Trabalhando
Gêneros Textuais
O trabalho com os diferentes gêneros
textuais na sala de aula é um assunto recente mas fundamental para se trabalhar
com a língua veiculada em diferentes esferas sociais, isto é, com a língua em
uso, o que pressupõe as aulas de Língua Portuguesa como um lugar de interação e
muito mais interessante aos olhos dos alunos que se sentem cada vez mais aptos
a ler e a interpretar o mundo que os cerca.Em uma sociedade competitiva,
marcada por progressos tecnológicos e científicos, a leitura competente de
diferentes gêneros textuais torna-se essencial uma vez que insere o cidadão na
vida social e cultural de um país de modo a proporcionar um posicionamento
crítico diante das diversas situações, além da capacidade de mediar conflitos e
combater a dominação.Nessa perspectiva, o trabalho proposto é focado nos
objetivos estabelecidos segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,
1998) para os professores de Língua Portuguesa, em especial os que trabalham
com o terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano – no que
diz respeito ao uso de textos diversos a fim de contribuir para a formação de
um leitor competente e que saiba apropriar-se da linguagem para exercer sua
cidadania. Esse trabalho pode e deve ser feito por meio de projetos pedagógicos
de leitura e adaptado às diferentes realidades com as quais os professores se
deparam. Cabe reforçar também que o prazer da leitura é algo a ser aprendido
desde a infância a fim de se formar leitores para a vida toda.
A IMPORTÂNCIA
DA LEITURA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
A sociedade contemporânea encontra-se
repleta de oportunidades de leitura à medida que, na era da globalização e da
tecnologia, novos gêneros discursivos aparecem,novas formas de se comunicar
surgem e, consequentemente, novas exigências e conhecimentos são postulados.
Em vista disso, o ato de ler passa a
ser uma atividade libertadora e de poder,haja vista que o indivíduo ao estar
habituado à prática de leitura torna-se mais crítico da realidade e insere-se
efetivamente nas diferentes práticas discursivas a que está exposto
diariamente. Entretanto, para que isso ocorra efetivamente, é imprescindível o contato
com o mundo da escrita desde a infância, o que pode acontecer de maneira
espontânea à medida que o mediador proporciona à criança o prazer da leitura.
Cada indivíduo, inclusive a criança,
apresenta uma história de leitura diferente.Alguns foram apresentados aos
livros pelos pais, avós, tios, amigos, padre, pastor e outros pelos
professores. A partir dessa constatação, a pesquisadora Marisa Lajolo (2005, p.
5) nos lembra em seu trabalho Meus alunos não gostam de ler...que o prazer da leitura é um prazer aprendido. Sendo assim,
cabe à escola ensinar os alunos a adquirir o hábito da leitura como forma de
auxiliá-los em sua formação intelectual e também levá-los a recorrer aos livros
ao longo da vida como meio de informação e entretenimento.
Ao tratar de leitura e formação de leitor, não
se pode deixar de mencionar o célebre educador Paulo Freire que muito
contribuiu para esse campo de pesquisa ao longo dos anos. Uma das afirmações de
Freire em uma das suas mais reconhecidas obras,A importância do ato de ler
(2009), é que a leitura da palavra é precedida pela leitura do mundo e que
linguagem e realidade se prendem dinamicamente de forma que não podem ser
desvinculadas uma da outra (FREIRE, 2009).
Daí a importância da leitura crítica desde o
processo de alfabetização, o que envolve a percepção das relações entre o texto
e o contexto para que o fazer dos docentes e discentes seja vivenciado. Apesar disso,
o que se vê hoje em boa parte das escolas é uma concepção equivocada do ato de ler.
Isso ocorre porque o trabalho com textos muitas vezes é orientado pela noção de
que a função da leitura escolar é meramente o aumento de vocabulário (LAJOLO, 1986
A LEITURA NA
ESCOLA
A formação de
leitores tem sido uma preocupação de longa data no âmbito escolar,
considerando-se que alunos e professores têm mostrado um baixo nível de
competência nesse sentido, conforme apontam algumas pesquisas recentes, tais
como a do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica4 – SAEB – (BRASIL,
2007) referente
à disciplina de Língua Portuguesa. Muitos
professores
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