 1935)
Um pierrô apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando
A colombina entrou num butiquim
Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
Dizendo: pierrô cacete
Vai tomar sorvete com o arlequim
Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrô aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim
PIRATA DA PERNA DE PAU
(Braguinha, 1946)
Eu sou o pirata da perna de pau
Do olho de vidro da cara de mau
Minha galera
Dos verdes mares não teme o tufão
Minha galera
Só tem garotas na guarnição
Por isso se outro pirata
Tenta a abordagem eu pego o facão
E grito do alto da popa:
Opa! homem não!
QUEM SABE, SABE
(Jota Sandoval-Carvalhinho, 1955)
Quem sabe, sabe
Conhece bem
Como é gostoso
Gostar de alguém
Ai morena deixa eu gostar de você
Boêmio sabe beber
boêmio também tem querer
SABE LÁ O QUE É ISSO
(HINO DOS BATUTAS DE SÃO JOSÉ)
Eu quero entrar na folia meu bem
Você sabe lá o que é isso
Batutas de São José isto é
Parece que tem feitiço
Batutas têm atrações que
Ninguém pode resistir
Num frevo desses que faz
Demais a gente se distinguir
Deixa o frevo rolar
Eu só quero saber
Se você vai ficar
Ai meu bem sem você não há carnaval
Vamos cair no passo e a vida gozar
SACA-ROLHA
(Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953)
As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca saca saca rolha
E bebo até me afogar
Deixa as águas rolar
Se a polícia por isso me prender
Mas na última hora me soltar
Eu pego o saca saca saca rolha
Ninguém me agarra ninguém me agarra
SASSARICANDO
(Luiz Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães, 1951)
Sassassaricando
Todo mundo leva a vida no arame
Sassassaricando
A viúva o brotinho e a madame
O velho na porta da Colombo
É um assombro
Sassaricando
Quem não tem seu sassarico
Sassarica mesmo só
Porque sem sassaricar
Essa vida é um nó
TA-HÍ!
(Joubert de Carvalho, 1930)
Taí eu fiz tudo pra você gostar de mim
Ai meu bem não faz assim comigo não
Você tem você tem que me dar seu coração
Meu amor não posso esquecer
Se dá alegria faz também sofrer
A minha vida foi sempre assim
Só chorando as mágoas que não têm fim
Essa história de gostar de alguém
Já é mania que as pessoas têm
Se me ajudasse Nosso Senhor
Eu não pensaria mais no amor
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