SUGESTÕES
Apresentação de histórias nas
quais a cor preta tem destaque positivo, com personagens negras
representadas por qualidade e beleza:
·
menina
bonita do laço de fita,
·
O
menino marrom,
·
Biografia
das cores, História da preta,
·
O
menino Nito, Ana e Ana, Tranças de Bintou,
·
Bruna
e galinha Angola ,
·
As
pérolas de Cadjaetc;
·
Coreografia,
dublagem e apresentação culturais de músicas,
como; Aquarela do Brasil ,
·
Canto
das três raças – Clara Nunes,
·
Lavagem
cerebral – Gabriel, o pensador,
·
Mão
de Limpeza – Gilberto Gil,
·
Kizomba
– Martinho da Vila, Dia de graça –
·
Candeia,
Milagres do Povo - Caetano Veloso e Gilberto Gil,
·
Sorriso
Negro – Dona Ivone Lara, Canta BRASIL – Alcyr Pires Vermelho etc
·
dócil,
menos rebelde que os indígenas: Esta idéia está presente
·
Roteiro
da Peça de Teatro Turma 72 "A Escrava Isaura" - Mostra Consciência
Negra - Profª. Camila
Peça A escrava
Isaura
Narradora:
Isaura era filha de uma mulata clara com o antigo feitor da fazenda de
escravos, um português.
O comendador, pai do senhor Leôncio, tentou de inúmeras maneiras seduzir a mãe de Isaura. Mas ela resistiu.
O comendador então a entregou a Miguel, para que ele a colocasse no trabalho da roça. Porém ela e Miguel se apaixonaram e Isaura nasceu na senzala.
O comendador ao descobrir a façanha, expulsou Miguel e tratou a escrava mão da Isaura tão mal que a matou.
-Isaura entra em cena e senta no chão. Em seguida Malvina entra em cena.
O comendador, pai do senhor Leôncio, tentou de inúmeras maneiras seduzir a mãe de Isaura. Mas ela resistiu.
O comendador então a entregou a Miguel, para que ele a colocasse no trabalho da roça. Porém ela e Miguel se apaixonaram e Isaura nasceu na senzala.
O comendador ao descobrir a façanha, expulsou Miguel e tratou a escrava mão da Isaura tão mal que a matou.
-Isaura entra em cena e senta no chão. Em seguida Malvina entra em cena.
Malvina: Por
que está tão triste Isaura?
Isaura
(com voz triste): Lembrei de minha mãe, que não conheci...
Malvina: Hão
de pensar que a maltratamos, que é vítima de senhores cruéis.
Isaura: Mas
eu não sou mais do que nenhuma outra escrava, senhora Malvina.
Malvina: Falarei
com Leôncio, cumpriremos a vontade de minha finada sogra, você será alforriada.
Não chore.
Malvina
sai de cena. Entra a narradora. Isaura continua sentada.
Narradora: Enquanto
isso, Leôncio contava para seu cunhado Henrique (irmão de Malvina) sobre a mais
bela escrava que já tivera conhecido: Isaura.
A
narradora sai de cena e entram Henrique e Leôncio (Isaura continua sentada.
Henrique: Hum..
então essa é a escrava, mas linda desse jeito, não há ninguém que queira pagar
sua alforria?
Leôncio: Colocamos
um preço tão exorbitante nela, que acho que não corro esse risco.
Malvina,
de trás das coxias grita: Leôncio, meu amor, precisamos conversar!- Leôncio sai
de cena. Henrique pega nas mãos de Isaura e a levanta.
Henrique: Mulatinha... você não faz idéia do quanto é feiticeira.Você é muito linda para ser escrava, posso te comprar sabia?Isaura: Oh, senhor?!Henrique: Teria jóias, sedas, escravos... só um beijo.Isaura: Deixe-me em paz!
Leôncio, disfarçadamente, entra em cena.Isaura: Pare! Oh, já não basta o senhor Leôncio!
Henrique: Mulatinha... você não faz idéia do quanto é feiticeira.Você é muito linda para ser escrava, posso te comprar sabia?Isaura: Oh, senhor?!Henrique: Teria jóias, sedas, escravos... só um beijo.Isaura: Deixe-me em paz!
Leôncio, disfarçadamente, entra em cena.Isaura: Pare! Oh, já não basta o senhor Leôncio!
Henrique: O
quê? Também Leôncio? Que infâmia!
Leôncio: Bravo, muito bem senhor meu cunhado. Henrique: Canalha! Pobre de minha irmã Malvina! Não conhece o marido que tem! Leôncio: O quê está insinuando, rapaz? Henrique: Malvina saberá de tudo!
Leôncio: Bravo, muito bem senhor meu cunhado. Henrique: Canalha! Pobre de minha irmã Malvina! Não conhece o marido que tem! Leôncio: O quê está insinuando, rapaz? Henrique: Malvina saberá de tudo!
Henrique
sai de cena.
Leôncio
(apontado para Isaura com raiva): Disse alguma coisa a ele? Isaura: Eu?!
Não... nada que pudesse ofender o senhor...
Leôncio: Tenho
tido paciência com a sua repulsa, mas não se atreva a revelar o que se passa
aqui
Leôncio
sai de cena. Isaura começa a chorar. Após um tempo, Leôncio volta ao palco.
Leôncio: Desculpe-me
se te magoei...Leôncio abraça Isaura. Malvina entra em cena e vê Leôncio e
Isaura se abraçando.
Malvina: Agora
acredito no que meu irmão me contou. Leôncio, seu cafajeste! Hoje mesmo
abandono essa casa!
Isaura: Senhora Malvina, me desculpe, eu não...Malvina se dirige para as coxias, mas antes de entrar diz:
Malvina: Vou
imediatamente fazer minhas malas. Não fico nem mais um segundo nessa casa!
Henrique e
Malvina saem de cena. Imediatamente Isaura sai correndo para as coxias. Leôncio
coloca as mãos sobre o rosto e o balança negativamente, sussurrando alguma
coisa. Ouve-se um grito de trás das coxias. Carteiro: Carta para o senhor
Leôncio!
Leôncio pega a carta e a tira do envelope. Em seguida, conforme lê a carta, vai ficando triste. Isaura e Miguel entram em cena de braços dados.
Miguel: ó de casa... dá licença? Leôncio: O que você quer aqui?
Miguel: Vim
pagar a alforria de minha filha Isaura. Aqui estão os dez mil réis.
Leôncio começa a rir.
Leôncio: Está vendo essa carta?
Leôncio mostra o envelope vazio da carta para Miguel e Isaura.
Leôncio: Ela veio me comunicando que meu pai morreu de congestão cerebral, há dois dias e eu, como o único herdeiro, sou agora o dono dessa fazenda e, também, sou proprietário de tudo que nela está. Isso inclui os escravos.
Por tanto, eu declaro que Isaura não está mais a venda.
Miguel: Mas isto não é justo. Eu tenho o dinheiro e...Leôncio: Calado! Isaura é minha propriedade. E, a partir de hoje, ela vai trabalhar no estábulo com as outras escravas, onde é seu devido lugar.
Isaura: Senhor Leôncio, não...Leôncio, sem dar a menor bola para Isaura, continua: Leôncio: Agora Miguel, peço que se retire de minha fazenda, se não tirei que retirá-lo a força.
Miguel sai de cena. Isaura começa a chorar. Leôncio: Agora Isaura vou te mostrar o caminho para o estábulo.
Os dois saem de cena e entra a narradora.
Narradora: Gente, é importante lembrar que na obra original de Bernardo Guimarães Isaura tem um final feliz. Porém, nós optamos por darmos à trama um final trágico, onde ela termina como escrava. Também gostaríamos de agradecer por terem assistido o teatro da turma 72.Todos entram no palco, se dão as mãos e fazem a reverência para o público.
A
escravidão pode ser definida como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o
escravo) é propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado,
alugado, hipotecado, confiscado.
Legalmente,
o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar
processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.
No
Brasil, o regime de escravidão vigorou desde os primeiros anos logo após o
descobrimento até o dia 13 de maio de 1888, quando a princesa regente Isabel assinou
a Lei 3.353, mais conhecida como Lei Áurea, libertando os escravos.
A
escravidão é um capítulo da História do Brasil. Embora ela tenha sido abolida
há 115 anos, não pode ser apagada e suas consequências não podem ser ignoradas.
A História nos permite conhecer o passado, compreender o presente e pode ajudar
a planejar o futuro.
Durante
mais de três séculos a escravidão foi a forma de trabalho predominante na
sociedade brasileira. Além disso, o Brasil foi a última nação da América a
abolir a escravidão. Num país de 500 anos, um fato que perdurou por 300 anos
assume grande importância na formação da sociedade brasileira.
A
escravidão no Brasil teve início logo nos primeiros anos de colonização, quando
alguns grupos indígenas foram escravizados pelos colonizadores que implantavam
os primeiros núcleos de povoamento.
Devido a fatores como a crescente resistência
dos índios à escravidão, os protestos da Igreja Católica, as doenças que
dizimavam a população indígena e o crescimento do tráfico negreiro, pouco a
pouco a mão-de-obra escrava indígena foi substituída pela negra.
Os
escravos negros eram capturados nas terras onde viviam na África e trazidos à
força para a América, em grandes navios, em condições miseráveis e desumanas.
Muitos
morriam durante a viagem através do oceano Atlântico, vítimas de doenças, de
maus tratos e da fome.
O
escravo tornou-se a mão-de-obra fundamental nas plantações de cana-de-açúcar,
de tabaco e de algodão, nos engenhos, e mais tarde, nas vilas e cidades, nas
minas e nas fazendas de gado.
Além
de mão-de-obra, o escravo representava riqueza: era uma mercadoria, que, em
caso de necessidade, podia ser vendida, alugada, doada e leiloada.
O
escravo era visto na sociedade colonial também como símbolo do poder e do
prestígio dos senhores, cuja importância social era avalizada pelo número de
escravos que possuíam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário