sábado, 28 de janeiro de 2012

Dinâmica


Catequese "MISSÃO JOVEM"
Dinâmica
TRABALHANDO COM GRUPOS
O grupo é sempre um espaço de comunicação, de convivência, de troca de experiência e lugar de educação, seja para a vida e o crescimento da fé.
Toda Catequese necessita passar pela experiência de convivência, ainda que o amadurecimento da fé seja um aspecto individual sempre precisa da comunidade, para expressar e testemunhar vivamente em que acredita.
O mês de março, normalmente, é o tempo em que começamos a agrupar catequizandos em preparação à 1ª Eucaristia, crisma, perseverança, infantil e também adultos.
Aqui vêm algumas perguntas:
· Sabemos lidar com estes grupos?
· É necessário um conhecimento particularizado de cada participante?
· Como Jesus trabalhou com seu grupo?
· São importantes as dinâmicas para conhecimento, entrosamen
to?
Para trabalhar com um grupo é impossível ir adiante sem saber para onde se quer chegar e sobretudo sem conhecer bem cada participante.

a) A finalidade de trabalhar bem um grupo é:
· Aprender a conviver com os outros.
· Respeitar as diferenças de idéias, pensamentos..., mas também de culturas, raças, gênero...
· Compreender que a fé passa pela convivência em comunidade.
· Organizar ações transformadoras para mais justiça e paz.
· Aprender a ir ao encontro do outro, próprio de quem vive o amor.
· Educar para valores, hábitos e atitudes.
· Construir o sentido da cidadania, isto é, compreendendo em conjunto quais os direitos e deveres próprios de cada ser humano.
· Partilhar as riquezas que cada um (a) tem e sentir-se valorizado(a).
b) Importância do grupo
O Diretório Geral para a Catequese é quem sugere a grande importância do grupo, porque contribui no processo de desenvolvimento das pessoas:
· na catequese infantil favorece a boa socialização;
· na catequese dos jovens vem a ser uma necessidade vital na formação de sua personalidade;
· na catequese de adultos promove o diálogo, a partilha, a entre-ajuda, a co-responsabilidade... (DGC 159).
c) Metodologia do grupo
Em princípio, o catequista necessita lembrar que Catequese não é escola, portanto, também, não é aula, mas encontro.
O grupo ideal, neste sentido, não pode ultrapassar de 12 catequizandos.
O catequista é o animador do grupo que favorece o introsamento, a partilha.
Mas, o método sustenta-se sobre:
· uma acolhida carinhosa e festiva entre os membros, destruindo qualquer preconceito;
· uma comunicação aberta que favorece o diálogo com cada participante;
· o sentido de que nos educamos, aprendemos e crescemos quando há um relacionamento igualitário;
· um respeito mutuo, que venha ajudar no crescimento da amizade;
· a importância de que todos sabem algo para partilhar;
· momentos de confraternização, passeios, gincanas, teatros, competições esportivas;
· momentos fortes de reflexão, aprofundamento, tendo no centro a Palavra de Deus;
· a adaptação adequada à faixa etária.
É de suma importância para o catequista que, no início de Catequese, não se preocupe em passar doutrinas mas, trabalhe os membros do grupo para que se aceitem mutuamente, possam sentir-se à vontade e gostem de estar juntos. Daí, a necessidade de usar alguma dinâmica, brincadeira para favorecer este processo.
d) Conhecendo o grupo
Dissemos antes que todo o animador de grupo precisa conhecer seus participantes de forma particularizada.
Todo grupo apresenta uma diversidade de membros, mas sabemos que todos têm qualidades e que podem ajudar no crescimento mútuo.
Alguns destes tipos que você pode encontrar:
· falador / tímido
· sabe-tudo / perguntador
· prático / cabeçudo
· agressivo / conciliador
· distraído / observador
· impositor / mudo
· descansado / detalhista
· participativo / bagunceiro
· amigo / egoísta
Alguma dinâmica para melhor conhecer o grupo.
1. Cada qual pode desenhar-se.
Respondendo as perguntas: Quem sou? Como Sou?
a) Em duplas conversar sobre seu desenho.
b) Cada participante apresenta seu colega, através do desenho.
2. Passar uma caixinha de fósforo
a) Ao acender um fósforo, cada participante deverá falar sobre si mesmo, até o mesmo se apagar.
3. Preparar corações em cartolina.
a) Cada coração será dividido em dois pedaços.
b) Ao dividir os corações, estes deverão ficar todos diferentes.
c) Cada participante receberá apenas uma parte.
d) Dado o sinal, cada um procurará encontrar sua parte no coração do outro.
e) Cada dupla descobrirá em conjunto qualidades de seu(sua) colega.
f) Apresentar as qualidades das duplas ao grande grupo.
4. Desenhar em um papelógrafo dois bonecos separados.
a) Motivar o grupo para que escreva, no primeiro, qualidades e no segundo, defeitos. Ex.: bondoso, acolhedor, respeitador, amigo, estudioso, delicado, terno, solidário...
Ex.: Egoísta, cabeçudo, teimoso, agressivo, bagunceiro, fofoqueiro.
b) cada participante escolhe a qualidade que mais gostaria de vivenciar e o defeito que precisa corrigir.
c) Formar uma frase compromisso que será colocada numa cartolina. Ex.: Seremos o grupo mais bonito porque nele mora a bondade, a amizade...
5. Formar um caminho com pedaços de papel
a) Marcar uma meta a ser alcançada que poderá ser um símbolo (ex.: sol...).
b) Colocar alguns obstáculos. Ex.: pedras, paus, folhas...
c) Trabalhar o grupo:
- Como precisamos ser, fazer para caminhar juntos?
- Quais são as metas que queremos alcançar como grupo?
- Quais os obstáculos a serem vencidos?
6. Cada participante escolherá um símbolo que mais se parece consigo mesmo. Com o grupo partilhar:
a. Por que escolhi este símbolo?
b. O que ele diz para minha vida?
c. O que ele comunica para mim e para os outros?
d. Criar em conjunto um momento celebrativo?
7. Usar várias figuras.
a) Cada participante escolhe uma que mais gostou e diz algo para a vida.
b) Em grupos partilhar:
- O que a figura fala de mim? Por que?
- Quais os sentimentos, emoções, inspirações que ela provoca para minha vida?
- O que ela diz que preciso mudar?
c) No grande grupo expressar algo que mais chamou atenção.
O grupo de Jesus
Jesus aprendeu na convivência familiar a importância de partilhar as riquezas pessoais e perceber os valores mútuos.
No início de sua vida pública constituiu o grupo dos Doze Apóstolos. É com este grupo que realiza sua missão.
Jesus confia a este grupo a continuidade da Evangelização.
De rudes pescadores, os apóstolos se tornaram os pilares da Igreja. Como pode ter acontecido isto?
Jesus é o mestre e encaminha seu grupo.
· Parte sempre da vida, dos fatos e situações: a pobreza, a amizade, o encontro, a doença, a fome..., dos fenômenos da natureza.
· Respeita e dá atenção às pessoas.
· Exige mudança de vida, conversão.
· Ensina a enfrentar os conflitos e as dificuldades.
· Desperta em cada um a capacidade de liderança.
· Testemunha uma vida autêntica e motiva a todos a fazer uma profunda experiência de oração.
· Usa uma linguagem simples, que todos possam entender.
Jesus usa sempre o coração e ao mesmo tempo a exigência.
Vamos nos espelhar no modelo do Mestre Jesus para fazer de nossos grupos de Catequese um lugar de crescimento na fé e na vida.
Ir. Marlene Bertoldi
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