O Rato Cidadão e Montesinho
Um
rato que morava na Cidade, acertando de ir ao campo, foi convidado por outro,
que lá morava, e levando-o à sua cova, comeram ambos cousas do campo, ervas e
raízes. Disse o Cidadão ao outro: – Por certo, compadre, tenho dó de ti, e da
pobreza em que vives. Vem comigo morar na Cidade, verás a riqueza, e a fartura
que gozas. Aceitou o rústico e vieram ambos a uma casa grande e rica, e
entrados na despensa, estavam comendo boas comidas e muitas, quando de súbito
entra o despenseiro, e dois gatos após ele. Saem os Ratos fugindo. O de casa
achou logo seu buraco, o de fora trepou pela parede dizendo: Ficai vós
embora com a vossa fartura; que eu mais quero comer raízes no campo sem
sobressaltos, onde não há gato nem ratoeira. E assim diz o adágio: Mais vale
magro no mato, que gordo na boca do gato.Moral da história: Mais vale
magro no mato, que gordo na boca do gato.
A Rã e Touro
Numa
tarde, andava um grande Touro passeando ao longo da água, e vendo-o a Rã tão
grande, tocada de inveja, começou de comer, e inchar-se com vento, e perguntava
às outras rãs se era já tão grande como parecia? Responderam elas: Não!!! Pensa
a Rã segunda vez, e põe mais força por inchar; e aborrecida por faltar muito
para se igualar o Touro inchou de novo, mas tão rijamente, que veio a
arrebentar com cobiça de ser grande. Moral da história: Não cobiçar as
coisas alheias!
A Raposa e o Corvo
Um corvo que passeava pelo campo,
apanhou um pedaço de queijo que estava no chão e fugiu, acabando por pousar
sobre uma árvore. A raposa observando-o de longe sentiu uma enorme inveja e
desejou de todo, comer-lhe o queijo. Assim pôr-se ao pé da árvore e disse: Por
certo que és formoso, e gentil-homem, e poucos pássaros há que te ganhem. Tu és
bem-disposto e muito falante; se acertaras de saber cantar, nenhuma ave se
comparará contigo. O corvo soberbo de todos estes elogios, levanta o pescoço
para cantar, porém abrindo a boca o queijo caiu-lhe. A raposa apanhou e foi-se
embora, ficando o corvo faminto e corrido da sua própria ignorância.
Moral da
história: Não dês ouvidos a quem te inveja.
A Cigarra e a Formiga
Num
dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga
passou por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que
arrastava para o formigueiro. - Por que não ficas aqui a conversar um pouco
comigo, em vez de te afadigares tanto? – Perguntou-lhe a Cigarra. - Preciso
arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga. – Aconselho-te a
fazeres o mesmo. - Por que me hei de preocupar com o Inverno? Comida não nos
falta... – respondeu a Cigarra, olhando em redor. A Formiga não respondeu,
continuou o seu trabalho e foi-se embora. Quando o Inverno chegou, a Cigarra
não tinha nada para comer. No entanto, viu que as Formigas tinham muita comida
porque a tinham guardado no Verão. Distribuíam-na diariamente entre si e não
tinham fome como ela. A Cigarra compreendeu que tinha feito
mal...
Moral da história: Não penses só
em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro
A lebre e a Tartaruga
Era
uma vez... uma lebre e uma tartaruga. A lebre vivia caçoando da lerdeza da
tartaruga. Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser alvo de gozações,
desafiou a lebre para uma corrida. A lebre muito segura de si, aceitou
prontamente. Não perdendo tempo, a tartaruga, pôs-se a caminhar, com seus
passinhos lentos, porém, firmes. Logo a lebre ultrapassou a adversária, e vendo
que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar. Quando acordou, não viu a
tartaruga e começou a correr. Já na reta final, viu finalmente a sua adversária
cruzando a linha de chegada,, toda sorridente. Moral da história: Devagar se vai ao longe
Nenhum comentário:
Postar um comentário