quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Brincadeiras e jogos tradicionais


Batatinha frita 1,2,3
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.
Como se joga: um dos participantes é escolhido para ficar à frente do jogo. Os demais devem ficar a uma distância.
Dado o sinal de início, o participante que está na frente vira de costas e diz e diz: “batatinha frita 1,2,3”; quando se virar, todo os outros devem parar.
Outros participantes, por sua vez, têm que correr neste meio tempo e tentar alcançar quem está na frente.
Quem conseguir alcançá-lo tomará o seu lugar e a brincadeira recomeça. Se ninguém conseguir, aquele está na frente permanece lá até que isto aconteça.

Cabra-cega
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre.
Como se joga: dispõem-se as crianças em círculo, dentro do qual permanecerá um jogador de olhos vendados, a “cabra-cega”. Dado o sinal de início as crianças da roda perguntam:
Cabra-cega de onde vieste?
Do moinho de vento.
Que trouxeste?
Fubá e melado.
Dá-nos um pouquinho?
Não.
Então afaste-te. 
As crianças largam as mãos e, espalhadas pelo campo, deverão fugir da cabra cega desafiando-a, sem tocá-la. Esta, ouvindo os desafios, tentará pegá-los. Quando conseguir tocar em um dos participantes, tirar-se a venda e ela escolherá uma substituta. O jogo termina com a substituição da cabra-cega.
Existe várias variações da música, embora as regras são as mesmas:
Cabra-cega de onde vens?
Do moinho.
Que trazes?
Pão e vinho.
Me dá um pouquinho?
Não.
Gulosa, gulosa.
Origem: Segundo Rodrigo Caro, este era o jogo popular entre as crianças da Roma Imperial. Encontrado também em documentos da Idade Média e do Renascimento. Veio para o Brasil com os portugueses e espanhóis.   

Coelhinho sai da toca
Número de participantes: indeterminado
Local: recreio
Como se joga: Os participantes formam um grande círculo, divido em trios; dois ficam de mãos dadas (formando a toca) e o terceiro fica no meio, representando o coelhinho. No centro do círculo ficam duas ou mais crianças que serão os coelhinhos sem toca. A um sinal combinado, todos os coelhos mudam de toca, e as crianças que estão no centro da roda tentam ocupar um dos lugares vagos. Os que ficarem sem toca irão para o centro, dando continuidade ao jogo.
Galinha choca
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre.
Material necessário: Bola ou lenço.
Como se joga: Cada criança deve fazer um círculo – “choco”- e ficar dentro dele. Uma das crianças, utilizando a fórmula abaixo, determina quem será galinha choca:
Uni duni trê
Salamê minguê
O soverte colorê
Foi escolhido por você

A galinha choca corre com uma bola em volta dos “chocos” e, disfarçadamente, ela deixará cair a bola atrás de um companheiro.
Este deve pegar a bola e correr atrás da galinha choca; se conseguir tocá-las antes que entre no seu círculo ou “choco”, não será a próxima galinha choca.
Caso contrário, passará a fazer o papel de galinha choca.  

Garrafão    
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.
Material: Giz
Como se joga: Desenhar um garrafão bem grande no chão. O “garrafeiro” fica dentro da garrafa e as demais crianças ficam fora, andando na linha traçada em forma de garrafa. Quem passar pelo gargalo do garrafão deverá ser puxado para dentro pelo “garrafeiro”.

Morto-vivo
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.

Como se joga: uma criança fica encarregada ser a pessoa que vai dizer as palavras morto e vivo. As outras crianças devem ficar perfiladas em pé quando o animador dizer a palavra morto as crianças se abaixam, quando animador dizer a palavra vivo as crianças se levantam, a criança que levantar quando o animador dizer morto e vice- versa sai da brincadeira, deste modo o animador vai intercalando até alguém errar e sair. Aquele que sobrar ganha a brincadeira.

Dança das cadeiras 
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: sala de aula ou sal de estar.

Como se joga: colocam-se lada a lado tantas cadeiras forem os participantes, menos uma, formando duas colunas de cadeiras, umas de costas para as outra. Os participantes ficam enfileirados em volta das cadeiras. Quem tiver organizando coloca uma música, canta ou bate palmas e todos andam ao redor das cadeiras e bem perto delas. De repente, o animador para a música ( ou as palmas) e cada jogador deve se sentar na cadeira mais próxima. Aquele que ficar em pé será eliminado. Tirar-se uma cadeira em cada roda, e o jogo recomeça com um número menor de cadeiras. Vence o jogador que conseguir sentar a última rodada, quando restar apenas uma cadeira.     

Estátua 
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: recreio

Os jogadores ficam um ao lado do outro sobre uma linha traçada no chão. A uma distância de dez a doze metros ficam um participante de costas para o grupo. Dado o sinal de início, a criança que está de costas para o grupo conta rapidamente até um número inferior a dez, enquanto as outras avançam, adanado ou correndo, procurando alcançá-la. De repente, esta interrompe a contagem e volta-se de frente para os companheiros, que devem parar imediatamente. Se a criança destacada, ao voltar-se para o grupo, vir alguém em movimento, fará este jogador retroceder à linha de partida para recomeçar. Os demais permanecem no lugar onde pararam. A criança destacada volta-se novamente de costas para o grupo e recomeça a contagem, procedendo mesmo da mesma forma até algum jogador alcançá-la. Quem primeiro tocar a criança que estiver contando, irá substituí-la.     

Fonte:
FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar: Brincadeiras e jogos tradicionais- Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

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