Educar é Semear

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Recuperação


ORIENTAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS DE APOIO




Recuperação Contínua







O grupo de apoio – recuperação contínua – é um dos dispositivos de intervenção, que tem a finalidade de oferecer um atendimento aos alunos que ainda necessitam de um trabalho intensivo para a aprendizagem da leitura e escrita, a partir das necessidades apresentadas. Trata-se, portanto, de uma intervenção mais incisiva no processo de aprendizagem dos alunos com vistas à conquista das expectativas de aprendizagem estabelecidas para a série.
Neste semestre, a ideia é agrupar por série os alunos que estão no início da leitura convencional e alunos com escrita não alfabética. Para esses, é importante que o agrupamento não seja numeroso, para que o professor tenha condições de intervir de forma mais incisiva no processo de aprendizagem.
O trabalho com alunos com pouco domínio da leitura consiste em ajudá-los a desenvolver a leitura autônoma; já com alunos com escrita não alfabética, o trabalho está em fazê-los compreender o funcionamento do sistema alfabético de escrita.
Quanto aos alunos com hipótese de escrita silábica alfabética é importante que participem desses dois grupos, em sistema de rodízio, ou seja, ora o estudante está num grupo como parceiro mais experiente, ora no outro com parceiro menos experiente.






Sugestão:Reorganizar as séries 2 a 3 vezes por semana por um período de 1h a 1h30.
• Agrupamento – os professores das mesmas séries trocam entre si:
o Um professor fica com os alunos não alfabéticos. No caso da 1ª série, se houver muitos alunos nessa condição, formar grupos apenas de alunos que apresentam escrita pré-silábica, escrita silábica sem valor sonoro e silábica com valor sonoro. À medida que for diminuindo o
número de alunos com essas escritas, colocar o aluno com escrita silábico-alfabética também com esse grupo, pois ele é um excelente parceiro para o avanço do aluno com escrita silábica com valor sonoro.
Nas outras séries, em que provavelmente o número de crianças com escrita não alfabética é menor, o aluno com escrita silábico-alfabética desde o início pode alternar: ora fica num grupo (com os alunos com escrita alfabética), ora fica noutro (escrita não alfabética).
• Conteúdo proposto:
o Para o agrupamento de alunos não alfabéticos: reflexão sobre o sistema de escrita por meio de atividade de escrita, priorizando o uso de letras móveis. Esse trabalho será orientado na formação.
o Agrupamento de alunos alfabéticos – Leitura (autonomia, procedimentos, comportamentos e capacidades de leitura) e reflexão sobre o sistema ortográfico.
Não se esquecer de alternar a participação nos grupos dos alunos com escritas silábico-alfabéticas.




•Atividades:o Agrupamento de alunos não alfabéticos:
􀂃 Escrita de lista e textos de memória em que se propõe às duplas que cada um dos componentes coloque uma letra para assim irem discutindo a forma de escrever.
Usar as atividades dos livros de 1ª e 2ª série. Quando as atividades de escrita se esgotarem, o professor poderá transformar as atividades de leitura em atividade de escrita. Por exemplo, leitura de títulos de histórias, os alunos poderão escrevê-las.
􀂃 Atividade de escrita coletiva. O professor dita uma palavra e pede a um aluno que escreva na lousa a 1ª letra. O segundo aluno a continuar a escrita também coloca só uma letra, mas antes tem de verificar se concorda com a letra que o colega colocou. Se não, justifica, faz a alteração que julgar necessária e coloca a letra seguinte. E assim prosseguem até a última letra a ser colocada. Depois, ainda, pode-se solicitar aos alunos que verifiquem se é daquela forma mesmo ou se ainda precisa mudar ou acrescentar alguma letra.
A atividade de escrita coletiva também deve ser realizada com os alunos com escrita alfabética e escrita silábico-alfabética. Além disso, eles podem escrever em duplas, com o uso de letras móveis, títulos de histórias, um verso de uma de parlenda, por exemplo. Para isso, eles recebem todas as letras necessárias para escrever o solicitado, e a condição é: não podem sobrar letras. O objetivo para os alunos com escrita alfabética é refletir sobre as questões ortográficas, e para o aluno com hipótese de escrita silábica alfabética é refletir sobre as regras de funcionamento do sistema alfabético de escrita.
• Agrupamentos de alunos no início da leitura convencional – leitura de textos de divulgação científica conforme orientação dada na formação e as orientações didáticas do Guia de 2ª série, volume 1, páginas 48 a 55.
Seguir as mesmas orientações e até os mesmos textos para alunos no início da leitura convencional das outras séries. As atividades para desenvolver a autonomia leitora pelo aluno podem ser realizadas na primeira e segunda semana da recuperação contínua, ou seja, todos os dias em que tiver grupo de apoio. Na semana seguinte, além dessas atividades, o professor pode introduzir a leitura de textos de divulgação científica, a princípio uma vez por semana. Além disso, o professor de cada classe, quando estiver com todos os alunos, também pode propor a leitura desses textos.


* PROGRAMA LER E ESCREVER - DIRETORIAS DA REGIÃO SUL DA CIDADE DE SÃO PAULO

CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO DOS ALUNOS PARA A RECUPERAÇÃO PARALELA 2009




A Recuperação Paralela é um dos mecanismos que a escola possui para atender à diversidade de características e ritmos de aprendizagem dos alunos.

Tendo em vista que as Expectativas de Aprendizagem devem orientar o professor na identificação dos alunos que necessitam de apoio para superar dificuldades momentâneas por meio da Recuperação Contínua e Paralela, cabe à escola oferecer oportunidades de aprendizagem redirecionando ações de modo que as dificuldades diagnosticadas possam ser superadas.

É importante ressaltar que há expectativas de aprendizagem que podem e devem ser alcançadas na rotina semanal ou nos momentos reservados para a recuperação contínua, não justificando o encaminhamento do aluno para a Recuperação Paralela, como por exemplo: “apreciar textos literários” (presente nas quatro séries do Ciclo I do Ensino Fundamental).

Por outro lado, há algumas expectativas que devem ser priorizadas na decisão do encaminhamento ao projeto, dos alunos que não as alcançaram. Destaca-se nesse caso a expectativa: “compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita”.

Nos momentos de estudo e planejamento coletivo, faz-se necessário elencar quais as expectativas de aprendizagem que realmente demandam o encaminhamento do aluno para os estudos de Recuperação Paralela.

Para o desenvolvimento das atividades deste Projeto, cada unidade escolar deve elaborar projetos especiais que devem se constituir mediante proposta do Conselho de Classe/Série e/ou do Professor Coordenador, a partir da análise das informações de avaliação diagnóstica registradas pelo(s) professor (es) regente(s), cabendo a este(s), a identificação das dificuldades dos alunos, a definição dos conteúdos, das expectativas de aprendizagem e dos procedimentos avaliatórios a serem adotados.
Tais projetos devem contemplar:


* Justificativa: descrição da necessidade de encaminhamento dos alunos à Recuperação Paralela, com apontamentos das necessidades específicas de aprendizagem;
* Objetivo: atingir as expectativas de aprendizagem da série.
* Conteúdos: Especificação dos conteúdos que nortearão o Projeto.
* Avaliação: Formas e instrumentos pelos quais os alunos participantes da Recuperação Paralela serão avaliados, incluindo o momento de discussão coletiva junto ao professor regente para efetivação da avaliação final.



A Diretoria de Ensino, por meio do Supervisor da Escola e da Oficina Pedagógica deverá:
· analisar os projetos apresentados pelas escolas, fundamentando-se nas Expectativas de Aprendizagem, aprovando-os, quando as ações propostas forem compatíveis com o diagnóstico das dificuldades apresentadas pelos alunos;
· orientar, acompanhar e avaliar a implementação dos projetos de recuperação da aprendizagem;
· capacitar as equipes escolares e os professores encarregados das atividades de recuperação paralela;
· avaliar os projetos em andamento e decidir sobre sua continuidade.

Com o objetivo de organizar o registro de acompanhamento do aluno no processo de recuperação paralela, propomos os seguintes instrumentos para serem utilizados pelos professores envolvidos no Projeto:

1- FICHA DE ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO DO ALUNO- RECUPERAÇÃO PARALELA/ 2009
- para ser utilizada pelo professor regente e pelo coletivo de professores em discussão na HTPC e no Conselho de Classe . Este documento deverá ser preenchido: inicialmente pelo professor regente indicando qual expectativa necessita ser alcançada pelo aluno durante o processo de recuperação paralela; ao longo do processo, pelo professor da turma de recuperação paralela que, após discussão coletiva, registrará os encaminhamentos didáticos, os avanços da aprendizagem, bem como as observações feitas no decorrer das aulas;

2- MAPA DA TURMA - exclusivo para os alunos que não compreendem o funcionamento alfabético do sistema de escrita - para ser utilizado pelo professor da turma de recuperação paralela, com o objetivo de orientar o registro do acompanhamento da turma (Quadro III).Ele deverá aplicar duas sondagens, sendo uma inicial e outra final, conforme orientação abaixo:

Proposta de avaliação diagnóstica: Escrita de uma lista

CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DA LISTA· Lista de 4 palavras: polissílaba, trissílaba, dissílaba e monossílaba;
· As sílabas contíguas não podem repetir as mesmas vogais;
· Palavras em ordem decrescente em relação ao número de sílabas;


CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
· A atividade deve ser realizada individualmente;
· Ditar sem forçar a silabação das palavras;
· Solicitar a leitura da criança após a escrita de cada palavra.
· Não corrigir;
· Ditar uma frase em que apareça uma das palavras ditadas anteriormente.

Analisar as escritas e posteriormente registrar o desempenho dos alunos, no mapa da turma.


1- QUADRO DIAGNÓSTICO DE PRODUÇÃO DE TEXTO
- exclusivo para os alunos que não atingiram as expectativas de aprendizagem relativas à produção de texto. para ser utilizado pelo professor da turma de recuperação paralela, com o objetivo de orientar o registro do acompanhamento da turma. Ele deverá aplicar duas sondagens, sendo uma inicial e outra final, conforme orientação abaixo:

Proposta de avaliação diagnóstica: Reescrita de conto conhecido.

ORIENTAÇÃO PARA A REESCRITA DO CONTO
· Levantar uma lista dos contos conhecidos pelos alunos;
· Individualmente, devem escolher um dos contos, e escrevê-lo da melhor forma possível, procurando lembrar de todos os detalhes da história.

Analisar as produções de textos e os critérios para a atribuição de conceitos da correção e posteriormente registrar o desempenho dos alunos, no Quadro Diagnóstico.

Outra questão importante que vale a pena ressaltar trata da permanência do aluno no projeto de recuperação paralela a cada semestre. Assim que o aluno tiver superado as dificuldades que o encaminharam para o projeto, este poderá ser dispensado da recuperação paralela, disponibilizando a oportunidade para outro. Dessa forma, a permanência do aluno no projeto poderá ser transitória, não se condicionando ao período do mesmo, ou seja ao verificar que o aluno superou a dificuldade pela qual foi encaminhado para o projeto, este deixará de freqüentar a turma de recuperação paralela e os resultados obtidos das atividades desenvolvidas serão incorporados à avaliação bimestral.

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