D7
– Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a
narrativa.
O RATO DO MATO E O RATO DA CIDADE
Um
ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo.
Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade
convidou-o a ir morar com ele:
—Tenho
muita pena da pobreza em que você vive — disse.
— Venha
morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.
Lá se
foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita. Foram
logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e
gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao
ratinho do campo.
Os dois
ratos correram espavoridos para se esconder.
— Eu vou
para o meu campo — disse o rato do campo quando o perigo passou.
— Prefiro
minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.
Mais vale
magro no mato que gordo na boca do gato.
Alfabetização:
livro do aluno 2ª ed. rev. e atual. / Ana Rosa Abreu... [et al.] Brasília: FUNDESCOLA/SEF - MEC, 2001. 4v. :
p. 60 v. 3
O
problema do rato do mato terminou quando ele:
(A)
descobriu a despensa da casa.
(B) se
empanturrou de comida.
(C) se
escondeu dos ratos.
(D) decidiu voltar para o mato.
A CHUVA
A chuva
derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes.
A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu
as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva
esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva
enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A
chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os
guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva
caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o
pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a
sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos
pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem
pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A
chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de
vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando
insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a
luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o
gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao
sol.
ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996.
Todas as frases do texto começam com "a
chuva". Esse recurso é utilizado para:
(A)
provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B)
provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
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