Brincando
e Aprendendo com os Jogos Pedagógicos
“O ato de jogar é tão antigo quanto
o próprio homem, pois este sempre manifestou uma tendência lúdica, ou seja, um
impulso para o jogo” (RIZZI/ HAYDT, 1987, p.08).
A escola por ser uma instância social a quem compete à educação
sistematizada, ocupa um espaço significativo na vida dos educandos,
configurando-se num ambiente agradável de construção de conhecimento sensível a
sua formação integral. O docente, como mediador deve ampliar as possibilidades
de aprendizagem em sua sala de aula, inserido a sua prática no cotidiano
escolar, jogos pedagógicos e atividades lúdicas.
“O jogo proporciona alegria à
criança, a alegria da criação, do triunfo ou do prazer estético, da qualidade”.
(Makarenko,1981,p.49). Nessas brincadeiras, interagindo entre si, as crianças
passam a se conhecer melhor, assumindo novos papéis na sua relação com o outro
e com o mundo.
Segundo Brousseau o trabalho do
docente consiste
em propor ao
educando uma situação de aprendizado
para que produza seus conhecimentos com
resposta pessoal
a uma pergunta,
fazendo-os funcionar ou modificando-os
como respostas às
exigências do meio e não a um desejo de um docente.
Uma prática docente com
utilização de jogos na sala de aula, oportuniza à criança comparar, associar,
diferenciar, incluir, ordenar, classificar, quantificar e refletir, reestruturando
gradativamente, os diversos aspectos de seu desenvolvimento: cognitivo,
afetivo, motor, social e cultural.
Os jogos
como prática educativa estabelecem
limites entre seus participantes, criando
situações que
envolvem
respeito mútuo, aceitação de resultados,
criação de regras e
oportunidades de trabalho em grupo, concretizando a afirmação de Vygotsky que a
construção do conhecimento dá-se na interação do sujeito com o objeto de
estudo.
Todas as atividades para a
construção de conhecimento devem ser apresentadas num clima motivador que
promova o envolvimento das crianças propiciando-lhes constante busca de
soluções para problemas e não atividades que visem à automatização ou à
memorização sem compreensão. É fundamental a criança ter um espaço povoado de
objetos com os quais possa criar, imaginar, construir e principalmente, um
espaço para brincar e interagir com os objetos.
A
presença do educador nos jogos
·
Dinamiza o grupo pela sua atitude
de escuta, de atenção, de
entusiasmo diante
do sucesso da criança e de encorajamento
diante
da derrota e como participante do jogo.
·
Ajuda a construção progressiva de
noção da regra, no momento em que oportuniza ao aluno acesso a jogos diversos
com suas peculiaridades.
·
Possibilita desenvolver noções
básicas de convivência social permeadas por elementos inerentes ao próprio jogo
que enriquecerá, tanto as relações interpessoais, como também, a partir de
situações geradas no decorrer do processo, favorecendo o desenvolvimento do
raciocínio lógico da criança
·
Promove o desenvolvimento do
espírito crítico, devolvendo no grupo os problemas suscitados pela criação de
certos jogos, permitindo-lhe o desenvolvimento de novas estratégias ou a busca
de alternativas.
·
Provoca situações em que a
criança, vivenciando também jogos simbólicos, como no caso do jogo de ficção ou
imaginário, poderá ordenar a realidade.
·
Estimula a participação da
criança no jogo, independente do resultado, de modo que este seja encarado como
uma experiência positiva que a ajudará a progredir em direção a vitórias
futuras, propiciando o equilíbrio de suas emoções.
·
Interage com as crianças
continuamente, refletindo com elas sobre as observações realizadas durante a
ação do jogo.
Referências
MAKARENKO, Anton
Semionovitch. Conferências sobre Educação Infantil, São Paulo: Moraes, 1981.
RIZZI, Leonor;
HAYDT, Regina Célia. Atividades Lúdicas na Educação da Criança, São Paulo:
Ática, 1987.
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