sábado, 9 de abril de 2016

O valor da ética

O valor da ética

Thiago tinha onze anos e, frequentemente, ia pescar no cais junto à casa de campo da sua família.
Era uma diversão para ele e um momento de ficar com seu pai.
A temporada de pesca de carpas estava proibida para reprodução e só seria liberada no dia seguinte, mas ele e o pai saíram no fim da tarde para pegar tilápias e douradas, cuja pesca era liberada.
Thiago amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
O pai olhava muito admirado enquanto Thiago, habilmente, puxava o peixe.
Finalmente, com muito cuidado, ele levantou o peixe exausto da água.
Ficou frente a frente com o peixe. Era o maior que tinha visto, masera uma carpa, cuja pesca só era permitida na temporada.
Thiago e o pai olharam para o peixe, tão bonito, a guelra para trás e para frente sob a luz da lua.O pai acendeu um fósforo e olhou para o relógio.
Eram dez da noite e faltavam duas horas para a abertura da temporada.
O pai olhou para o peixe, depois para Thiago.
 _ Você tem que devolvê-lo à água, filho.
 _ Mas, papai!!!
 _ Vai aparecer outro peixe. Disse o pai.
_ Não tão grande como este. Respondeu Thiago, quase chorando...
O menino olha à volta do lago. Não havia ninguém. Olhou novamente para o pai.
Mesmo sem ninguém por perto, Thiago sabia, pela clareza da voz do pai, que a decisão não era negociável.
Devagar tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.
Feito isso, Thiago imaginou que jamais veria um peixão como aquele. Isso aconteceu há trinta e quatro anos.
Hoje, Thiago agora é um arquiteto de sucesso.
A casa de campo de seu pai ainda está lá e ele leva seus filhos e filhas para pescar no mesmo cais. E ele estava certo.
Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como daquela noite, há tanto tempo atrás.
O valor da ética/Legrand Belo Horizonte. Coleção Pequenas Lições Soler Editora, 2007.

Um conto sobre a ética

Certo dia, a Ética desceu do Olimpo sob a forma de uma linda mulher e dirigiu-se a um reino poderoso. Todos, ao vê-la a distância, ficavam maravilhados, achavam-na linda. No entanto, à medida que se aproximava, fechavam-lhe as portas.
A Ética tentava comunicar-se, mas em vão: ninguém queria defrontar-se com ela. Para todos, bastava sua visão , olhar de longe, enaltecer sua existência... e só!
Finalmente, acabrunhada, resolveu retirar-se. No caminho, encontrou a Verdade, que se espantou com a sua profunda tristeza:.
- Que foi, minha irmã? O que tanto a magoou?
- Cheguei em missão de paz, mas ninguém quis receber-me – disse a Ética. - Não entendo as razões porque sou rejeitada..
A verdade levantou-se, postou-se diante dela e, de maneira firme, disse:
- Olhe-me de frente!
A Ética o fez.
- Não percebeu algo interessante?- perguntou a Verdade
A Ética estava confusa. Estranhava que tanto ela como a verdade pareciam trocar reflexos enquanto se olhavam. Então a Verdade explicou:
- Eu também passo por isso que você enfrentou todos os dias, sabe porque? Porque nós somos iguais! Ninguém, nem mesmo você, minha cara Ética, foi capaz de perceber que nós duas somos espelhos.
Para algumas pessoas, a pior coisa que pode acontecer é se verem refletidas em nós.
"Minha querida alma, faça de mim, hoje e sempre, um seguidor da Verdade, um discípulo da Ética".

http://vidaemagia.blogspot.com.br/2010/10/um-conto-sobre-etica.html
A ética de Sócrates
As três peneiras
Na Grécia Antiga, Sócrates detinha uma alta reputação e era muito estimado pelo seu elevado conhecimento. Um dia, um conhecido do grande filósofo aproximou-se dele e disse:
- Sócrates, sabes o que eu acabei de ouvir acerca daquele teu amigo?
- Espera um minuto - respondeu Sócrates - Antes que me digas alguma coisa, gostaria de te fazer um teste. Chama-se o “Teste do Filtro Triplo”.
- Filtro Triplo?
- Sim – continuou Sócrates – Antes que me fales do meu amigo talvez fosse uma boa ideia parar um momento e filtrar aquilo que vais dizer.
Por isso é que eu lhe chamei “o Filtro Triplo”.
O primeiro filtro é a VERDADE.
Tens a certeza absoluta de que aquilo que me vais dizer é perfeitamente verdadeiro?
- Não – disse o homem – o que acontece é que ouvi dizer que...
- Então não sabes se é verdade.
Passemos ao segundo filtro, que é a BONDADE.
O que me vais dizer sobre o meu amigo é BOM?
- Não, muito pelo contrário...
- Então, queres dizer-me algo mau sobre ele e ainda por cima nem sabes se é ou não verdadeiro? Mas bem, pode ser que ainda passes o terceiro filtro.
O último filtro é a UTILIDADE.
O que me ais dizer sobre o meu amigo será útil para mim ou para ele?
- Não, acho que não...
- Bem, se o que me dirás não é nem verdadeiro, nem bom e nem útil, para que dizer-me?
*****
Usemos o Triplo Filtro na nossa vida diária, cada vez que formos falar sobre alguém!
http://www.lumini.xpg.com.br/LUMINI_Contos_Misticos/CONTO_MISTICO_A_Etica_de_Socrates.html

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