sábado, 17 de março de 2012

DRAMATIZAÇÃO JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO

DRAMATIZAÇÃO JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO Era uma vez um garoto chamado João que vivia com sua mãe numa casinha bem pobre. A única coisa que possuíam era uma vaquinha leiteira. Um dia a mãe mandou João vender a vaca, mas no caminho para o mercado o menino encontrou um estranho. Estranho: Que vaquinha bonita, você não quer vendê-la para mim? Eu lhe dou 5 feijões mágicos por ela. João achou que era um bom negócio e vendeu a vaca, mas quando chegou em casa... Mãe: Como você é estúpido, não vê que foi enganado? Agora estamos ainda mais pobres. João: Mas são feijões mágicos mãe. Mãe: Feijões mágicos? Olhe o que eu faço com esses feijões. A mulher jogou os feijões pela janela e mandou o João dormir sem jantar. No dia seguinte ele levantou bem cedinho pensando em procurar o estranho e recuperar a vaquinha, mas quando saiu de casa... João: Oh! Olha só isso, um pé de feijão gigante. Os feijões eram mesmo mágicos. O pé de feijão era a árvore mais alta que alguém já viu, subia tão alto que atravessa as nuvens e não dava pra ver onde ia parar. João: Eu vou subir nesta árvore. Se é mágica, deve ter alguma coisa muito boa lá em cima. E João foi subindo, subindo, tão alto que nem dava mais pra ver sua casa. Ele sentiu medo, mas estava decidido a ir até o fim. Quando chegou lá em cima... João: Que coisa estranha, um castelo. João caminhou por uma estrada acima das nuvens e chegou a um castelo enorme. Bateu várias vezes, mas ninguém apareceu. João: Vou entrar pra ver se tem alguém. Nossa, como a porta é pesada. Oi, tem alguém em casa? Mulher: O que você está fazendo aqui? Quando olhou pra cima, João viu a mulher mais alta que você pode imaginar. Ele ficou quase mudo de susto, só conseguia sussurrar. João: Eu estou perdido, a senhora não tem alguma coisa pra eu comer? Estou faminto. Mulher: Oh, pobre criança, entre depressa, vou preparar alguma coisa, mas fique atento porque meu marido come crianças, se ele chegar se esconda rápido. Assim que terminou seu lanche, João ouviu um barulhão. O gigante estava chegando. Gigante: Sinto cheiro de carne humana. Mas que depressa, a mulher escondeu João dentro do forno. Gigante: Será que estou sentindo o cheiro de criança? Mulher: Criança! Você só pensa nisso, vê criança por toda a parte. Sente aqui que eu vou servir o seu jantar. Enquanto jantava, o gigante bebeu um garrafão de vinho, depois abriu um baú cheio de ouro e ficou admirando o seu tesouro. De dentro do forno, João observava tudo. Logo o gigante adormeceu, seu ronco parecia mais uma trovoada. A mulher foi para o quarto arrumar a cama. João tomou coragem e pé ante pé foi até o baú. João: Vou encher minha bolsa com esse ouro, assim minha mãezinha não vai mais passar fome. Ai, tomara que ele não acorde senão me engole de uma só vez. Pronto, vou dar o fora daqui. João voltou pela mesma estrada e desceu pelo pé de feijão. Quando finalmente chegou ao chão, encontrou sua mãe chorando. Mãe: João, graças a Deus você voltou. Você quer me matar de preocupação? Que espécie de planta é essa? Onde você estava menino? João: Calma mamãe, uma pergunta de cada vez. João contou tudo o que tinha acontecido. Com o ouro que trouxe do castelo eles passaram a viver muito bem, mas com o tempo o ouro acabou e então João resolveu voltar ao castelo do gigante. Quando chegou lá, entrou pela cozinha e se escondeu no forno. Logo depois o gigante chegou. Gigante: Sinto cheiro de criança. Mas a mulher não tinha visto nenhuma criança e não deu atenção a seu marido. Depois de jantar e beber um garrafão de vinho, o gigante colocou em cima da mesa uma galinha marrom. A galinha ciscou pra lá e pra cá e botou um ovo de ouro. João esperou o gigante adormecer, pegou a galinha e correu pra fora do castelo, mas a galinha começou a gritar... Galinha: Poh, Poh, Poh, Ladrão! Poh, Ladrão! João: Cale a boca, você vai acordar o gigante. Dito e feito, com a gritaria o gigante acordou, mas João já estava longe. Quando chegou em casa, encontrou sua mãe junto ao pé de feijão. Mãe: O que é isso João? Você arriscou sua vida pra trazer uma galinha? João: Espere um pouco, você vai ver que galinha maravilhosa. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. João e sua mãe nunca mais tiveram que se preocupar com a falta de dinheiro e sempre ajudavam quem estivesse precisando. Mas um dia a mãe de João adoeceu e nenhum médico encontrou a causa de sua doença e a cada dia ela foi ficando mais e mais triste. João: Não sei o que fazer, mas alguma coisa me diz que no castelo do gigante vou encontrar o remédio pra essa doença. João tremia só em pensar na enorme boca do gigante, mas precisava salvar sua mãe. Voltou ao castelo e se escondeu dentro de um pote enorme que estava na cozinha, de seu esconderijo pôde ver o gigante falando com sua harpa mágica que trazia felicidade a quem a ouvisse tocar. João esperou o gigante adormecer e foi ver de perto o instrumento. João: Uma harpa de ouro, tenho certeza que esse som maravilhoso vai curar minha mãe. Mas assim que ele pegou a harpa ela começou a gritar. Harpa: Mestre, Mestre, acorde. Um menino está me levando embora. Mestre. O gigante acordou e saiu atrás de João. O menino corria como nunca e desceu pelo pé de feijão o mais rápido que pôde. Enquanto isso, o gigante procurava João lá em cima nas nuvens. Quando chegou em casa, João tocou a harpa pra sua mãe e ela sorriu feliz, mas alguém mais ouviu o som da harpa. Gigante: Ah! Então esse menino desceu para a terra. Não perde por esperar. Quando João olhou para o pé de feijão viu que alguma coisa muito pesada estava descendo por ele. João: Mãe, traga o machado, o gigante está vindo atrás de mim. Depressa, já estou vendo as botas dele. João cortou o pé de feijão e o gigante caiu no chão. Abriu um buraco enorme e desapareceu para sempre. A mulher do gigante nunca entendeu aonde o marido foi parar, mas não ligou muito, ele era tão mal-humorado que ela achou melhor estar só do que mal acompanhada. A harpa encantada curou mesmo a mãe de João e eles viveram felizes por muitos e muitos anos. João: Graças aos feijões mágicos. A FLORZINHA ROSELHA Havia num jardim várias flores, alegres, coloridas, perfumadas e encantadoras. Ainda neste jardim, havia também um velho coqueiro, já não dava mais coco nenhum, mas continuava vivendo e reclamando de tudo. Nada fazia o coqueiro feliz, afinal sentia-se meio inútil, sem motivo de existir. Todas as manhãs quando as flores se abriam para dizer bom dia ao sol, começava o seu tormento. O velho Coqueiro sentia-se mal com tanta alegria naquele jardim. A maioria das flores não se importava com os comentários tristes do coqueiro, mas uma delas que não havia formado bem seu miolinho, acreditava em tudo que ele e as outras lhe diziam. O nome dessa flor era Roselha, isso por ser VERMELHA igual groselha. Essa pobre flor com miolinho fraco ainda, pois havia nascido há pouco tempo, era chamada de miolo mole. Nome dado para os que não pensam muito sobre as coisas. Bom! O velho coqueiro se achava esperto, quase um sábio e vivia se intrometendo na vida das outras plantas e flores. Ele sempre tinha uma opinião sobre tudo, mesmo que alguém não a quisesse ele a dava. Para Roselha? Nossa! Ele cansou de opinar. A última vez ele disse a ela: - Oh! Roselha não é que eu queira falar não, mas você nessa cor vermelha é tão ruim, chega arder os olhos e sempre me lembra sangue, sofrimento. Credo! Você deveria ser AMARELA, ai sim daria gosto de ver. A florzinha ficou desesperada, no mesmo instante começou a chorar. Você que está lendo ou (ouvindo) esta estória sabia que existe fada pra tudo? É verdade! Existe até fada para flores, chamada Flora. Fada Flora não pode deixar que as flores se entristeçam, pois ficam feias e murchas. Veio ela falar com a florzinha Roselha: - Olá florzinha, por que está triste? A florzinha respondeu: - Porque sou vermelha, e isso cansa quem me olha. Quero ser de outra cor, o coqueiro acha que eu seria linda, se fosse amarela. - Está bem! Disse a fada, isso é fácil e com sua varinha de condão transformou-a numa flor AMARELA. Roselha bem que gostou da mudança, estava feliz com a nova cor, mas o Coqueiro veio logo dizendo: - Não!! Eu disse que você ficaria linda se fosse LARANJA. Pronto... Lá foi a florzinha correndo atrás da fada, pedindo que mudasse novamente sua cor. - Está bem! Disse a fada, isso é fácil e com sua varinha de condão transformou-a numa flor laranja. Ela gostou, afinal, essa cor era viva, bonita e interessante. O coqueiro sempre dizia como os outros deveriam ser, mas a maioria não ouvia suas opiniões. Na verdade para ele todos tinham que mudar, mas ele mesmo não fazia mudança alguma. A única que sempre lhe dava ouvidos era Roselha, aquela de miolinho fraco, mal formado ainda. Ela procurou novamente a fada: - Quero ser rosa, como disse o senhor coqueiro. - Está bem! Disse a fada, isso é fácil e com sua varinha de condão transformou-a numa flor ROSA. Quando o coqueiro viu Roselha rosa, sacudiu suas folhas e foi logo dizendo: - Que coisa Horrorosa! Tá doida eu disse que você ficaria linda se fosse ROXA. Lá se foi florzinha Roselha, e assim todas as vezes que o coqueiro dizia algo, lá estava à florzinha transformando-se. Você acredita? Ela um dia se transformou até na cor PRETA e BRANCA como o cocô da lagartixa, em bolinhas MARRONS como cocô de minhoca. As outras flores achavam tudo isso muito engraçado e riam sem parar. Quanto mais elas riam, mais triste ficava Roselha. Flora não tinha mais cores novas, usara todo o Arco-íris transformado Roselha em AZUL, VERDE, laranja, amarela, rosa e nada dela gostar. Flora então resolveu conversar com a florzinha: - Roselha, por que você não gosta de sua cor? - Porque o coqueiro diz que é feia. Respondeu ela. - Ah! Mas e você? Pensa como o coqueiro? Também se acha feia? Perguntou a fada. - Sabe! Dona Fada... Eu não sei o que penso de mim, somente o que os outros pensam, na verdade nunca me olhei direito. - Puxa! Então precisamos de um espelho. Com sua varinha de condão a Fada fez aparecer um espelho e nele olhou-se a florzinha. Tamanha não foi sua surpresa, ela ficou encantada com sua antiga cor vermelha e via que seu miolinho já estava quase formado. Foi nesse momento que ela sorriu e entendeu uma coisa, mas não disse nada para a fada, somente agradeceu por sua paciência. Virou para o lado em que o coqueiro velho estava e gritou bem alto: Cada um tem a cor que tem, E quem gosta de ser como é, fará os outros, gostarem também. Isso virou até uma música, muito cantada nos jardins por ai.... Cada um tem a cor que tem gostando de si, os outros gostam também. Autora Cristina Lazaretti Adaptação da estória - A Florzinha Enjoada

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