terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

reprodução de figuras geométricas

Composição e reprodução de figuras geométrica

Objetivos
- Resolver problemas envolvendo as características das figuras: formas, lados retos e curvos etc.

Flexibilização para deficiência visual
- Reconhecer figuras, ouvir sua descrição e identificá-las pelo tato.

Conteúdo
- Composição e reprodução de configurações geométricas.

Tempo estimado
Quatro aulas.

Ano
1º ao 3º

Material necessário
Folhas brancas com vários modelos de configurações geométricas (quatro ou cinco figuras por folha), cola e bandejas (ou outro objeto semelhante) com diferentes figuras geométricas coloridas feitas de cartolina (semicírculos, quadrados, triângulos equiláteros, retângulos, paralelogramos) do mesmo tamanho das figuras desenhadas nas folhas brancas e que permitam aos alunos preencher os modelos de configurações geométricas dados. Exemplo: usando dois triângulos retângulos, os alunos conseguem preencher um retângulo ou um quadrado. As bandejas devem conter mais figuras do que as crianças precisam para preencher o modelo.

Flexibilização para deficiência visual Peça à escola ou ao AEE que acesse o MecDaisy, um conjunto de programas que permite transformar qualquer formato de texto, figuras, gráficos e imagens disponíveis no computador em texto digital falado (software disponível, sem custo, no portal do Ministério da Educação, MEC).

Desenvolvimento
1ª etapa Organize a classe em grupos de quatro e coloque no centro de cada mesa uma bandeja com as figuras geométricas coloridas. Entregue uma folha com um modelo de configuração geométrica (exemplo a seguir) a todas as crianças. Elas terão de preencher as figuras que aparecem na folha usando os modelos da bandeja, podendo utilizar mais de uma figura para preencher os espaços.

Flexibilização para deficiência visual Ofereça as figuras da bandeja em material como papelão, EVA, as formas do jogo Tangram ou formas de madeira. Adapte as figuras impressas nas folhas para figuras feitas com barbante ou palito de sorvete sobre papelão. Esses materiais podem ser produzidos pelo AEE junto com o aluno.



Inicialmente, as crianças tentarão preencher as formas que são idênticas às que estão disponíveis nas bandejas. Elas devem conseguir preencher com facilidade o  Paralelogramo e o semicírculo, mas outras formas (como o trapézio) podem parecer sem solução. Se isso ocorrer, intervenha perguntando se há outras possibilidades para preencher tais formas e aponte quais poderiam servir. Assim que as crianças terminarem, socialize as produções e discuta as estratégias utilizadas.

2ª etapa Mantenha as crianças agrupadas em quartetos, mas peça uma tarefa a mais: diga que copiem uma configuração dada como modelo. Repita a mesma organização da 1ª etapa, entregando uma folha com o modelo de configuração geométrica e distribuindo uma bandeja com as mesmas figuras da etapa anterior por mesa. Diga às crianças que terão dois desafios: primeiro, encontrar formas para preencher o modelo geométrico dado e, depois, reproduzir a mesma figura utilizando as mesmas formas geométricas e colando-as no espaço ao lado (conforme o modelo a seguir). Faça essa proposta coletivamente no quadro pelo menos uma vez para que as crianças entendam o que devem fazer.

Flexibilização para deficiência visual
Repita as estratégias da primeira etapa, agora sobre esses modelos. Sobrepor figuras é um grande desafio para se fazer apoiado na percepção tátil; por isso, estimule que ele explore bastante essa maneira de identificar figuras.



Socialize as produções, discuta as estratégias, verifique quem percebeu a posição e a localização corretas e conseguiu reproduzir a mesma figura dada no modelo. Peça que compartilhem o modo como pensaram. Veja se nesse momento de socialização começam a usar um vocabulário geométrico quando explicitam o modo como pensaram. Ajude-as fazendo perguntas e introduzindo na discussão estas novas palavras (lados, vértices, posição etc.).

Flexibilização para deficiência visual
Combine com ele e com o grupo como a produção será socializada. Garanta que cada um fale na sua vez e respeite o espaço do outro. Oriente a conversa retomando pontos importantes aos quais ele e outros estudantes podem não ter dado a devida atenção.

3ª etapa Neste momento, as crianças deverão copiar uma configuração geométrica e utilizá-la para construir uma "moldura" para o quadro. Traga referências de padrões geométricos, que podem ser encontrados na internet, em livros, em fotografias de azulejos de banheiros e quartos de crianças. A intenção é que as crianças apreciem as figuras e discutam sobre elas. Veja alguns exemplos abaixo:



Mantenha as crianças agrupadas em quartetos. Distribua novamente uma bandeja com as formas geométricas (desta vez, elas têm de ser das mesmas cores que aparecerem nos modelos dados) e uma folha para todas as crianças. Elas terão de copiar o modelo geométrico dado para construir uma borda para o quadro da sala - primeiro montando a moldura e depois colando as figuras. Alguns modelos possíveis:



Para que consigam realizar essa proposta, será necessária muita reflexão por parte das crianças. Assim que elas terminarem, proponha uma roda de apreciação das bordas criadas comparando-as com os modelos dados. Discuta quais ficaram mais próximas e diferentes, quais mais diferentes e os motivos. Elabore uma lista com as ideias discutidas nesse momento.

Flexibilização para deficiência auditiva Adapte o material para que ele participe dessa construção trabalhando com formas em altorelevo. Utilize o programa MecDaisy.

Avaliação
Observe a participação das crianças e os desafios encontrados por elas. Retome oralmente as etapas e proponha a construção de uma lista coletiva com dicas sobre o que é importante considerar ao copiar as figuras. Verifique se, nesse momento, elas utilizam um vocabulário geométrico para justificar tais dicas. Proponha novas situações em que elas precisem copiar figuras para analisar os avanços que apresentaram. 
Consultoria Camilla Schiavo Ritzmann,
mestre em Educação Matemática, coordenadora pedagógica da Escola Santi, formadora da rede municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
Fonte
Proposta adaptada do capítulo Los Primeros Aprendizajes Geométricos - Análises Didáctico de una Actividad, no livro Matemática para los más chicos, de Adriana Castro e Fernanda Penas.

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