Modelo
de Relatório para aluno do 1° Ano.
RELATÓRIO
INDIVIDUAL: 1° ANO
1°
BIMESTRE
De
acordo com estudos recentes, que orientam o Ensino Fundamental de nove anos,
afirmam que o professor das crianças de seis anos que ingressam no Ensino
Fundamental, precisa estar sintonizado com os aspectos relativos aos cuidados e
à educação dessas crianças, ser portador e estar receptivo ao conhecimento das
diversas dimensões que as constituem no seu aspecto físico,
cognitivo-lingüístico, emocional, social e afetivo. Ele precisa ser ciente de
que o trabalho docente requer um continuado processo de formação, desenvolvendo
atitudes investigativas, de alternativas pedagógicas e metodológicas na busca
de uma qualidade social da educação.
Não
há nenhum modelo a ser seguido, nem perfil ou estereótipo profissional a ser
buscado. Entretanto, como analisa Ilma. Passos Alencastro Veiga, “o projeto
pedagógico da formação, alicerçado na concepção do professor como agente
social, deixa claro que é o exercício da profissão do magistério que constitui
verdadeiramente a referência central tanto da formação inicial e continuada
como da pesquisa em educação. Por isso, não há formação e prática pedagógica
definitivas: há um processo de criação constante e infindável, necessariamente
refletido, questionado e reconfigurado.
Pautada
em toda essa veracidade citada a cima, venho desenvolvendo a prática de
alfabetização com a turma de 1° ano “A” , composta por 20 discentes.
Discentes esses, que possuem níveis de aprendizagens bem diversos, uma vez que
há crianças que não possuem vivência escolar anteriormente. Sendo assim a turma
possui uma disparidade quanto aos níveis de aprendizagem.
Os
níveis estruturais da linguagem escrita podem explicam as diferenças
individuais e os diferentes ritmos dos
alunos.
Segundo Emilia Ferreiro são:
NÍVEL
– l Hipótese Pré-Silábica – Intermediário l:
A
criança:
•
Não estabelece vínculos entre fala e escrita;
•
Supõe que a escrita é uma forma de desenhar ou representar coisas e usam
desenhos, garatujas e rabiscos para escrever;
•
Demonstra intenção de escrever através de traço linear com formas diferentes;
•
Supõe que a escrita representa e não os objetos, coisas grandes devem ter nomes
grandes, coisas pequenas devem ter nomes pequenos;
•
Usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;
•
Pode conhecer ou não o som de algumas letras ou de todas elas;
•
Faz registros diferentes entre palavras modificando e a posição e fazendo
variações nos caracteres;
•
Caracteriza uma palavra com uma letra inicial;
•
Tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que
quis escrever;
•
Supõe que para algo poder ser lido precisa ter no mínimo de duas a quatro
grafias, geralmente três (hipóteses da quantidade mínima de caracteres);
•
Supõe que para algo poder ser lido, precisa ter grafias variadas (hipóteses de
variedade de caracteres);
NÍVEL
– ll: Hipótese Pré-Silábica – Intermediário ll:
A
criança:
•
Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre pronuncia e a
escrita;
•
Começa a desvincular a escrita das imagens e números das letras;
•
Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve
oportunidade e interesse de gravar. Esta estabilidade independe da estruturação
do sistema de escrita;
•
Começa a desvincular a escrita das imagens e números das letras;
NÍVEL
– lll: Hipótese Silábica:
A
criança:
•
Já supõe que a escrita representa a fala;
•
Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
•
Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das
letras;
•
Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílabas;
•
Supõe que deve escrever tantos sinais quantas forem às vezes que mexe a boca,
ou seja, para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;
•
Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra;
NÍVEL
– lV: Hipótese Silábico - Alfabética:
A
criança:
•
Inicia a superação da hipótese silábica;
•
Compreende que a escrita representa o som da fala;
•
Combina só vogais ou só consoantes, fazendo grafias equivalentes para cada
palavras diferentes, Por ex: AO para gato ou ML para mola ou mula;
•
Pode combinar vogal e consoantes numa mesma apalavra, numa tentativa de
combinar sons, sem tornar, ainda escrita socializável. Por ex: CAL para cavalo;
passa a fazer uma leitura termo a termo (não global);
NÍVEL
– V: Hipótese Alfabética:
A
criança:
•
Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;
•
Compreende o modo de construção do código da escrita;
•
Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores
que a sílaba;
•
Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas;
•
Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;
•
Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
•
Não tem problemas de escrita no que se refere o conceito;
•
Não é ortográfica nem léxica.
Tomando
por base esses níveis de aprendizagens, a aluna ...................................,
por possuir vivência escolar anteriormente, neste 1° bimestre apresentou um
desenvolvimento bem significativo em nível de alfabetização, uma vez que já
possuía conhecimento de todas as letras, ou seja, já sabe codificar todas as
letras do alfabeto brasileiro e também já conhece os números cardinais. Sendo
assim no decorrer do processo deu continuidade em sua aprendizagem de forma bem
segura, de modo que já conhece todas as vogais e as consoantes, já reconhece o
valor sonoro de muitas famílias silábicas desde as simples às mais complexas.
Com
base nessa sondagem e o trabalho desenvolvido durante o bimestre, pode se dizer
que a aluna se encontra no nível de aprendizagem Hipótese Alfabética: uma vez
que, já compreende que a escrita tem uma função social, que é a comunicação; e
também por já compreender o modo de construção do código da escrita,
identificando em cada código a sua sonoridade.
Quanto
à sua relação interpessoal é bem justada, é tímida, e conversa moderadamente em
sala de aula. É uma aluna bem disciplinada, comprometida com a as atividades
realizadas dentro e fora do âmbito escolar. É organizada e tem fácil
compreensão dos conteúdos ensinados. Diante dessa realidade, acredita-se que a
discente se encontra num nível de desenvolvimento adequado à sua idade, porém
elevado, ao tempo/ horas de estudo nesse determinado período do ano letivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário