Educar é Semear

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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Hipótese de Escrita


 Hipótese de Escrita - Alfabético

Hipótese alfabética
1. Aqui a criança já venceu todos os obstáculos conceituais para a compreensão da escrita – cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores sonoros menores que a sílaba – e realiza sistematicamente uma análise sonora dos fonemas das palavras que vai escrever.
2. Não há a superação total dos problemas – ainda não domina as regras normativas da ortografia.
3. Nesta produção, a criança dominou o código da escrita, mas não as regras ortográficas – perceba que ela não teve medo de escrever, o que não ocorre com a maioria das crianças quando iniciam a escolaridade;
4. Essa inconstância com a ortografia não é permanente e a superação das falas depende de ensino sistemático, já que não são dedutíveis como a construção da escrita.

Hipótese silábico-alfabética
1.Neste nível a criança utiliza a hipótese silábica e alfabética da escrita, ao mesmo tempo - momento de transição: a criança não abandonou a hipótese anterior, mas já ensaia novos avanços.
2. Esses avanços só podem ocorrer se forem oferecidas informações às crianças através de formas fixas que permitam o refinamento da aprendizagem do valor sonoro convencional das letras e das oportunidades de comparar os diversos modos de interpretação da mesma escrita.
Hipótese silábica

1. A criança inicia a tentativa de estabelecer relações entre o contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro;
2. A estratégia da criança é a de atribuir a cada letra ou marca escrita o registro de uma sílaba falada; essa marca poderá ser uma letra (com valor sonoro convencional ou não), pseudoletra, número;
3. A criança começa a perceber que a escrita representa partes sonoras da fala;
4. Conflito, principalmente quando tem que escrever palavras monossílabas – para eles é necessário um número mínimo de letras para cada palavra;
5. Muitas vezes enxertam letras no meio ou final das palavras para que possa parecer estar escrito uma palavra correta;
6. Não é necessário empregar o valor sonoro convencional das letras – P poderá representar a sílaba BA, por exemplo.
7. Esse conflito (número mínimo de letra), acaba por ser deixado de lado, num determinado momento da evolução da criança predominando apenas a lógica da hipótese silábica .

Hipótese silábica

1. A criança inicia a tentativa de estabelecer relações entre o contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro;
2. A estratégia da criança é a de atribuir a cada letra ou marca escrita o registro de uma sílaba falada; essa marca poderá ser uma letra (com valor sonoro convencional ou não), pseudoletra, número;
3. A criança começa a perceber que a escrita representa partes sonoras da fala;
4. Conflito, principalmente quando tem que escrever palavras monossílabas – para eles é necessário um número mínimo de letras para cada palavra;
5. Muitas vezes enxertam letras no meio ou final das palavras para que possa parecer estar escrito uma palavra correta;
6. Não é necessário empregar o valor sonoro convencional das letras – P poderá representar a sílaba BA, por exemplo.
7. Esse conflito (número mínimo de letra), acaba por ser deixado de lado, num determinado momento da evolução da criança predominando apenas a lógica da hipótese silábica .

Hipótese pré-silábica
- A criança não registra traços no papel com a intenção de realizar o registro sonoro do que foi proposto para a escrita

Nível 1 – Escrita indiferenciada

1. Baixa diferenciação entre a grafia de uma palavra e outra;
2. Traços semelhantes entre si;
3. Traços descontínuos – se a criança tem maior contato com letras de imprensa;
4. Traços contínuos – se a criança tem mais contato com a escrita com letra cursiva;
5. O que diferencia uma palavra da outra é a intenção do produtor, portanto, a interpretação só poderá ser feita por quem escreveu;
6. Muitas vezes a criança não consegue identificar o que escreveu – leitura instável;
7. Costumam grafar palavras de acordo com o tamanho do que está representando;
8. Algumas vezes usam como estratégia o pareamento de desenhos com as palavras – para poder ler com mais segurança – mas também pode caracterizar uma certa insegurança ao decidir que letras deva usar. Essa dificuldade acontece porque ainda não compreendem a função da escrita e confundem o que é escrita com desenhos.

Nível 2 – Diferenciação da escrita

1. A característica principal das escritas desse nível é a tentativa sistemática de criar diferenciações entre os grafismos produzidos; mas a escrita continua não analisável em partes levando a criança a interpretá-la globalmente;
2. Hipótese da quantidade mínima de caracteres e a necessidade de variá-los;
3. Já possuem a intenção de objetivar as diferenças do significados das palavras;
4. Arranjam as letras que conhecem – por poucas que sejam.
5. Na figura abaixo, Bárbara demonstra notável aquisição cognitiva quando arranja as 6 letras que conhece (I-E-A-F-L-P) de forma a representar as palavras sugeridas.
6. Nesta idade ainda não tem mecanismo para comparar palavras que não estejam próximas.
7. Neste nível poderá ter se apropriado de algumas escritas estáveis – principalmente do próprio nome.


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