terça-feira, 21 de junho de 2011






                     O Valor de uma Amizade

           
   Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários, foi atingido por um bombardeio. Os missionários e duas crianças tiveram morte instantânea e as restantes ficaram gravemente feridas. Entre elas, uma menina de 8 anos, considerada em pior estado. Foi necessário chamar ajuda por uma rádio e depois de algum tempo, um médico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegaram ao local.

         Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria devido aos traumatismos e à perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão, mas como? Após alguns testes rápidos com o próprio pessoal da equipe de socorro, puderam perceber que ninguém ali possuía o sangue que a menina precisava. Reuniram, então, o povo da aldeia e, tentaram explicar o que estava acontecendo, gesticulando, “arranhando” o idioma que era difícil para eles. Queriam dizer que precisavam de um voluntário para doar sangue.

         Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menino chamado Cheng. Ele foi preparado às pressas ao lado da menina agonizante e espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto. Passado um momento, Cheng deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre. O médico perguntou a ele se estava doendo e ele disse que não. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente o menino negou. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisa estava errada.

         Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O médico, então, pediu que ela procurasse saber o que estava acontecendo com o menino Cheng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e explicando algumas coisas, e o rostinho do menino foi se aliviando... minutos depois ele estava novamente tranqüilo. A enfermeira então explicou aos americanos: “Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia Ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer”. O médico se aproximou dele e com a ajuda da enfermeira perguntou: “Mas, se era assim, por que então você se ofereceu para doar seu sangue?”

         E o menino respondeu: “Ela é minha amiga”.

Lembre-se, essa história é real e nos mostra como um exemplo de um pequenino pode nos atingir feito uma bomba, num mundo onde o amor deveria ser o grande diferencial.

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