Psicopedagogia/Escola/Família - Educação com disciplina ou indisciplina?
A indisciplina é um fenômeno complexo, interdisciplinar e contextualizado, que tem crescido
muito nas últimas décadas e está presente tanto na escola pública,
quanto na privada, no ensino fundamental, como no ensino médio.
A intervenção psicopedagógica,
ajudará no processo de mediação e/ou a solução do problema a partir do
estabelecimento de uma relação dialógica e de processos grupais entre os
atores envolvidos, quais sejam: escola – aluno – família.
A proposta
de intervenção psicopedagógica consiste no entendimento, na
construção e desconstrução dos significados da indisciplina escolar, na
busca por suas causas e descoberta das consequências, mas, sobretudo, na
busca conjunta por soluções. O psicopedagogo mediará tarefas a partir
de trabalhos com os grupos operativos. A aproximação, o diálogo, a
construção da identidade, indivíduo-grupo, como também, a construção e
desconstrução de conceitos, possibilitada mudanças na forma como
professores, alunos, e pais percebem o espaço e papel da escolar, e de
si mesmo, a própria indisciplina. Aos poucos, como construto de muitas mãos e processo conjuntos, poderá emergir ações minimizadoras do problema da indisciplina.
Sabemos que a estrutura familiar
foi modificada ao longo dos anos, alguns pais já não impõem os mesmos
limites que eram impostos antigamente. Há famílias que deixam,
exclusivamente, para a escola a incumbência de ensinar limites e valores
aos seus filhos. Isto acarreta mais "trabalho" para o professor, mas
não fazê-lo só irá prejudicar ainda mais o cotidiano em sala de aula.
Não é raro
presenciar alunos que desrespeitam seus pais em público, nem por isso
deve-se tolerar o desrespeito ao professor. Por mais que a criança não
tenha regras e limites perante a família, deve ser orientada que o mesmo
não será tolerado no ambiente escolar. Nos primeiros anos das séries
iniciais as crianças incorporam facilmente os limites e regras, mesmo
que em família isto não ocorra. Há o relato de Caio, um aluno do 2º ano
do fundamental que em casa não colabora com a mãe e evita a execução de
qualquer ordem imposta por ela, além de respondê-la com total falta de
educação. Quando não é atendida opta pela famosa "surra". Já em sala o
mesmo aluno, mantêm o material organizado e sempre executa suas
atividades escolares e com raras exceções é necessário chamar sua
atenção mais que uma vez. Pode-se analisar que o erro esta na conduta da
mãe, pois esta não deixa claro ao filho os limites e regras que deve
seguir, além de não ser um modelo a ser seguido, pois já o abandou
inúmeras vezes devido a depressão.
Ser um exemplo auxilia na construção do caráter da criança, mesmo que
ela não tenha grandes exemplos em casa, nada a impede de se espelhar no
professor e surpreender ao longo do seu desenvolvimento. Insira em seu
planejamento aulas de boas maneiras, de motivação, de carinho... Não
custa nada e fará muita diferença. Principalmente, dê o exemplo. Seja e
transpareça honestidade, bom humor, criatividade, justiça, amor.
Não há uma fórmula mágica a ser seguida pelo professor, o conselho é:
"enxergar o aluno" e aprender a "amá-lo" como indivíduo. Caso você leia
isto e dê risadas, sinceramente abandone o cargo. Porque o que faz o
professor ser um excelente educador é isto: AMOR. Caso contrário
corre-se o risco de ter uma aposentadoria precoce ou passar pela vida de
crianças sem ser notado.
É fácil e cômodo "gritar aos quatro ventos" que fulano não tem jeito e
nunca irá melhorar pois a família não coopera. A cooperação familiar faz
falta sim, mas nem por isso pode-se assinar um atestado de "fracasso" a
criança. Há tantos relatos de pessoas que superaram as expectativas. Um
exemplo que está na mídia é o de Roberto Carlos Ramos, contador de
história de fama mundial, foi considerado um caso irrecuperável. Você
queria ter assinado este atestado?
Por Ana Paula Ruggini Zarpelon, professora atuante em escola de periféria no município de Curitiba - Para saber mais:Roberto Carlos Ramos - site oficial
Indisciplina na Sala de Aula...o que fazer?
Como lidar com os grupinhos que não param de conversar e não participam das atividades?
E com os que, semana após semana, deixam de fazer a lição?
Sem
falar nos problemas mais graves, como a falta de respeito dentro da
classe, os xingamentos e, o pior, as agressões verbais e físicas.
Pesquisa realizada no ano passado pelo Observatório do Universo Escolar,
em parceria com o Ministério da Educação, constatou que a indisciplina é
uma das causas mais apontadas pelos professores para o fracasso do
planejamento inicial.
"A
família não impõe limites!" "É a televisão que educa as crianças."
"Eles não estão a fim de nada, não têm jeito!" Quantas vezes você já não
ouviu (ou proferiu) essas frases? Não há dúvidas de que boa parte do
problema passa mesmo pela família, ausente e desestruturada, pelos
programas de TV, cada vez mais violentos, e pelo próprio jovem, cujo
caráter ainda está em formação. Mas saber disso não resolve o problema.
Autoridade se constrói
É impossível
falar de indisciplina sem pensar em autoridade. E é impossível falar de
autoridade sem fazer uma ressalva: ela não é dada de mão beijada, mas é
algo que se constrói. Ou seja, ter autoridade é muito diferente de ser
autoritário (leia o quadro abaixo).
Dizer "não faça isso", ameaçar e castigar são atitudes inúteis.
O estudante
precisa aprender a noção de limite e isso só ocorre quando ele percebe
que há direitos e deveres para todos, sem exceção.
Um professor autoritário... | Um professor com autoridade... |
...exige silêncio para ser ouvido; | ...conquista a participação com atividades pertinentes; |
...pede tarefas descontextualizadas; | ...mostra os objetivos dos exercícios sugeridos; |
...ameaça e pune; | ...escuta e dialoga; |
...quer que a classe aprenda do jeito que ele sabe ensinar; | ...procura adequar os métodos às necessidades da turma; |
...não tem certeza da importância do que está ensinando; | ...valoriza o conteúdo de sua disciplina na construção do conhecimento; |
...quer apenas passar conteúdos; | ...adapta os conteúdos aos objetivos da educação e à realidade do aluno; |
...vê o aluno como um a mais. | ...vê o aluno como um ser humano. |
Um
dos obstáculos mais frequentes na hora de usar o mau comportamento a
favor da aprendizagem é uma atitude comum a muitos professores: encarar a
indisciplina como agressão pessoal.
"Não
podemos nos colocar na mesma posição do jovem", adverte Julio Aquino,
professor de Psicologia da Educação na Universidade de São Paulo (USP).
Quando
a desordem se instala, diz ele, é fundamental agir com firmeza. Como
fazer isso? Não há fórmulas prontas, mas um bom caminho é discutir o
caso com os envolvidos e aplicar sanções relacionadas ao ato em questão.
O
professor precisa desempenhar seu papel o que inclui disposição para
dialogar sobre objetivos e limitações e para mostrar ao aluno o que a
escola (e a sociedade) esperam dele. Só quem tem certeza da importância
do que está ensinando e domina várias metodologias consegue desatar
esses nós.
Maria
Isabel Fragoso, professora de História do Colégio Albert Sabin, em São
Paulo, sabe que sua disciplina requer muitas aulas expositivas. Mas ela
notou que não conseguia atenção suficiente ao falar diante do
quadro-negro. A saída foi propor à garotada a criação de encenações
sobre alguns períodos históricos. Resultado: o desinteresse e a bagunça
logo se transformaram em mais concentração.
De
maneira geral, as escolas consideram rebeldia as transgressões às
regras de convivência ou a não adequação a um modelo ideal seja em
relação ao ritmo de aprendizagem (bom é quem aprende rápido) seja em
relação ao comportamento (só queremos os obedientes). O primeiro passo é
tomar consciência de que a inquietação é inerente à idade e faz parte
do processo de desenvolvimento e de busca do conhecimento. O segundo,
aceitar as diferenças. "A adolescência, em especial, é a fase de
descobrir e de testar limites", diz o psicólogo português Daniel
Sampaio, autor de Indisciplina: Um Signo Geracional.
Ana Paula Gama,
regente de uma turma de 4ª série da Escola Municipal de Ensino
Fundamental Vianna Moog, em São Paulo, conta o que fez para "domar" um
garoto tido como o terror em pessoa. "Augusto*, então com 12 anos, era
conhecido desde a 1ª série como agressivo e desinteressado. A mãe
freqüentemente assistia às aulas a seu lado e ajudava nas lições de
casa. Tudo em vão", lembra a professora.
Experiências com Estratégias que funcionaram
na prática,poderão ajudar você, professor(a):
Ana
Paula começou a pedir ajuda na arrumação da sala e na distribuição e
recolhimento de material. Em pouco tempo, ele tomou a iniciativa de
abandonar as carteiras do fundão e a sentar-se na frente. Passou a
prestar atenção, a freqüentar as classes de reforço e a oferecer-se para
executar as mais variadas tarefas. "Ela incentivou o lado bom do
estudante, mostrou que ele pode ser útil", analisa Cintia Freller. Só
com carinho e atenção, Ana Paula fez com que Augusto superasse o estigma
de aluno-problema.
"Quando há
relacionamento afetuoso, qualquer caso pode ser revertido em pouco
tempo", afirma Tânia Zagury, psicóloga e pesquisadora em educação.
Ana Cely
Monteiro da Silva, da Escola Municipal Ciro Pimenta, em Belém, precisou
de apenas três meses para incluir Márcio* na turma de 2ª série. Com 13
anos, ele não tinha amigos, ameaçava os colegas e se dizia "do mal".
Faltava muito e, quando aparecia, contestava tudo.
Cely sabia que o
problema estava em casa. Por ocasião do Dia dos Pais, ela decidiu
trabalhar um texto sobre relacionamento familiar. Na hora do debate,
Márcio expôs o próprio drama: pai desempregado, alcoólatra e violento.
"Ele tinha bom vocabulário e gostava de expor suas idéias", lembra a professora. O passo seguinte foi elogiar as colocações do menino e propor discussões sobre outros temas. Ao ver seus interesses contemplados na classe, o jovem se tornou assíduo e participativo.
"Ele tinha bom vocabulário e gostava de expor suas idéias", lembra a professora. O passo seguinte foi elogiar as colocações do menino e propor discussões sobre outros temas. Ao ver seus interesses contemplados na classe, o jovem se tornou assíduo e participativo.
"Aliar as
necessidades de ensino-aprendizagem às preferências da turma é uma
estratégia que sempre dá certo", garante Nívea Maria de Carvalho
Fabrício, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Como enfrentar os "rebeldes" | |
Esqueça a imagem do aluno "ideal";
Observe a criança e o grupo com atenção;
|
Procure criar
situações, com histórias ou brincadeiras, que levem a turma a refletir
sobre o comportamento de um ou mais colegas, sem expô-los;
|
Converse com os que atrapalham a aula, ouvindo suas razões;
|
Não abra mão do objeto de seu trabalho, que é o conhecimento;
|
Não rotule o aluno, em hipótese alguma;
|
Diferencie as aulas, evitando rotinas;
|
Esclareça as conseqüências para a aprendizagem das atitudes consideradas inadequadas;
|
Lembre-se de que os conteúdos podem ser atitudinais, e não apenas factuais e conceituais.
|
Limites e figura de autoridade
Quando ouvimos educadores ou psicólogos falarem sobre regras e limites que devem
serem transmitidos pelo pais aos seus filhos, nos parece uma tarefa
fácil. Porém, porque será que na prática essas questões se tornam
tarefas tão difíceis? Em princípio, temos que levar em conta uma
questão: para que pais ou responsáveis pela criança possam transmitir
limites, precisam inevitavelmente lidar com suas próprias questões e
problemas relacionados a limites.
Um
pai ou mãe que teve dificuldades em apreender os limites dados pelos
seus pais, possivelmente, terá dificuldades em transmiti-los aos seus
filhos. Por exemplo: como um pai poderá exigir do seu filho que esse não
cometa excessos, se ele mesmo comete.
Por
fim, é fundamental que os pais estejam constantemente revendo seus
comportamentos, atitudes, valores e princípios, a fim de passar para os
filhos o que seja adequado.
Os
pais devem ter autoridade junto aos filhos e não apenas serem figuras
punitivas e repressivas, ter autoridade é ser firme e passar
educacionalmente para as crianças a firmeza dos seus valores. Essa é a
maneira pela qual a criança vai lidar com seus limites e criar uma base
para a introjeção das regras sociais na vida adulta. (Rose Araújo)
O que é respeito? Como se ensina a respeitar?
• O que é respeito?
É
dar atenção, honra e consideração. Respeitar para ser respeitado, essa é
a chave do sucesso. Esse é o lema que todos devemos aprender.
.Onde deve começar?
Em casa, entre os pais, para que seja um exemplo a ser seguido pelos filhos.
.Quando começar?
Desde que o bebê nasce e ele pode ver que o respeito reina em sua família.
Em casa, entre os pais, para que seja um exemplo a ser seguido pelos filhos.
.Quando começar?
Desde que o bebê nasce e ele pode ver que o respeito reina em sua família.
•
A criança aprende a respeitar quando ela tem bons exemplos em casa. Não
adianta ensinar seu filho a não xingar ou não gritar, quando ele vê
você fazer isso diariamente, dentro e fora de casa. Assim é importante
que os pais ajam sempre como o tipo de pessoa que eles gostariam que
seus filhos fossem. Lembrem que os pais são modelo e referencial para
seus filhos.
• Muitos pais
confundem respeito com permissividade. Absolutamente errado. Respeitar
os filhos não é deixá-los fazer o que eles querem. Os pais são
responsáveis pela educação dos filhos e faz parte dessa educação colocar
regras e limites e orientá-los sobre como se comportar. Mas também
precisam ouvir a criança, conhecer os filhos, dar atenção e
consideração. Assim eles se sentirão amados e cuidados em suas
necessidades.
Brincar educa
Crianças
precisam brincar. A brincadeira faz parte de seu desenvolvimento,
amadurecimento, socialização e interação com o mundo que o rodeia.
Quando a criança nasce ela não sabe brincar, precisa aprender. E quem
vai ensinar essa criança a brincar? Os pais, principalmente, mas também
os outros adultos que convivem com ela. Como? Brincando com ele e não
mandando "vai brincar".
Papai e mamãe,
brinquem com seu filho com brincadeiras simples que possam ser um
momento delicioso para eles e para vocês também.
Uma criança aprende mais pelo que vê do que pelo que ouve
Isso quer dizer
que seu exemplo de vida, papai e mamãe, vai ficar impregnado em seus
filhos muito mais do que discursos ou sermões. Não siga o ditado "faça o
que eu digo mas não faz o que eu faço". Não dá certo. Por isso é que os
filhos se parecem com os pais, porque imitam tudo o que os pais fazem e
dizem. Eles copiam o jeito de falar, de agir, de comer, de se vestir,
de andar, etc. Vocês pais são os referenciais de conduta de seus filhos.
Vocês são os herois dos pequenos. Seja um heroi de verdade. Seja um
heroi do bem, um heroi positivo.
Momentos de lazer são muito importantes para a criança
• Estabeleça
uma rotina para que seus filhos tenham esses momentos, livres de toda
responsabilidade de atividades escolares ou outros compromissos diários
para poder brincar. Cuidado para não sobrecarregar sus filhos com
atividades extra escolares como aulas de inglês, computação, natação,
futebol, ballet, etc., etc., etc. É muito bom que as crianças façam
esportes e estudem inglês, mas cuide de que não seja em excesso.
• Proporcionar
um tempo de lazer para as férias é muito importante para relaxar e mudar
a rotina de toda a família. Os acampamentos de férias são muito
saudáveis, divertidos e estimulantes. Ajudam as crianças a desenvolver
relacionamentos e a fazer atividades dirigidas longe dos pais. Tenha
cuidado ao escolher o adequado para seus filhos. Informe-se, conheça e
decida com responsabilidade qual é o melhor lugar para seus pequenos.
• Outra
sugestão para os momentos de lazer em família é a visita aos museus.
Pode parecer um programa um pouco chato para uma criança, somente para
adultos ou para quem gosta de arte. Mas há uma grande variedade de
museus interessantes para todas as idades e gostos. Visitar um museu é
uma experiência muito rica na qual podemos unir diversão com educação.
Para tornar o dia inesquecível para os filhos, o melhor é planejá-lo com
antecedência. Informe-se e bom passeio, seus pequenos vão adorar.
INCENTIVANDO...
Todo início de
ano os professores constroem com as crianças as regras da sala. Depois
de um tempo alguns acabam esquecendo de seguir estas regrinhas, e o
educador acaba passando a maior parte do tempo "dando babada" na turma.
Durante todo o
ano as regras devem ficar expostas na sala, sugiro que aluno possua, no
crachá ou agenda escolar, uma ficha (fig.1), onde constam alguns itens
que a criança deve seguir: capricho, comportamento, tarefas de casa e da
escola. A cada item realizado, preenche-se com um OK. A periodicidade
do preenchimento depende de você: diária, semanal, quinzenal ou mensal.
Eu fazia
diariamente, a cartela durava uma semana. Ao final da semana premiava
quem possuía a cartela totalmente preenchida, a recompensa ou prêmio era
ser ajudante durante toda a semana, caso existissem muitas crianças com
tudo ok, dividia as tarefas. É extremamente importante recompensar a
criança de alguma forma, e não esquecer dos elogios, a recompensa social
é muito importante.
Caso você
possua alguma criança com desvio de conduta, faça uma tabela
diferenciada com os comportamentos que ela deve seguir, exemplo:
permanecer sentada durante as tarefas, ser educado com os colegas e
funcionários, prestar atenção durante as atividades, etc.
PARANDO PARA PENSAR...
A super babá
Nany, possui um método chamado "cantinho da disciplina". Você pode
pensar! Como vou usar isto em sala de aula? Os pais podem não gostar!!
Tudo depende da maneira que você vai realizar isto! Com jeitinho tudo se
ajeita, não é?!
Combine com as
crianças um método para que elas saibam que estão realizando um
comportamento inadequado, e que pode levá-las ao "cantinho da
disciplina". o método 1, 2, 3 e bastante adequado. Este método, criado
por Thomas W. Phelan e Sarah Jane Schonour, consiste em chegar até a
criança que você quer que pare com determinado comportamento
(ex.:provocar colegas), olhá-la seriamente nos olhos e contar 1, caso a
criança não pare parta para o 2 e caso ainda insista vá para o 3 e,
imediatamente, peça que ela sente em um canto da sala. Avise-a que ela
permanecerá pelo tempo de x minutos (1 minuto para cada ano de idade).
Não a coloque de costas para a turma ou peça que abaixe a cabeça, isto
caracteriza humilhação, mas lembre-se de colocá-la em um canto que não
tenha estímulos (jogos, revistas, etc.). Afinal ela precisa pensar no
que fez. Comece a cronometrar somente quando a criança for até o local
determinado. Ah, sempre faça cara de paisagem, isto demonstra que você
está no controle, geralmente funciona. Nada de alterar a voz!
Não dê lição de
moral ou faça um discurso, não adianta! Converse com a criança após ela
cumprir o tempo no "cantinho", questione se ela entendeu o que fez e
porque ficou sentada. Faça ela pedir desculpa, caso ela tenha entendido,
um abraço não é nada mal! rs Lembre-se de aplicar este método quando a
coisa for séria, nada de exagerar e colocar a criança no cantinho por
qualquer motivo. Muitas vezes uma simples advertência resolve.
NADA COMO UMA BOA ROTINA...
Crianças
geralmente são ansiosas, então nada melhor do que estabelecer uma
rotina. Tenha o hábito que anotar de um lado do quadro, o que acontecerá
no dia. Assim as crianças ficam mais tranquilas e mais propensas a
cumprir suas tarefas.
Algumas
crianças precisarão de uma rotina mais específica, anote na agenda todos
os passos que ela deve seguir e juntamente risque os que já foi
realizado. De início não exagere nas tarefas, pois a criança pode se
recusar a fazê-las por achar que não conseguirá vencê-las. (http://alfabetizacaoconsciente.blogspot.com.br/)
Sabemos que a
estrutura familiar foi modificada ao longo dos anos, alguns pais já não
impõem os mesmos limites que eram impostos antigamente. Há famílias que
deixam, exclusivamente, para a escola a incubência de ensinar limites e
valores aos seus filhos. Isto acarreta mais "trabalho" para o professor,
mas não fazê-lo só irá prejudicar ainda mais o cotidiano em sala de
aula.
Não é raro
presenciar alunos que desrespeitam seus pais em público, nem por isso
deve-se tolerar o desrespeito ao professor. Por mais que a criança não
tenha regras e limites perante a família, deve ser orientada que o mesmo
não será tolerado no ambiente escolar. Nos primeiros anos das séries
iniciais as crianças incorporam facilmente os limites e regras, mesmo
que em família isto não ocorra. Há o relato de Caio, um aluno do 2º ano
do fundamental que em casa não colabora com a mãe e evita a execução de
qualquer ordem imposta por ela, além de respondê-la com total falta de
educação. Quando não é atendida opta pela famosa "surra". Já em sala o
mesmo aluno, mantêm o material organizado e sempre executa suas
atividades escolares e com raras exceções é necessário chamar sua
atenção mais que uma vez. Pode-se analisar que o erro esta na conduta da
mãe, pois esta não deixa claro ao filho os limites e regras que deve
seguir, além de não ser um modelo a ser seguido, pois já o abandou
inúmeras vezes devido a depressão.
Ser um exemplo
auxilia na construção do caráter da criança, mesmo que ela não tenha
grandes exemplos em casa, nada a impede de se espelhar no professor e
surpreender ao longo do seu desenvolvimento. Insira em seu planejamento
aulas de boas maneiras, de motivação, de carinho... Não custa nada e
fará muita diferença. Principalmente, dê o exemplo. Seja e transpareça
honestidade, bom humor, criatividade, justiça, amor.
Não há uma
fórmula mágica a ser seguida pelo professor, o conselho é: "enxergar o
aluno" e aprender a "amá-lo" como indivíduo. Caso você leia isto e dê
risadas, sinceramente abandone o cargo. Porque o que faz o professor ser
um excelente educador é isto: AMOR. Caso contrário corre-se o risco de
ter uma aposentadoria precoce ou passar pela vida de crianças sem ser
notado.
É fácil e
cômodo "gritar aos quatro ventos" que fulano não tem jeito e nunca irá
melhorar pois a família não coopera. A cooperação familiar faz falta
sim, mas nem por isso pode-se assinar um atestado de "fracasso" a
criança. Há tantos relatos de pessoas que superaram as expectativas. Um
exemplo que está na mídia é o de Roberto Carlos Ramos, contador de
história de fama mundial, foi considerado um caso irrecuperável. Você
queria ter assinado este atestado?
(Ana Paula Ruggini Zarpelon, professora atuante em escola de periféria no município de Curitiba). - Para saber mais:Roberto Carlos Ramos - site oficial
Aprendendo a ser um superprofessor a indisciplina deixará de ser um problema.
Para Içami Tiba (1998) existem muitos professores hoje em dia, mas
mestres são poucos. Vou substituir a palavra mestre por superprofessor
(para mim Mestre só há Um). Ser superprofessor não é fácil, pois é
necessário entrar no cotidiano do aluno, se colocar no lugar dele na
hora da aprendizagem. Tem que cativar, é ter o domínio da turma sem se
valer da sua posição de autoridade.
É
ter AMOR, nada mais ou menos que isso. É necessário amar as crianças e
deixar isto transparecer em suas aulas. É querer que eles aprendam para
que tenham um futuro ou uma oportunidade melhor. O superprofessor
planeja aulas criativas e com conteúdos que atraíam os alunos. Sabemos
que existem conteudos "chatérrimos" mas é aí que sua criatividade deve
atingir o ponto máximo.
Acredito
que alfabetizadores já são superprofessores, pois trabalham com o
lúdico constantemente e isto as crianças adoram. Já não vemos muito
disso nas séries seguintes, quanto maior o aluno menos criatividade
parece haver no planejamento. Os pré- adolescentes e mesmo os
adolescentes adoram aulas bem humoradas, então invista no seu lado
cômico, quando o professor passa conteúdo através de uma música ou uma
piada, os alunos se sentem estimulados a passar a informação adiante e
assim a retem mais facilmente. Quem fez cursinhos com certeza teve
professores que mais pareciam comediantes, e lembram que a aulas ficavam
mais leves.
Para ser um superprofessor você precisa:
- estar bem consigo mesmo, física e psicologicamente;
- reciclar-se constantemente, fazer cursos e ler muito;
- entender o aluno;
- conhecer e considerar as etapas de desenvolvimento;
- conhecer a realidade que cerca o aluno e empenhar-se em melhorar o seu ambiente de trabalho.
Para ser um superprofessor você precisa:
- estar bem consigo mesmo, física e psicologicamente;
- reciclar-se constantemente, fazer cursos e ler muito;
- entender o aluno;
- conhecer e considerar as etapas de desenvolvimento;
- conhecer a realidade que cerca o aluno e empenhar-se em melhorar o seu ambiente de trabalho.
Mesmo
que não se acredite na santidade, Jesus foi um verdadeiro Mestre, Ele
conseguia ensinar as pessoas de maneira extraordinária. As pessoas
tinham sede de saber mais, de seguí-lo.
Para mim nas faculdades deveriam haver testes de "cativar", neles deveriam ser analisado a capacidade da pessoa cativar o próximo, só assim o diploma seria entregue.
Referência Bibliográfica:TIBA, Içami. Ensinar Aprendendo. São Paulo: Editora Gente, 1998.
Para mim nas faculdades deveriam haver testes de "cativar", neles deveriam ser analisado a capacidade da pessoa cativar o próximo, só assim o diploma seria entregue.
Referência Bibliográfica:TIBA, Içami. Ensinar Aprendendo. São Paulo: Editora Gente, 1998.
Enfoque Psicopedagógico:
Pensar e realizar uma relação dialógica e dinâmica deve proporcionar:
-Instituição Escola,
repensar suas posturas, metodológicas, a organização de seus espaços e
tempos, os recursos e profissionais da educação, o Projeto Político
Pedagógico e o currículo escolar; a instituição.
-Família, repensar sua identidade e seu papel, seus valores e importância, sua estrutura,
organização e modelos; ao Profissional da Educação a ressignificação seu papel, de sua
imagem e seu fazer, seus direitos, deveres e valor.
-Aluno,
a possibilidade de construção da sua identidade individual e coletiva, o
auto- entendimento e auto-compreensão, a condição de se perceber dentro
de uma história que também é sua.
História que se faz na, pela e com aprendizagem.
É
fundamental também, que a escola crie mecanismos, política e regras
a partir da colaboração, das discussões e contribuições dos professores,
pais e alunos para o melhor andamento das atividades. Esses mecanismos e
políticas devem levar em consideração, a ressignificação do papel da
escola, do professor e seus novos desafios e significados no mundo
atual. (Joedson Brito dos Santos)
Material de Apoio (Abordagem teórica com a prática da escola)
Os recursos são viavéis. Os resultados são significativos.
(Rosangela Vali)
Livro: Ação psicopedagógica na sala de aula:
uma questão de inclusão
Autor: Márcia Ferreira
Editora: Paulus Editora
A Psicopegagogia no Âmbito da Instituição Escolar Autora: Laura Monte Serrat Barbosa - Editora: ExpoenteLaura de Monte Serrat trata da dinâmica escolar e do papel da psicopedagogia nesta dinâmica, ao mesmo tempo que relata sua vivência, faz considerações teóricas sobre o tema e provoca novas reflexões e novos desafios. | |
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