D11 – Estabelecer relação causa/conseqüência entre
partes e elementos do texto. (9º ano)
O HOMEM QUE ENTROU PELO CANO
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a
estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou
quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era
uma seção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por
dentro não era interessante. No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma
criança brincava. Ficou na torneira, à
espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia.
À sua volta era um branco imenso, uma
água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo
interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia” Não obteve
resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu
pelo esgoto. tampão e ele desceu pelo esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo:
Global, 1988. p. 89.
O homem desviou-se de sua trajetória porque:
(A) ouviu muitos barulhos familiares.
(A) ouviu muitos barulhos familiares.
(B) já estava
“viajando” há vários dias.
(C) ficou desinteressado pela “viagem”.
(D) percebeu que havia uma torneira.
(C) ficou desinteressado pela “viagem”.
(D) percebeu que havia uma torneira.
D12 – Identificar a
finalidade de textos de diferentes gêneros. (9º ano)
PASSO A PASSO
- A hidratação deve ser feita antes, durante e após a caminhada.
- A desidratação causa diminuição de 30% no rendimento do praticante.
- Gestantes e pessoas na terceira idade têm de tomar mais cuidado com a hidratação.
Nesse caso, é essencial levar uma garrafa de água para beber durante a caminhada.
- Não espere ficar com sede para beber água. A sede é o primeiro sinal de desidratação.
- Em até 60 minutos de caminhada, beber somente água é o suficiente.
- Se a caminhada ultrapassar os 60 minutos, a ingestão de bebidas isotônicas ou de água de coco é recomendada.
- Nunca faça uma caminhada em jejum. Por serem ricas em fibras e terem carboidratos de baixo índice glicêmico, as frutas são o alimento mais recomendado para antes da prática. Deixe o café da manhã, o almoço ou o jantar para depois.
- É preciso tomar cuidado ao ouvir música no caminho. A distração pode causar acidentes.
- Prefira roupas leves e claras para caminhar. Escolha bem a bermuda: alguns trajes causam assaduras nas coxas.
- Evite caminhar em lugares poluídos e debaixo de sol forte.
- Em um trekking, um tênis adequado, meias novas e uma garrafa de água ou cantil não podem faltar. Chapéu, protetor solar, lanterna, capa de chuva, repelente de insetos e um cajado também são recomendáveis.
- A hidratação deve ser feita antes, durante e após a caminhada.
- A desidratação causa diminuição de 30% no rendimento do praticante.
- Gestantes e pessoas na terceira idade têm de tomar mais cuidado com a hidratação.
Nesse caso, é essencial levar uma garrafa de água para beber durante a caminhada.
- Não espere ficar com sede para beber água. A sede é o primeiro sinal de desidratação.
- Em até 60 minutos de caminhada, beber somente água é o suficiente.
- Se a caminhada ultrapassar os 60 minutos, a ingestão de bebidas isotônicas ou de água de coco é recomendada.
- Nunca faça uma caminhada em jejum. Por serem ricas em fibras e terem carboidratos de baixo índice glicêmico, as frutas são o alimento mais recomendado para antes da prática. Deixe o café da manhã, o almoço ou o jantar para depois.
- É preciso tomar cuidado ao ouvir música no caminho. A distração pode causar acidentes.
- Prefira roupas leves e claras para caminhar. Escolha bem a bermuda: alguns trajes causam assaduras nas coxas.
- Evite caminhar em lugares poluídos e debaixo de sol forte.
- Em um trekking, um tênis adequado, meias novas e uma garrafa de água ou cantil não podem faltar. Chapéu, protetor solar, lanterna, capa de chuva, repelente de insetos e um cajado também são recomendáveis.
(Folha equilíbrio, São Paulo, 9
mar. 2006, p. 8)
A
finalidade do texto é:
(A) fazer propaganda do projeto de um clube. (B) fazer recomendações para uma boa caminhada.
(A) fazer propaganda do projeto de um clube. (B) fazer recomendações para uma boa caminhada.
(C) explicar os benefícios da
prática da caminhada.(D) convocar o leitor a fazer exercícios aeróbicos.
D12-
Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. (9º ano)
MENTE QUIETA, CORPO SAUDÁVEL
A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo
indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências
da ação terapêutica da meditação,medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24
anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts
monitorou 14 mil portadores de câncer, AIDS, dor crônica e complicações
gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que
alteraram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e
diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.
(Revista Superinteressante, outubro de 2003)
O texto tem por finalidade:
(A) criticar. (B) conscientizar. (C) denunciar. (D) informar.
(A) criticar. (B) conscientizar. (C) denunciar. (D) informar.
D13
– Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor
de um texto. (9º ano)
PRESSA
Só tenho tempo pras manchetes no metrô E o que acontece na novela Alguém me conta no corredor
Escolho os filmes que eu não vejo no elevador Pelas estrelas que eu encontro na crítica do leitor
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa Mas nada tanto assim Eu me concentro em apostilas
coisa tão normal Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial Conheço quase o mundo inteiro
por cartão-postal Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim
Só tenho tempo pras manchetes no metrô E o que acontece na novela Alguém me conta no corredor
Escolho os filmes que eu não vejo no elevador Pelas estrelas que eu encontro na crítica do leitor
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa Mas nada tanto assim Eu me concentro em apostilas
coisa tão normal Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial Conheço quase o mundo inteiro
por cartão-postal Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim
Bruno
& Leoni Fortunato. Greatest Hits’80. WEA.
Identifica-se termo da linguagem informal em:
(A) “Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial.” (v. 14-15)
(B) “Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal!” (v. 16-17)
(C) “Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal.” (v. 18-19)
(D) “Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim.” (v. 20-21)
D15
– Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc. (9º ano)
AS ENCHENTES DE MINHA INFÂNCIA
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo. Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre.
Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo. Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre.
Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti,
Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.
Que
função desempenha a expressão destacada no texto “... o volume do rio cresceu
TANTO QUE a família defronte teve medo.” (2º parágrafo)
(A) adição de ideias. (B) comparação entre
dois fatos.
(C) consequência de um fato ( D) finalidade de um fato enunciado.
A CHUVA
A chuva
derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes.
A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu
as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva
esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva
enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A
chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os
guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva
caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o
pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a
sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos
pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem
pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A
chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de
vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando
insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a
luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o
gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao
sol.
ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996.
Todas as frases do texto começam com "a
chuva". Esse recurso é utilizado para:
(A)
provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B)
provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
D4
– Inferir uma informação implícita em um texto.
O MENINO
QUE MENTIA
Um pastor
costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia resolveu pregar uma
peça nos vizinhos.
- Um
lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas! Os vizinhos largaram o
trabalho e saíram correndo para o campo para socorrer o menino. Mas
encontraram-no às gargalhadas. Não havia lobo nenhum.
Ainda
outra vez ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar; e ele caçoou de
todos.
Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o menino saiu correndo.
Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o menino saiu correndo.
- Um
lobo! Um lobo! Socorro!
Os
vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém socorreu e o pastor
perdeu todo o rebanho.
Ninguém
acredita quando o mentiroso fala a verdade.
BENNETT, William J. O Livro das Virtudes para Crianças. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
No final
da história, pode-se entender que:
(A) as
ovelhas fugiram do pastor. (B) os
vizinhos assustaram o rebanho.
(C) o
lobo comeu todo o rebanho. (D) o jovem pastor pediu
socorro.
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