Educar é Semear

Educar é Semear

domingo, 22 de janeiro de 2012

Era uma vez...


Projeto: (conto) Era uma vez...

JUSTIFICATIVA:

Despertar nos alunos o hábito de leitura e escrita, desenvolvendo a criatividade e o raciocínio através de diferentes expressões como: produções de diferentes tipos de textos e dramatizações.
OBJETIVO:
Por meio desse projeto espera-se que os alunos sejam capazes de: Reconhecer o gênero conto em meio a outros gêneros. Fazer antecipação de fatos com base no título ou no desfecho do texto; Reconhecer nos textos diferentes recursos discursivos, tais como inserção de vozes, uso de conectivos argumentativos, entre outros; Construir textos respeitando as características essenciais desse gênero; Reconhecer e utilizar nos textos construídos relações de causa efeito; Organizar cronologicamente os fatos apresentados no texto, utilizando articuladores temporais para narrar histórias; Apropriar-se dos procedimentos de revisão textual, compreendendo-os como parte integrante do processo de produção de texto.

HABILIDADES:
Ø Conhecer a biografia de alguns autores de contos;
Ø Ampliar o repertório de personagens e história;
Ø Extrair significados analisando uma imagem;
Ø Ler respeitando as convenções gráficas de vários tipos de texto;
Ø Descrever cenários e personagens;
Ø Identificar soluções de conflitos presentes nos contos;
Ø Produzir texto coletivo, tendo o professor como escriba;
Ø Continuar história a partir de um determinado ponto;
Ø Resgatar a importância de contar histórias no contexto familiar;
Ø Desenvolver o senso critico e a criatividade dos alunos;
Ø Investigar imagens e produzir textos apropriados;
Ø Reconhecer as especificidades desses tipos de textos;
Ø Ler respeitando as convenções gráficas desse tipo de texto;
Ø Ouvir e respeitar as idéias dos colegas;
Ø Identificar começo meio e fim de uma história lida;
Ø Identificar personagens de texto narrativo;
Ø Reconhecer relação de causa conseqüência em ações dos personagens;
Ø Utilizar o dicionário como fonte de pesquisa nas palavras desconhecidas encontradas nas histórias;
Ø Expor as histórias produzidas pelos alunos;
Ø Dramatizar contos;
Ø Aumentar a freqüência e diversidade do repertório de histórias indicadas como suas favoritas;
Ø Localizar informação explicita em textos narrativos
Ø Identificar o efeito do sentido decorrente da repetição de termos em textos;
Ø Distinguir fala do narrador e fala do personagem em textos narrativos;
Ø Estabelecer relação de causa em consequência em fatos contidos em textos narrativos;
Ø Ler em voz alta com fluência e expressão de acordo com a pontuação;
Ø Antecipar o conteúdo da leitura de um texto, a parti da tipologia apresentada;
Ø Descrever personagens quanto as suas características físicas e psicológicas, de acordo com o texto;
Ø Empregar letra maiúscula em nomes próprios, no inicio da frase e em titulo;
Ø Escrever texto considerando o leitor;
Ø Escrever textos narrativos com encadeamento de fatos na sequência cronológica;
Ø Utilizar o travessão e dois pontos para marcar os turnos de diálogos na produção de textos;
Ø Substituir nome por pronome na escrita de frases na sua produção textual;
Ø Segmentar texto utilizando parágrafo e pontuação de final de frase (ponto final, exclamação e interrogação);
Ø Escrever texto preocupando-se com a legibilidade;
Ø Revisar o próprio texto;
Ø Completar palavras com sílabas compostas por encontro consonantal ou por dígrafos;
Ø Grafar corretamente palavras acentuadas de uso freqüentes;
Ø Empregar vírgulas nas listas e enumeração de texto;
Ø Concretizar personagens na escrita de textos nos aspectos físicos e psicológico;
Ø Escrever textos considerando sua finalidade;
Ø Produzir textos com expressões que marcam causalidade e temporalidade;
Ø Empregar adjetivos na produção textual, adequados ao contexto;
Ø Preservar o material coletivo da classe;
Ø Produzir contos mantendo a seqüência dos fatos;

CONTEÚDOS:
Língua Portuguesa:
• Biografia de alguns autores de conto;
• Leitura e interpretação oral e escrita gênero conto;
• A narrativa por meio de imagens;
• Os códigos verbais e não verbais;
• Os sinais gráficos: traços indicadores de movimento;
• Vocabulário;
• Ortografia;
• Gramática;
• Uso de sinais de pontuação: vírgula, exclamação, ponto final e interrogação;
• Uso do travessão e dois pontos;
• Utilização de letras maiúsculas;
• Acentuação de palavras;
• Sinais de pontuação e seu papel na organização do texto;
• Reescrita e revisão de texto observando a unidade temática;
• Segmentação do texto em palavras, frases e parágrafos;
• Produção de contos;
• Tipos de contos;
• Exposição de contos produzidos pelos alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.



Artes:
• Desenho das historias produzidas pelos alunos;
• Dramatizações;
• Expressão corporal;

Ciências:
• Os seres vivos;
• Tipos de alimentos;
• Higiene e saúde.

História e geografia:
• Biografia dos autores de conto;
• Modo de falar;
• Tipos de moradias;
• Zona Rural e Urbana;
• Costumes;
METODOLOGIAS:

Para saber o que os alunos sabem sobre os contos, realizaremos alguns questionamentos:
PARA VOCÊ O QUE SÃO OS CONTOS ?
Conferir o conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto e colocar em um cartaz todas as idéias e conhecimentos que os alunos têm sobre contos, no final do projeto laçar para a turma os mesmo desafios e comparar o conhecimento antes e depois da execução do projeto.
1. (Peça aos alunos que manuseiem os livros recebidos e descubram informações sobre os mesmos: a) Quem é o autor? (brasileiro ou estrangeiro)
b)Qual é o título do livro?
c) Que tipo de livro é este? (de contos, poemas, lendas, romance). Por quê? (Pelo título? Figura da capa? Conhecimento do autor?)
d) Qual é a editora do livro? Onde se encontra essa informação?
2. Após essa leitura inicial, peça aos alunos que escolham o livro que mais chamou a atenção deles – entre todos os que receberam – e que gostariam de ler primeiro. Peça que justifiquem para o grupo a escolha (pelo título, tema, autor conhecido - já leu livros dele antes -, gravura)
3. Peça à turma que imagine como são as histórias dos livros escolhidos, com base na imagem, no título, no conhecimento que cada um já possui sobre o assunto ou no interesse pelo tema. Peça que exponham suas idéias para o grupo.
4. Peça aos alunos para folhear o livro e descobrir se há alguma informação sobre o autor. Onde se encontra essa informação? O autor ainda vive? Escreveu outros livros? Onde nasceu?
5. Pergunte aos alunos por que eles acham que é importante fazer essa leitura do livro antes de ler á história. Esclareça que é assim que geralmente as pessoas escolhem livros para ler: baseando-se no autor de que gostam e cujos livros querem conhecer mais, ou que desconhecem, mas cujo tema ou título lhes chamou a atenção; na editora que costuma publicar livros interessantes; na indicação que receberam de alguém.
Atividade I – Reconhecimento do esqueleto narrativo
O professor oferece ao aluno um conto e ele inventa uma história em seqüência lógico-temporal, primeiro oralmente e, em seguida, por escrito, enquanto concretiza a montagem da narração (ação e reação das personagens), a linguagem e o encadeamento temporal das ações (elemento básico da habilidade de narrar: o eixo narrativo).
Atividade II – Exercitação da estrutura narrativa
O aluno aprende os elementos fundamentais da narração através de exercícios (Quem? - Fez o quê? – Quando? – Onde?).
Atividade III – Ordenação de gravuras
O professor pede que os alunos tragam gravuras. Elas são coladas em cartolina. As gravuras vão sendo colocadas numa caixa para uso dos alunos. Os alunos escolhem primeiro, apenas quatro gravuras, e contam oralmente a história. Depois, poderão escolher quantas gravuras quiserem. O objetivo é treinar o encadeamento temporal entre as gravuras.

Atividade IV– Narração a partir de uma seqüência de gravuras
O professor apresenta uma seqüência de gravuras para os alunos e levanta os elementos de cada gravura, fornecidos pelos próprios alunos. O professor trabalha oralmente com os alunos, fazendo perguntas e colocando todas as respostas na lousa.
Antes, ele pede que as crianças participem da história, como se também fossem personagens.
Pede aos alunos para contar o que vêem e o imaginam (fantasia-mágica). Em seguida, os alunos formam frases e depois recriam a história.

Atividade V – Narração: introdução, desenvolvimento e desfecho
A partir da leitura de um trecho de texto, os alunos terminam a história. Podem também ler a introdução e o desfecho e completar o desenvolvimento.

ANEXOS: Atividade VI– Texto narrativo-informativo
Os alunos lêem, discutem e fazem pesquisas a respeito de um determinado assunto. Depois produzem seu texto.
Para avaliar se realmente o aluno escreveu um diálogo, é só transformar o diálogo numa narração. Se isso não for possível, não houve diálogo, apenas falas avulsas.
Atividade VII – Transcrição dos diálogos
O aluno faz a transcrição dos diálogos da forma escrita (com travessão) para os balões e vice-versa. Não se usa travessão nas falas dos balões.
Atividade VIII – Dramatização do diálogo
Cada aluno escolhe uma personagem e depois dramatiza o diálogo.
Atividade IX– Criação de diálogos com balões – História em quadrinhos
Os alunos desenham ou fazem colagem e elaboram o diálogo criativamente, usando todos os tipos de balões.
Atividade X– Criação de diálogos com narrador
O aluno usa os mesmos procedimentos anteriores, abrindo espaço para o narrador.
Atividade XI – Diálogo com balões da fala e do pensamento
Esta atividade visa levar o aluno a elaborar um diálogo, concretizando o seu pensamento através de desenhos ou gravuras.
Atividade XII – Diálogo com balões superpostos
Os alunos desenham ou fazem colagens das personagens e criam o diálogo. Começa-se de baixo para cima, para não restringir a criatividade. Cada aluno faz quantos balões precisar, podendo misturar com balões da fala, do pensamento, do cochicho ou murmúrio e do grito.
Assistir filmes de contos. Sugestões: Shrek,Deu a Louca na Cinderela, Deu a louca na Chapeuzinho.
Ø Individualmente criar resenha a partir do filme assistido;
Ø Em duplas para a leitura das histórias;
Ø Em duplas farão a análise da narrativa;
Ø Em duplas (embora cada aluno recrie sua própria história, o processo de criação poderá se dar em dupla);
Ø Trabalho individual ou em dupla (um dita o texto e o outro digita,depois trocam);
Ø Propicie a troca de idéias inventivas e a circulação pela classe;
Ø Trabalho em grupo. Teatro de fantoches dos recontos;
Ø Leve para a classe alguns livros de histórias infantis contos. Mostre as figuras para os alunos, leia os títulos das histórias, aguçando a curiosidade.
Ø Depois de estimular a imaginação de seus alunos, leia pausadamente alguns contos de fadas. Não se esqueça de dar seu toque especial à leitura. A seguir, levante com os alunos o que mais chamou a atenção na história e quais os personagens de que mais gostaram. Solicite que justifiquem suas respostas. Depois, comente sobre as características dos personagens (físicas, emocionais e morais), do ambiente e dos demais componentes de um conto.
Ø Solicite aos alunos que criem um conto com heróis e vilões. Ensine-os a criar heróis e vilões, com traços de personalidade bem marcados.
Ø Peça que inventem nomes criativos para identificar os personagens. Depois, que desenhem os personagens de suas histórias, colocando os nomes ao lado das figuras.
Ø Solicite aos alunos que digitem suas histórias no computador, e se for possível, reproduza os desenhos no computador utilizando um scanner. Se não puder, depois dos textos editados e impressos devolva-os para que os alunos ilustrem suas histórias à mão. Durante a digitação dos textos, não se esqueça de orientar os alunos a deixar um espaço livre para as ilustrações à mão. Cada aluno deverá imprimir a sua história.
Ø Peça que transformem a história escrita em história em quadrinhos. Tire cópias de todos os trabalhos, faça uma única edição e distribua para todos os alunos da classe.
Ø Estimule os alunos a ler suas histórias para os colegas da classe e para as outras turmas da escola. Os livros poderão ser levados para casa ou deixados na biblioteca da escola.

OBSERVAÇÃO - Você poderá pedir ajuda aos pais e a outros professores da escola para colaborar com você no laboratório de informática, orientando e acompanhando o processo de digitação dos alunos.

AVALIAÇÃO:
QUANTO AO CONTEÚDO
• O assunto e a idéia central são claros?
• As idéias estão em seqüência lógico-temporal
• O título é interessante?
• O final está relacionado com o desenvolvimento do texto?
• O texto é criativo?
• O texto extrapola o real vivido, entrando para o imaginário?
• As frases são variadas?
• Quanto à organização dos parágrafos:
• As frases se relacionam com a idéia principal?
• As frases estão em seqüência lógico-temporal?
QUANTO À FORMA
• As frases estão corretas, claras e precisas?
• Há um encadeamento de frases?
• Os sinais de pontuação foram usados de forma adequada?
• As letras maiúsculas e minúsculas estão corretas?
• Há erros ortográficos?
• Há erros de concordância?
• Há correção gramatical?
• O texto tem começo, meio e conclusão?

RECURSOS:
Livros paradidáticos, cadernos de produção de textos, data show, CD e DVD de contos, tapete, notebook ou computador, internet, lápis de cor, pinceis, cartazes, roupas de personagens, cenários, evas, cantinho da leitura etc.


REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
• Proposta Curricular;
• Matrizes e Habilidades do Programa Circuito Campeão;
• Revista Escola;
• http://tatiana-alfabetizacao.blogspot.com/;
• http://baudeideiasdaivanise.blogspot.com/;
• http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=quadroegiz&meta=&aq=f&oq=;
• http://alfabetizacaoecia.blogspot.com/;
• http://algodaodocebiscuit.blogspot.com/;
• http://arco-ris.blogspot.com/;
• http://www.contos.poesias.nom.br/historiasinfantis/historiasinfantis.htm;
• http://camilagenaro.blogspot.com/2008/05/projeto-histrias-infantis.html.


ANEXOS:

OS TRÊS PORQUINHOS
Era uma vez, na época em que os animais falavam, três porquinhos que viviam felizes e despreocupados na casa da mãe.
A mãe era ótima, cozinhava, passava e fazia tudo pelos filhos. Porém, dois dos filhos não a ajudavam em nada e o terceiro sofria em ver sua mãe trabalhando sem parar.
Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse:
__Queridos filhos, vocês já estão bem crescidos. Já é hora de terem mais responsabilidades para isso, é bom morarem sozinhos.
A mãe então preparou um lanche reforçado para seus filhos e dividiu entre os três suas economias para que pudessem comprar material e construírem uma casa.
Estava um bonito dia, ensolarado e brilhante. A mãe porca despediu-se dos seus filhos:
__Cuidem-se! Sejam sempre unidos! - desejou a mãe.
Os três porquinhos, então, partiram pela floresta em busca de um bom lugar para construírem a casa. Porém, no caminho começaram a discordar com relação ao material que usariam para construir o novo lar.
Cada porquinho queria usar um material diferente.
O primeiro porquinho, um dos preguiçosos foi logo dizendo:
__ Não quero ter muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com um monte de palha e ainda sobra dinheiro para comprar outras coisas.
O porquinho mais sábio advertiu:
__ Uma casa de palha não é nada segura.
O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, também deu seu palpite:
__ Prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e muito prática. Quero ter muito tempo para descansar e brincar.
__ Uma casa toda de madeira também não é segura - comentou o mais velho- Como você vai se proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai se proteger?
__ Eu nunca vi um lobo por essas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira para me aquecer! - respondeu o irmão do meio- E você, o que pretende fazer, vai brincar conosco depois da construção da casa?

__Já que cada um vai fazer uma casa, eu farei uma casa de tijolos, que é resistente. Só quando acabar é que poderei brincar. – Respondeu o mais velho.
O porquinho mais velho, o trabalhador, pensava na segurança e no conforto do novo lar.
Os irmãos mais novos preocupavam-se em não gastar tempo trabalhando.
__Não vamos enfrentar nenhum perigo para ter a necessidade de construir uma casa resistente. - Disse um dos preguiçosos.
Cada porquinho escolheu um canto da floresta para construir as respectivas casas. Contudo, as casas seriam próximas.
O Porquinho da casa de palha, comprou a palha e em poucos minutos construiu sua morada. Já estava descansando quando o irmão do meio, que havia construído a casa de madeira chegou chamando-o para ir ver a sua casa.
Ainda era manhã quando os dois porquinhos se dirigiram para a casa do porquinho mais velho, que construía com tijolos sua morada.
__Nossa! Você ainda não acabou! Não está nem na metade! Nós agora vamos almoçar e depois brincar. – disse irônico, o porquinho do meio.
O porquinho mais velho porém não ligou para os comentários, nem par a as risadinhas, continuou a trabalhar, preparava o cimento e montava as paredes de tijolos. Após três dias de trabalho intenso, a casa de tijolos estava pronta, e era linda!
Os dias foram passando, até que um lobo percebeu que havia porquinhos morando naquela parte da floresta. O Lobo sentiu sua barriga roncar de fome, só pensava em comer os porquinhos.
Foi então bater na porta do porquinho mais novo, o da casa de palha. O porquinho antes de abrir a porta olhou pela janela e avistando o lobo começou a tremer de medo.
O Lobo bateu mais uma vez, o porquinho então, resolveu tentar intimidar o lobo:
__ Vá embora! Só abrirei a porta para o meu pai, o grande leão!- mentiu o porquinho cheio de medo.
__ Leão é? Não sabia que leão era pai de porquinho. Abra já essa porta. – Disse o lobo com um grito assustador.
O porquinho continuou quieto, tremendo de medo.
__Se você não abrir por bem, abrirei à força. Eu ou soprar, vou soprar muito forte e sua casa irá voar.
O porquinho ficou desesperado, mas continuou resistindo. Até que o lobo soprou um a vez e nada aconteceu, soprou novamente e da palha da casinha nada restou, a casa voou pelos ares. O porquinho desesperado correu em direção à casinha de madeira do seu irmão.
O lobo correu atrás.
Chagando lá, o irmão do meio estava sentado na varanda da casinha.
__Corre, corre entra dentro da casa! O lobo vem vindo! – gritou desesperado, correndo o porquinho mais novo.
Os dois porquinhos entraram bem a tempo na casa, o lobo chegou logo atrás batendo com força na porta.
Os porquinhos tremiam de medo. O lobo então bateu na porta dizendo:
__Porquinhos, deixem eu entrar só um pouquinho! __ De forma alguma Seu Lobo, vá embora e nos deixe em paz.- disseram os porquinhos.
__ Então eu vou soprar e soprar e farei a casinha voar. O lobo então furioso e esfomeado, encheu o peito de ar e soprou forte a casinha de madeira que não agüentou e caiu.
Os porquinhos aproveitaram a falta de fôlego do lobo e correram para a casinha do irmão mais velho.
Chegando lá pediram ajuda ao mesmo.
__Entrem, deixem esse lobo comigo!- disse confiante o porquinho mais velho.
Logo o lobo chegou e tornou a atormentá-los:
__ Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar, é só um pouquinho!
__Pode esperar sentado seu lobo mentiroso.- respondeu o porquinho mais velho.
__ Já que é assim, preparem-se para correr. Essa casa em poucos minutos irá voar! O lobo encheu seus pulmões de ar e soprou a casinha de tijolos que nada sofreu.
Soprou novamente mais forte e nada.
Resolveu então se jogar contra a casa na tentativa de derrubá-la. Mas nada abalava a sólida casa.
O lobo resolveu então voltar para a sua toca e descansar até o dia seguinte.
Os porquinhos assistiram a tudo pela janela do andar superior da casa. Os dois mais novos comemoraram quando perceberam que o lobo foi embora.
__ Calma , não comemorem ainda! Esse lobo é muito esperto, ele não desistirá antes de aprende ruma lição.- Advertiu o porquinho mais velho.
No dia seguinte bem cedo o lobo estava de volta à casa de tijolos. Disfarçado de vendedor de frutas.
__ Quem quer comprar frutas fresquinhas?- gritava o lobo se aproximando da casa de tijolos.
Os dois porquinhos mais novos ficaram com muita vontade de comer maçãs e iam abrir a porta quando o irmão mais velho entrou na frente deles e disse: -__ Nunca passou ninguém vendendo nada por aqui antes, não é suspeito que na manhã seguinte do aparecimento do lobo, surja um vendedor?
Os irmãos acreditaram que era realmente um vendedor, mas resolveram esperar mais um pouco.
O lobo disfarçado bateu novamente na porta e perguntou:
__ Frutas fresquinhas, quem vai querer?
Os porquinhos responderam:
__ Não, obrigado.
O lobo insistiu:
Tome peguem três sem pagar nada, é um presente.
__ Muito obrigado, mas não queremos, temos muitas frutas aqui.
O lobo furioso se revelou:
__ Abram logo, poupo um de vocês!
Os porquinhos nada responderam e ficaram aliviados por não terem caído na mentira do falso vendedor.
De repente ouviram um barulho no teto. O lobo havia encostado uma escada e estava subindo no telhado.
Imediatamente o porquinho mais velho aumentou o fogo da lareira, na qual cozinhavam uma sopa de legumes.
O lobo se jogou dentro da chaminé, na intenção de surpreender os porquinho entrando pela lareira. Foi quando ele caiu bem dentro do caldeirão de sopa fervendo.
___AUUUUUUU!- Uivou o lobo de dor, saiu correndo em disparada em direção à porta e nunca mais foi visto por aquelas terras.
Os três porquinhos, pois, decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os mais novos concordaram que precisavam trabalhar além de descansar e brincar.
Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos não agüentando as saudades, foi morar com os filhos.
Todos viveram felizes e em harmonia na linda casinha de tijolos.

Com palha eu faço a casa
Pra não me esforçar
Na minha casinha
Eu toca a flautinha
Eu gosto é de brincar!
De vara é minha casa
É onde eu vou morar
Mas eu não me amofino
Vou tocando violino
O que eu gosto é de dançar!
Eu faço a minha casa
Com pedra e com tijolo
Pra trabalhar não sei dançar
Pois não sou nenhum tolo
Ele não sabe brincar, nem cantar, nem dançar
Só o que sabe é trabalhar
Podem rir, dançar e brincar
Que não vou me aborrecer
Mas não vai ser brincadeira
Quando o lobo aparecer
Quem tem medo do Lobo mau, Lobo mau, Lobo mau------------ Bis
Dou um soco no nariz
Eu dou-lhe um bofetão
Eu dou-lhe um pontapé
Derrubo ele no chão
Quem tem medo do Lobo mau, Lobo mau, Lobo mau------------ Bis

AS FADAS
Era uma vez uma viúva que tinha duas filhas.
A mais velha se parecia tanto com ela, no humor e de rosto, que quem a via, enxergava a própria mãe. Mãe e filha eram tão desagradáveis e orgulhosas que ninguém as suportava.
A filha mais nova, que era o retrato do pai, pela doçura e pela educação, era, ainda por cima, a mais linda moça que já se viu.
Como queremos bem, naturalmente, a quem se parece conosco, essa mãe era louca pela filha mais velha. E tinha, ao mesmo tempo, uma tremenda antipatia pela mais nova, que comia na cozinha e trabalhava sem parar como se fosse uma criada.
Tinha a pobrezinha, entre outras coisas, de ir, duas vezes por dia, buscar água a meia légua de casa, com uma enorme moringa, que voltava cheia e pesada.
Um dia, nessa fonte, lhe apareceu uma pobre velhinha, pedindo água:
- Pois não, boa senhora - disse a linda moça.
E, enxaguando a moringa, tirou água da mais bela parte da fonte, dando-lhe de beber com as próprias mãos, para auxiliá-la.
A boa velhinha bebeu e disse:
- Você é tão bonita, tão boa, tão educada, que não posso deixar de lhe dar um dom .Na verdade, essa mulher era uma fada, que tinha tomado a forma de uma pobre camponesa para ver até onde ia a educação daquela jovem.
- A cada palavra que falar - continuou a fada -, de sua boca sairão uma flor ou uma pedra preciosa.
Quando a linda moça chegou a casa, a mãe reclamou da demora.
- Peço-lhe perdão, minha mãe - disse a pobrezinha -, por ter demorado tanto.
E, dizendo essas palavras, saíram-lhe da boca duas rosas, duas pérolas e dois enormes diamantes.

- O que é isso? - disse a mãe espantada -, acho que estou vendo pérolas e diamantes saindo da sua boca. De onde é que vem isso, filha? Era a primeira vez que a chamava de filha.
A pobre menina contou-lhe honestamente tudo o que tinha acontecido, não sem pôr para fora uma infinidade de diamantes.
- Nossa! - disse a mãe -, tenho de mandar minha filha até a fonte.
- Filha, venha cá, venha ver o que está saindo da boca de sua irmã quando ela fala; quer ter o mesmo dom? Pois basta ir à fonte, e, quando uma pobre mulher lhe pedir água, atenda-a educadamente.
- Só me faltava essa! - respondeu a mal-educada- Ter de ir até a fonte!
- Estou mandando que você vá - retrucou a mãe -, e já.
Ela foi, mas reclamando. Levou o mais bonito jarro de prata da casa.
Mal chegou à fonte, viu sair do bosque uma dama magnificamente vestida, que veio lhe pedir água.
Era a mesma fada que tinha aparecido para a irmã, mas que surgia agora disfarçada de princesa, para ver até onde ia a educação daquela moça.
- Será que foi para lhe dar de beber que eu vim aqui? - disse a grosseira e orgulhosa. - Se foi, tenho até um jarro de prata para a madame! Tome, beba no jarro, se quiser.
- Você é muito mal-educada - disse a fada, sem ficar brava.
- Pois muito bem! Já que é tão pouco cortês, seu dom será o de soltar pela boca, a cada palavra que disser, uma cobra ou um sapo.
Quando a mãe a viu chegar, logo lhe disse:
- E então, filha?
- Então, mãe! - respondeu a mal-educada, soltando pela boca duas cobras e dois sapos.
- Meu Deus! - gritou a mãe -, o que é isso? A culpa é da sua irmã, ela me paga. E imediatamente ela foi atrás da mais nova para espancá-la.
A pobrezinha fugiu e foi se esconder na floresta mais próxima.
O filho do rei, que estava voltando da caça, encontrou-a e, vendo como era linda, perguntou-lhe o que fazia ali tão sozinha e por que estava chorando.
- Ai de mim, senhor, foi minha mãe que me expulsou de casa.
O filho do rei, vendo sair de sua boca cinco ou seis pérolas e outros tantos diamantes, pediu-lhe que lhe dissesse de onde vinha aquilo.
Ela lhe contou toda a sua aventura. O filho do rei apaixonou-se por ela e, considerando que tal dom valia mais do que qualquer dote, levou-a ao palácio do rei, seu pai, onde se casou com ela.
Quanto à irmã, a mãe ficou tão irada contra ela que a expulsou de casa.
E a infeliz, depois de muito andar sem encontrar ninguém que a abrigasse, acabou morrendo num canto do bosque. (Charles Perrault)

Moral da História
Se diamantes e dinheiro têm
Para as pessoas valor,
Mais valor têm as palavras
E, mais que valor, resplendor.

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