quinta-feira, 2 de março de 2017

A MULHER E A CONQUISTA DE SEU ESPAÇO.

A MULHER E A CONQUISTA DE SEU ESPAÇO.


MURAL COM OBRAS LITERÁRIAS DE ESCRITORAS MULHERES:

>Clarice Lispector
>Hilda Hilst
>Cecília Meireles
>Liliane Prata
>Maria José Dupré
>Inês Istanisiere
>Thalita Rebouças
>Tatiana Belinki
>Ana Maria Machado
>Ruth Rocha
>Roseana Murray
>Cora Coralina
>Telma Guimarães
Lya Luft
Lygia Fagundes Telles
Ana Cristina César
Cora Coralina
Kátya Chamma 
Diva Cunha
Iracema Macedo
Lila Ripoll
Myriam Fraga
Neide Archanjo
Patrícia Rehder Galvão 
Zeli de Oliveira Barbosa
Zila da Costa Mamede
Raquel Naveira
MURAL COM MULHERES FAMOSAS – CANTORAS
- Ana carolina
- Adriana calcanhoto
- Angela ro ro
- Bete carvalho
- Carmen miranda
- Cassia eller
- Clara nunes
- Claudia leite
- Daniela Mercury
- Fafá de Belem
- Fernanda Abreu
- Gal Costa
- Ivete Sangalo
- Maria Rita
- Marjorie Estiano
- Rita Lee
- Roberta Miranda
- Sandra de Sá
- Vanessa da Mata
- Zélia Duncan

 
MURAL COM MULHERES FAMOSAS
-  Política
- Médica
- Advogada
- Cientista
- Pedagoga

MURAL SOBRE DILMA, A PRESIDENTA – SUA BIOGRAFIA


O DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Para algumas pessoas pode ser estranho um homem estar comemorando o Dia Internacional da Mulher, mas para quem é homem de verdade pode haver assunto mais interessante e festivo do que a mulher? (depois de Deus, é claro!).
O Dia Internacional da Mulher está ligado aos movimentos socialistas feministas de fins do século XIX aos inícios do século XX que reivindicavam a igualdade entre homens e mulheres em todas as áreas da sociedade. O primeiro "Dia da Mulher" foi comemorado em Chicago em 3 de maio de 1908, onde 1500 mulheres reclamavam igualdade de direitos com os homens. Em 1909 foi comemorado em Nova Iorque em 28 de fevereiro, e enfatizava o direito da mulher ao voto. Em 1910, foi comemorado em 27 de fevereiro, após um período de mais de três meses de greve, na qual 80% dos grevistas eram mulheres. Tal greve chamou a atenção da sociedade da época para a situação precária das mulheres. Em 1911, inspiradas pelas mulheres norte-americanas, as alemãs celebram o dia da Mulher em 19 de março, e as suecas em primeiro de maio. Na Rússia, ainda sob o regime dos Czares, as mulheres que celebraram o Dia da Mulher foram duramente reprimidas, chegando a ser presas. Mas o movimento foi ganhando vulto internacional, e em cada país era celebrado numa data diferente, e sempre enfatizava o direito das mulheres ao voto. Em 1914, as alemãs comemoram no dia 8 de março, escolhendo essa data mais por questões práticas do que em homenagem a algum acontecimento especial.
Em 1922, o Dia Internacional da Mulher foi oficializado em 8 de março. O motivo do porquê esta data foi escolhida tem duas histórias:
- A história mais popular é que esse dia homenageia às 129 mulheres mortas em 1857 em Nova Iorque que reivindicavam melhores condições de trabalho. O dono da fábrica Cotton trancou na mesma suas funcionárias, as quais reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 16 para 12 horas e um salário mais justo. Depois de trancá-las, ele ateou fogo no prédio, queimando-as vivas. 
- A outra história seria que as mulheres russas, em 1917, escolheram o Dia da Mulher de para fazerem uma greve contra a fome, a guerra e o regime czarista. As operárias deixaram as fábricas e saíram às ruas, atraindo a massa popular a tal ponto que o incidente deu início a Revolução Russa que derrubou o regime czarista. Isto ocorreu em 23 de fevereiro no calendário russo, que coincide com 8 de março do calendário ocidental (gregoriano). Em 1921, a Conferência Internacional das Mulheres Comunistas propôs o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher em comemoração a atitude das mulheres russas.
Independente do real da escolha dessa data é que o 8 de março está aí, firme e forte. No ano 2000, o 8 de março foi celebrado com a Marcha Mundial das Mulheres que mobilizou mulheres de 161 países contra a fome e a violência contra o sexo feminino.
Infelizmente vemos como a injustiça e a discriminação estão por traz de alguns dias comemorativos: Dia do Índio, Dia de Tiradentes, Dia da Consciência Negra, etc. Eles existem por causa de injustiças contra pessoas e grupos minoritários. Porém a discriminação contra a mulher é a mais brutal, pois independente de cultura ou cor da pele, o sexo é divisão mais básica da humanidade; depois vem a família, a raça, a religião...
Desde a mais remota antiguidade a desigualdade de direitos entre homens e mulheres vem percorrendo os séculos . Na Antiguidade, seja no Ocidente ou no Oriente, a mulher era praticamente propriedade de seu marido, e seu principal valor estava em ser esposa, e ser esposa para ser mãe, para gerar herdeiros legítimos para o marido. Ai das estéreis daqueles dias, pois não podiam cumprir o único papel importante que a sociedade lhes reservava. As culturas antigas celebravam o nascimento de um homem e menosprezavam o de uma mulher, isto é, quando não matavam a criança recém-nascida do sexo feminino.
A mulher não tinha importância na vida pública: era incapaz juridicamente, tinha papel inferior na vida religiosa, não podia herdar, nem possuir. Trabalho feminino, por mais produtivo que fosse, praticamente só beneficiava o homem, pois a mulher não podia enriquecer por conta própria. A mulher foi vítima inclusive de "santos" de várias religiões que a viam simplesmente como fonte de tentação para sua "santidade".
Quase exclusivamente, só as cortesãs, as amantes dos poderosos, tinham certa liberdade e "se podiam dar ao luxo" de ter uma vida sentimental e intelectual, pois estavam a serviço do prazer do homem, e não de sua descendência. Por isso, em muitas literaturas antigas, como a chinesa, a japonesa e a vietnamita, essas mulheres se encontram entre seus melhores escritores.
Agora me pergunto, se seria necessário para uma mulher desenvolver seu potencial intelectual e sua liberdade sentimental viver quase como uma prostituta? Será que no contexto da família ela não pode desenvolver seus talentos? Se desde o princípio o homem compreendesse a dignidade que Deus confere a mulher isso jamais aconteceria. Em Gênesis 1.26,27, diz que a mulher, como o homem, foi feita à imagem e semelhança de Deus. Se as culturas antigas e modernas reconhecessem essa dignidade não seriam feitas tantas injustiças. Os problemas de raça e cultura não passam de desculpas esfarrapadas quando vemos a atitude de Jesus para com a mulher . 
"...pois a dignidade da mulher não depende de cultura, religião ou raça, e sim no fato dela ter sido criada a imagem e semelhança de Deus..."
Na época de Jesus a mulher era em tudo inferior ao homem. As mulheres eram praticamente excluídas da vida religiosa, os rabinos discutiam se a mulher tinha alma, homens judeus e greco-romanos agradeciam aos Céus por não terem nascido mulher, elas não eram consideradas testemunhas fidedignas, ter amizade com mulheres ou conversar com elas em público era escandaloso (mais por que a mulher era considerada um ser inferior do que para fugir da aparência do mal). Arriscando seu prestígio, e passando por cima desses "tabus", Jesus quebra esse comportamento machista: 
- Conversa sozinho com uma mulher samaritana (para espanto de seus discípulos) quebrando dois preconceitos: o sexual e o racial (João 4.4-42);
- Tem amigas (Lucas 10.38-42; João 11.5,33 e 12.1-8) e seguidoras (Lucas 8.1-3; Marcos 15.40-41);
- É surpreendente que as mulheres, que eram consideradas testemunhas sem valor, sejam escolhidas como as primeiras testemunhas da ressurreição de Cristo (Marcos 16.1-7)
- Quando Jesus defende a indissolubilidade do matrimônio (Mateus 19.3-6), ele beneficia as mulheres, pois na época o homem podia se divorciar da mulher por qualquer motivo banal.
- Jesus, arriscando sua reputação, defende do preconceito uma mulher de vida pecaminosa (Lucas 7.36-48) e arriscando a vida , salva da morte uma mulher adúltera (João 8.1-11). É bom observar, que Jesus defendeu as mulheres, e não os pecados delas.
Existem várias outras atitudes de Jesus que enobrecem as mulheres, porém as alistadas à cima ilustram bem o fato de que Jesus não se prendeu aos padrões de sua época em relação à mulher, pois a dignidade da mulher não depende de cultura, religião ou raça, e sim no fato dela ter sido criada a imagem e semelhança de Deus.
Muitas vezes nos surpreendemos aos padrões bíblicos da submissão da mulher ao homem. Mas é bom lembrarmo-nos de que o texto bíblico trata das funções dentro do lar, onde o homem é o cabeça. Isto nada deprecia a mulher, pois o padrão de Deus é a mulher se submeter ao marido, como uma figura da Igreja se submetendo a Cristo (Efésios 5.22-33). Os machões de plantão não devem se vangloriar de ser cabeça como se isso fosse permissão para fazer o que bem entenderem com a mulher. Pois, se a mulher deve representar a Igreja, o homem deve representar a Cristo. Cristo maltratou alguma mulher? Não reconheceu Ele a dignidade das mulheres? Mirem-se no exemplo do tratamento de Jesus para com as mulheres e saberão o que é ser cabeça.
O último censo do IBGE registrou o crescimento dos evangélicos, e registrou também que a maioria dos evangélicos é composta por mulheres. Portanto, a Igreja deve pensar e agir à luz da Bíblia mostrando qual é o referencial que a mulher tem no propósito de Deus, para que ela não seja presa de preconceitos que mutilam seu potencial, e nem seja "solta" na libertinagem, sendo mais um objeto sexual do que uma pessoa.
Por isso viva ao Dia Internacional da Mulher! Pois ele nos lembra a justa luta do sexo feminino para que a sociedade que reconheça as dignidades da mulher, principalmente a dignidade de ter sido feita a imagem e semelhança do Criador.
Graça e Paz!

Joalsemar Araújo

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