PROJETO:
ÁREA DE CONHECIMENTO: Língua Portuguesa
OBJETO DE
ESTUDO: Diversidade Étnico-Cultural Brasileira
Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano
Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano
INTRODUÇÃO:
Desenvolvimento do tema da diversidade, não somente com o objetivo de apresentar aos alunos a riqueza da diversidade étnico-cultural brasileira, contribuindo para que as crianças se apropriem de valores como o respeito a si próprias e ao outro, mas também com o objetivo de elevar a auto-estima do aluno negro.
A sugestão é que as atividades sejam desenvolvidas durante um período mínimo de cinco dias, (lembrando que essa sugestão de aulas não poderá ocorrer num dia só) no decorrer dos quais o professor irá:
Desenvolvimento do tema da diversidade, não somente com o objetivo de apresentar aos alunos a riqueza da diversidade étnico-cultural brasileira, contribuindo para que as crianças se apropriem de valores como o respeito a si próprias e ao outro, mas também com o objetivo de elevar a auto-estima do aluno negro.
A sugestão é que as atividades sejam desenvolvidas durante um período mínimo de cinco dias, (lembrando que essa sugestão de aulas não poderá ocorrer num dia só) no decorrer dos quais o professor irá:
1. Apresentar
a história à classe, contando-a, sem mostrar o livro.
2. Pedir às
crianças que dêem um título (um nome) à história ouvida, escrevendo na lousa as
sugestões apresentadas.
3. Contar que
quem escreveu a história foi Ana Maria Machado, uma escritora brasileira que
escreve livros para crianças, principalmente. Se o(a) professor(a) já tiver
lido para a classe outros livros da autora, relembrar o fato aos alunos, se
possível, mostrando-os.
4. Dizer o
título do livro: "Menina bonita do laço de fita" e comparar com os
nomes apresentados pelos alunos na atividade 2, perguntando a eles se gostaram
mais do nome escolhido por eles próprios ou o escolhido pela autora; mostrar às
crianças que nem sempre temos a mesma opinião sobre um mesmo fato ou situação e
que o importante é que aprendamos a respeitar todas as opiniões; comentar os
nomes escolhidos pelos alunos, na medida em que se afastam ou se aproximam do
nome original da história.
5. Mostrar a
capa do livro aos alunos. "Ler" a imagem da capa com eles, fazendo
perguntas sobre a ilustração: a cor da pele da menina, do coelho, o cabelo da
menina (quem usa cabelo assim? é difícil fazer um penteado como esse? leva
muito tempo?). Destacar o olhar apaixonado, pensativo-sonhador do coelho. Pedir
aos alunos que mostrem o que mais na ilustração indica que o coelho está
apaixonado. Dizer o nome do ilustrador e falar sobre a importância da
ilustração na leitura.
6. Ler o livro
para os alunos, agora parando em cada página, mostrando as imagens e destacando
as palavras e expressões que valorizam a menina, que a retratam como bela:
"Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas
azeitonas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros,
feitos fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera
negra quando pula na chuva.". Os adjetivos e comparações usados pela
autora vão além de aguçar a imaginação infantil (olhos = duas azeitonas daquelas
bem brilhantes; cabelos = fiapos da noite; pele = pêlo da pantera negra quando
pula na chuva); eles evocam uma imagem positiva da menina, valorizando nela
aspectos como cabelo e cor de pele, que normalmente são "maquiados",
escondidos, quando a personagem é negra. A beleza natural da menina ganha
enfeites que reforçam seu encanto, dando a ela ares de personagem de contos de
fadas, pois: "Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo
dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma princesa
das Terras da África, ou uma fada do Reino do Luar". Esses dois trechos
contribuem para que, ao imaginário infantil a menina seja apresentada como uma
bela princesa de contos de fadas, o que é extremamente positivo e eleva a
auto-estima da criança, que se identificará com a heroína. Perguntar aos alunos
se eles têm uma idéia de por que o coelho quer ter a cor de pele da menina.
Será que ele não está satisfeito com a própria cor? Comentar com as crianças as
respostas dadas. É importante que o(a) professor(a) destaque que além de muito
bonita, essa heroína é também muito esperta e criativa, pois mesmo não sabendo
responder às perguntas do coelho, sempre tem uma solução para que ele se torne
da cor desejada: cair na tinta preta, tomar muito café, comer muita
jabuticaba... Antes de ler o trecho que fala da intervenção da mãe no diálogo
entre a menina e o coelho, perguntar se alguém lembra como era a mãe da garota.
Comparar o texto escrito ("uma mulata linda e risonha") e a
ilustração da mãe que é a de uma linda moça, moderna, bem vestida e arrumada
(enfeitada, pintada, cabelos penteados), o que também contribui para que a
classe forme uma imagem estética positiva da mulher negra.
7. Aproveitar
a descoberta do coelho ("a gente se parece sempre é com os pais, os tios,
os avós e até com os parentes tortos") e perguntar aos alunos com quem
eles acham que se parecem. Essa atividade pode desdobrar-se em outras, por
exemplo:
a) as crianças podem entrevistar os pais para saberem com quem se parecem e apresentar os resultados da pesquisa oralmente (Por exemplo, dizendo frases como: Minha mãe diz que meus olhos são parecidos com os dela, mas que meus cabelos e minha boca se parecem com os da minha avó.);
b) os alunos podem levar fotografias de parentes (pais, avós, tios, irmãos, por exemplo); atrás de cada foto deve constar o nome da criança que a trouxe; os alunos dividem-se em grupos de quatro. As fotos de cada grupo são empilhadas, com a frente para cima; os alunos tiram a sorte para ver quem começa jogando; o primeiro pega a primeira foto e tenta adivinhar quem a trouxe, observando as semelhanças entre as fotos e os colegas de grupo; se foi ele mesmo quem trouxe a foto, deve embaralhar a pilha, para que a fotografia saia do primeiro lugar; enquanto for acertando, o jogador continuará jogando. Ganhará o jogo quem tiver acertado mais. Ao final, as crianças devem contar aos colegas de grupo quem são as pessoas que estão nas fotos. Terminada a brincadeira, o (a) professor(a) colocará para a turma a seguinte questão: somos parecidos com as pessoas da nossa família? O coelho branco estava certo em suas conclusões?
a) as crianças podem entrevistar os pais para saberem com quem se parecem e apresentar os resultados da pesquisa oralmente (Por exemplo, dizendo frases como: Minha mãe diz que meus olhos são parecidos com os dela, mas que meus cabelos e minha boca se parecem com os da minha avó.);
b) os alunos podem levar fotografias de parentes (pais, avós, tios, irmãos, por exemplo); atrás de cada foto deve constar o nome da criança que a trouxe; os alunos dividem-se em grupos de quatro. As fotos de cada grupo são empilhadas, com a frente para cima; os alunos tiram a sorte para ver quem começa jogando; o primeiro pega a primeira foto e tenta adivinhar quem a trouxe, observando as semelhanças entre as fotos e os colegas de grupo; se foi ele mesmo quem trouxe a foto, deve embaralhar a pilha, para que a fotografia saia do primeiro lugar; enquanto for acertando, o jogador continuará jogando. Ganhará o jogo quem tiver acertado mais. Ao final, as crianças devem contar aos colegas de grupo quem são as pessoas que estão nas fotos. Terminada a brincadeira, o (a) professor(a) colocará para a turma a seguinte questão: somos parecidos com as pessoas da nossa família? O coelho branco estava certo em suas conclusões?
8. Pedir às
crianças que desenhem: a) a menina do laço de fita e a mãe; b) o coelho e sua
nova família; c) suas famílias.
9. Organizar
uma roda de conversas. Reler o trecho: "O coelho achava a menina a pessoa
mais linda que ele tinha visto em toda a vida. E pensava: - Ah, quando eu casar
quero ter uma filhinha pretinha e linda que nem ela." Questionar: O que é
ser bonito? Como uma pessoa deve ser para ser bonita? Provavelmente surgirão
respostas diferentes umas das outras. Retomar o que foi dito na atividade nº 4
e mostrar às crianças que nem sempre temos a mesma opinião sobre um assunto e
que isso é muito bom, pois o mundo seria muito aborrecido se todos pensassem do
mesmo jeito e se, por exemplo, só existisse um único modelo de beleza. Destacar
que o importante é respeitar as diferenças. Conversar com a classe sobre os
padrões de beleza existentes em "Menina bonita".
10. Mostrar,
num mapa-múndi, os cinco continentes - a América, a Europa, a Ásia, a África e
a Oceania, ressaltando que eles são divididos em países, cada um com seus
costumes e tradições, suas festas, músicas e danças, suas religiões e seu jeito
de ser, pois ninguém é igual a ninguém e é isso que dá graça à vida.
11. Conversar
com as crianças sobre as "famílias" (povos) que formam o Brasil: os
índios, o negro, o colonizador europeu, os imigrantes italianos, japoneses,
árabes, judeus etc. Explicar que esses povos foram se cruzando, para formar a
grande família brasileira, que tem as características de suas origens. Lembrar
aqui as contribuições desses povos nas festas, na música, na culinária, nas
histórias etc.
12. Retomar a
atividade 10 e complementá-la, destacando a importância do respeito à diversidade
étnico-cultural que compõe o Brasil.
Essas são algumas sugestões, apenas. O professor deve assumir uma postura de combate a todas as formas de discriminação e preconceito, valorizando as diferentes etnias que constituem o Brasil e que, de certa forma, estão representadas nas crianças que compõem uma sala de aula na Educação.
Para finalizar, um destaque: para assumir o compromisso de trabalhar a diversidade cultural e étnica na Educação Infantil/Fundamental, o professor precisa ter segurança quanto ao que será desenvolvido.
Um caminho para isso é a reflexão conjunta dos professores nas reuniões pedagógicas, procurando respostas a indagações como: Sou preconceituoso? Já vivi situações de discriminação ou preconceito? E, tratando-se da etnia negra: O que sei sobre o continente africano? O que sei sobre as condições dos africanos escravizados no Brasil? O que sei sobre suas lutas de resistência, seus heróis, suas histórias? Conheço a história de Zumbi? A influência que os africanos escravizados tiveram na formação da identidade brasileira, nas religiões, festas, cantigas, danças, culinária e, principalmente, histórias que contribuem para ampliar o repertório e povoar o imaginário das crianças com representações positivas do negro?
“Nossas escolas pretendem formar cidadãos. E cidadania não combina com desigualdade, assim como democracia não combina com preconceito e discriminação. Se as crianças vão à escola é porque desejamos que se desenvolva plenamente como seres humanos...”
Fonte:http://www.cantinhodoprofessor.org/consciencia_negra/projeto_menina_bonita.htm
Essas são algumas sugestões, apenas. O professor deve assumir uma postura de combate a todas as formas de discriminação e preconceito, valorizando as diferentes etnias que constituem o Brasil e que, de certa forma, estão representadas nas crianças que compõem uma sala de aula na Educação.
Para finalizar, um destaque: para assumir o compromisso de trabalhar a diversidade cultural e étnica na Educação Infantil/Fundamental, o professor precisa ter segurança quanto ao que será desenvolvido.
Um caminho para isso é a reflexão conjunta dos professores nas reuniões pedagógicas, procurando respostas a indagações como: Sou preconceituoso? Já vivi situações de discriminação ou preconceito? E, tratando-se da etnia negra: O que sei sobre o continente africano? O que sei sobre as condições dos africanos escravizados no Brasil? O que sei sobre suas lutas de resistência, seus heróis, suas histórias? Conheço a história de Zumbi? A influência que os africanos escravizados tiveram na formação da identidade brasileira, nas religiões, festas, cantigas, danças, culinária e, principalmente, histórias que contribuem para ampliar o repertório e povoar o imaginário das crianças com representações positivas do negro?
“Nossas escolas pretendem formar cidadãos. E cidadania não combina com desigualdade, assim como democracia não combina com preconceito e discriminação. Se as crianças vão à escola é porque desejamos que se desenvolva plenamente como seres humanos...”
Fonte:http://www.cantinhodoprofessor.org/consciencia_negra/projeto_menina_bonita.htm
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