terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL


                                     A ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
                                                      
          O professor que atua na educação infantil deve ter uma preocupação específica de como lidar com as crianças no dia-a-dia e em situações especiais. se tratar de alunos iniciantes no convívio escolar surgem situações diferentes e inesperadas em relação às demais fases escolares.

           A criança tem um jeito próprio de encarar as novas etapas que vão surgindo em sua vida. Muitas vezes pais e educadores encaram esses acontecimentos com maior dificuldade que a própria criança que está passando por determinada vivência. 

O ideal é que o professor tenha algumas atitudes, estratégias e comportamentos que favoreçam uma melhor aceitação e desenvolvimento dessa criança no ambiente escolar e até mesmo no seu dia-a-dia, podendo, inclusive,colocar em prática certos conhecimentos adquiridos, porém de forma meio que inconsciente.

Buscando compreender melhor o mundo infantil e a aceitação da criança nessa nova experiência sugere-se algumas dicas de como proceder no mundo infantil: 

·         Buscar organizar o espaço infantil de forma que o ambiente proporcione harmonia nos aspectos psicológicos e biológicos da criança;
·         No período em que a criança estiver no Jardim de Infância, passar a sensação de um mundo mais lúdico no qual a criança, apesar de estar passando por um processo de educação e aprendizagem, não se sinta educada formalmente.
·         Criar hábitos de correção com suavidade e fineza.
·         Ao propor atividades para as crianças, conduza-as da melhor maneira possível, de forma que essas venham lembrar-se do momento com saudade.
·         Preparar o momento da leitura com maior carinho possível, visto que se trata de um momento mágico para a criança, bem como estimula o crescimento do vocabulário preparando-a para a alfabetização.
·         Observar bem os seus alunos, podendo detectar o que pode melhorar ou até mesmo o que deve ser eliminada
·         Ter consciência que punições devem ocorrer para corrigir maus hábitos, porém busque a melhor forma de realizar, fazendo com que a criança tenha consciência do erro.
·         Ressalta-se que o bom professor aprende junto com seus alunos, antes mesmo de propor a educá-lo

Elen Campos Caiado
                                           Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia

A criança e seu caminho:
Níveis Conceituais


Chamamos psicogênese da alfabetização o caminho que a criança percorre na apropriação da linguagem escrita. Ao percorrer esse caminho, a criança parece refazer o processo vivido pela humanidade em tempos históricos distintos.O caminho trilhado pela criança se caracteriza por uma sequência de níveis ligados a uma hierarquia de procedimentos, noções e representações. Um nível seria o estilo de comportamento da criança para solucionar problemas em um dado momento de seu processo construtivo do novo saber.

Vale salientar que problemas são considerados situações intelectuais benéficas para as quais se busca uma explicação, uma resposta. Caracterizar os níveis não implica entendê-los como algo linear, por etapas, como se a criança tivesse de adquirir a noção A antes de B, ou C depois de B, e assim por diante.

A psicogênese da língua escrita envolve uma complexidade que não pode ser inteiramente previsível ou ser vista de fora para dentro. Pode acontecer que as noções A e B sejam adquiridas numa ou noutra ordem, ou simultaneamente. Então, podemos entender que a sequência dos níveis não se apresenta como uma ordem total prefixada, mas sim de modo parcial.

NívelPré-Silábico

Característica Geral
A criança ainda não estabelece uma relação biunívoca entre a fala e as diferentes representações. Acredita que se escreve com desenhos. Suas questões podem situar-se tanto no campo semântico quanto nos aspectos físicos da escrita, como a forma e a função das letras e números.

Objetivos Didáticos
- Reconhecer qual papel as letras desempenham na escrita;
- distinguir imagem de texto e letras de números;
- compreender o vínculo entre discurso oral e texto.

Vivências Necessárias

- Estar imersa em um ambiente rico em materiais (tanto na variedade dos suportes gráficos quanto na diversidade dos gêneros dos textos), sendo espectadora e interlocutora de atos de leitura e escrita;
- tomar contato com todas as letras, palavras e textos simultaneamente;
- ouvir, contar e escrever histórias;
- memorizar globalmente as palavras significativas (seu nome, nome dos colegas, professora, pais, etc.);
- analisar a constituição das palavras quanto à letra inicial, final, quantidade de letras, letras que se repetem, letras que podem ou não iniciar palavras, letras que podem ocupar outras posições nas palavras;
- introduzir os aspectos sonoros através das iniciais das palavras significativas;
- analisar a distribuição espacial e a orientação da frase.

Algumas condutas típicas
- Uma criança, no nível pé-silábico, usa, para escrever, qualquer letra, em qualquer ordem.
- A palavra escrita pode mudar de significado, dependendo da ocasião, porque está relacionada a seu desejo.
- Para ser legível, a palavra tem de apresentar letras variadas.
- Não acredita que letras e sílabas podem ser repetidas em uma palavra.
Nível Intermediário I

Definição/Característica

Todo o nível intermediário representa um momento de crise, em virtude dos inúmeros conflitos que a criança vivencia nesse ponto do processo de sua construção.
No Nível Intermediário I, a criança já conhece os valores sonoros de algumas letras, começando a ter uma consciência difusa da ligação entre fala e escrita.
Esse possível vínculo (elementos da pauta sonora X escrita) possibilita que a criança questione suas concepções do nível pré-silábico.

As palavras passam a ter certa estabilidade externa porque as crianças estão vinculadas a uma outra pessoa, que lhes assegura que a palavra deve ser escrita com tais letras e em tal ordem.

Culminância do nível
- A criança reconhece que as palavras são estavelmente constituídas.
- A conquista de tal estabilidade é conseguida através de um trabalho amplo com a escrita de muitas palavras significativas.

Observação

Algumas crianças, ao perceberem a não-consistência de suas hipóteses sobre o sistema de escrita, vivenciam o conflito cognitivo, necessário para a substituição das hipóteses insuficientes por outras mais produtivas; às vezes, tornam-se inseguras e aparentemente regridem no processo.

Nesse momento delicado, o professor precisa encorajá-las, sem apontar-lhes as soluções, que só elas mesmas poderão encontrar, através de novos confrontos, de observações e de interações com os pares e com um professor que informa de acordo com o nível atual do alfabetizando.

Elen Campos Caiado

Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia

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