PROJETO DE INTERVENÇÃO NO BRINCAR MATEMÁTICO.
Todas as turmas do 6º ano estão numa média de 38 alunos por sala, isso de certa forma prejudica a qualidade do trabalho, pois além da quantidade de alunos temos alunos com idade avançada e talvez por essa razão esses alunos não possuam interesse, que em minha opinião é preocupante, trazendo prejuízos para toda a turma.
O projeto que hora se apresenta, foi desenvolvido visando especialmente às áreas de Educação Artística e Matemática, podendo se estender a outras disciplinas a depender do interesse dos professores e coordenação da escola. Essas disciplinas visam despertar a criatividade, a consciência em reciclar, o raciocínio lógico, o aprendizado na área da matemática e o prazer em aprender brincando.
3. OBJETIVOS
3.1 GERAIS
· Compreender os conceitos, os procedimentos e as estratégias matemáticas que permita o desenvolvimento nos estudos posteriores, adquirindo a capacidade de buscar seu próprio conhecimento a partir da realidade em que vive;
· Vivenciar no ambiente escolar, relações sociais facilitadoras do desenvolvimento cognitivo e da autoestima;
· Criar estratégia à sua maneira, para as possíveis resoluções das situações problematizadoras;
· Criar um ambiente facilitador, buscando os valores e a importância da matemática na sua plenitude.
3.2 ESPECÍFICOS
· Despertar para a arte, desenvolvendo a criatividade e o gosto por criar a partir de materiais recicláveis.
· Despertar para a consciência ecológica e a ação de conservar o meio ambiente.
· Desenvolver o gosto pela matemática através de uma atividade prazerosa.
· Vivenciar momentos que utilize medidas de comprimento.
· Realizar atividades que exija esforço mental na construção de estratégias para atingir os objetivos pretendidos.
· Associar diferentes formas de representações das frações.
· Utilizar dados construídos por eles mesmos através dos jogos para a construção de tabelas e gráficos.
4. JUSTIFICATIVA
O projeto “Brincando com a Matemática”, busca facilitar o aprendizado deste conteúdo, trazendo atividades descontraídas, onde o educando é o construtor do seu próprio saber. Pois através do diálogo, da busca por soluções e do uso de recursos palpáveis, o aluno é capaz de buscar nos seus conhecimentos prevíeis uma provável solução para as dificuldades encontradas durante o processo de construção do aprendizado.
Os conteúdos aqui aprendidos podem ser de grande valia na vida do indivíduo, pois a capacidade de pensar, chegar a uma solução, é um dos maiores bens adquiridos por uma pessoa, pois através dele estamos formando pessoas capazes de construir o seu próprio conhecimento e sendo assim, capaz de mudar as coisas ao seu redor.
5. DESAFIO PEDAGÓGICO (PROBLEMÁTICA)
De acordo com o diagnóstico realizado através da observação em sala de aula, nas turmas do 6° ano do Ensino Fundamental, foi possível perceber as dificuldades dos alunos no uso da régua, em compreender o que é área e o seu calculo, a falta de interesse pela matéria. Levando-nos a refletir sobre as diferentes formas de apresentar o assunto aos alunos, de maneira a relacionar com a realidade dos mesmos. Levando-nos a desempenhar um trabalho em grupo, buscando despertar as relações sociais e o aprendizado através do compartilhamento de experiências e teorias.
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A escolha desse projeto para ser desenvolvido no 6° ano do Ensino Fundamental se apoia no período de experiência vivenciado por mim, durante o ano letivo de 2011 em sala de aula. Assim, ao propor um trabalho sobre medidas, porcentagem, frações, tabelas e gráficos, apoiamo-nos também nas concepções de alguns estudiosos como Ausubel, que nos chama atenção para o significado conotativo, fazendo-nos perceber que os conceitos provocam reações a partir das experiências vividas pelos alunos e que não podemos continuar a insistir em conceitos e palavras que não tem nada a ver com a experiência concreta dos alunos.
Não poderíamos esquecer já mais da importância do cotidiano em nossas aulas, pois a realidade é um pontapé inicial para um aprendizado de qualidade.
Assim, observa Paulo Freire: Na verdade, somente com muita paciência é possível tolerar, após as durezas de um dia de trabalho ou de um dia sem “trabalho”, lições que falam de ASAS – “Pedro viu a asa – A asa é da ave”. Lições que falam de Evas e de uvas a homens que, às vezes, conhecem poucas Evas e nunca comeram uvas. (Eva viu a uva. 1969. pág. 104).
Diante da busca por uma aprendizagem significativa, buscamos atividades que possam ser vivenciadas em sala de aula, para que o aluno associe o que já sabe com o que é novo para ele.
7. O PROJETO E SUA APLICABILIDADE
7.1 PERÍODO DE EXECUSSÃO
De 15 de agosto a 30 de setembro de 2011.
7.2 ATIVIDADES
· Apresentação do projeto à coordenação pedagógica;
· Reconhecimento das turmas e alunos envolvidos;
· Preparação do material de aplicação;
· Organização da sala e da turma;
· Disputa entre as turmas com os jogos confeccionados (culminância);
7.3 CRONOGRAMA DE EXECUSSÃO
· Buscar um pouco da história dos jogos, bem como textos que falem deles;
· Selecionar um acervo de atividades possíveis a serem vivenciadas pelos alunos em sala de aula;
· Observar a qualidade das atividades que serão aplicadas em sala e que atingirão nossos objetivos;
· Favorecer o diálogo e a discussão sobre o assunto;
7.4 AÇÕES NECESSÁRIAS
· Contar um pouco da história dos jogos a serem confeccionados;
· Dividir a turma em duplas ou grupos, a depender do jogo;
· Fornecer o material concreto e a situação problema a ser resolvida para que ocorra a confecção do jogo;
· Estabelecer diálogo entre os grupos, professor e alunos sobre o processo de construção e as regras do jogo;
7.5 METODOLOGIAS
· Contar uma breve história sobre a origem do jogo;
· Uso de material concreto como: papelão, régua, tampinhas, cartolina, material impresso, papel cartão, tesoura, lápis de cor, caneta, etc.
· Diálogo ou discussão que favoreça o raciocínio;
7.6 CONTEUDO
· Medidas de comprimento.
· Porcentagem.
· Tabelas e gráficos.
· Adição, multiplicação e divisão.
· Frações.
· Regra de três.
· Números decimais.
7.7 RECURSOS
· Cartolina.
· Papelão.
· Cola.
· Régua.
· Tampinhas de garrafa.
· Material impresso.
· Livro didático do aluno.
7.8 AVALIAÇÕES
A avaliação do projeto ‘Brincando com a Matemática’ ocorrerá durante todo o processo de seu desenvolvimento, envolvendo a observação direta do professor. As atividades de produção, tanto escrita como oral, desenvolvidas pelos alunos, serão consideradas. Também serão alvos das nossas observações, os avanços obtidos e demostrados pelos alunos no decorrer e no final do projeto.
As atividades serão desenvolvidas em dupla ou em grupos, proporcionando aos alunos oportunidade de ouvir, discutir e refletir sobre a opinião dos colegas, facilitando o exercício de verificação e entendimento dos temas trabalhados.
Um fator de extrema importância é a relação professor e alunos, onde o aluno ao se expressar, demonstra o conhecimento adquirido e a sua compreensão do conteúdo.
Levar em consideração o interesse dos alunos, pois a matemática tem aplicações notáveis em outras ciências. Os alunos serão avaliados pelo seu envolvimento e participação nas atividades propostas.
7.9 SINTESE/CULMINÂNCIA
As duplas ou grupos ficarão responsáveis por trazerem os resultados dos jogos de forma que permita uma análise da porcentagem, assim cada grupo realizará uma apresentação para os seus colegas dos cálculos realizados e das características utilizadas por eles na construção da tabela e do gráfico. Após as apresentações, ocorrerá uma roda de conversa, onde haverá um diálogo sobre todas as apresentações e cada irá compartilhar sobre os conhecimentos adquiridos e as dificuldades encontradas durante a realização do projeto. Logo após teremos uma dinâmica sobre a importância do trabalho em grupo e por fim haverá uma disputa entre as turmas envolvida com a confecção dos jogos.
É muito gratificante trabalharmos com os alunos do 6° ano, pois a pesar da pouca maturidade, realizam as atividades com gosto e interesse principalmente no momento de jogar.
8. REFERENCIAS
Salto para o futuro. Jogos e brincadeiras: desafios e descobertas.TV Escola. 2ª ed. ISSN 1982-0283. Ano XVIII boletim 07- maio de 2008.
PENTEADO, W. M. A. – Psicologia e Ensino. São Paulo, Papelivros, 1980.
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