TEMA: Leitura com ludicidade
2.1 -
Delimitação do Tema:
A magia da leitura lúdica
realizada pela coordenadora da sala de leitura, apresentando diversos gêneros
literários infantis e juvenis, acontecendo quinzenal com todas as turmas da
escola, aonde o encanto dos contos de fadas, dos causos, das fábulas,
lendas, causos e mitos, irão de encontro com o aluno na sala de aula,
demonstrando encantamento e ao mesmo tempo, desenvolvendo o gosto e o
prazer dos educandos pela leitura.
2 – Introdução
3 – Problema
A leitura a partir de vários gêneros literários e de forma
lúdica pode encantar, conquistar e ao mesmo tempo desenvolver o gosto dos
alunos para esse mundo mágico?
4 – Hipótese
É possível desenvolver o gosto e o prazer pela leitura
quando o aluno é oportunizado a ouvir e se encantar com a magia dos contos de
fadas, com os causos, com as histórias diversas existentes no contexto da
literatura infantil e juvenil.
5 –
Objetivos
5.1
– Objetivo geral
Disseminar a
magia das histórias da literatura infantil, juvenil e seus derivados com
ludicidade, envolvendo e desenvolvendo o gosto, o prazer e o encantamento
dos alunos pelo mundo mágico da leitura.
5.2 – Objetivos específicos
- Identificar
a importância da leitura com histórias infantis, juvenis, dos
contos, dos causos, das fabulas, mitos, lendas, cordéis;
- Experimentar
a leitura encantada e lúdica, saboreando pelo prazer de ouvir as histórias
lidas e contadas;
- Envolver-se
no mundo mágico da leitura, através de recursos atrativos, lúdicos e
cativantes;
- Compreender
o mundo mágico e imaginário da leitura como algo a ser descoberto,
algo a alicerçar o conhecimento do mundo que nos cerca;
- Utilizar
a leitura lúdica e a contação de histórias como algo favorável para o
desenvolvimento da leitura com gosto e espontaneidade;
- Avaliar
as diversas histórias lidas e contadas com ludicidade e
encantamento, como algo necessário a alicerçar e a desenvolver o
gosto e o prazer dos alunos pelo mundo mágico da leitura;
6 – Justificativa
Nem dá pra balançar, fingir hesitar... Rota direta, o Sítio
do Picapau Amarelo ! Neste perfeito território da infância , mil refúgios
secretos para quem é criança, para quem quer voltar a ser...Para ouvir , ler ou
inventar histórias, não há lugar melhor do que lagartear ao sol, debaixo da
jabuticabeira...!!! (Fanny Abramovich)
A magia e o encantamento que uma história lida ou contada
pode causar em qualquer pessoa quando ouve, é algo que aos poucos temos que ir
acordando e passando esse mesmo gosto dos tempos em que ouvíamos as historias e
os causos contados ou lidos pelos nossos pais, avós ou professores.
Hoje com tantas tecnologias, com o surgimento de tantos
brinquedos eletrônicos, com tantos compromissos e encargos das escolas e também
das famílias, vemos que as histórias mágicas vindas da literatura infantil,
juvenil e da cultura popular, estão sendo esquecidas pelas famílias ou
pouco trabalhadas nas escolas.
Deparamos na realidade escolar, ao se trabalhar com a
leitura, onde os textos, na maioria das vezes, têm apenas as
funções da interpretação ou para a produção de algo escrito ou
reescrito, perdendo o lado mágico do faz de conta, do lúdico, da imaginação, do
prazer e do encantamento do aluno em escutar e saborear com as asas da
imaginação.
Desejamos que os nossos alunos sejam leitores, porém,
nós enquanto responsáveis pelo processo ensino-aprendizagem, envolvemos
nossos alunos com a escuta de bons textos, de bons livros ou com a magia
da contação de histórias e causos do interesse deles?
Sobre isso podemos citar uma frase do professor Edmir
Perrotti, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, do
curso de Políticas Públicas de Comunicação de Leitura, onde ele diz o seguinte:
”Contar histórias é uma arte, é fantástico e tem de ser
cultivado desde muito cedo. O país preocupa-se em alfabetizar a população e, no
entanto, não tem feito o mesmo esforço para que os cidadãos brasileiros sejam
leitores.” (Revista Pátio, julho/setembro/2010)
Ao refletir as palavras do professor Edmir Perrotti, vemos a
grandiosidade das histórias lidas ou contadas, pois se pretendemos desenvolver
bons leitores, devemos envolvê-los por primeiro nesse mundo maravilhoso e
encantador, ou seja, lendo para os alunos e junto com os alunos. Também
contando histórias com ludicidade, com criatividade e imaginação.
Tudo isso contribui para o desenvolvimento de possíveis
leitores, além, é claro, do contato com a fantasia e a magia das maravilhas
encontradas no mundo da leitura, no viés da imaginação, onde o aluno descobre o
prazer em ouvir uma boa história lida ou contada e ali descobre sozinho a
saborear o mundo imaginário.
A leitura não deve ser trabalhada apenas com intuito de
cobranças e produções, mas em primeiro lugar, devem-se buscar mecanismos
pedagógicos para o desenvolvimento livre e autônomo da mesma. Quando almejamos
alunos leitores, produtores e escritores devemos encantá-los e seduzi-los com
leituras próprias, encantadoras e marcantes. Quando realizamos o ato da
leitura, devemos demonstrar encanto ao ler ou ao contar, internalizar os
personagens e o narrador, vivenciar com alegria a ato da leitura. Tais atitudes
podem marcar a vida de maneira saudável para sempre do ouvinte e este tornar-se
um leitor participante e ativo das descobertas existentes no mundo da leitura.
Vejamos o que diz Chalita quando se refere aos contos de
fadas, à imaginação da infância:
Falar dos ensinamentos transmitidos por Cinderela significa
fazer uma reverencia aos contos de fadas, historias que nos tocaram
profundamente e conquistaram os nossos corações de forma arrebatadora.
Geralmente essa sedução coletiva e deliciosa ocorre muito cedo, quando ainda
vivemos no período mais ensolarado e significativo das nossas vidas: A
infância. (CHALITA,2005,P.103)
Partindo da intenção de realizar leituras dos livros
de literatura infantil e juvenil e a contação de histórias , é que a
coordenadora da sala de leitura da Escola Estadual de Ensino Fundamental
Julieta Vilela Velozo, pretende desenvolver o projeto “Vem vindo histórias”,
sendo este com o intuito de levar a leitura e as histórias de encontro com
todos os alunos matriculados. Vemos que nossos educandos lêem pouco ou muitas
vezes emprestam livros somente porque será cobrado algo em relação a leitura.
Na verdade, nossos alunos precisam desenvolver o gosto prazeroso e amoroso pela
leitura, mas para isso precisa ser seduzido e conquistado.
Assim, este projeto vai de encontro com o aluno na sala de
aula e fazer dali um lugar mágico, encantado e inesquecível. Utilizando
recursos lúdicos para conquistar um publico de futuros leitores. Pretende-se
que o aluno escute, saboreie e viaje na imaginação, sem cobranças e sem
limites, apenas pelo prazer de escutar ou contemplar uma bela história lida ou
contada.
7 – Procedimentos metodológicos:
Para realizar as leituras e a contação de histórias de
maneira mágica e lúdica, a coordenadora da sala de leitura irá de encontro com
os alunos na sala de aula, preparando cronograma e planejando com antecedência
o acontecimento dessas atividades. Contará também com o apoio dos professores
abrindo espaços nas aulas para que este momento mágico venha acontecer além de
suporte pedagógico da escola e recursos materiais.
Assim as histórias mágicas do “Projeto Vem Vindo Histórias”
acontecerão da seguinte maneira:
ü Leituras de livros infantis e juvenis da sala
de leitura, dentre autores como: Monteiro Lobato, Eva Furnari, Vinicius de
Moraes, Tatiana Belink, Cecília Meireles, Sylvia Orthof, Ziraldo,
entre outros.
ü Leituras e contação de histórias de Grim,
contos de Andersen, contos africanos, histórias encantadas, histórias de
assombração, contos de fadas, fábulas, literatura de cordel, entre outras;
ü Leitura na hora do recreio – levar gibis,
livros e montar bancas de livros no momento do recreio deixando os alunos
livres para lerem conforme o gosto deles;
ü Leitura de livros com a sacola literária – onde
as turmas de 1º ao 5º ano receberão as sacolas com um livro apropriado para a
faixa etária, este livro deve passar por cada aluno, sendo entregue e explorado
a partir da leitura de todos. Será uma sacola por série;
ü Leitura de livros com o carrinho de histórias –
será utilizado um carrinho de supermercado para levar os livros até os alunos,
seja no recreio, seja nas salas de aula;
ü A contação e a leitura de histórias citadas a
cima acontecerão também através de fantoches, dedoches, palitoches e avental de
histórias – motivando e incentivando o prazer pelos livros e pelas histórias,
vemos como leitura lúdica
8 – Cronograma
Este cronograma vai acontecendo conforme o agendamento dos
professores em relação á vista da coordenadora em sala de aula para contar as
histórias, sendo especificado depois das ações em forma de relatórios e
registros comprobatórios.
9 – Avaliação
Serão avaliadas as capacidades de conhecimentos e
compreensão dos alunos diante das histórias lidas e contadas, diante das
informações identificadas interpretadas e/ou reconhecidas, pelo gosto de ouvir,
sentir e presenciar momentos mágicos das histórias.
10 – Referências
GESTAR I TP 4. Leitura e produção de texto. Brasília:
2005.
REVISTA NOVA ESCOLA. A viagem da leitura nas terras
do faz-de-conta.São Paulo: Abril, 1998.
_________ . Ensinando tudo com histórias. São
Paulo: Abril, 1995.
_________. Leitura as melhores estratégias para: ler
por prazer, ler para estudar, ler para se informar. São Paulo: Abril, 2006.
_________. Leitura, descobrir o prazer de ler é o
primeiro passo para formar leitores ( de qualquer idade). São Paulo: Abril,
2008.
__________.Produção de Texto - Revista Nova
Escola. São Paulo:Abril, 2009.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - TERCEIRO E QUARTO
CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: LÍNGUA PORTUGUESA. Brasília,
Nenhum comentário:
Postar um comentário