A MATEMÁTICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL
1. INTRODUÇÃO
A matemática fornece instrumentos eficazes para compreender e
atuar no mundo que nos cerca; ela é uma ferramenta essencial na solução de
vários tipos de problemas. Nela são desenvolvidas estruturas abstratas baseada
em modelos concretos; além de método, a matemática é um meio de comunicação –
uma linguagem formal e precisa – requer uma prática constante de forma clara e
universal. O conhecimento matemático faz parte do patrimônio cultural da humanidade
porque possui características e procedimentos próprios que também tem evoluído
no contexto de outras ciências.
A matemática é componente importante na construção da cidadania,
nos conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, e o seu ensino deve ser
meta prioritária do trabalho docente, procurando desenvolver nos alunos
competências para compreender e transformar a realidade. No ensino da
matemática destacam-se aspectos básicos como relacionar observações do mundo
real com representações (esquemas, tabelas, figura) e essas representações
devem relacionar-se com princípios e conceitos matemáticos, através da “fala” e
da “escrita”. A aprendizagem em matemática está ligada à compreensão, isto é, à
apreensão do significado; resultante das conexões entre todas as disciplinas
com o cotidiano nos seus diferentes temas.
Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras,
computadores outros materiais tem um papel importante no processo
ensino-aprendizagem. Contudo, eles precisam estar integrados à situações que
levem ao exercício da análise e da reflexão, em ultima instancia, a base da
atividade matemática.
A avaliação é parte integrante do processo de
ensino-aprendizagem, ela incide sobre uma grande variedade de aspectos
relativos ao desempenho dos alunos como aquisição de conceitos, domínio de
procedimentos e desenvolvimento de atitudes.
2. JUSTIFICATIVA
Por quê? Ensinar matemática? Para quê? Porque a matemática é uma
das mais importantes ferramentas da sociedade moderna, ela contribui para a
formação do futuro cidadão que se engajará no mundo do trabalho, das relações
sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania, é preciso
saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir
estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar logicamente,
conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as
informações, conhecer formas diferenciadas de abordar problemas.
A matemática vista como uma maneira de pensar, como um processo
em permanente evolução (não sendo algo pronto e acabado que apenas deve ser
estudado), permite, dinamicamente, por parte do aluno, a construção e a
apropriação do conhecimento. Ensinar matemática é importante porque ela está
presente em tudo o que nos rodeia, com maior ou menor complexidade. Perceber
isso é compreender o mundo em nossa volta e poder atuar nele como cidadão, em
casa, na rua, nas várias profissões, na cidade, no campo, nas várias culturas o
ser humano necessita da matemática.
Em uma sociedade voltada ao conhecimento e à comunicação, como a
do terceiro milênio, é preciso que as crianças aprendam comunicar idéias,
executar procedimentos e desenvolver atitudes matemáticos, falando
dramatizando, escrevendo, desenhando, representando, construindo tabelas, diagramas
e gráficos, fazendo pequenas estimativas, conjecturas e inferências lógicas,
etc., tudo isso trabalhando individualmente, em duplas ou pequenas equipes,
colocando o que pensam e respeitando o pensamento dos colegas. Novas
competências demandam novos conhecimentos; o mundo do trabalho requer pessoas
preparadas para utilizar diferentes tecnologias, e linguagens (que vão além da
comunicação oral e escrita), instalando novos ritmos de produção, de
assimilação rápida de informações, resolvendo e propondo problemas em equipe.
O ensino da matemática desenvolve no aluno a compreensão dos
fenômenos que ocorrem no ambiente – poluição, desmatamento, limites para uso
dos recursos naturais, desperdício – terá ferramentas essenciais em conceitos
(medidas, áreas, volumes, proporcionalidade, etc.) e procedimentos matemáticos
(formulação de hipóteses, realização de cálculos, coleta, organização e
interpretação de dados estatísticos, prática de argumentação, etc).
O acompanhamento do próprio desenvolvimento físico (altura,
peso, musculatura) e os estudos dos elementos que compõem a dieta básica são
alguns exemplos de trabalho que podem servir de contexto para se ensinar
matemática.
3.
OBJETIVOS GERAIS
O ensino de matemática de 5ª à 8ª
série do Ensino Fundamental deve levar o aluno a:
o Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja,
desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e
procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo, assim aumentar
sua auto-estima e perseverança na busca de solução para um problema;
o Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para
compreender o mundo e, compreendendo-o, pode atuar melhor nele;
o Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidade e padrões,
estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na
solução de problemas;
o Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia
(quantidades, números, formas geométricas, simétricas, grandezas e medidas,
tabelas e gráficos, previsões etc)
o Formular e resolver situações-problema. Para isso, o aluno deverá ser
capaz de elaborar planos e estratégias para a solução do problema,
desenvolvendo várias formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução, busca
de padrão ou regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.) executando esses
planos e essas estratégias com procedimentos adequados;
o Interagir os vários eixos temáticos da matemática (números e operações,
geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística e
probabilidade) entre si e com outras áreas do conhecimento;
o Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e
representando de várias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas,
etc) as idéias matemáticas;
o Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe,
auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentando suas idéias e respeitando as
deles, formando assim, um ambiente propicio à aprendizagem.
o Desenvolver competências para aprender a identificar e buscar os conhecimentos
necessários para resolver uma situação-problema.
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Nestas séries (ou ciclos), o ensino
de matemática deve procurar desenvolver:
O
pensamento numérico: ampliando e construindo novos significados para os números e as
operações; resolvendo situações-problema que envolvam os vários tipos de
números e operações; identificando e utilizando diferentes representações para
esses números; utilizando vários procedimentos de cálculos: mental,
estimativas, arredondamentos e algoritmos.
O
pensamento algébrico: procurando generalizar propriedades das operações aritméticas,
traduzindo situações-problema na linguagem matemática; generalizando
regularidades; traduzindo tabelas e gráficos em leis matemáticas que relacionem
duas variáveis dependentes; interpretando expressões algébricas, igualdades e
desigualdades e resolvendo equações, inequações e sistemas.
O
pensamento geométrico: trabalhando primeiro as figuras espaciais ou tridimensionais,
depois as figuras plana ou bidimensionais e, em seguida, os contornos de
figuras planas ou unidimensionais; classificando essas figuras, observando
semelhanças e diferenças entre elas; construindo representações planas das
figuras espaciais sob diferentes pontos de vista; compondo, decompondo,
ampliando e reduzindo figuras geométricas planas; localizando pontos no plano
cartesiano; verificando o que varia e o que não varia em uma transformação
geométrica levando os conceitos de congruência e semelhança; trabalhando
inicialmente de modo experimental (geometria experimental) para, pouco a pouco,
apresentar pequenas demonstrações (geometria dedutiva);
O
raciocínio proporcional: observando a variação entre grandezas e
estabelecendo relações entre elas; resolvendo situações-problema que envolvam
proporcionalidade; representando a variação entre duas grandezas em um plano
cartesiano e identificando se elas são direta ou inversamente proporcionais ou
se não são proporcionais.
O
raciocínio combinatório: analisando quais e quantas são as possibilidades
de algo ocorrer e resolvendo situações que envolvam a idéia de possibilidades.
O
raciocínio estatístico e probabilístico: coletando, organizando e
analisando informações; elaborando tabelas, construindo e interpretando
gráficos; desenvolvendo a idéia de chance e de sua medida (probabilidade);
resolvendo situações-problema que envolvem dados estatísticos e conceito de
probabilidades.
A
competência métrica: ampliando e aprofundando o conceito de medida de uma grandeza;
utilizando unidades adequadas de medidas em cada situação e resolvendo
situações-problema que envolvam grandezas e medidas; utilizando vários
instrumentos de medidas.
As
conexões e integração dos conceitos matemáticos estudados em cada eixo temático: (números e
operações, geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística
e probabilidade) e investigar sua presenças em outras áreas do conhecimento.
A
atitude positiva em relação à matemática: valorizando sua utilidade, sua
lógica e sua beleza em cada conceito estudado.
A
comunicação: a comunicação das idéias matemáticas de diferentes formas: oral,
escrita, por tabelas, diagramas, gráficos, etc.
5. METODOLOGIAS UTILIZADAS PARA ENSINAR MATEMÁTICA
Trabalhar as idéias, os conceitos matemáticos
intuitivamente antes da simbologia, antes da linguagem matemática. Ex: Uma
equipe de 5 alunos está reunida para fazer um trabalho da escola. Eles vão se
cumprimentar com um aperto de mão? Qual é o total de apertos de mão? Essa
situação-problema permite explorar várias estratégias: dramatizar
(representando concretamente a situação), elaborar um diagrama, elaborar um
tabela organizada ou utilizar o raciocínio combinatório.
Aprender por compreensão. O aluno
deve atribuir significado ao que aprende. Para isso, deve saber o ” porquê” das
coisas e não simplesmente mecanizar procedimentos e regras.
Estimular o aluno para que pense,
raciocine, crie, relacione idéias descubra e tenha autonomia de pensamento,
através de desafios, jogos, quebra-cabeças, problemas curiosos, etc.
Trabalhar o conteúdo com significado,
levando o aluno a sentir que é importante saber o que está sendo ensinado, para
sua vida em sociedade ou que o conteúdo trabalhado lhe será útil para entender
o mundo em que vive. Por exemplo, ao usar a idéia de proporcionalidade para
resolver problemas do cotidiano; ao trabalhar com escalas para interpretar um
mapa; ao resolver um problema de porcentagem; ao relacionar sólidos geométricos
com embalagens.
Valorizar a experiência acumulada
pelo aluno dentro e fora da escola;
Considerar mais o processo do que o
produto da aprendizagem, “aprender a aprender”;
Compreender a aprendizagem da
matemática como um processo ativo. Os alunos são pessoas que observam,
constroem, modificam e relacionam idéias, interagindo com outras pessoas, com
materiais diversos e com o mundo físico;
Utilizar jogos, pois eles envolvem a
compreensão e aceitação de regras pelos alunos; promovendo o desenvolvimento
socioafetivo e cognitivo; desenvolvem autonomia, o pensamento lógico; motivando
no pensamento para usar os conhecimentos prévios;
Enfatizar igualmente os grandes eixos
temáticos – números e operações, álgebra, espaço e forma (geometria), grandezas
e medidas e tratamento da informação (estatística e probabilidade) e, de preferência
trabalhá-los de modo integrado. Por ex: Quando o aluno mede o comprimento ou
largura da sua sala de aula com um metro, está observando as dimensões de uma
forma geométrica retangular, utilizando o metro como unidade de medida, obtendo
um número como medida, naquela unidade (comprimento, área);
Trabalhar temas transversais (ética,
orientação sexual, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural, trabalho e
consumo) de modo integrado com as atividades de Matemática, por meio de
situações-problema;
6. AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento
fundamental para fornecer informações sobre como está se realizando o processo
ensino-aprendizagem como um todo – tanto para o professor e a equipe escolar
conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho como para o aluno
verificar seu desempenho – e não simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho
cognitivo e o acumulo de conteúdos, para classificá-lo em “aprovado” ou
“reprovado”.
Além disso, ela deve ser
essencialmente formativa, na medida em que cabe à avaliação subsidiar o
trabalho pedagógico, redirecionando o processo ensino-aprendizagem para sanar
dificuldades, aperfeiçoando-o constantemente. Tendo em vista a diversidade de
ritmos e processos de aprendizagem dos alunos, um dos aspectos importantes da
ação docente deve ser a organização de atividades cujo nível de abordagem seja
diferenciado. Isso significa criar situações, apresentar problemas ou perguntas
e propor atividades que demandem diferentes níveis de raciocínio e de
realização.
A avaliação vista como um diagnóstico
contínuo e dinâmico torna-se um instrumento fundamental para repensar e
reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino, para que
realmente o aluno aprenda.
Nessa perspectiva, a avaliação deixa
de ter o caráter “classificatório” de simplesmente aferir acumulo de
conhecimento para promover ou reter o aluno. Ela deve ser entendida pelo
professor como processo de acompanhamento e compreensão dos avanços, dos
limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os objetivos da atividade
de que participam.
Assim, o objetivo da avaliação é
diagnosticar como está se dando o processo ensino-aprendizagem e coletar
informações para corrigir possíveis distorções observadas nele. Por ex: Se os
resultados da avaliação não foram satisfatórios, é preciso buscar as causas.
Pode ser que os objetivos foram superdimensionados ou que o problema esteja no
conteúdo, na metodologia de ensino, nos materiais instrucionais, na própria
forma de avaliar ou em algum outro aspecto. O importante é determinar os
fatores do insucesso e reorientar as ações para sanar ou minimizar as causas e
promover a aprendizagem do aluno.
É preciso avaliar para identificar os
problemas e os avanços, e para redimensionar a ação educativa, visando o
sucesso escolar.
Para a avaliação, podem ser
utilizados vários tipos de instrumentos, como:
Observação
e registro – esse processo permite o acompanhamento das atividades, no
dia-a-dia dos alunos, é muito valioso porque dá oportunidade de participação,
nas quais o aluno pergunta, emite opiniões, levanta hipóteses, constrói novos
conceitos e busca novas informações;
Provas
testes e trabalhos – esse processo não deve ser utilizado como punição ou apenas para
ajuizar valores. Sua formulação deve se fundamentar em questões de compreensão
e raciocínio, e não de memorização ou mecanização;
Entrevistas
e conversas formais – auto-avaliação – no qual o
aluno deverá expressar-se com escrita ou oralmente o que mais gostou ou que
menos gostou, se teve dificuldade ou facilidade no conteúdo ensinado.
Fichas
avaliativas – nas fichas poderão constar aspectos cognitivos, dificuldades de
aprendizagem, providências tomadas para sanar as dificuldades, bem como aspetos
gerais, afetivos, de socialização, organização e atitudes.
Como
lidar com o erro dos alunos, como recuperá-lo?
Muito se aprende por tentativas e
erros, idas e vindas, pro aproximação sucessivas e aperfeiçoamentos. Por isso,
os erros cometidos pelo aluno devem ser vistos naturalmente como parte do
processo ensino-aprendizagem. Na maioria das vezes, é possível usá-los para
promover a aprendizagem mais significativa. Para isso, é fundamental que o
professor analise o tipo de erro cometido pelo aluno. Ao fazer isso, poderá
perceber quais foram, de fato, as dificuldades apresentadas e, assim reorientar
sua ação pedagógica com mais eficácia para saná-las. Cada erro tem sua lógica e
dá ao professor indicações sobre como está se dando o processo de aprendizado
de cada aluno.
Por exemplo: São freqüentes os erros
na execução do algoritmo da subtração. Ao fazer 135 – 68, o aluno erra porque
não coloca os algarismos das unidades ou das dezenas em correspondência aos
mesmos algarismos do outro número, ao armar o algoritmo; ou porque subtrai 5 de
8 e 3 de 6 , pensando em uma orientação geral que recebeu: “subtrai sempre o
menor do maior”; ou porque se equivocou nos cálculos; ou porque não compreendeu
idéias associadas à subtração (tirar e comparar); ou porque se distraiu, etc.
O ato de mostrar ao aluno onde, como
e por que ele cometeu o erro o ajuda a superar lacunas de aprendizagem e
equívocos de entendimentos.
Com o repertório de todos os erros
mais freqüentes cometidos pelos alunos, o professor, ao trabalhar aquele
assunto, saberá chamar atenção para os pontos mais críticos e, como isso,
diminuir a possibilidade de erro.
É interessante também que os alunos
sejam levados a comparar suas respostas, seus acertos e erros com os dos
colegas, a explicar como pensaram e a entender como os outros colegas
resolveram a mesma situação.
Mesmo depois de todos os processos,
se algum aluno não conseguiu entender um certo assunto, o ideal é mudar a
metodologia, bater na mesma tecla é bobagem, mudando a maneira de explicar e de
exemplificar, com certeza o aluno em defasagem conseguirá entender as
orientações passadas.
7. CONCLUSÃO
Para formar as competências
necessárias para que se adquira conhecimento, o professor deve utilizar todos
os recursos disponíveis e mais os que ele criar para que seja efetivada a
aprendizagem. Para cumprir sua função, a escola precisa ter como foco um ensino
e uma aprendizagem que levem o aluno a aprender a aprender, aprender a pensar,
a saber construir a sua própria linguagem e a se comunicar, a usar a informação
e o conhecimento para ser capaz de viver num mundo em transformação. Para isso,
é preciso que a formação e a atuação do educador seja necessariamente
direcionada para um novo paradigma de educação.
As novas tecnologias, caracterizadas
como mediáticas, são mais do que simples suportes. Elas interferem nos modos de
pensar, sentir, agir, relacionar-se socialmente e adquirir conhecimentos, criam
uma nova cultura e um novo modelo de sociedade. Essa nova sociedade,
essencialmente diferente da sociedade industrial que a antecedeu, baseada na
produção e no consumo de produtos iguais, em massa, caracteriza-se pela
velocidade das alterações no universo informacional e na necessidade de
permanente atualização do homem para acompanhar essas mudanças. E a escola
sofre os efeitos dessa transformação tecnológica precisa da adoção de uma nova
postura educacional, na verdade a busca de um novo paradigma de educação que
substitua o já desgastado ensino-aprendizagem, baseada numa relação obsoleta de
causa-efeito, é essencial para o desenvolvimento de criatividade desinibida e
conducente a novas formas de relações interculturais, proporcionando o espaço
adequado para preservar a diversidade e eliminar a desigualdade numa nova
organização da sociedade.
A democratização das escolas
representa um grande desafio para todos os professores, principalmente para o
professor de matemática, o acesso a todos os recursos tecnológicos representa
um desafio para a sociedade atual e demanda esforços e mudanças nas esferas
econômica e educacional. Para que todos possam ter informações e utilizar de
modo confortável as novas tecnologias, é preciso um grande esforço educacional.
Como as tecnologias estão permanentemente em mudança, a aprendizagem contínua é
conseqüência natural do momento social e tecnológico que vivemos, a ponto de
podermos chamar nossa sociedade de “sociedade de aprendizagem”.
A aprendizagem do ensino da
matemática nas escolas, requer um grande esforço e necessita de um constante
aperfeiçoamento por parte dos educadores. Para que a escola cumpra sua função
de facilitar o acesso ao conhecimento é necessário promover o desenvolvimento
de seus alunos. É necessário que todos os que estão envolvidos no processo
trabalhem em sintonia, proporcionando o pleno desenvolvimento dos educandos.
Todas as atividades que realizamos
com os alunos deverão servir de suporte para educar cidadãos mais capazes de
usar seu raciocínio lógico realizar trabalhos coerentes, com senso crítico e
analítico da realidade que o cerca. Pois entendemos que é na escola que
preparamos o individuo para atuar no mundo, e é também nela, que o sujeito constrói
a interação, onde práticas sociais acontecem.
O ensino de matemática faz parte do
desenvolvimento humano, por isso o professor deve priorizar a construção do
conhecimento pelo fazer e pensar do aluno. O papel do professor é de
facilitador, orientador, estimulador e incentivador da aprendizagem.
Ao introduzir um assunto matemático
em sala de aula, o dever do professor é partir de onde o aluno já sabe para
ajudá-lo a construir novos conhecimento. Outro ponto importante é saber e levar
o aluno a refletir o “porque” de estar aprendendo aquele assunto e não perder
de vista os objetivos a serem alcançados.
Para cada assunto há metodologias
adequadas e se o aluno não conseguiu alcançar um aproveitamento satisfatório,
então mudar a metodologia é ideal para facilitar a aprendizagem.
A avaliação nunca deve ser um objeto
de punição ou classificatória, deverá sempre fazer dela um instrumento de
trabalho com o intuito de diagnosticar a aprendizagem do aluno.
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