APOSTILA DE
EXERCÍCIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Destinados aos Alunos de 9º Ano
(Esta Apostila contém 13 lições,
todas focando os descritores da Língua Portuguesa)
LIÇÃO 1
Leia a crônica a seguir:
A Última Crônica
A caminho de casa, entro num botequim
da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o
momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de
coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no
cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu
disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser
vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental,
quer um flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num incidente
doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais
nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se
repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e
Estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os
assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de
pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede
de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras,
deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na
cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal
ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao
redor. Três seres esquivos que compõem em torno da mesa a instituição
tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para
algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de
contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom,
inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a
redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se
aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e
depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a
reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom
encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo
com a mão, larga-o no pratinho — um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma
pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua
expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua
frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha,
obedecem em torno da mesa um pequeno ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico
preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de
fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém
mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas,
minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela
serve a coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto
ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando
as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando
num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns
pra você…” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A
negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a
comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha
no cabelo, limpa o farelo de bolo que
lhe cai no colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. De súbito, dá comigo a
observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila,
ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num
sorriso.
Assim eu quereria a minha última
crônica: que fosse pura como esse sorriso.
(Fernando Sabino. In: Para gostar de
ler. São Paulo: Ática, 1979-1980.)
01. (D10) Que tipo
de narrador o texto “A última crônica” apresenta? Justifique sua
resposta.
02. (D10) Retire do primeiro
parágrafo as informações abaixo:
a) Quem entra no botequim?
b) Onde fica o botequim?
c) Em primeiro lugar, entra no botequim para quê?
a) Quem entra no botequim?
b) Onde fica o botequim?
c) Em primeiro lugar, entra no botequim para quê?
d) Na verdade, o que
ele faz nesse lugar?
e) O que ele deseja?
e) O que ele deseja?
03. (D10) Sobre o trecho:
“Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade.”, responda:
a) Quem são esses “três esquivos”?
b) Onde eles estão?
c) Levante hipóteses a respeito do que eles estão fazendo ali.
a) Quem são esses “três esquivos”?
b) Onde eles estão?
c) Levante hipóteses a respeito do que eles estão fazendo ali.
04. (D1) O que o pai pede ao
garçom?
05. (D11) No trecho “A mãe
limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a
aprovação do garçom.”, explique a ansiedade da mãe ao esperar a aprovação do
garçom.
06. (D11) Por que o
garçom não aprovaria o pedido do pai?
07. (D9) Observe que ao
descrever a cena que está diante dos olhos, o narrador-personagem questiona:
“Por que não começa a comer?” Por quê? Levante hipóteses.
08. (D10) Há no texto uma passagem que denota claramente a pobreza dos
personagens. Qual? Comente-a.
09. (D15) Que sentimentos o autor expressa para com a personagem-menina, ao usar
os diminutivos - arrumadinha, negrinha, menininha, fitinha -?
10. (D13) Explique o
que sentiu o narrador-personagem quando o pai sorri para ele.
“Dá comigo de súbito, a observá-lo,
nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.”
LIÇÃO 2
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
MEIRELES, Cecília: poesia. Por Darcy Damasceno.
Rio de Janeiro, Agir, 1974. p 19-20.
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
MEIRELES, Cecília: poesia. Por Darcy Damasceno.
Rio de Janeiro, Agir, 1974. p 19-20.
1. (D6) O tema do texto é
(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento.
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento.
(D) a recordação de uma época de juventude.
(E) a revolta diante do espelho.
2. (D3) No
verso: Eu não tinha estas mãos sem forças... Podemos inferir:
(A) as forças das mãos acabaram por causa da idade.
(B) as mãos não tinham forças na juventude.
(C) as mãos tinham forças na juventude.
(D) as forças das mãos não se acabaram.
(A) as forças das mãos acabaram por causa da idade.
(B) as mãos não tinham forças na juventude.
(C) as mãos tinham forças na juventude.
(D) as forças das mãos não se acabaram.
3. (D19) Leia: “A
chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os
transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A
chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua
cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de
canivetes. [...]” Todas as frases do texto começam com "a chuva".
Esse recurso é utilizado para
(A) provocar a percepção do ritmo e
da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de
relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons
repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a
continuidade da chuva.
Obs
Leia o texto abaixo e depois responda
as questões de 5 a 7.
TROCA
TROCA DE LIVROS
Sabe
promovendo um troca-troca
aquele livro que você já
leu
literário imperdível.
várias vezes e está
paradão
Para começar a ler lá
lá na estante,
esperando
mesmo,
o museu oferece a
alguém que dê atenção a ele de
novo? sua
biblioteca, num
Que tal trocá-lo
cantinho especial. O
por outro – e,
assim,
endereço do museu é Praia
ganhar outra história
para
do Caju 385, e a biblioteca
ler e se divertir? Pois até
o
está aberta de terça a
dia 30, o Museu da Limpeza Urbana
–
sexta-feira, sempre das 9h
Casa de Banho D. João VI
está
às 16h.
GLOBINHO – Sábado, 21 de março de
2009.
05. (D12) Podemos
dizer que o texto tem a finalidade de
(A) causar emoção no leitor.
(B) apresentar um ponto de vista.
(C) dar informações sobre um evento.
(D) vender um produto pouco
divulgado.
06.
(D2) O pronome “você” na segunda linha do texto se refere
(A) ao autor.
(B)
ao leitor.
(C) a D. João VI.
(D) ao visitante.
07. (D1) O texto faz menção a
uma
(A) visita a
biblioteca.
(B) visita
ao museu.
(C) troca de livros.
(D) venda de
livros.
LIÇÃO 3
Leia o texto com muita atenção. E em
seguida responda as questões de 1 a 10.
Os namorados da filha
Quando a filha adolescente anunciou
que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não
lembrou os rígidos padrões morais de sua juventude. Homem avançado, esperava
que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.
Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A
moça podia dormir com o namorado:
─ Mas aqui em casa.
Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.
O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.
Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
Breve, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa: este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis.
Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:
─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.
E foi deitar.
Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.
─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.
─ Que rapaz? ─ disse ela.
Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, faltava a máquina fotográfica, faltava a impressora do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era pela propriedade alheia.
Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã.
─ Mas aqui em casa.
Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.
O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.
Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
Breve, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa: este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis.
Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:
─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.
E foi deitar.
Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.
─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.
─ Que rapaz? ─ disse ela.
Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, faltava a máquina fotográfica, faltava a impressora do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era pela propriedade alheia.
Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã.
Moacyr Scliar
(Crônica extraída da Revista Zero Hora, 26/4/1998, e contida no livro Boa Companhia: crônicas, organizado por Humberto Werneck, São Paulo: Companhia das Letras, 2006, 2. reimpressão, pp. 205-6.)
01. (D2) No texto
procure uma palavra que possa substituir os termos grifados nas frases abaixo.
a) “Não
a censurou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua
juventude.”
b) “Encontro inusitado, mas os cumprimentos eram sempre gentis.”
02. (D9) Qual é o
tipo de crônica escrita por Moacyr Scliar?
03. (D10) Essa
crônica contém elementos predominantemente narrativos. Agora localize no texto
cada um desses elementos.
a) Situação
inicial –
b) Conflito
–
c) Clímax
–
d) Desfecho –
05. (D10) Quais são
os personagens desse texto?
06. (D10) Qual o
cenário onde a história acontece?
07. (D11) Por que o
pai da jovem era realmente um homem avançado?
08. (D6) Qual é o
tema retratado nessa crônica?
09. (D12) Qual o
objetivo desse texto?
10. (D10) Como se
apresenta o narrador nessa crônica?
11. (D10)
Como o narrador conseguiu tornar o cômico o equívoco do pai, no final do texto?
LIÇÃO 4
O Outro Sapo
Jon Scieszka
Era uma vez um sapo.
Certo dia, quando estava sentado na
sua vitória-régia, viu
uma linda princesa descansando a
beira do lago. O sapo
pulou dentro da água, foi nadando até
ela e mostrou a
cabeça por cima das plantas
aquáticas.
"Perdão, ó linda princesa",
disse ele com sua voz mais triste
e patética. "Será que eu poderia
contar com a vossa ajuda?"
A princesa estava prestes a dar um
salto e sair correndo, mas
ficou com pena daquele sapo com sua
voz tão triste e
patética. Assim, ela perguntou:
“ O que posso fazer para te ajudar,
sapinho?”
"Bem", disse o sapo.
"Na verdade, eu não sou um sapo, mas
um belo príncipe transformado em sapo
pelo feitiço de uma
bruxa malvada. E esse feitiço só pode
ser quebrado pelo
beijo de uma linda princesa."
A princesa pensou um pouco, depois ergueu
o sapo nas
mãos e lhe deu um beijo.
"Foi só uma brincadeira",
disse o sapo.
Pulou de volta no lago, e a princesa
enxugou a baba de sapo
dos seus lindos lábios.
O Patinho realmente feio e outras
histórias malucas. São Paulo: companhia das letrinhas, 1997,(s.P.).
01. (D13) Na frase:
"Será que eu poderia contar com a vossa ajuda?" A
linguagem usada é
a) (
) de
brincadeiras.
c) ( ) de conversa com
amigos.
b) (
) de
formalidades.
d) ( ) de conversa com os meus pais.
02. (D1) "Perdão,
ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética.
"Será que eu poderia contar com a vossa ajuda?" Nessa parte o sapo
queria
a) (
) fazer um pedido à
princesa.
c) ( ) fazer um elogio à princesa.
b) (
) cumprimentar a
princesa.
d) ( ) pedir perdão à princesa.
03. (D17) Qual o
trecho que apresenta a fala da princesa?
a) (
) “Era uma vez um
sapo.”
c) ( ) “O que posso fazer para te
b) (
) “Foi só uma
brincadeira.”
Ajudar, sapinho?”
d) ( )
“Será que eu poderia contar
com vossa ajuda?”
04. (D11) Observe o
local de onde a história foi retirada, localizada no final do texto. O título
da história é “O Outro Príncipe Sapo”, por quê?
a) (
) ao autor se refere a outra história sobre príncipe que virou sapo.
b) (
) no texto existem dois sapos.
c) (
) O autor modificou o título do patinho feio.
d) (
) o príncipe da história era maluco.
05. (D20) O autor
estabelece relação com outra história da literatura infantil. Qual?
a) (
) O patinho feio, contada pelos Irmãos Grimm.
b) (
) O menino maluquinho, contado por Ziraldo.
c) (
) A bela adormecida, contada pelos Irmãos Grimm.
d) (
) O príncipe sapo, contado pelos Irmãos Grimm.
06. (D2) No
texto, qual o significado da palavra patética?
a) (
) comovente.
c)
( ) crítica.
b) (
)
assustada.
d) ( ) animada.
07. (D9) Qual o
gênero desse texto?
a) (
) um
poema.
c) ( ) uma fábula.
b) (
) um
bilhete.
d) ( ) um conto.
08. (D15) Na
frase: "Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz
mais triste e patética. A quem se refere à palavra grifada?
a) (
) a
princesa.
c) ( ) ao sapo.
b) (
) ao príncipe.
d) ( ) a bruxa.
09. (D7) Qual é o
conteúdo desse gênero de texto?
a) (
) um fato imaginário.
b) (
) uma receita para ganhar beijo.
c) (
) um fato ocorrido.
d) (
) a vida de uma princesa.
10. (D12) Qual é a
finalidade desse texto para os leitores?
a) (
) transmitir informações.
b) (
) tentar alguém a fazer algo.
c) (
) dar notícias da linda princesa.
d) (
) distrair, entreter as pessoas.
11. (D6) Qual o
assunto principal do texto?
a) (
) Um sapo que prega uma peça na princesa.
b) (
) Um sapo que estava enfeitiçado.
c) (
) Uma princesa piedosa.
d) (
) Um belo príncipe transformado em sapo.
12. (D10) Na frase:
“A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu um beijo.”
A que se refere à expressão um pouco?
a) (
) Quantidade de tempo esperado.
b) (
) Quantidade de beijo dado.
c) (
) Lugar escolhido para beijar.
d) (
) A maneira como ela esperou.
13. ( D16) O
fato engraçado dessa história é
a) (
) O jeito do sapo se dirigir a princesa.
b) (
) A esperteza do sapo em enganar a princesa.
c) (
) O susto da princesa ao ver o sapo.
d) (
) A voz patética do sapo, ao falar com a princesa.
LIÇÃO 5
Leia o texto com muita atenção. E em
seguida responda as questões de 1 a 7.
O Outro Sapo
Jon Scieszka
Era uma vez um sapo.
Certo dia, quando estava sentado na
sua vitória-régia, viu
uma linda princesa descansando a
beira do lago. O sapo
pulou dentro da água, foi nadando até
ela e mostrou a
cabeça por cima das plantas
aquáticas.
"Perdão, ó linda princesa",
disse ele com sua voz mais triste
e patética. "Será que eu poderia
contar com a vossa ajuda?"
A princesa estava prestes a dar um
salto e sair correndo, mas
ficou com pena daquele sapo com sua
voz tão triste e
patética. Assim, ela perguntou:
“ O que posso fazer para te ajudar,
sapinho?”
"Bem", disse o sapo.
"Na verdade, eu não sou um sapo, mas
um belo príncipe transformado em sapo
pelo feitiço de uma
bruxa malvada. E esse feitiço só pode
ser quebrado pelo
beijo de uma linda princesa."
A princesa pensou um pouco, depois
ergueu o sapo nas
mãos e lhe deu um beijo.
"Foi só uma brincadeira",
disse o sapo.
Pulou de volta no lago, e a princesa
enxugou a baba de sapo
dos seus lindos lábios.
O Patinho realmente feio e outras
histórias malucas. São Paulo: companhia das letrinhas, 1997,(s.P.).
01. (D17) Como são
marcados os diálogos do texto: O outro sapo?
a) (
) através de
parágrafos.
c) ( ) de nenhum modo.
b) (
) através de
aspas. d)
( ) através das letras maiúsculas.
02. (D10) Neste
pode-se perceber diferentes falas. De quem são elas?
a) (
) do sapo, da princesa e do narrador.
b) (
) do narrador, do comentarista e da princesa.
c) (
) do sapo, da bruxa e do príncipe.
d) (
) do sapo, do príncipe e do narrador.
03. (D12) O que
leva o sapo a fazer o pedido a princesa é
a) (
) seu desejo de enfeitiçar a princesa.
b) (
) seu desejo de quebrar o feitiço da bruxa má.
c) (
) seu desejo de fazer uma brincadeira com a
princesa.
d) (
) seu desejo de se transformar em um príncipe.
04. (D1) A leitura
deste texto nos mostra
a) (
) a tristeza do sapo por não ser um príncipe.
b) (
) a intenção do sapo de enganar a princesa.
c) (
) a alegria da princesa por ajudar o sapinho.
d) (
) o nojo da princesa ao ver o sapo perto dela.
05. (D9) A sensação
de nojo que a princesa teve foi
a) (
) porque a água do lago estava suja.
b) (
) porque a vitória-régia é gosmenta.
c) (
) porque a voz do sapo era triste e patética.
d) (
) por que tinha beijado um sapo verdadeiro.
06. (D4)O que o
sapo quis dizer com a fala: “Foi só uma brincadeira?”
a) (
) que ele mentiu quando disse que era príncipe.
b) (
) que ele não sabia que não era um príncipe.
c) (
) que a princesa o transformaria em príncipe.
d) (
) que a bruxa transformou-o em sapo.
07. (D10) Qual é o
problema que faz o fato desta história acontecer?
a) (
) a bruxa ter enfeitiçado o sapo deste texto.
b) (
) as plantas aquáticas da beira do lago.
c) (
) a pena que a princesa sentiu do príncipe.
d) ( ) o
sapo ter desejado um beijo da princesa.
Leia o seguinte texto e
responda o exercício.
O homem que entrou pelo cano
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do
tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui
e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra, um desvio, era uma secção que
terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um
branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande,
a olhá-lo interessada. Ela gritou:“Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
Ignácio de Loyola Brandão
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
Ignácio de Loyola Brandão
08. (D4) O
conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo.
O resultado não foi o esperado porque
(A) a menina
agiu como se fosse um fato normal.
(B) o homem
mostrou pouco interesse em sair do cano.
(C) as
embalagens da tubulação não funcionaram.
(D) a mãe não
manifestou nenhum interesse pelo fato.
Leia o texto.
Talita
“Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos objetos da casa, e tinham de
ser nomes que rimassem. Assim, por exemplo, a mesa era para Talita, Dona
Teresa, a poltrona era Vó Gordona, o armário era o Doutor Mário. A escada era
Dona Ada, a escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadora era Prima Dora, e assim
por diante.
Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira. Então, podiam-se ouvir conversas do tipo:
- Filhinha, quer trazer o jornal que está em cima da Tia Sinhazinha!
- É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu vou num pé e volto noutro.
Ou então:
- Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada! Precisa chamar o mecânico.
- Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né, mamãe?
E todos riam.
Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira. Então, podiam-se ouvir conversas do tipo:
- Filhinha, quer trazer o jornal que está em cima da Tia Sinhazinha!
- É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu vou num pé e volto noutro.
Ou então:
- Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada! Precisa chamar o mecânico.
- Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né, mamãe?
E todos riam.
Belinky, Tatiana. A operação do Tio Onofre: uma história policial. São Paulo:
Ática, 1985.
09. (D4)
A mania de Talita de dar nome de gente aos objetos da casa demonstra que ela é
(A) curiosa.
(C) estudiosa.
(B) exagerada.
(D) criativa.
LIÇÃO 6
Leia o texto e responda as questões
de 1 a 6.
Um anjo dorme aqui; na aurora
apenas,
disse adeus ao brilhar das açucenas
em ter da vida alevantado o véu.
- Rosa tocada do cruel granizo Cedo
finou-se e no infantil sorriso passou do
berço pra brincar no céu!
(Casimiro de Abreu, in Primaveras)
disse adeus ao brilhar das açucenas
em ter da vida alevantado o véu.
- Rosa tocada do cruel granizo Cedo
finou-se e no infantil sorriso passou do
berço pra brincar no céu!
(Casimiro de Abreu, in Primaveras)
01. (D6) O tema do texto é:
a) a inocência de uma criança
b) o nascimento de uma criança.
c) o sofrimento pela morte de uma criança.
d) a morte de uma criança
a) a inocência de uma criança
b) o nascimento de uma criança.
c) o sofrimento pela morte de uma criança.
d) a morte de uma criança
02. (D19) O tema se desenvolve
com base em uma figura de linguagem conhecida como:
a) prosopopéia
b) hipérbole
c) metonímia
d) eufemismo
a) prosopopéia
b) hipérbole
c) metonímia
d) eufemismo
03. (D18) No âmbito do poema,
podemos dizer que pertencem ao mesmo campo semântico às palavras:
a) aurora e véu
b) anjo e rosa
c) berço e céu
d) cruel e infantil
a) aurora e véu
b) anjo e rosa
c) berço e céu
d) cruel e infantil
04. (D19) As palavras que
respondem ao item anterior são:
a) uma antítese em relação à vida
b) hipérboles referentes ao destino
c) personificações alusivas à morte
d) metáforas relativas à criança
a) uma antítese em relação à vida
b) hipérboles referentes ao destino
c) personificações alusivas à morte
d) metáforas relativas à criança
05. (D3) Por “sem ter da
vida alevantado o véu” entende-se:
a) sem ter nascido
b) sem ter conhecido bem a vida
c) sem viver misteriosamente
e) sem poder relacionar-se com as outras pessoas
a) sem ter nascido
b) sem ter conhecido bem a vida
c) sem viver misteriosamente
e) sem poder relacionar-se com as outras pessoas
06. (D2) “Na aurora
apenas” é o mesmo que:
a) somente pela manhã
b) no limiar somente
c) apenas na alegria
d) só na tristeza
a) somente pela manhã
b) no limiar somente
c) apenas na alegria
d) só na tristeza
Leia o texto a seguir, e em seguida
responda as questões de 7 a 12.
Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles próprios, em combates contra a ditadura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas que conheço. (José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96)
Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles próprios, em combates contra a ditadura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas que conheço. (José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96)
07. (D1) Só não caracteriza os
homens do Itamaraty:
a) o pragmatismo
b) a falta de sensibilidade
c) a luta contra a ditadura
d) a tranquilidade da vida
a) o pragmatismo
b) a falta de sensibilidade
c) a luta contra a ditadura
d) a tranquilidade da vida
08. (D18) A palavra que não se
liga semanticamente aos homens do Itamaraty é:
a) o segundo que (/. 1)
b) vêm (/. 2)
c) eles (/. 3)
d) o terceiro que (/. 5)
a) o segundo que (/. 1)
b) vêm (/. 2)
c) eles (/. 3)
d) o terceiro que (/. 5)
09. (D12) Pelo visto, o autor
gostaria de que os homens do Itamaraty tivessem mais:
a) inteligência
b patriotismo
c) vivência
d) coerência
a) inteligência
b patriotismo
c) vivência
d) coerência
10. (D15) A oração iniciada
por “obviamente” tem um claro valor de:
a) conseqüência
b) causa
c) comparação
d) condição
a) conseqüência
b) causa
c) comparação
d) condição
11. (D2) A palavra que pode
substituir, sem prejuízo do sentido, a palavra “obviamente” (/. 4),
é:
a) necessariamente
b) realmente
c) justificadamente
d) evidentemente
a) necessariamente
b) realmente
c) justificadamente
d) evidentemente
12. (D4) Só não pode ser
inferido do texto:
a) nem todo diplomata é excessivamente pragmático.
b) Nem todo diplomata vem da elite brasileira.
c) ter vida fácil é característica comum a todo tipo de diplomata.
d) há diplomatas mais sensíveis que outros.
a) nem todo diplomata é excessivamente pragmático.
b) Nem todo diplomata vem da elite brasileira.
c) ter vida fácil é característica comum a todo tipo de diplomata.
d) há diplomatas mais sensíveis que outros.
Leia a seguir o fragmento de texto.
O mercúrio onipresente
(Fragmento)
(Fragmento)
Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...].
Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes sugere que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita.
Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115.
13. (D7) A
tese defendida no texto está expressa no trecho
(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.
(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.
(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.
(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.
(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.
(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.
(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.
(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.
Leia o texto e depois responda as
questões de 14 a 15.
O AVARENTO
Um avarento possuía uma barra de ouro, que mantinha enterrada no chão. Todos os
dias ia lá dar uma olhada.
Um dia, descobriu que a barra fora roubada, e começou a se descabelar e a se
lamentar aos brados.
Um vizinho, ao vê-lo naquele estado, disse:
__ Mas para que tanta tristeza? Enterre uma pedra no mesmo lugar e finja que é
de ouro. Vai dar na mesma, pois quando o ouro estava aí você não o usava pra
nada!
(Esopo. In: O livro das virtudes – O
compasso moral, 1996)
14. (D15)
De acordo com o texto pode-se concluir que avarento é a pessoa
que
(A) gasta muito.
(B) come muito.
(C) possui muitos bens.
(D) só pensa em guardar
dinheiro.
15. (D4)
O provérbio que pode ser associado ao texto é
(A) “Nem tudo que reluz é
ouro.”
(B) “Água mole em pedra
dura, tanto bate até que fura.”
(C) “Quem tudo quer,
tudo perde.”
(D) “Em terra de cego,
quem tem um olho é rei.”
Leia a tirinha.
16. (D3) No 1º quadrinho, a
fala do personagem pode ser substituída por
(A) “Quer namorar comigo?”
(B) “Você é muito bonita para mim!”
(C) “Você é muito simpática!”
(D) “Você é muito humilde!”
LIÇÃO 7
Observe e leia o seguinte cartum.
01. (D5) De acordo com o cartum, o último aluno que estava
no fundo da sala, compreendeu que a professora durante a chamada estava se
referindo
(A) ao número 38.
(B) a um revólver.
(C) a uma piada.
(D) a presença.
02. (D15) Considere o
seguinte trecho:
Em vez do médico do Milan, o doutor
José Luiz Runco, da Seleção, é quem deverá ser o responsável pela cirurgia de
Cafu. Foi ele quem operou o volante Edu e o atacante Ricardo Oliveira, dois
jogadores que tiveram problemas semelhantes no ano passado.
O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se:
O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se:
a) ao médico do Milan.
b) a Cafu.
c) ao doutor José Luiz Runco.
d) ao volante Edu.
Leia o texto a seguir e responda as
questões de 3 a 7.
Quando vim da minha terra,
não vim, perdi-me no espaço,
na ilusão de ter saído.
Ai de mim, nunca saí.
(Carlos D. de Andrade, no poema A Ilusão do Migrante)
não vim, perdi-me no espaço,
na ilusão de ter saído.
Ai de mim, nunca saí.
(Carlos D. de Andrade, no poema A Ilusão do Migrante)
03. (D6) O sentimento predominante no texto é:
a) orgulho
b) saudade
c) fé
d) esperança
a) orgulho
b) saudade
c) fé
d) esperança
04.(D4) Infere-se do texto que o autor:
a) não saiu de sua terra.
b) não queria sair de sua terra, mas foi obrigado.
c) logo esqueceu sua terra.
d) saiu de sua terra apenas fisicamente.
a) não saiu de sua terra.
b) não queria sair de sua terra, mas foi obrigado.
c) logo esqueceu sua terra.
d) saiu de sua terra apenas fisicamente.
05. (D3) Por
“perdi-me no espaço” pode-se entender que o autor:
a) ficou perdido na nova terra.
b) ficou confuso.
c) não gostou da nova terra.
d) perdeu, momentaneamente, o sentimento por sua terra natal.
a) ficou perdido na nova terra.
b) ficou confuso.
c) não gostou da nova terra.
d) perdeu, momentaneamente, o sentimento por sua terra natal.
06. (D8) Pelo último período do texto, deduz-se que:
a) ele continuou ligado à sua terra.
b) ele vai voltar à sua terra.
c) ele gostaria de deixar sua cidade, mas nunca conseguiu.
d) ele se alegra por não ter saído.
a) ele continuou ligado à sua terra.
b) ele vai voltar à sua terra.
c) ele gostaria de deixar sua cidade, mas nunca conseguiu.
d) ele se alegra por não ter saído.
07.(D3) A expressão “ai de mim” só não sugere, no
poema:
a) amargura
b) decepção
c) tristeza
d) vergonha
a) amargura
b) decepção
c) tristeza
d) vergonha
Leia o seguinte texto e depois responda as questões de 8 a 13.
A função do artista é esta, meter a
mão nessa coisa essencial do ser humano, que é o sonho e a esperança. Preciso
ter essa ilusão: a de que estou resgatando esses valores. (Marieta
Severo, na Folha de São Paulo)
08. (D1) Segundo
o texto, o artista:
a) valoriza o sonho das pessoas pobres.
b) desperta as pessoas para a realidade da vida.
c) não tem qualquer influência na vida das pessoas.
d) trabalha o íntimo das pessoas.
a) valoriza o sonho das pessoas pobres.
b) desperta as pessoas para a realidade da vida.
c) não tem qualquer influência na vida das pessoas.
d) trabalha o íntimo das pessoas.
09. (D4) Segundo
o texto:
a) o sonho vale mais que a esperança.
b) sonho e esperança têm relativa importância para as pessoas.
c) não se vive sem sonho e esperança.
d) têm importância capital para as pessoas tanto o sonho quanto a esperança.
a) o sonho vale mais que a esperança.
b) sonho e esperança têm relativa importância para as pessoas.
c) não se vive sem sonho e esperança.
d) têm importância capital para as pessoas tanto o sonho quanto a esperança.
10. (D2) A
palavra ou expressão que justifica a resposta do item anterior é:
a) ilusão
b) meter a mão
c) essencial
d) ser humano
a) ilusão
b) meter a mão
c) essencial
d) ser humano
11.(D3) A
expressão “meter a mão”:
a) pertence ao linguajar culto.
b) pode ser substituída, sem alteração de sentido, por intrometer-se.
c) tem valor pejorativo.
d) é coloquial e significa, no texto, tocar.
a) pertence ao linguajar culto.
b) pode ser substituída, sem alteração de sentido, por intrometer-se.
c) tem valor pejorativo.
d) é coloquial e significa, no texto, tocar.
12. (D20) Só
não se encontra no texto:
a) a influência dos artistas
b) a necessidade da autora
c) a recuperação de coisas importantes
d) a conquista da paz
a) a influência dos artistas
b) a necessidade da autora
c) a recuperação de coisas importantes
d) a conquista da paz
13. (D15) A palavra “esses” poderia ser substituída, sem
alteração de sentido, por:
a)
bons
c) tais
b) certos d) outros
LIÇÃO 8
b) certos d) outros
LIÇÃO 8
Leia o texto abaixo e em seguida
responda as questões de 1 a 11.
O Homem Nu
Fernando Sabino
Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o
sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe
dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente
as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro,
não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até
cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um
banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer
um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o
pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e
para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado
pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia
aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si
fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à
espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do
chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher
pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio
fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a
porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os
andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada
entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu
apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir:
ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de
pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão,
parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se
aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o
botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa,
encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando
o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do
elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a
porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho
conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais
longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka,
instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e
abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo,
fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois
experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o
elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E
agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência,
largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem
nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o
traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era
a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os
braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a
radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria,
vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele
entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do
banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
Esta é uma das crônicas mais famosas do grande escritor mineiro Fernando Sabino. Extraída do livro de mesmo nome, Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 65.
Agradeço a Cristhiano Rocha Pereira pela lembrança.
01. (D10) O
que gerou o conflito da narrativa?
02. (D10) Qual é o
enredo ou conflito da narrativa? 03. (D2) Que
palavras do texto pode substituir a expressão “parar repentinamente?”
04. (D11)
Qual a causa ou motivo que levou o homem a se esconder para não debitar a
dívida?
05. (D10) Qual é o
cenário onde esta história se passa?
06. (D16)
Copie um trecho do texto que expresse ideia de humor.
07. (D10)
Copie do texto um trecho referente ao tempo cronológico.
08. (D10) Quais são
os personagens principais do texto?
09. (D10) Quais os
personagens secundários?
10. (D12) Com que
finalidade o cronista nos propõe esta crônica?
11. (D10) De que
maneira o cronista se expressa para finalizar sua história?
LIÇÃO 9
Leia o texto e responda as questões
de 1 a 5.
Por que algumas aves voam em bando
formando um V?
Elas
parecem ter ensaiado. Mas é claro que isso não acontece. Quem nunca viu ao
vivo, já observou em filme ou desenho animado aquele bando de aves voando em
"V". Segundo os especialistas, esta característica de voo é observada
com mais frequência nos gansos, pelicanos, biguás e grous.
Há
duas explicações para a escolha dessa formação de voo pelas aves. A primeira
consiste na economia de energia que ela proporciona. Atrás do corpo da ave e,
principalmente, das pontas de suas asas, a resistência do ar é menor e,
portanto, é vantajoso para as aves voar atrás da ave dianteira ou da ponta de
sua asa. Ou seja: ao voarem desta forma, as aves poupariam energia, se
esforçariam menos, porque estariam se beneficiando do deslocamento de ar
causado pelas outras aves. Isso explicaria, até, a constante substituição do
líder nesse tipo de bando.
Essa
é a primeira explicação para o voo em "V". E a segunda? O que diz?
Ela sustenta que esse tipo de voo proporcionaria aos integrantes do bando um
melhor controle visual do deslocamento, pois em qualquer posição dentro do
"V" uma ave só teria em seu campo de visão outra ave, e não várias.
Isso facilitaria todos os aspectos do voo. Os aviões militares de caça, por
exemplo, voam nesse mesmo tipo de formação, justamente para ter um melhor campo
de visão e poder avistar outros aviões do mesmo grupo. Essas duas explicações
não são excludentes. É bem possível que seja uma combinação das duas o que
torna o voo em "V" favorável para algumas aves.
(NACINOVIC, Jorge Bruno, Por que
algumas aves... Ciência Hoje das Crianças,
Rio de Janeiro, n. 150, set. 2004.)
1 – (D20) Bandos de
aves e aviões militares de caça têm em comum
A)
o objetivo de economizar energia.
B) a necessidade de ter um bom campo
de visão.
C) a preferência por voos longos.
D) a substituição permanente do
líder.
2 – (D11) Segundo
o texto, as aves poupam energia voando em “V” por que
A) são beneficiadas pelo deslocamento
do ar causado pelas aves da frente.
B) podem se ajudar mutuamente durante
longos percursos.
C) podem obter melhor controle visual
do deslocamento.
D) têm o instinto de sempre seguir o
líder do bando em seu itinerário.
3 – (D1) Pode-se afirmar
que o texto
A) conta uma
história curiosa e divertida sobre pássaros.
B) defende uma ideia sobre uma
questão científica.
C) explica os movimentos das
aves com base em informações científicas.
D) noticia uma descoberta científica
ultrapassada sobre o voo das aves.
4 – (D6) O texto
tem como tema um aspecto particular da vida de algumas aves:
A) a economia de energia.
B) o modo de voar.
C) a semelhança entre elas e os
aviões.
D) o formato das asas.
5 – (D10) “Isso
explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo de bando.”
Com base no texto, conclui-se que o
líder é substituído constantemente porque essa posição...
A) é cobiçada por todas as aves do
bando.
B) é a mais importante do grupo.
C proporciona melhor controle visual.
D) consome muito mais energia.
Leia o texto abaixo, e em seguida
responda as questões de 6 a 11.
VISITA
Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de
verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta
de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e
não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da
metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas
mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas
asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a
mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu
imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece
todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar
um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez
desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos
chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los,
amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava
também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e
pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse
macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar?
Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça
isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da
mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber
que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o,
dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias,
telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.
GULLAR, Ferreira. O menino e
o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31.
São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89
06 – (D1) Ao
encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem
a) colocou-o dentro de um pote de
água.
b) escondeu-o para que ninguém o
matasse.
c) pingou água sobre sua cabeça.
d) procurou por outros insetos no
escritório.
07 – (D11) O
homem interessou-se pelo inseto porque
a) decidiu descansar do trabalho
cansativo que realizava no jornal.
b) estranhou a presença de um inseto
do mato em plena cidade.
c) percebeu que ele estava fraco e
doente por falta de água.
d) resolveu salvar o animal para
analisar o funcionamento do seu corpo.
08 – (D11) A
mudança na rotina do homem deu-se
a) à chegada do inseto na redação do
jornal.
b) ao intenso calor daquela tarde de
verão.
c) à monotonia do trabalho no
escritório.
d) à transferência de local onde
estava o inseto.
09 – (D3) Em “Não
faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento
de
a) maldade
b) crueldade
c) desprezo
d) afeição
10 – (D10) A
presença do inseto na redação do jornal provocou no homem
a) curiosidade científica.
b) sensação de medo.
c) medo de pegar uma doença.
d) lembranças da infância.
11 – (D6) Com base
na leitura do texto pode-se concluir que a questão central é
a) a presença inesperada de um inseto
do mato na cidade.
b) a saudade dos amigos de infância
c) a vida pacifica da grande cidade.
d) a preocupação com a proteção aos
animais.
Leia o texto abaixo e depois
responda as questões de 12 a 13.
TROCA
TROCA DE LIVROS
Sabe
promovendo um troca-troca
aquele livro que você já leu
literário
imperdível.
várias vezes e está
paradão
Para começar a ler lá
lá na estante,
esperando
mesmo, o museu oferece a
alguém que dê atenção a ele de
novo? sua
biblioteca, num
Que tal
trocá-lo
cantinho especial. O
por outro – e,
assim,
endereço do museu é Praia
ganhar outra história para
do
Caju 385, e a biblioteca
ler e se divertir? Pois até
o
está aberta de terça a
dia 30, o Museu da Limpeza Urbana
–
sexta-feira, sempre das 9h
Casa de Banho D. João VI
está
às 16h.
GLOBINHO – Sábado, 21 de março de
2009.
12. (D12) Podemos
dizer que o texto tem a finalidade de
(A) causar emoção no leitor.
(B) apresentar um ponto de vista.
(C) dar informações sobre um evento.
(D) vender um produto pouco
divulgado.
13.
(D2) O pronome “você” na segunda linha do texto se refere
(A) ao autor.
(B) ao leitor.
(C) a D. João VI.
(D) ao visitante.
LIÇÃO 10
Leia o texto, e em seguida responda,
as questões solicitadas.
A CARTA
Esta
outra história é de dois namorados, ele chamado Haroldo e ela, por
coincidência, Marta. Os dois brigaram feio, e Marta escreveu uma carta para
Haroldo, rompendo definitivamente o namoro e ainda dizendo uma verdade que ele
precisava ouvir. Ou, no caso, ler. Mas Marta se arrependeu do que tinha escrito
e no dia seguinte fez plantão na calçada em frente do edifício de Haroldo,
esperando o carteiro. Precisava interceptar a carta de qualquer jeito. Quando o
carteiro apareceu, Marta fingiu que estava chegando ao edifício e perguntou:
__ Alguma coisa para o 702? Eu levo.
Mas não tinha nada para o 702. No dia seguinte tinha, mas não a carta de Marta.
No terceiro dia, o carteiro desconfiou, hesitou em entregar a correspondência a
Marta, que foi obrigada a fazer uma encenação dramática. Não era do 702. Era a
autora de uma carta para o 702. E queria a carta de volta. Precisava daquela
carta. Era importantíssimo ter aquela carta. Não podia dizer por quê. Afinal, a
carta era dela mesma, devia ter o direito de recuperá-la quando quisesse! O
carteiro disse que o que ela estava querendo fazer era crime federal, mas mesmo
assim olhou os envelopes do 702 para ver se entre eles estava a carta. Não
estava. No dia seguinte – quando Marta ficou sabendo que o carteiro se chamava
Jessé e, apesar de tão jovem, já era viúvo, além de colorado – também não. No
outro dia também não, e o carteiro convidou Marta para, quem sabe, um chope. Na
manhã depois do chope, a carta ainda não tinha chegado a Marta e Jessé
combinaram ir ver Titanic juntos. No dia seguinte – nem sinal da carta – Jessé
perguntou se Marta não queria conhecer sua casa. Era uma casa pobre, morava com
a mãe, mas, se ela não se importasse... Marta disse que ia pensar.
No dia seguinte, chegou à carta. Jessé deu a carta a
Marta. Ela ficou olhando o envelope por um longo minuto. Depois a devolveu ao
carteiro e disse:
__ Entrega.
E, diante do espanto de Jessé, explicou que só queria ver se tinha posto o
endereço certo.
01. (D1)
Segundo o autor, qual é a polêmica retratada no texto?
02. (D10)
De acordo com o texto, o que provocou o conflito da narrativa?
03. (D10)
Quais são os personagens do texto?
04. (D6)
Qual é o assunto principal do texto?
05. (D2)
Que outra palavra do texto tem o mesmo de significado de interromper?
06. (D10)
Em que lugar a história se passa?
07. (D10) De que
maneira o autor se expressa para finalizar sua história?
08. (D2) Busque
outra palavra do texto que tenha o mesmo sentido ou que seja semelhante
com “simular".
09. (D12)
Qual a finalidade deste texto?
LIÇÃO 11
Leia a história em quadrinhos a
seguir, depois responda as questões de 1 a 2.
HORÁCIO
01. (D6) A respeito
das ideias apresentadas, em relação ao texto, afirma-se que a ideia principal é
(A) Horácio faz referência ao período
da Páscoa.
(B) Horácio está dominado pelo
sentimento de raiva.
(C) Horácio pretende obrigar todos a
sorrirem.
(D) Horácio mostra que é
recompensador cultivar amizades.
02. (D4) Dos provérbios abaixo, o que finaliza a
mensagem dos três últimos
quadrinhos é
(A) “Mais vale um pássaro na mão que
dois voando.”
(B) “Cada um colhe aquilo que
planta.”
(C) “Nem tudo que reluz é ouro.”
(D) “Quem ama o feio, bonito lhe
parece.”
Leia o texto abaixo.
O sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam.
Por ele também se apaixonou uma bruxa horrenda que o pediu em casamento. O
príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vais casar comigo não
vai se casar com ninguém mais”! “Olhou fundo nos olhos dele e disse: "
Você vai virar um sapo! “Ao ouvir essa palavra o príncipe sentiu uma
estremeção”. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço
tinha dito. Sapo. Virou um sapo.
Alves,
Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.
03. (D3) No trecho “O
príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava”, a expressão
destacada significa que
(A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.
Leia o texto
seguinte.
DUAS ALMAS
Ó tu que vens de longe, ó tu que vens
cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
Eu nunca fui amado, e vivo tão
sozinho.
Vives sozinha sempre e nunca foste
amada...
.
A neve anda a branquear lividamente a
estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um
ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do
caminho
se banhem no esplendor nascente da
alvorada.
.
E amanhã quando a luz do sol dourar
radiosa
essa estrada sem fim, deserta,
horrenda e nua,
podes partir de novo, ó nômade
formosa!
.
Já não serei tão só, nem irás tão
sozinha:
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade
minha...
.
04. (D3) No verso “e a
minha alcova tem a TEPIDEZ de um ninho” (v.6), a expressão
em negrito dá sentido de um lugar
(A) aconchegante.
(B) belo.
(C) brando.
(D) elegante.
Leia a seguir a fábula de Monteiro
Lobato e responda as questões de 5 a 6.
A ONÇA DOENTE
Certa vez a onça caiu de uma árvore e ficou muitos dias de cama.
Como estava passando fome ele chamou a irara e pediu que avisasse a bicharada que estava morrendo e que fossem visitá-la.
O veado, a capivara, a cutia e o jabuti foram visitá-la.
Quando o jabuti chegou, antes de entrar na toca olhou para o chão e viu que só tinha pegadas que entravam, então pensou:
- É melhor eu ir embora e rezar pela melhora da onça, pois aqui quem entrou não saiu.
E ele foi o único que se salvou.
Moral da história: Para esperteza, esperteza e meia.
Certa vez a onça caiu de uma árvore e ficou muitos dias de cama.
Como estava passando fome ele chamou a irara e pediu que avisasse a bicharada que estava morrendo e que fossem visitá-la.
O veado, a capivara, a cutia e o jabuti foram visitá-la.
Quando o jabuti chegou, antes de entrar na toca olhou para o chão e viu que só tinha pegadas que entravam, então pensou:
- É melhor eu ir embora e rezar pela melhora da onça, pois aqui quem entrou não saiu.
E ele foi o único que se salvou.
Moral da história: Para esperteza, esperteza e meia.
05. (D11)
Da leitura do texto, pode-se entender que a onça encontrava-se doente porque
(A) havia
caído da árvore.
(B) estava com
muita fome.
(C) não podia
caçar.
(D) estava em
apuros.
06. (D4)
A verdadeira intenção da onça era
(A) encontrar
os amigos.
(B) pedir
ajuda aos animais.
(C) alimentar-se
dos animais que iam visitá-la.
(D) almoçar
com os animais que iam visitá-la.
Leia o texto
abaixo.
A costureira das fadas
Depois do jantar o príncipe levou Narizinho à casa da melhor costureira
do reino. Era uma aranha de Paris, que sabia fazer vestidos lindos, lindos até
não poder mais! Ela mesma tecia a fazenda, ela mesma inventava as modas.
– Dona Aranha, disse o príncipe,
quero que faça para esta ilustre dama o vestido mais bonito do mundo. Vou dar
uma grande festa em sua honra e quero vê-la deslumbrar a corte.
Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou
da fita métrica e, ajudada por seis aranhinhas muito espertas, principiou a
tomar as medidas. Depois teceu depressa, depressa, uma fazenda cor-de-rosa com
estrelinhas douradas, a coisa mais linda que se possa imaginar. Teceu também
peças de fitas e peças de renda e peças de entremeios – até carretéis de linha
de seda fabricou.
(MONTEIRO LOBATO, José Bento.
Reinações de Narizinho. São Paulo, 1973.)
07. (D11)
O príncipe quer dar um vestido para Narizinho porque
(A) ela deseja
ter um vestido de baile.
(B) o príncipe
vai se casar com Narizinho.
(C) ela deseja
um vestido cor-de-rosa.
(D) o príncipe
fará uma festa para Narizinho.
Leia o seguinte texto.
CONTINHO
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
— Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo não: os outros é que me chamam de Zé.
(Paulo Mendes Campos)
08. (D16) Há traço de humor
no trecho
(A) “Era uma
vez um menino triste, magro”. (l. 1)
(B) “ele
estava sentado na poeira do caminho”. (l. 2)
(C) “quando
passou um vigário”. (l. 3)
(D) “Ela não
vai não: nós é que vamos nela.” (l. 5)
Leia o texto abaixo.
Acho uma boa ideia abrir as escolas
no fim de semana, mas os alunos devem ser supervisionados por alguém
responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça no dia. A
comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes. Poderiam
ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da escola.
(Juliana Araújo e Souza)
(Correio Braziliense, 10/02/2003,
Gabarito. p. 2.)
09. (D15)
Em “A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes,”
(l. 3-4), a palavra destacada indica
(A) alternância.
(B) oposição.
(C) adição.
(D) explicação.
LIÇÃO 12
Leia o texto abaixo e responda as
questões de 1 a 3.
O visitante vai passando pelo
corredor do hospital, quando vê o amigo saindo disparado, cheio de tubos, da
sala de cirurgia:
__ Aonde é que você vai, rapaz?!
__ Tá louco, bicho, vou cair fora!
__ Mas, qual é, rapaz?! Uma simples
operação de apendicite! Você tira isso de letra.
E o paciente:
__ Era o que a enfermeira estava
dizendo lá dentro: “Uma operaçãozinha de nada, rapaz! Coragem! Você tira isso
de letra! Vai fundo, homem!”
__ Então, por que você está fugindo?
__ Porque ela estava dizendo isso era
pro médico que ia me operar!
(Ziraldo. As melhores anedotas do
mundo. Rio de Janeiro; Globo, 1988, p. 62.)
01. (D6) A ideia principal do texto é
(A) O rapaz
tem medo de cirurgia.
(B) Pela da
fala enfermeira o rapaz imaginou que o médico fosse fazer outra coisa.
(C) Um rapaz
não quer submeter-se a uma operação de apendicite porque o médico é
inexperiente.
(D) O rapaz
quando viu os utensílios cirúrgicos ficou com medo e fugiu.
02. (D10) O lugar onde a história se passa
(A) Na entrada
do hospital.
(B) Na
recepção do hospital.
(C) No
corredor do hospital.
(D) Na sala de
operação.
03. (D12) A finalidade ao contar uma anedota é
(A) Informar
um acontecimento.
(B) Descrever
um fato.
(C) Argumentar
um fato ou acontecimento.
(D) Provocar o
riso.
Leia a tirinha a seguir.
04. (D15) No 2º quadrinho da tira, o trecho: “É,
eu o vi na primeira página do jornal.” O pronome em destaque se refere
(A) ao Garfield.
(B) ao jornal.
(C) ao famoso.
(D) ao marido.
LIÇÃO 13
É PRECISO PARAR DE PRENDER
Evandro Lins e Silva
Toda vez que a violência aumenta, as
pessoas tendem a clamar por medidas punitivas mais rigorosas para os
transgressores das leis. Pedem a pena de morte para os mais perigosos e cadeia
para todos quanto saiam do trilho da conduta determinada pela legislação em
vigor. Essa é uma reação instintiva e nada racional. Ninguém ignora que hoje no
Brasil a prisão não regenera nem ressocializa as pessoas que são privadas da
liberdade por terem cometido algum tipo de crime. Ao contrário, é de
conhecimento geral que a cadeia perverte, corrompe, deforma e embrutece. É uma
fábrica de reincidência e uma universidade às avessas, onde se diploma o
profissional do crime. A prisão, essa monstruosa opção, perpetua-se ante a
insensibilidade da maioria como uma forma ancestral de castigo. Positivamente,
jamais se viu alguém sair de um cárcere melhor do que quando entrou. Os
egressos do cárcere estão sujeitos a uma outra terrível condenação: o
desemprego. Pior que tudo, são atirados a uma obrigatória marginalização. O
ex-condenado só tem uma saída: incorporar-se ao crime organizado. A sociedade,
que os enclausurou sob o pretexto hipócrita de reinseri-los em seu seio, os
repudia.
...
Os partidários da volta a métodos
bárbaros de repressão não entendem que estão transformando homens em feras e
aumentando a legião de desajustados. Eles têm conquistado muito terreno no
Brasil, nos últimos tempos, com a prisão cautelar que atinge os inocentes e
serve de pretexto para a prática de constantes abusos de poder, e a agravação
de penas para crimes hediondos. Procura-se criar uma atmosfera de pânico, que
oferece ensejo a pena de morte. Nenhum desses pregoeiros da repressão pensa na
prevenção dos delitos, no atendimento aos menores abandonados, na criação de
condições socioeconômicas que impeçam a geração de novos delinquentes.
EXPLORANDO O TEXTO
01. (D-15) Assinale a alternativa que
contenha uma afirmação mais verdadeira sobre o texto apresentado:
(a) O autor não elabora um esquema
argumentativo convincente sobre o sistema penitenciário no Brasil.
(b) O autor não fundamenta o conteúdo
das suas ideias com dados de observação sobre o sistema penitenciário no
Brasil.
(c) O autor critica severamente
o sistema penitenciário no Brasil com um raciocínio lógico apresentando causas
e efeitos que justificam o seu posicionamento.
(d) O autor apoia-se meramente numa
visão subjetiva ao condenar o sistema penitenciário vigente no Brasil.
02. (D-13) Do texto depreende-se que
a sociedade é hipócrita pelo fato de:
(a)
reintegrar plenamente o ex-condenado ao seu seio.
(b) oferecer
ao detento condições favoráveis à sua recuperação.
(c) mascarar a discriminação aos ex-condenados,
enquanto finge aceitá-los.
(d) procurar criar
condições sócio-econômicas a fim de sanar a delinquência juvenil.
03. (D-19) No segundo parágrafo, o
autor se utiliza de expressão "pregoeiros da repressão." Aponte a
alternativa em que se verifica, no texto, outra expressão de sentido
equivalente:
(a)"egressos do cárcere"
(b)"profissional do crime"
(c)
"transgressores da lei"
(d) "partidários da volta a métodos
bárbaros"
04. (D-03) No trecho:
"Positivamente, jamais se viu alguém sair de um cárcere melhor do que
quando entrou." O termo "positivamente" no contexto do parágrafo
equivale a:
(a) definitivamente
(b)
necessariamente
(c)
eventualmente
(d)
principalmente
05. (D-01) Segundo o autor, a criação
de uma atmosfera de pânico na população terá com consequência a :
(a) "prática
de constantes abusos do poder."
(b) "proposta legislativa do retorno à
pena de morte."
(c).
"prevenção dos delitos."
(d)
"agravação de penas para crimes hediondos".
06. (D-01) Para o autor, o desemprego
dos ex-condenados obriga-os à:
(a) reintegração no mundo da criminalidade.
(b) volta da
política de ajuda mútua.
(c) prática de
métodos bárbaros de repressão.
(d) reincidência
de comportamentos racionais.
“A maior parte do tempo de um
escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade
de uma biblioteca para fazer um só livro.”
( Esse trabalho foi organizado pelo
Prof. Francisco Antônio de Paula Gregório, algumas das atividades foram
extraídas de outros professores, por achar interessantes e de suma importância
para o aprendizado dos alunos. 26/04/2012)
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