Simulado de Língua Portuguesa
D10 – Identificar as
marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
(Prova Brasil). Leia o texto abaixo.
Carta
Lorelai:
Era tão bom quando eu
morava lá na roça. A casa tinha um quintal com milhões de coisas, tinha até um
galinheiro. Eu conversava com tudo quanto era galinha, cachorro, gato,
lagartixa, eu conversava com tanta gente que você nem imagina, Lorelai. Tinha
árvore para subir, rio passando no fundo, tinha cada esconderijo tão bom que a
gente podia ficar escondida a vida toda que ninguém achava. Meu pai e minha mãe
viviam rindo, andavam de mão dada, era uma coisa muito legal da gente ver.
Agora, tá tudo diferente: eles vivem de cara fechada, brigam à toa, discutem
por qualquer coisa. E depois, toca todo mundo a ficar emburrando. Outro dia eu
perguntei: o que é que tá acontecendo que toda hora tem briga? Sabe o que é que
eles falaram? Que não era assunto para criança. E o pior é que esse negócio de
emburramento em casa me dá uma aflição danada. Eu queria tanto achar um jeito de
não dar mais bola pra briga e pra cara amarrada. Será que você não acha um
jeito pra mim?
Um beijo da Raquel.
(...)
NUNES, Lygia Bojunga.
A Bolsa Amarela – 31ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1998.
Em “Agora tá tudo
diferente:” (ℓ. 11), a palavra destacada é um exemplo de linguagem
(A) ensinada na
escola. (B) estudada
nas gramáticas.
(C) encontrada nos
livros técnicos. (D)
empregada com colegas
(SAERS). Leia o texto abaixo.
Só serei feliz
Se tiver grana,
roupas legais e puder gastar com o que bem entender.
A gente não vai aqui
repetir o velho ditado dizendo que “dinheiro não traz felicidade”, como se isso
fosse um consolo para quem está sem grana. Mas também não dá para bancar a
cínica e rebater afirmando que “trazer, não traz, mas compra”. Brincadeiras à
parte, a verdade é que a felicidade é um estado que não se compra, mas pode ser
encontrada nas coisas mais simples da vida. Você pode experimentar, por
exemplo:
Tomar um picolé;
Levar seus olhos para passear e ver quanta coisa bonita existe na natureza para
ser apreciada; Dividir uma pizza com os amigos; Andar de mãos dadas com o
namorado;
Surpreender seu pai que chegou cansado do trabalho
com um beijo carinhoso; Sair para passear com seu cachorrinho; Tomar conta da
filhinha da vizinha e brincar de fazer bolinhas de sabão. Enfim, dá para
resumir em poucas palavras: encontrar a felicidade é bem mais fácil do que você imaginava, não é mesmo?
(Revista.Atrevida.Número161.janeiro/2008.pág.32.Fragmentoadaptad)
Esse texto foi escrito para:
(A) idosos
(B) namorados
(C)
garotas.
(D) pais.
Leia o texto abaixo:
Vira-pulga
“Eu sou um cachorro
de cidade. Não tenho raça nenhuma, me chamam injustamente de vira-lata, quando
na verdade deviam me chamar de fura-saco, pois não existe mais lata de lixo
hoje pela rua. Apesar de ser um vira-lata, ou melhor, um fura-saco, eu tenho
nome: Palito, que foi dado por minha dona, que achava o meu latido muito
fino...”
Fonte: Diléa Frate. Histórias de acordar. São
Paulo. Companhia das Letrinhas. 1996. p. 69.
O cachorro se chama
Palito por que:
A) Late finíssimo. B) É um
cachorro de rua. C) É um fura-saco.D) Não tem nenhuma raça.
Leia o texto:
O pulo
A Onça encontrou o Gato e pediu:
— Amigo Gato, você me ensina a pular?O Gato ficou
muito desconfiado, mas concordou.
Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e
agilidade, parecia um gato gigante.
— Você é um professor maravilhoso, amigo Gato!Dizia
a Onça, agradando (...).
Fonte: Francisco Marques. Contos e lendas
populares.
Neste texto, quem disse que a onça “parecia um gato gigante” foi o:
A) Professor. B) Gato. C) Leitor. D)
Narrador.
Leia o texto abaixo e
responda.
A origem da noite
E é assim até hoje.
Depois do mundo feito, vem um para achar defeito. O índio Uánham achou na
criação uma falha: era dia atrás de dia, dia atrás de dia. Noite não havia,
para se dormir e descansar.
De tanto assuntar,
Uánham acabou descobrindo a dona da noite: a Surucucu. Moço valente, juntou o
arco e as flechas, dizendo à sua gente:
Esperem que esse
cansaço já finda. Vou e trago a noite comigo, agorinha.
Chegando à casa da
Surucucu, bateu palmas e chamou:
– Ó, comadre! Venho
de longe pra lhe comprar a noite. Em troca, ofereço-lhe meu arco e flechas.
A Surucucu danou-se a
rir da proposta de Uánham. Depois, respondeu:
– E como se usa arco
e flecha, sem mãos e pés? Sua oferta não tem serventia para mim.
Uánham voltou para a
aldeia e se pôs a matutar. Passou o tempo de uma lua, se lua houvesse. Então,
uma ideia brotou-lhe da cachola:
– Vou oferecer à dona
da noite a faixa que uso nas pernas. Isso ela há de querer!
Cedinho, banhou-se no
rio e foi direto à casa da Surucucu. Como da primeira vez, bateu palmas e
chamou. Diante da oferta do índio, ela respondeu:
– Na perna não
presta, porque perna não tenho. Mas aceito a faixa. Amarre-a no meu rabo.[...]
SAVARY, Flávia. A
origem da noite. São Paulo: Editora Salesiana, 2006. p. 8-9. Fragmento
No trecho “Então, uma ideia brotou-lhe da cachola:...” ( . 13), a palavra
destacada é exemplo de uma
A) expressão
literária. B) expressão regional. C) linguagem científica. D) linguagem informal.
https://www.youtube.com/watch?v=n3IqrGFLkCY
ResponderExcluirObrigada pelas questões!
ResponderExcluirÓtimo
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