sexta-feira, 29 de março de 2013

Textos


O Velho, o Menino e a Mulinha

O Velho, o Menino e a Mulinha

O pai chamou o filho e disse:
- Vá ao pasto, pegue a bestinha ruana e apronte-se para irmos à cidade, que quero vendê-la.
O menino foi e trouxe a mula. Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para melhor impressionar os compradores.
De repente:
- Esta é boa! – exclamou um viajante ao avistá-los. O animal vazio e o pobre velho a pé! Que despropósito! Será promessa, penitência ou caduquice? . . .
E lá se foi, a rir.
O velho achou que o viajante tinha razão e ordenou ao menino:
- Puxa a mula, meu filho. Eu vou montado e assim tapo a boca do mundo.
Tapar a boca do mundo, que bobagem! O velho compreendeu isso logo adiante, ao passar por um bando de lavadeiras ocupadas em bater roupas num córrego.
- Que graça! – exclamaram elas. – O marmanjão montado com todo o sossego e o pobre menino a pé . . . Há cada pai malvado por este mundo de Cristo . . . Credo! . . .
O velho danou e, sem dizer palavra, fez sinal ao filho para que subisse à garupa.
- Quero só ver o que dizem agora . . .
Viu logo. O Izé Biriba, estafeta do correio, cruzou com eles e exclamou:
- Que idiotas! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez . . . Assim, meu velho, o que chega à cidade não é mais a mulinha; é a sombra da mulinha . . .
- Ele tem razão, meu filho, precisamos não judiar o animal. Eu apeio e você, que é levezinho, vai montado.
Assim fizeram, e caminharam em paz um quilômetro, até o encontro com um sujeito que tirou o chapéu e saudou o pequeno respeitosamente:
- Bom dia, príncipe!
- Por que príncipe? – indagou o menino.
- É boa! Porque só príncipes andam assim de lacaio à rédea . . .
- Lacaio, eu? – esbravejou o velho. – Que desaforo! Desce, desce, meu filho, e carreguemos o burro às costas. Talvez isto contente o mundo . . .
Nem assim. Um grupo de rapazes, vendo a estranha cavalgada, acudiu em tumulto, com vaias:
- Hu! Hu! Olha a trempe de três burros, dois de dois pés e um de quatro! Resta saber qual dos três é o mais burro . . .
- Sou eu! – replicou o velho, arriando a carga. Sou eu, porque venho há uma hora fazendo não o que quero, mas o que quer o mundo. Daqui em diante, porém, farei o que me manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já vi que morre doido quem procura contentar toda gente . . .

(Monteiro Lobato)

Vocabulário:
ruana: de pêlo branco com manchas escuras e arredondadas
despropósito: absurdo, inconveniência
estafeta: entregador de cartas e telegramas; carteiro
lacaio: criado que acompanha o amo em passeio
arriando: descendo, descarregando
replicou: respondeu

Questões:

1) Quais são os personagens principais do texto? (0,5)

2) O que iam fazer na cidade pai e filho e que providências foram tomadas antes de partirem? Por que foram tomadas tais providências? (1,5)

3) Relacione as críticas feitas por cada um dos personagens: (Não copie do texto. Elabore a resposta.) (2,0)
o viajante:____________________________
as lavadeiras:____________________________
Izé Biriba:__________________________________
os rapazes: _________________________________

Assinale a alternativa certa, em relação ao velho no texto: (0,5)
( ) Não respondeu às críticas em nenhum momento, de nenhuma forma.
( ) Não respondeu às críticas com palavras, mas com gestos que demonstravam seu respeito às críticas.
( ) Respondeu às críticas com palavras, por isso o texto está inteiro com diálogos.

4) O filho, no texto, é um personagem: (0,5)
( ) maravilhoso, porque é muito obediente, apesar de, às vezes, discordar do pai.
( ) sábio, porque diz grandes verdades ao pai.
( ) apagado, sem vontade própria: fala pouco, só obedece.

6) Na sua opinião, a pessoa que vive preocupada em agradar os outros, é segura, confia em si mesma, ou é insegura e não se conhece direito? Redija um comentário a respeito. (1,0)

7) Retire do texto: (1,0)
a) dois substantivos: _______________
b) dois adjetivos: ___________________
c) dois artigos definidos: ______________
d) dois artigos indefinidos: ____________
e) dois verbos: ______________________

8) Leia com atenção o décimo sexto parágrafo . (1,0)

a) Em que tempo estão empregados os verbos? ________________

b) Reescreva o parágrafo modificando o tempo verbal para o presente.

O Tijolo de Ouro


O sujeito era mão-de-vaca mesmo. Unha-de-fome como só ele. Passou a vida inteira gastando só o mínimo necessário, explorando seus empregados, privando os filhos até do essencial e juntou uma verdadeira fortuna. Com ela comprou um grande tijolo de ouro.
Ali estava o tijolo. Resultado de toda uma vida de avareza, de sovinice, de munhequice. O sujeito ficava até vesgo olhando para o tal tijolo. De noite, foi para o quintal, sorrateiramente. Abriu um buraco e enterrou lá o tijolo de ouro. Foi dormir e sonhou com o seu tijolo.
Daquele dia em diante, toda hora que podia ele ia até o quintal e ficava olhando para o lugar onde enterrara o tijolo, namorando a terra como se ela fosse a moça mais bonita do mundo. Olhava e suspirava, olhava e suspirava.
Passaram-se os anos. Todos os dias era a mesma coisa. Assim que tinha um tempinho, lá ia o avarento espiar e suspirar para a terra. Tanto olhou, tanto suspirou, por tantos anos em torno do mesmo lugar, que acabou chamando a atenção de um vizinho. Do outro lado do muro, o vizinho ficava de olho no avarento e desconfiou de tantos olhares apaixonados e de tantos suspiros.
Uma noite, o vizinho pulou o muro, cavou a terra e roubou o tijolo de ouro.
No dia seguinte, o pobre do avarento ficou louco.
- Roubaram meu tijolo de ouro! Roubaram meu tesouro! Roubaram minha vida!
- Todos na redondeza correram para a casa do sujeito ao ouvir tamanha gritaria. Depois que, em meio a soluços e lamentações, o avarento conseguiu contar o que tinha acontecido, um velho perguntou:
- Mas por que você não deixou o ouro em casa, para ir gastando aos poucos?
- Gastando? Ficou louco? O senhor acha que eu ia gastar sequer um grãozinho do ouro que me custou tanto para juntar?
- Nesse caso, meu amigo – aconselhou o velho -, enterre uma pedra qualquer no lugar do tijolo de ouro. E venha toda hora olhar para mesmo lugar e suspirar como sempre fez. Tanto faz se dentro do buraco tem uma pedra ou um tijolo de ouro. Para o senhor, a serventia é a mesma, não é?

(Pedro Bandeira)

1) Como o avarento conseguiu juntar bastante dinheiro para comprar um grande tijolo de ouro?
2) Como o vizinho descobriu o tijolo de ouro do avarento?
3) Como se sentiu o avarento ao perceber que tinha sido roubado?
4) Pense no conselho dado pelo velho ao avarento. Você também diria a mesma coisa? Por quê?

5) Na sua opinião, que mensagem essa história quer passar aos leitores?

6) Você acha que há pessoas que agem como o avarento da história, vivendo apenas para juntar dinheiro? Comente sua opinião a respeito desse comportamento.

7) Se você pudesse escrever um bilhete ao avarento, o que você lhe diria?
REFLEXÃO E USO DA LÍNGUA
6) Destaque do texto:

a) uma frase exclamativa_________________
b) uma frase interrogativa__________________

Retire do texto:

a)uma palavra trissílaba paroxítona ________
b)uma palavra proparoxítona ______________
c)uma palavra dissílaba oxítona __________________
d)um monossílabo tônico ___________________

9) Baseando-se no assunto apresentado no texto, construa uma frase bem interessante onde apareçam dois adjetivos. Circule os adjetivos e sublinhe os substantivos a que eles se referem.

10) Complete o texto abaixo usando apenas substantivos e adjetivos.

Mais um ___________ chega ao final. Foi um ano ___________________ , ____________________ mas também muito ___________________ . Freqüentei a __________________ e aprendi muitas coisas. A matéria de que mais gosto é _______________, cuja professor (a) esse ano foi o (a) ______________________ . É um (a) professor (a) _________________ , ____________________ e ___________________ . Aprendi também que na vida devemos ser _________________ , ___________________ , __________________ e ______________________________ .
Espero que no próximo ____________ haja _______________ , _______________ e ___________________ no mundo todo e que as pessoas procurem ser cada vez __________________. O mundo precisa muito, mas muito mesmo de ___________________

Chapeuzinho Vermelho de raiva


Chapeuzinho Vermelho de raiva

- SENTA AQUI MAIS PERTO, CHAPEUZINHO. FICA MAIS PERTINHO
DA VOVÓ, FICA.
- MAS VOVÓ, QUE OLHO VERMELHO... E GRANDÃO... O QUE
HOUVE?
- AH, MINHA NETINHA, ESTES OLHOS ESTÃO ASSIM DE TANTO
OLHAR PRA VOCÊ. ALIÁS VOCÊS ESTÁ QUEIMADA HOJE, HEIN ?
- GUARUJÁ, VOVÓ. PASSEI O FIM DE SEMANA LÁ. A SENHORA
O ME LEVA A MAL, NÃO, MAS A SENHORA ESTA COM UM NARIZ TÃO
GRANDE, MAS TÃO GRANDE, TÃO ESQUISITO, VOVÓ.
- ORA, CHAPÉU, É A POLUIÇÃO. DESDE QUE COMEÇOU A
INDUSTRIALIZAÇÃO DO BOSQUE, QUE É UM DEUS-NOS-ACUDA. FICO
O DIA TODO RESPIRANDO ESTE AR HORRÍVEL. CHEGUE MAIS PERTO,
MINHA NETINHA, CHEGUE.
- MAS, EM COMPENSAÇÃO, ANTES EU LEVAVA MAIS DE DUAS
HORAS PARA VIR DE CASA ATÉ AQUI E AGORA, COM A ESTRADA
ASFALTADA, EM MENOS DE QUINZE MINUTOS CHEGO AQUI COM A
MINHA MOTO.
- POIS É, MINHA FILHA. E O QUE TEM AI NESTA CESTA ENORME ?
- PUXA, JÁ IA ME ESQUECENDO: A MAMÃE MANDOU UMAS
COISAS PARA A SENHORA. OLHA AI: MARGARINA, MAIONESE
HELLMANN’S,
MAS É PARA A SENHORA COMER UM SÓ POR DIA, VIU ? LEMBRA DA
INDIGESTÃO DO CARNAVAL ?
- SE LEMBRO, SE LEMBRO...
- VOVÓ SEM QUERER SER CHATA.
- ORA, DIGA.
- SUAS ORELHAS. A ORELHA DA SENHORA ESTÁ TÃO GRANDE.
E, AINDA POR CIMA PELUDA. CREDO, VOVÓ !
- AH, MAS A CULPADA É VOCÊ. SÃO ESTES DISCOS MALUCOS
QUE VOCÊ ME DEU. ONDE JÁ SE VIU FAZER MUSICA DESSE TIPO ?
UM HORROR !! VOCÊ ME DESCULPE PORQUE FOI VOCÊ QUE ME
DEU, MAS ESTAS GUITARRAS, É GUITARRA QUE DIZ, NÃO É ? POIS É,
ESTAS GUITARRAS SÃO MUITO BARULHENTAS... NÃO HÁ OUVIDO QUE
AGÜENTE MINHA FILHA. MÚSICA É A DO MEU TEMPO, AQUILO SIM, EU
E SEU FINADO AVÔ, DANÇANDO VALSAS... AH, ESSA JUVENTUDE ESTÁ
PERDIDA MESMO.
- POR FALAR EM JUVENTUDE, O CABELO DA SENHORA ESTÁ UM
BARATO,
ISSO ?
- TAMBÉM TENHO DE ENTRAR NA MODA, NÃO É MINHA FILHA ?
OU VOCÊ QUERIA QUE EU FOSSE DOMINGO AO PROGRAMA DO GUGU
DE
CHAPEUZINHO PULA PRA TRÁS:
- E ESTA BOCA IMENSA ??!!
A AVÓ PULA DA CAMA E COLOCA AS MÃOS NA CINTURA, BRAVA:
- ESCUTA AQUI, QUERIDINHA: VOCÊ VEIO AQUI HOJE PRA ME
CRITICAR, É?

MÁRIO PRATA

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

1- PELA LEITURA DA TEXTO, ONDE SE PASSA A HISTORIA ?------

2- QUAIS SÃO OS PERSONAGENS DO TEXTO ?

3- POR QUE VOCÊ ACHA QUE O TEXTO RECEBEU O NOME
“CHAPEUZINHO VERMELHO DE RAIVA”?

4- ESTAVA QUEIMADA ?

5- DE ACORDO COM O TEXTO POR QUE O NARIZ DA VOVÓ ESTAVA
GRANDE?

6- QUAL O BENEFÍCIO QUE A INDUSTRIALIZAÇÃO PROPORCIONOU A
CHAPEUZINHO ?

7- NA HISTORIA ORIGINAL O QUE CHAPEUZINHO LEVAVA PARA A
VOVÓ ?

8- O QUE A VOVÓ ACHA DO ROCK ?

9- QUAL O PROGRAMA DE TELEVISÃO QUE A VOVÓ GOSTA ?

10- QUANDO A VOVÓ PULOU DA CAMA O QUE VOCÊ PENSOU QUE ELA
IRIA FAZER ?

11- ESTA HISTORIA É UMA ADAPTAÇÃO DE UM CONTO DE FADA.

A- QUAIS ERAM OS PERSONAGENS DO TEXTO NA HISTORIA ORIGINAL ?

B- QUAL A DIFERENÇA DO CONTO ORIGINAL DE CHAPEUZINHO
VERMELHO PARA O CHAPEUZINHO VERMELHO DE RAIVA ?

C- COMO ACABAVA A HISTORIA ORIGINAL ?

12- O QUE VOCÊ ACHOU DA HISTORIA CHAPEUZINHO VERMELHO DE
RAIVA

13- QUANDO A VOVÓ DISSE: “- ESCUTA AQUI QUERIDINHA: VOCÊ VEIO
AQUI PRA ME CRITICAR É ?!”, NO LUGAR DE CHAPEUZINHO, O QUE
VOCÊ RESPONDERIA ?

VIVENCIANDO OS FATOS

1- VOCÊ TEM AVÓS ?

2- COMO É SEU RELACIONAMENTO COM ELES ?

3- ALGUMA VEZ ELES JÁ PERDERAM A PACIÊNCIA COM VOCÊ ? POR QUÊ ?

4- SEUS AVÓS JÁ LHE CONTARAM ALGUMA HISTORIA DA ÉPOCA DE
CRIANÇA DELES ? QUAL ?

5- O QUE VOCÊ GOSTARIA DE DIZER PRA ELES MAS NUNCA TEVE
CORAGEM DE FALAR ?

GRAMÁTICA

1- CIRCULE NO TÍTULO DA HISTÓRIA UM ADJETIVO:

CHAPEUZINHO VERMELHO DE RAIVA

2- LEIA O TRECHO A SEGUIR:

GUARUJÁ, VOVÓ. PASSEI O FIM DE SEMANA LÁ. A SENHORA NÃO ME
LEVA A MAL, NÃO, MAS A SENHORA ESTÁ COM UM NARIZ TÃO GRANDE,
MAS TÃO GRANDE, TÃO ESQUISITO, VOVÓ.

RETIRE DESTE TRECHO:

A) UM SUBSTANTIVO COMUM: __________________________________

B) UM ARTIGO DEFINIDO:______________________________________

C) PRONOME DEMONSTRATIVO:________________________________

D) PRONOME DE TRATAMENTO:_________________________________

3- VEJA O TRECHO A SEGUIR:

MAS, EM COMPENSAÇÃO, ANTES EU LEVAVA MAIS DE DUAS HORAS
PARA VIR DE CASA ATÉ AQUI E AGORA, COM A ESTRADA ASFALTADA,
EM MENOS DE QUINZE MINUTOS CHEGO AQUI COM A MINHA MOTO.

RETIRE DESTE TRECHO:

A) UMA PALAVRA MONOSSÍLABA __________________________________

B) UMA PALAVRA DISSÍLABA ________________________________________

C) UMA PALAVRA TRISSÍLABA: _________________________________

D) UMA PALAVRA POLISSÍLABA ____________________________________

4- QUANTOS PARÁGRAFOS TEM O TEXTO: ___________

5- IDENTIFIQUE OS TIPOS DE FRASES:

A) -TAMBÉM TENHO DE ENTRAR NA MODA,NÃO É MINHA FILHA?
_________________________________________________

B) - SUAS ORELHAS. A ORELHA DA SENHORA ESTÁ TÃO GRANDE. E,
AINDA POR CIMA PELUDA. CREDO, VOVÓ !

_____________________________________________________________

C) - ORA, CHAPÉU, É A POLUIÇÃO.

______________________________________________________________

D) - NÃO HÁ OUVIDO QUE AGUENTE MINHA FILHA.

______________________________________________________________

6- NA FRASE ABAIXO, QUAL É O SUJEITO E QUAL É O PREDICADO?

A MAMÃE MANDOU UMAS COISAS PARA A SENHORA.

SUJEITO DA ORAÇÃO: _________________________

VERBO: __________________________________________

PREDICADO DA ORAÇÃO: _____

O CONSELHEIRO

O CONSELHEIRO

Contam que um certo lavrador possuía um burro que o repouso engordara e um boi que o trabalho abatera.
Um dia, o boi queixou-se ao burro e perguntou-LHE:
”Não TERÁS ó irmão, algum conselho que me salve desta dura labuta?”
O burro respondeu: “Finge-te de doente e não comas tua ração. Vendo-te assim, nosso amo não te levará para lavrar o campo e TU DESCANSARÁS”.
Dizem que o lavrador entendia a linguagem dos animais, e compreendeu o diálogo entre o burro e o boi.
Na manhã seguinte, viu que o boi não comera a sua ração: deixou-o e levou o burro em seu lugar. O burro foi obrigado a puxar o arado o dia todo, e quase morreu de cansaço. E lamentou o conselho que dera ao boi.
Quando voltou à noite perguntou-lhe o boi:
- Como VAI, querido irmão?
- Vou muito bem, respondeu o burro. Mas ouvi algo que me fez estremecer por tua causa. OUVI NOSSO AMO DIZER: “ Se o boi continuar doente, deveremos matá-lo para não perdermos sua carne”. MINHA OPINIÃO É QUE TU COMAS TUA RAÇÃO E VOLTES PARA TUA TAREFA A FIM DE EVITAR TAMANHO INFORTÚNIO”.
O boi concordou, e devorou imediatamente toda a sua RAÇÃO. O lavrador estava ouvindo, e riu.

estudo do texto

1. O conselheiro de que fala o título do texto é:
a) o boi; b) o burro; c) o LAVRADOR.

2. De quem partiu a iniciativa, isto é, o desejo do conselho: do boi ou do burro? Justifique sua resposta baseando-se no texto:

3. Por que o boi foi pedir conselho ao burro?

4. o conselho dado pelo burro teve algum efeito? Justifique sua resposta, com palavras do texto:

5. Foi bom para o burro ter dado o conselho ao boi? Por quê?

6. O burro ficou prejudicado pelo conselho que deu ao boi. Como conseguiu safar-se da nova situação?

7. A qualidade do burro que mais se destaca na história é:
a) a esperteza; b) a maldade; c) a preguiça;

8. a característica dolavrador que mais chama a atenção é:
a) a paciência b) a compreensão; c) a esperteza

9 – Assinale a alternativa que melhor se relaciona com o texto:
a) o boi é um animal PREGUIÇOSO;
b) o burro é um animal bem burro MESMO;
c) o burro é um animal esperto;

10. Esse texto pertence ao tipo de história com o gênero FÁBULA POR QUE:
a) é uma história imaginária cujas personagens são animais que conversam, e atrás da história esconde um ensinamento.
b) é uma história muito bacana, bem interessante, o que caracteriza uma fábula.
c) é uma história inventada

11. Em “ possuía um burro que o repouso engordara”, a palavra em destaque significa:
a) preguiça; b) falta de trabalho c) pouco trabalho

12. Em: “o nosso amo não te levará para lavrar”, a expressão sublinhada significa:
a) que o boi e o burro se amavam como irmão;
b) patrão, dono;
c) que o dono gostava dos dois animais;

13. no trecho: “Não te levará para lavrar o campo”. A palavra em destaque lavrar é o mesmo que:
a) plantar b) lavar c) clarear

14. na fala: “Não terás, ó irmão, algum conselho que me salve desta dura labuta?”, a expressão grifada significa:
a) conselho b) folga c) trabalho

15. ilustre o texto:

O príncipe desencantado

O príncipe desencantado
O primeiro beijo foi dado por um príncipe numa princesa que estava dormindo encantada há cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:
- Muito obrigada querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
- Sim, minha querida princesa.
- Então nós temos que nos casar já! Você me beijou, e foi na boca, afinal de contas não fica bem, não é mesmo?
- É ... querida princesa.
- Você tem um castelo, é claro.
- Tenho... princesa.
- E quantos quartos têm o seu castelo, posso saber?
- Trinta e seis.
- Só? Pequeno, heim! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reforma... Deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... Umas quarenta eu acho que dá!
- Tantas assim?
- Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar minhas unhas varrendo, lavando e passando, não é?
- Mas quarenta amas!
- Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal, passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e... jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina!
- Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...
- Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande por aí como uma gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou, que o príncipe se arrependeu de ter ido até lá e a beijado. Então, teve uma idéia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá, adormecida. Parece que a notícia se espalhou e os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.

1. Releia o início do texto e responda: "O primeiro beijo foi dado por um príncipe numa princesa que estava dormindo encantada havia cem anos." a. A que personagem de conto de fadas esse texto se refere? Por quê?
b. Como costumam ser as princesas dos contos de fada tradicionais?
c. Em que a princesa desse texto é diferente das princesas dos contos de fada tradicionais? Como?
d. O que dá humor ao texto?
e. O príncipe se parece com os príncipes dos contos de fada? Por quê?

3. Releia outra parte do texto. "Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido até lá e a beijado. Então teve uma ideia."
Que ideia foi essa?

4. A princesa falou: "- Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!"
a. Por que a palavra não aparece tantas vezes?
b. Por que os príncipes, quando passam pela frente do castelo, assobiam e olham para outro lado?

5. Leia e responda:
- (...) você veio e me beijou e agora vai quere que eu ande por aí como uma gata borralheira?
Quando disse isso, a princesa estava se referindo a uma personagem de um outro conto de fada muito conhecido. Você sabe qual é essa personagem? Como ela se vestia?
6. O que o príncipe quis dizer ao declara que não era o rei das Arábias?

7- Por que o texto recebeu o subtítulo “O príncipe desencantado”?

8. Essa histórias teve um final feliz? Para quem?

9. Na sua opinião, a princesa vai acordar um dia? Por quê?

10. Como nos contos de fadas que você conhece, o texto "O príncipe desencantado" apresenta um príncipe e uma princesa. Para você, o que o texto tem de diferente dos outros contos de fadas?

11- O que mais chamou a sua atenção no texto?

12- Que sentimento(s) a atitude da princesa ao acordar despertou no príncipe? Por quê?
ANÁLISE LINGUÍSTICA DO TEXTO.
1- Dê substantivos próprios às palavras abaixo.
princesa________ príncipe________ castelo___________ rei______

2- Classifique os substantivos abaixo de acordo com o que se pede:
Substantivos

Separação silábica

Nº de sílabas

Classificação quanto ao nº de sílabas

Classificação quanto à tonicidade

Plural dos substantivos
desencantado

De-sen-can-ta-do

5

polissílabas

paroxítona

desencantados
príncipe



esfarrapada
borralheira
adormecida


3- Retire do texto “O PRÍNCIPE DESENCANTADO”: Uma frase:
Interrogativa_______________________________________________________________
Afirmativa__________________________________________________________________
Exclamativa________________________________________________________________
Negativa___________________________________________________________________
4- Dê adjetivos às palavras abaixo.
princesa______________ quartos___________________
príncipe______________ roupas__________________

5- Copie do texto uma palavra que indique:
Quantidade________________
* Ação (verbo)______________________

6- “Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar minhas unhas varrendo, lavando, passando, não é?”
**Com quem a princesa estava falando?___________________________
**A s palavras grifadas são:
( ) verbo no singular ( ) pronome possessivo ( ) adjetivo
**As palavras varrendo, lavando e passando são:
( ) substantivos próprios ( ) coletivos

7- Responda:
a) O texto que você leu é uma versão cômica de um conto de fada muito conhecido. Qual é o nome desse conto?
b) Como costumam ser as princesas dos contos de fada tradicionais?
c) Em que a princesa desse texto é diferente das princesas dos contos de fada tradicionais?
d) O que o príncipe quis dizer ao declarar que não era o rei das Arábias?
e) Essa história teve um final feliz? Para quem?
f) Na sua opinião, a princesa vai acordar um dia? Por quê?
g) Explique o título do texto.

8- Complete o texto, modificando os verbos abaixo para o tempo futuro, de acordo com as informações abaixo.
assistir – passar – tomar – almoçar – pegar
Selminha, minha neta,

No próximo domingo, ________________ àquele filme dos dinossauros. Eu ______________________ na sua casa lá pelas 11horas e nós ______________________ o ônibus para o centro. Chegando lá, ___________________ em algum lugar perto do cinema e __________________ a sessão das três.
Será uma tarde ótima!
Vovô
2. Assim que soube que o príncipe era solteiro, a princesa intimou-o a se casar com ela e começou a fazer uma série de exigências.
a. Faça uma lista do que ela exigiu dele.
b. Por que a princesa faz tantos pedidos?
c. A princesa errou ao tomar essa atitude? Por quê?
d. Diante de tantos pedidos, o que o príncipe respondeu à princesa? Por quê?

A Greve das Namoradas

A Greve das Namoradas
Era uma vez um menino. Pequeno no tamanho, mas enorme namorador. Tinha a idade que se podia contar nos dedos das duas mãos, mas suas namoradas não cabiam nos dedos das suas mãos. Quase ninguém sabia o seu nome. Ele era o Namorado. Desde a primeira série o chamavam assim. Agora, na quarta série, continuava a mesma história. Todos o chamavam Namorado.
Namorado era simpático. Tinha dois olhos pequenininhos, mas vivos, muito vivos e sempre sorridentes. Ele tinha uma boca enorme, com dentes grandes, bem brancos. Usava cabelo comprido, meio liso, meio encaracolado nas pontas. Um cabelo preto, tão preto que até parecia que, com os raios do sol, se tornava azul... Namorado tinha a altura normal para um menino de dez anos. Além disso, era um ótimo aluno, um bom companheiro, enfim, tudo aquilo que os professores gostam de dizer que deve ser um aluno. Só tinha aquela mania: namorava todas as meninas de sua sala de aula. Era assim: ele chegava de manhã na aula e dizia:
- Oi, gurias, tudo bem?! E já ia dando beijinho numa e abracinho na outra, puxando trancinha da Sônia, dizendo que-bonita-que-estás-hoje para a Duca, e assim por diante.
No fundo, no fundo, cada uma ficava chateada, porque Namorado dava atenção para todas elas, mas ao mesmo tempo não dava atenção para nenhuma. E cada qual queria ser a sua namorada, mas isso nunca acontecia. Elas até podiam brigar dizendo “eu sou a namorada principal”, mas isso cada uma poderia querer porque Namorado... nem te ligo, nunca deu atenção maior para uma ou para outra. A cada dia, trazia um presente diferente para alguma de suas namoradas. Porque, diga-se a bem da verdade, namorado era muito carinhoso com todas as namoradas que tinha.
As coisas iam assim, como iam todos os dias, até que certa vez...
- Gurias, vocês viram o que eu vi?
- O que foi que tu viste, Matilde? – as meninas rodeavam a colega, excitadas e curiosas.
- Ontem, na matinê... o Namorado estava com uma outra menina que não é da nossa classe!
- Mas que sem-vergonha!
- Quem é a sirigaita? – foi querendo saber, objetivamente, a Carla.
- Ah, não sei, só sei que não era uma guria da nossa turma. Nem da nossa escola ela era...
- Essa não, e agora, o que vamos fazer?! – choramingava a Susana.
- Eu acho que a gente tem de dar uma lição no Namorado. Agora chega, gurias. Namorar com todas nós a gente aceita, mas trair todas nós com uma estranha...
- Temos de nos vingar.
Naquele dia, o recreio foi muito pequeno para tudo o que as meninas tinham de combinar. Combinar e executar. Executar a partir do dia seguinte. Que, dito e feito, correu como elas haviam combinado. Namorado chegou de manhã na escola e como sempre...
- Oi, gurias, tudo bem?!
Só que dessa vez nenhuma menina respondeu. Namorado repetiu a pergunta. Mais do que não responder, as meninas se afastaram, viraram-lhe as costas, saíram de perto, se fizeram de surdas. Namorado estranhou.
- Oi, gurias, algum problema?
Ninguém respondeu para Namorado e, como a professora já vinha chegando, as coisas ficaram para a hora do recreio. Durante a aula, Namorado sentiu que havia, realmente, algum problema:
- Marisa, me empresta a borracha?
A Marisa não emprestou.
- Tânia, como é a resposta desse problema de matemática?
A Tânia estava surda.
Namorado, pela primeira vez, se sentiu sozinho. Pior: solitário. Terrível! Sem namorada!
Na hora do recreio foi outro problema para ele. Normalmente Namorado convidava alguma menina para ir até o bar do colégio lanchar. Naquele dia, nenhuma aceitou.
Namorado voltou para a segunda parte da aula muito preocupado. Nunca vivera uma situação assim. Esperou que no dia seguinte as coisas mudassem. Não mudaram. E nem no seguinte, e menos ainda no outro... Quando chegou a sexta-feira, Namorado ainda tentou fingir que não havia nada:
- Carminha, a gente vai no cinema no domingo de tarde?
- Não, no domingo vou sair com meu primo...
Namorado sentiu uma coisa muito esquisita no peito, no coração, na boca, algo assim que ele não entendeu muito bem, mas que deu uma fisgada nele, igual ao anzol quando pega na boca do peixe.
Namorado tentou com Julia. E com Sandra. E com Janice... Com todas era a mesma coisa, quer dizer, cada uma tinha uma desculpa diferente. Nenhuma aceitou sair naquele fim de semana com Namorado que, pela primeira vez, ficou um fim de semana sem namorada... Pensou, pensou... “Troco de turma? Troco de escola? Arranjo uma namorada nova? O que eu faço?”
Na segunda-feira, imaginou Namorado, as coisas voltariam a ser como antes. Quer dizer, como sempre haviam sido. Mas chegou a segunda-feira e Namorado viu que, pelo contrário, as coisas continuavam como nos últimos dias, quer dizer, as meninas todas emburradas com ele. Daí, Namorado começou a descobrir o que era solidão. O que era ficar sozinho. E começou a se dar conta de que, na verdade, antes, ele era namorado de todas as meninas, mas verdadeiramente não tinha uma única namorada. Talvez por isso as colegas estivessem sentidas com ele... E refletindo sobre isso, ficou andando pelo pátio, meio sozinho, meio triste, quando bateu em alguém...
- Desculpe...
Sorriu, constrangido. Era Beatriz, da outra quarta série. Namorado lembrou que Beatriz era uma das poucas meninas que não era sua namorada. Talvez porque todos a achassem feia, até ele. Mas agora, com óculos... Com óculos? Cadê os óculos?
- Acho que quebraram... – falou Beatriz, torcendo as mãos, nervosa.
Namorado também ficou nervoso. Que azar! Quebrar os óculos da Beatriz bem agora! Não dava sorte mesmo! Namorado apressou-se a pegar os óculos que estavam no chão. Tirou o lenço, limpou as lentes com cuidado e devolveu os óculos para Beatriz, que os colocou no rosto e sorriu, tímida:
- Obrigada! Você nem me viu, não é?
- Não, eu estava pensando...
- É chato a gente ficar sozinho, não é?
- Como é que você sabe, quer dizer... você acha?
- É, eu quase sempre estou sozinha, tanto que você nem me viu!
Namorado encabulou. Era verdade. Mas naquela hora, até que era uma sorte poder conversar com Beatriz. E então o recreio passou depressa, quase tão depressa quanto passava antes, quando Namorado estava sempre rodeado de suas namoradas. Por isso, no final do recreio, Namorado convidou:
- Você me espera na saída?
- Mas eu nem sei seu nome!
Namorado deu-se conta de que ninguém, antes, havia lhe feito essa pergunta.
- Eu me chamo Dante, e você?
- Beatriz. Te espero na saída, sim... Dante.

(Fonte: HOHLFELDT, Antônio. A greve das namoradas. São Paulo, Editora Ática, 1999 – Fragmento – Adaptação)

O fantástico mistério de Feiurinha

O fantástico mistério de Feiurinha
Era uma vez, há muitos, muitos anos atrás, mais vinte e cinco anos, uma senhora de cabelos negros como o ébano, onde já começavam a apare­cer alguns fios brancos como a neve, bem da cor da pele dela, que também era branca como a neve.
O nome da tal senhora era Branca Encantado. Nos tempos de solteira, o sobrenome dela era “De Neve” mas, depois que se casou com o Príncipe Encantado, Dona Branca passou a usar o sobrenome do marido.
Dona Branca estava com uma barriga enorme, esperando o seu sétimo filho, para ser afilhado­ do sétimo anãozinho, que vivia reclamando pelo fato de todos os outros anões já serem padrinhos de filhos de Dona Branca e faltar um para ser afilhado dele.
Dali a uma semana ia fazer vinte e cinco anos que Dona Branca havia se casado para ser feliz para sempre. E, como você sabe, quem fica vinte e cinco anos casado com a mesma pessoa faz uma bruta festa para comemorar as Bodas de Prata.
Feliz com tudo isso, Dona Branca tricotava um casaquinho de lã para o principezinho que ia nascer, sozinha no grande salão do castelo, forrado de mármore cor-de-rosa e veludo vermelho. Os filho maiores estavam na escola e os menores com as amas. O Príncipe Encantado, como sempre, estava caçando. Foi aí que a grande porta do salão abriu-se e entrou Caio, o lacaio, anunciando:
Alteza, a Senhorita Vermelho acaba de chegar ao castelo e pede...
- Chapeuzinho?! - interrompeu Dona Bran­ca. - Que ótimo! Peça para ela entrar. Vamos, Caio, rápido!
Caio, o lacaio, inclinou-se numa reverência e foi buscar a visitante.
Chapeuzinho Vermelho era a mais solteira das amigas de Dona Branca e uma das poucas que não era princesa. A história dela tinha terminado dizendo que ela ia viver feliz para sempre ao lado da Vovozinha, mas não falava em nenhum príncipe encantado. Por isso, Chapeuzinho ficou solteirona e encalhada ao lado de uma velha cada vez mais caduca.
Com a cestinha pendurada no braço e com o capuz vermelho na cabeça, Dona Chapeuzinho entrou com o lacaio atrás. Dona Branca correu para abraçar a amiga.
- Querida! Há quanto tempo! Como vai a Vovozinha?
- Branca! As duas deram-se três beijinhos, um numa face e dois na outra, porque o terceiro era para ver se a Chapeuzinho desencalhava.
Olhando em volta, para ver se ninguém a ouvia, Chapeuzinho perguntou:
- O Príncipe está no castelo?
- O Príncipe? Que Príncipe?
- O Príncipe Encantado. Seu marido.
- Ah! Não está não. Foi à caça.
- Pois então vamos ao assunto. Eu falei com a Rapunzel Encantado e ela me disse que o Prín­cipe...
- Príncipe? Que Príncipe?...
- O Príncipe Encantado. Marido da Rapunzel.
- Ah...
- Pois é. O marido da Rapunzel encontrou-se com o Príncipe...
- O Príncipe? Que Príncipe?
- O Príncipe Encantado. Marido da Cinderela.
- Ah...
A família Encantado tinha fornecido muitos príncipes para casar com as heroínas dos contos de fada. Por isso, quase todas as princesas tinham o mesmo sobrenome e eram cunhadas entre si. É claro que isso trazia uma certa confusão.
- Resumindo: o Príncipe da Rapunzel encon­trou-se com o Príncipe da Cinderela, que tinha pas­sado pelo castelo da Feiurinha...
- Ah, Feiurinha! - exclamou Dona Branca - Há quanto tempo eu não vejo a minha querida Feiurinha Encantado...
- Pois é exatamente essa a fofoca: há muito tempo ninguém vê a Feiurinha!
- Ela desapareceu?
- Isso mesmo. O Príncipe deve estar des­consolado...
- Que Príncipe?
- O Príncipe Encantado. Marido da Feiurinha.
- Ah...
Dona Branca interpretou à sua maneira, o de­saparecimento da Feiurinha:
- Será... será que ela abandonou o marido?
- E fugiu com outro? Acho difícil. A essa al­tura não existe mais nenhum Príncipe
Encantado solteiro.
- Eu que o diga! Estou cansada de ser solteirona e aguentar aquela Vovó caduca. Tenho procurado feito louca, mas só encontro príncipe casado...
Dona Branca raciocinou:
- Então, se Feiurinha desapareceu, isso sig­nifica que ela pode estar correndo perigo. E, se is­so for verdade, será a primeira vez que uma de nós corre perigo desde que casamos para sermos fe­lizes para sempre!

Pedro Bandeira.O fantástico mistério de Feiurinha. São Paulo, FTD, 1987.

Interpretação do texto
1. Por que a Branca de Neve passou a ser chamada de Branca Encantado?
2. Quem eram os padrinhos dos filhos de Dona Branca Encantado?
3. Por que Chapeuzinho Vermelho não era uma princesa também?
4. Por que o sobrenome de todas as heroínas era Encantado?
5. O narrador do texto é também personagem ou só observador? Escreva uma frase do texto que justifique sua resposta.
Gramática.
1. Retire do texto “O fantástico mistério de Feiurinha”:

a. Dois substantivos próprios -
b. Dois substantivos comuns -
c. Dois adjetivos -
d. Dois artigos -
e. Dois verbos -

2. Forme uma única frase com cinco palavras do exercício 1.

3. Leia com atenção cada série de palavras.

a.

abuso

revisão

reprise

economia

b.

tranquilo

útil

canal

uniforme

Agora, marque a resposta correta:

( ) Na série a, todos os verbos derivados terminam em isar.

( ) Na série b, todos os verbos derivados terminam em izar.

4. Leia as frases abaixo e classifique as palavras sublinhadas:

a. Fernanda é uma menina sapeca e adora pé de moleque.

Fernanda -
b. Márcia vai ao circo brincar com o palhaço.

5. Quais os dias da semana que são substantivos compostos?

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