quinta-feira, 18 de setembro de 2014

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA
PROVA BRASIL TÓPICOS E DESCRITORES – 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL (ou TERMO 2 DA EJA [Equivalente aos 4° e 5° anos do fundamental, antigas 3ª e 4ª séries])
I – Procedimentos de Leitura
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 – Identidifcar o tema de um texto.
D11 – Distinguir um fato da opiião relativa a se texto.
II – Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na Compreensão do Texto
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diversos (propaganda, quadrinhos, foto etc.).
D9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
III – Relação entre Textos
D15 – Reconhecer dierentes formas e tratar ma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em qe será recebido.
IV – Coerência e coesão no Processamento do Texto
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto identificndo repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
D7  - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que controem a narrativa.
D8 – Estabelcer relação causa/consequência entre partes e eleentos do texto.
D12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, mascadas por conjunçõs, advérbios etc.
V – Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
D13 – Identificar etos e ronia ou humor em textos variados.
D14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
VI – Variação Linguística
D10 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.


D1 - Localizar informações explícitas em um texto


1 - Hierarquia
          Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas. Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leão gritou: “Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojenta. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!” E soltou-o. O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: “Será que Vossa Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me encontrar agora mesmo com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!”

MORAL: Afinal, ninguém é tão inferior assim.
SUBMORAL: Nem tão superior, por falar nisso.

Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.


Ao encontrar um ratinho, o leão aproveitou a oportunidade para
(A) amedrontar o pobre rato. 
(B) descarregar a sua raiva.
(C) mostrar sua autoridade. 
(D) usar um vocabulário difícil.




2 - A assembleia dos ratos
     Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
     Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembléia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos miados pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
     — Acho – disse um deles - que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.
     Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:
     — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro Fino?
     Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo.
     Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.

     MORAL: Dizer é fácil - fazer é que são elas! 
LOBATO, Monteiro. in Livro das Virtudes – William J. Bennett – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 308.


Na assembleia dos ratos, o projeto para atar um guizo ao pescoço do gato foi
(A) aprovado com um voto contrário.
(B) aprovado pela metade dos participantes.
(C) negado por toda a assembleia.
(D) negado pela maioria dos presentes.





3 - Lambe-lambe

Por Márcio Cotrim
     Nome de profissional que perdeu espaço na era da foto digital pode ajudar a entender a evolução da imagem fotográfica.
     Os leitores mais jovens não devem saber o que é isso. A eles, já explico. Anos atrás, “lambe-lambe” era o fotógrafo instantâneo querido e popular que, trabalhando ao ar livre – geralmente em jardins públicos –, produzia, com pouquíssimos recursos de que dispunha, fotos que retratavam, para a posteridade, flagrantes muito especiais. Aquele sujeito sisudo todo paramentado, a mocinha casadora, a família reunida durante um passeio, o casal enamorado, momentos que se esvaem na poeira dos anos.
     Com a evolução tecnológica e a pressa de hoje, sobrevivem raros lambes-lambes, sobretudo nas pequenas cidades do interior, fazendo apenas retratos tipo 3x4 para documentos.
     Mas por que era chamado de lambe-lambe? “Lamber” vem do latim lambere, com o mesmo significado que conhecemos. O curioso nome tem origem num gesto comum no antigo exercício da profissão. É que o fotógrafo usava a saliva, lambia o material sensível para marcar e identificar de que lado estava a emulsão química usada para fixar a imagem no papel ou chapa, e não colocá-lo do lado errado na hora bater a fotografia. (...)

Língua Portuguesa. Ano II. Número 20. 2007. p.65.

Esse texto trata

(A) da origem do nome lambe-lambe. 
(B) da profissão de fotógrafo do passado. 
(C) dos materiais usados em foto antiga. 
(D) dos momentos gravados nas fotos.




4 -Por que milho não vira pipoca?
     Não importa a maneira de fazer pipoca. Sempre que se chega ao final do saquinho, lá estão os duros e ruidosos grãos de milho que não estouraram. Essas bolinhas irritantes, que já deixaram muitos dentistas ocupados, estão com os dias contados. Cientistas norte-americanos dizem que agora sabem, por que alguns grãos de milho de pipoca resistem ao estouro. Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir. Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem–sucedido estouro do milho está na casca. É indispensável uma excelente estrutura de casca para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue.

Estado de Minas. 25 de abril de 2005.

Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que
(A) a casca seja mais úmida que o núcleo.
(B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
(C) o núcleo seja mais transparente que a casca.
(D) a casca seja mais amarela que o núcleo.



5 - O PULO

     A Onça encontrou com o Gato e pediu:
     – Amigo Gato, você me ensina a pular?
     O Gato ficou muito desconfiado, mas concordou.
     Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e agilidade – parecia um Gato gigante.
     – Você é um professor maravilhoso, amigo Gato! – dizia a Onça, agradando.
     Uma tarde, depois da aula, foram beber água no riacho. E a Onça fez uma aposta:
     – Vamos ver quem pula naquela pedra?
     –Vamos lá!
     – Então, você pula primeiro – ordenou a Onça.
     O Gato – zuuum – pulou em cima da pedra. E a Onça – procotó – deu um pulo traiçoeiro em cima do Gato.
     Mas o Gato pulou de lado e escapuliu tão rápido como a ventania.
     A Onça ficou vermelha de raiva:
     – É assim? Esta parte você não ensinou pra mim!
     E o Gato respondeu cantando:
     – O pulo de lado é o segredo do Gato!

MARQUES, Francisco. O pulo. In: A floresta da Brejaúva. Belo Horizonte: Dimensão, 1995.


Para escapar da onça, o gato

(A) cantou para a onça dormir 
(B) nadou na água do riacho
(C) pulou de lado na pedra 
(D) entrou no buraco da árvore


O RATO DO MATO E O RATO DA CIDADE

Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
- Tenho muita pena da pobreza em que você vive - disse.
- Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.
Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita.
Foram logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que apareceram enormes ao ratinho do campo.
Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.
- Eu vou para o meu campo - disse o rato do campo quando o perigo passou.
- Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.

MAIS VALE MAGRO NO MATO QUE GORDO NA BOCA DO GATO.

ATIVIDADES

D7 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

1 - O problema do rato do mato terminou quando ele:

(A) (  ) descobriu a despensa da casa
(B) (  ) se empanturrou de comida
(C) (  ) se escondeu dos ratos
(D) (  ) decidiu voltar para o mato

D8 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

2 - O motivo que fez o ratinho voltar para o campo foi:
(A) (  ) o medo de ser devorado pelos gatos da cidade
(B) (  ) a falta de comida
(C) (  ) a saudade de casa
(D) (  ) o excesso de comida


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