A lei em si não basta, é preciso que modifiquemos o ensino-aprendizagem para que tenhamos um resultado eficaz, valorizando conhecimentos dessa cultura, procurando fazer acontecer mudanças necessárias. Aprendemos a história dos outros, ou parte dela, no entanto a cultura universal inclui feitos afros de grande impor tância, principalmente em nosso país. Entretanto estes feitos são desconhecidos ou desprezados pela educação brasileira. Uma sociedade democrática e justa inclui todos os setores da população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação.
Objetivos gerais
• Romper com o modelo pedagógico vigente, incluindo afro-brasileiros na condição de decisórios para a construção da sociedade.
• Proporcionar condições a alunos e professores de apropriarem-se de novos saberes sobre a cultura afro-brasileira.
• Promover uma nova visão da história dos africanos do período colonial, com seus reinados e impérios, sua cultura e os reflexos sobre a vida do afro-brasileiro em geral.
• Garantir ao afro-brasileiro a construção de sua personalidade com referência em outros negros.
• Proporcionar condições ao afro-brasileiro de promover a cidadania e a igualdade racial, alcançáveis por meio de uma pedagogia multirracial.
Objetivos específicos
• Identificar tempo e espaço da origem dos grupos africanos que vieram para o Brasil.
• Reconhecer que o tráfico humano foi uma atividade fundamental para o capitalismo mercantilista.
• Perceber os diferentes tipos físicos entre os africanos.
• Perceber os diferentes tipos de religião, costumes e línguas presentes na África.
• Constatar diferenças e semelhanças de vida entre afro-brasileiros e negros de outros países.
• Despertar para a africanicidade brasileira em manifestações na arte, esportes, culinária, língua, religião, como elementos de formação da cidadania.
• Reconhecer o papel do negro na definição e na defesa do território, os quilombos rurais e urbanos, o negro na periferia e na questão de posses de terras.
• Comparar o relacionamento entre africanos na era pré-colonial, no período de dominação europeia e na atualidade.
• Discutir e conhecer as personalidades negras que deixaram ou estão deixando sua contribuição nos diversos setores da sociedade, como expressões culturais, desportivas, artísticas, políticas, musicais, religiosas etc.
Avaliação
Será considerada satisfatória se todas as etapas dessa atividade temática forem desenvolvidas, de modo a aperfeiçoar a democracia representativa, a construir consciência de igualdade e percebermos que todos cooperativamente podem construir uma sociedade mais fraterna e justa. Também que se consiga organizar a culminância marcada para 16 a 20 de novembro, de forma a congregar todas as turmas e suas produções e coincidir com o Dia Nacional da Consciência Negra e a presença eterna de Zumbi dos Palmares.
Ações do Projeto
• Questionar os alunos sobre o que sabem, que ideias e opiniões, dúvidas ou hipótese sobre o tema em debate, valorizando seus conhecimentos.
• Propor novos questionamentos.
• Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações em livros, jornais, revistas, filmes, fotos, visitas, passeios e confrontar dados e abordagem.
• Trabalhar com documentos variados, edificações, plantas urbanas, mapas, instrumentos de trabalho, rituais, adornos, meios de comunicação, vestimentas, textos, imagens e filmes.
• Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas, organização de informações coletadas, como obter informações de documentos, como proceder em visitas e estudos.
• Promover estudos e reflexões sobre diversidade de modo de vida e de costumes dos afro-brasileiros.
• Promover estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de elementos afro-brasileiros na localidade.
• Debater questões do dia a dia dos afro-brasileiros.
• Construir com os alunos: resumos orais, em forma de textos, gráficos, linha de tempo, criação de brochuras, murais, teatros, danças, coreografias, comidas, vestimentas, instrumentos utilizados no trabalho, nos rituais, nas danças, exposições e estimular a criatividade expressiva.
• Propor pesquisa específica envolvendo rituais e superstições hoje concebidas que percorreram tempo e espaço na sociedade brasileira envolvendo a etnia afro-brasileira.
• Propor pesquisa científica envolvendo culinária afro-brasileira e sua inclusão no dia a dia do povo brasileiro, e em especial da comunidade local.
• Propor a culminância dos trabalhos em forma de feira pedagógica, com apresentações de todas as atividades planejadas.
• Propor novos questionamentos.
• Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações em livros, jornais, revistas, filmes, fotos, visitas, passeios e confrontar dados e abordagem.
• Trabalhar com documentos variados, edificações, plantas urbanas, mapas, instrumentos de trabalho, rituais, adornos, meios de comunicação, vestimentas, textos, imagens e filmes.
• Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas, organização de informações coletadas, como obter informações de documentos, como proceder em visitas e estudos.
• Promover estudos e reflexões sobre diversidade de modo de vida e de costumes dos afro-brasileiros.
• Promover estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de elementos afro-brasileiros na localidade.
• Debater questões do dia a dia dos afro-brasileiros.
• Construir com os alunos: resumos orais, em forma de textos, gráficos, linha de tempo, criação de brochuras, murais, teatros, danças, coreografias, comidas, vestimentas, instrumentos utilizados no trabalho, nos rituais, nas danças, exposições e estimular a criatividade expressiva.
• Propor pesquisa específica envolvendo rituais e superstições hoje concebidas que percorreram tempo e espaço na sociedade brasileira envolvendo a etnia afro-brasileira.
• Propor pesquisa científica envolvendo culinária afro-brasileira e sua inclusão no dia a dia do povo brasileiro, e em especial da comunidade local.
• Propor a culminância dos trabalhos em forma de feira pedagógica, com apresentações de todas as atividades planejadas.
Raça e Etnia
O conceito de raça está intimamente relacionado com o âmbito biológico, as diferenças decaracterísticas físicas que fazem daquele grupo social um grupo particular. Pode-secompreender melhor o que se quer dizer quando fala-se de raça quando se atenta para asquestões de cor de pele, tipo de cabelo, conformação facial e cranial, ancestralidade e genética. O conceito de Etnia está relacionado ao âmbito da cultura, os modos de viver, costumes,afinidades lingüísticas de um determinado povo criam as condições de pertencimento naqueladeterminada etnia. Pode-se compreender melhor as questões étnicas a partir dos inúmerosexemplos que enchem a televisão de manchetes, como os eternos conflitos entre grupos étnicosno oriente médio que vivem em disputa política por territórios ou por questões religiosas.Porém estes conceitos não são suficientes para que se possa compreender a realidade dos setores sociais que sofrem com estas questões, sobretudo os negros e indígenas aqui no Brasil.
Juventude negra
A juventude negra experimenta hoje um grande desafio no que tange reverter à realidade histórica dos negros, realidade essa que vem sido inscrita no país desde a chegada dos colonizadores há 500 anos. A dimensão de se pensar a juventude negra brasileira é que ela representa o maior seguimento populacional de jovens do país; São 16 milhões de jovens, o que significa que 47% da juventude brasileira é negra. Isso deveria merecer uma maior atenção nas políticas públicas de forma a reverter à discriminação racial, desigualdade econômica e a falta de acesso a lazer e educação, que são uma realidade cotidiana da maioria dos jovens negros.Conquistas importantes na luta do negro no BrasilA juventude negra continua no mesmo movimento histórico que sua raça desenhou desde que chegou como escravos no país, criando espaços de resistência com o objetivo de articular um diálogo entre a juventude negra do país. Os jovens negros tem utilizados ferramentas da internet para promover discussão e articulação dos jovens em fóruns estaduais e nacionais, a partir da organização dos ENJUNE, Encontro Nacional de Juventude Negra.
Atualmente e existem algumas leis que protegem os negros da discriminação racial. A Lei nº 9.459 , que complementou a Lei nº 7.716, define o racismo como crime.
Outra conquista importante no âmbito da educação e da preservação da cultura dos negros foi a Lei nº 10.639/03, que alterou a Lei nº 9.394/96 – das Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que incluiu no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática de História e Cultura Afro-Brasileira.
Outra lei importante é a de cotas para negros nas Universidades, que assegura 20% das vagas em Universidades para negros, pardos e indígenas.
Também existem várias ações que estão sendo desenvolvidas em diferentes setores e lideranças sociais onde a juventude negra atua junto a juventude organizada no sentido de buscar uma unificação com as reivindicações mais globais.
Porém a forma mais simples que a juventude negra está usando para mobilizar os jovens é através de ações culturais como o hip hop, dos grupos de capoeira entre outros que abrem mais informais para um movimento mais amplo de denúncia do racismo, a discriminação, a violência e a falta de oportunidades imposta pela sociedade a este seguimento.
Vale salientar que a Juventude Negra como organização é fruto do Movimento Negro que vem ao longo da história lutando, resistindo e propondo políticas públicas como atualmente o estatuto de igualdade racial na perspectiva do Movimento Negro, e a luta pela implementação de um plano político de igualdade racial no Brasil.
Saiba mais sobre o ENJUNE no encontro de São Paulo e a história do Movimento Negro
Você sabia?
O Dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra. Nesta data é feriado em algumas cidades do país, ela representa a luta e comemoração de todas as conquistas do Movimento Negro até hoje. Esta data foi escolhida em homenagem a Zumbi, líder do quilombo dos Palmares. Este quilombo foi considerado o maior foco de resistência negra à escravidão. Zumbi lutou bravamente contra a escravidão dos negros no Brasil e foi assassinado em 1695 entrando para a história como um exemplo de resistência e de luta.
Juventude Indígena
Os dados sobre juventude indígena apontam índices alarmantes de alcoolismo, infecção pela AIDS e DSTs e tal situação merece uma atenção em forma de políticas públicas voltada para trabalhos educativos que levem em consideração a cultura destes povos.
Algumas ações estão sendo feitas para promover discussões em trono da juventude indígena é a Conferência Livre da Juventude Indígena, como a que ocorreu no estado de Alagoas, em janeiro de 2008 contando com a participação de mais de trezentos jovens indígenas e também o Seminário Cultural da Juventude Indígena que já está da terceira edição são espaços onde a juventude indígena está se articulando e pensando sua realidade.
JUVENTUDE XUCURU, Engajamento e comprometimento!
Pode-se fazer um destaque a luta da juventude indígena no trabalho que vem sendo feito nas aldeias Xucuru de Ororubá, onde está sendo feito um forte resgate das práticas de sociabilidade e ritualística tem servido para uma reorganização política e cultural deste povo.
Desde que o jovem, filho do cacique Chicão que foi assassinado, assumiu p comando da tribo, isso redefiniu o papel da participação da juventude, participando intensamente das retomadas de terra indígena e dos rituais tradicionais das aldeias contribuindo para um novo papel da juventude entre os Xucurus.
Links:
- Agência Afropress
- Ceafro – Educação e Profissionalização para Igualdade Racial e de Gênero
- Criola (RJ)
- Dia da consciência Negra
- Fórum de Juventude Negra do RJ
- Fórum Nacional da Juventude Negra
- Fundação Cultural dos Palmares
- Grupo Cultural AfroReggae (RJ)
- Lei que obriga o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas do Brasil
- Municípios que comemoram com feriado o Dia da Consciência Negra
- Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial
- SOS Racismo – Portugal
- Web Brasil Indígena
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