terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Exercícios - Narração, Descrição e Dissertação + Gab




Classifique os trechos abaixo. 

Marque:
A para Narração
B para Descrição
C para Dissertação

1. Ocorreu um pequeno incêndio na noite de ontem, em um apartamento de propriedade do Sr.
Marcos da Fonseca. No local habitavam o proprietário, sua esposa e seus dois filhos. O fogo despontou em um dos quartos que, por sorte, ficava na frente do prédio.

2. Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente ou através dos meios de comunicação, era logo levada a sentir que dele emanava uma serenidade e autoconfiança próprias daqueles que vivem com sabedoria e dignidade.

3. De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem a nação tanto precisava naquele momento de desamparo.

4. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a
caminho do nosso próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças destrutivas, para podermos sobreviver às adversidades e construir um mundo que, por ser pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.

5. O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão, acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam, mas sei o que vi: a mulher imensamente gorda, mais do que gorda, monstruosa, erguia os enormes braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destruísse a barraca — e talvez o próprio homem — devido à sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates, ou até mais.

Texto:

(...) em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar, via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço que elas despiam suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas.
(Aluísio Azevedo, O Cortiço)
6. O fragmento acima pode ser considerado:

a) narrativo, pois ocorre entre seus enunciados uma progressão temporal de modo que um pode ser considerado anterior ao outro.

b) um típico fragmento dissertativo em que se observam muitos argumentos.

c) descritivo, pois não ocorre entre os enunciados uma progressão temporal: um enunciado não pode ser considerado anterior ao outro.

d) descritivo, pois os argumentos apresentados são objetivos e subjetivos.

7. Filosofia dos Epitáfios

Saí, afastando-me dos grupos e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos Epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.

(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)

Do ponto de vista da composição, é correto afirmar que o capítulo “Filosofia dos Epitáfios”


a) é predominantemente dissertativo, servindo os dados do enredo do ambiente como fundo para a digressão.

b) é predominantemente descritivo, com a suspensão do curso da história dando lugar à construção do cenário.

c) equilibra em harmonia narração e descrição, à medida que faz avançar a história e cria o cenário de sua ambientação.

d) é predominantemente narrativo, visto que o narrador evoca os acontecimentos que marcaram sua saída.


Leia o texto abaixo para responder à questão.

É universalmente aceito o fato de que sai mais cara a reparação das perdas por acidentes de trabalho que o investimento em sua prevenção. Mas, então, por que eles ocorrem com tanta frequência? Falta, evidentemente, fiscalização. Constatar tal fato exige apenas o trabalho de observar obras de engenharia civil, ao longo de qualquer trajeto por ônibus ou por carro na cidade. E quem poderia suprir as deficiências da fiscalização oficial – os sindicatos patronais ou de empregados – não o faz; se não for por um conformismo cruel, a tomar por fatalidade o que é perfeitamente possível de prevenir, terá sido por nosso baixo nível de organização e escasso interesse pela filiação a entidades de classe, ou por desvio dessas de seus interesses primordiais.
Falta também a educação básica, prévia a qualquer treinamento: com a baixíssima escolaridade do trabalhador brasileiro, não há compreensão suficiente da necessidade e benefício dos equipamentos de segurança, assim como da mais simples mensagem ou de um manual de instruções.
E há, enfim, o fenômeno recente da terceirização, que pode estar funcionando às avessas, ao propiciar o surgimento e a multiplicação de empresas fantasmas de serviços, que contratam a primeira mão de obra disponível, em vez de selecionar e de oferecer mão de obra especializada.
(O Estado de São Paulo – adaptado)

8. Assinale a opção que apresenta as palavras-chave do texto.


a) aceitação universal – constatação – benefício – escolaridade

b) investimento em prevenção – deficiências – entidades – equipamentos

c) falta de fiscalização – organização – benefício – mão de obra

d) prevenção de acidentes – fiscalização – educação – terceirização

e) crescimento – conformismo – treinamento – empresas

9. Numere o conjunto de sentenças de acordo com o primeiro, de modo que cada par forme uma sequência coesa e lógica. Identifique, em seguida, a letra da sequência numérica correta.
(Baseado em Délio Maranhão).

(1) Cumpre, inicialmente, distinguir a higiene do trabalho da segurança do trabalho.

(2) Na evolução por que passou a teoria do risco profissional, abandonou-se o trabalho profissional, como ponto de referência para colocar-se, em seu lugar, a atividade empresarial.

(3) Há que se fazer a distinção entre acidentes do trabalho e doença do trabalho.

(4) O Direito do Trabalho reconhece a importância da função da mulher no lar.

(5) Motivos de ordem biológica, moral, social e econômica encontram-se na base da regulamentação legal do trabalho do menor.

( ) A culminação desse processo evolutivo encontra-se no conceito de risco social e na ideia correlata de responsabilidade social.

( ) Daí as restrições da jornada normal e ao trabalho noturno.

( ) A necessidade de trabalhar não deve prejudicar o normal desenvolvimento de seu organismo.

( ) Enquanto esta é inerente a determinados ramos de atividade, os primeiros são aqueles que
ocorrem pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal.

( ) Constitui aquela o conjunto de princípios e regras destinados a preservar a saúde do trabalhador.

A sequência numérica correta é:

a) 1, 3, 4, 5, 2
b) 3, 2, 1, 5, 4
c) 2, 5, 3, 1, 4
d) 5, 1, 4, 3, 2
e) 2, 4, 5, 3, 1


10. As propostas abaixo dão seguimento coerente e lógico ao trecho citado, exceto uma delas. Aponte-a:


“Provavelmente devido à proximidade com os perigos e a morte, os marinheiros dos séculos XV e XVI eram muito religiosos. Praticavam um tipo de religião popular em que os conhecimentos teológicos eram mínimos e as superstições muitas.”
(Janaína Amado, com cortes e adaptações)

a) Entre essas, figuravam o medo de zarpar numa sexta-feira e o de olhar fixamente para o mar à meia-noite.

b) Cristóvão Colombo, talvez o mais religioso entre todos os navegantes, costumava antepor a cada coisa que faria os dizeres: “Em nome da Santíssima Trindade farei isto”.

c) Apesar disso, os instrumentos náuticos representaram progressos para a navegação oceânica, facilitando a tarefa de pilotos e aumentando a segurança e confiabilidade das rotas e viagens.

d) Nos navios, que não raro transportavam padres, promoviam-se rezas coletivas várias vezes ao dia e, nos fins de semana, serviços religiosos especiais.

e) Constituíam expressão de religiosidade dos marinheiros constantes promessas aos santos, individuais ou coletivas.

Fonte: Prof. Agnaldo Martino - PIRLA







GABARITO
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