Caixa mágica de surpresa Elias José
é uma beleza,
é caixa mágica
só de surpresa.
Um livro
parece mudo,
Mas nele a gente
descobre tudo.
Um livro
tem asas
longas e leves
que, de repente,
levam a gente
longe, longe
Um livro
é parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.
Um livro é uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata do mar,
um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.
O Pato Texto Infantil de Elias José
O PATO PERTO DA PIA
O PATO LONGE DA PATA
O PATO PIA QUE PIA.
O PATO LONGE DA PORTA
O PATO LONGE DA PIA
O PATO PERTO DA PATA
É UM PATO QUE NEM PIA.
Lua no Brejo
Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991b.p.29.
Vovó Maroca
toda cocota
toda vaidade
setenta anos
é mais pra frente
que muita gente
de pouca idade
Vovó Maroca
se é calor
apanha a tanga
pega a motoca
vai pegar cor.
Vovó Maroca
se vai a festa
não se definha
não perde a linha
e ainda testa
o que é novidade
pra mocidade.
Vovó Maroca
se apruma
e se arruma
é um modelo
frente ao espelho.
Só “jeans” azuis
bata estampada
pouca pintura
e nada de tintura
no seu cabelo.
Vovó Maroca
não tem segredo.
E se há problema
só há um lema:
não ter medo
e enfrentar a vida
de cabeça erguida.
Elias José
toda cocota
toda vaidade
setenta anos
é mais pra frente
que muita gente
de pouca idade
Vovó Maroca
se é calor
apanha a tanga
pega a motoca
vai pegar cor.
Vovó Maroca
se vai a festa
não se definha
não perde a linha
e ainda testa
o que é novidade
pra mocidade.
Vovó Maroca
se apruma
e se arruma
é um modelo
frente ao espelho.
Só “jeans” azuis
bata estampada
pouca pintura
e nada de tintura
no seu cabelo.
Vovó Maroca
não tem segredo.
E se há problema
só há um lema:
não ter medo
e enfrentar a vida
de cabeça erguida.
Elias José
Brincando de Não-me-olhe Texto Infantil de Elias José
Não me olhe de lado
que eu não sou melado.
Não me olhe de banda
que eu não sou quitanda.
Não me olhe de frente
que eu não sou parente.
(...)
Não me olhe no meio
que eu não sou recheio.
Não me olhe na janela
que eu não sou panela.
Não me olhe da porta
que eu não sou torta.
Não me olhe do portão
que eu não sou leitão.
Não me olhe no olho
que eu não sou caolho.
Não me olhe na mão
que eu não sou mamão.
(...)
(Elias José. Namorinho de portão. São Paulo, Moderna, 1986.)
A Bruxa Texto Infantil de Elias José
Vanessa vestiu-se de bruxa
Pra amedrontar Licinha,
A caçulinha.
Licinha achou un sarro
E não coisa do mal.
Riu e dançou como ninguém.
Se era carnaval, queria brincar também.
Como não deu jeito
De amedrontar Licinha
Com o malfeito,
O feitiço virou contra o feiticeiro.
De noite sonhou
que virava bruxa,
Mas de verdade.
Tanto se assustou
Que ninguém sabe a razão,
Mas parece que choveu
No seu colchão.
(Elias José. Caixa mágica de surpresa. São Paulo, Paulinas, 1988.)
Saci pererê
Saracoteia na mata.
Saci sererê
Assusta, não mata.
Saci sirigaita
Solitário e sabichão.
Saci pega a gaita
E toca uma canção.
Saci no sonho
É mais risonho.
Saci no sonho
É mais moleque.
Saci na selva
Salta e samba só.
Saci na relva
Sonha, sonha que dá dó.
Saci no sítio
Só faz sururu.
Saci no sonho
Só dança o cururu.
Saci no sonho
É mais serelepe.
Com quem sonha o saci?
Saci, com que será?
Saci sonha com duas pernas,
Saltando de lá para cá.
Elias José
ELIAS JOSÉ
A MINHOCA SAI DA TOCA
E SE ESTICA E SE ENROSCA.
O PESCADOR QUER PEGAR
A POBRE DA MINHOCA.
A GALINHA QUER COMER
A SABOROSA MINHOCA.
O MOLEQUE QUER ESPREMER
PRA SEPARAR TERRA E MINHOCA.
A MINHOCA, QUE NÃO É TONTA,
LOGO SE ESTICA E SE ENROSCA.
A TERRA ENTERRA A MINHOCA
E NINGUÉM VIU A SUA TOCA.
LÁ DE SUA TOCA, TODA TORTA,
TORCE DE RIR A LEVADA MINHOCA.
Rimas Malucas Texto Infantil de Elias José
( Elias José)
Cada macaco,
Com seu caco.
Cada galinha,
Com sua linha.
Cada vaca,
Com sua jaca.
Cada coelho,
Com seu espelho.
Cada gato,
Com seu rato.
Cada pato,
Com seu prato.
Cada marreco,
com seu eco.
Cada elefante,
Com seu turbante.
Cada leão,com seu jubão.
Cada peru,
Com seu gluglu.
Cada tucano,
Com o seu cano.
A Casa e Seu Dono
ESSA CASA É DE CACO
QUEM MORA NELA É O MACACO.
ESSA CASA TÃO BONITA
QUEM MORA NELA É A CABRITA.
ESSA CASA DE CIMENTO
QUEM MORA NELA É O JUMENTO.
ESSA CASA É DE TELHA
QUEM MORA NELA É A ABELHA.
ESSA CASA É DE LATA
QUEM MORA NELA É A BARATA.
ESSA CASA É ELEGANTE
QUEM MORA NELA É O ELEFANTE.
E DESCOBRI DE REPENTE
QUE NÃO FALEI EM CASA DE GENTE.
ELIAS JOSÉ
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