sexta-feira, 24 de julho de 2015

AVALIAÇÃO MEDIADORA



AVALIAÇÃO MEDIADORA

A avaliação mediadora se desenvolve em beneficio ao educando e dá-se fundamentalmente pela proximidade entre quem educa e quem é educado. HOFMANN (2000) A avaliação da aprendizagem é uma das partes mais importante de todo o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo Benvenutti (2002), avaliar é mediar o processo ensino/aprendizagem, é oferecer recuperação imediata, é promover cada ser humano, é vibrar junto a cada aluno em seus lentos ou rápidos progressos. 
Nesse sentido, uma avaliação com caráter mediador consiste em uma avaliação processual, ou seja, uma avaliação que se desenvolva ao longo da aprendizagem, coletando dados que permitam ao professor intervir positivamente no ensino, acompanhando o processo de aprendizagem do educando.
A utilização da avaliação mediadora implica no abandono da tradicional avaliação uniformizadora e classificatória. As avaliações classificatórias alicerçam-se em referências normativas, pois promovem a hierarquização dos indivíduos em decorrência da explicitação de condutas e saberes padronizados, enquanto dificultam “olhar cada aluno em seu próprio tempo e jeito de aprender e oferecer-lhe apoio pelo tempo que precisar [...]” (HOFFMANN, 2001, p. 64). Adotar a avaliação mediadora significa reconhecer a possibilidade de estabelecer um ponto de encontro no qual o diálogo e a interação se façam presentes, principalmente por que:
[...] não há como delimitar tempos fixos para a aprendizagem, porque é um processo permanente, de natureza individual, experiência singular de cada um. Não há sentido em valorizar os pontos de chegada, porque são sempre pontos de passagem, provisórios.

O importante é apontar os rumos do caminho, ajustar os passos ao esforço necessário, torná-lo tão “sedutor” a ponto de aguçar a curiosidade do aprendiz para o que está por vir (HOFFMANN, 2001, p. 57). Assim, torna-se fundamental o dialogo e aproximação do professor com o seu aluno de forma que as práticas de ensino sejam repensadas e modificadas de acordo com a realidade sociocultural de seus alunos. 

Para HAYDT (2004), ao avaliar o aluno o professor está avaliando o seu trabalho. Desta forma, torna-se fundamental que o professor construa um cenário avaliativo que permita ao aluno confiança e espaço para as suas descobertas. A tarefa do educador não é discutir aprovação/reprovação, mas aprendizagem efetiva, desenvolvimento humano. Atender aos alunos em suas necessidades educacionais revela uma nova concepção de avaliação que contribui para a formação da cidadania. O professor pode mudar a forma de se relacionar com o aluno, trabalhar de uma maneira mais adequada, abrindo possibilidades de crescimento, de construção de uma autoimagem positiva.

Se não se pode mudar de imediato a condição de vida do aluno, pode-se ajudá-lo a compreender sua realidade. Assumir um posicionamento democrático significa dizer não ao modelo tradicional de avaliação Para isso, é necessário ousar, intervir, procurar caminhos para assegurar a aprendizagem. Um professor mediador utiliza a observação como um aliado na construção do conhecimento.
Ao observar seu aluno, ele é capaz de identificar suas habilidades e trabalhá-las plenamente e também suas dificuldades, procurando alternativas junto ao aluno para transformar a aprendizagem em um momento prazeroso, levando o aluno a perceber sua importância para a construção de seu próprio conhecimento. Por isso, é fundamental que os professores entendam o verdadeiro significado da avaliação e questionem a sua prática de forma consciente. 

                                                                                    REFERÊNCIAS
BENVENUTTI, D. B. Avaliação, sua história e seus paradigmas educativos. Pedagogia: a Revista do Curso. Brasileira de Contabilidade. São Miguel do Oeste – SC: ano 1, n.01, p.47-51, jan.2002.
HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. São Paulo: Editora Atica, 2004.
HOFFMAN, J. Pontos e Contrapontos: do pensar ao agir em avaliação. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 1999. 
______Avaliação: mito & desafio. Uma perspectiva construtivista. 29. ed. Porto Alegre: Mediação, 2000. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem: Práticas de mudança por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertad, 1998.

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