BANDEIRA DE PERNAMBUCO
A bandeira de
Pernambuco foi idealizada pelos revolucionários de 1817 e oficializada, anos
depois, pelo governador Manoel Antônio Pereira Borba. A cor azul do retângulo
superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a
paz; o arco-íris em três cores (verde, amarelo, vermelho) representa a união de
todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o nosso estado no conjunto da
Federação; o sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz
representa a fé na justiça e no entendimento.
BRASÃO
DE PERNAMBUCO
O brasão de Pernambuco foi
oficializado pelo governador Alexandre Barbosa Lima, em 1895. O leão representa
a bravura do povo pernambucano; os ramos de algodão e de cana-de-açúcar
simbolizam nossas riquezas; o sol é a luz cintilante do equador; as estrelas
são os municípios. Ainda estão no brasão o mar e o farol de Olinda. Na faixa,
aparecem as datas históricas mais importantes do estado: 1710 (guerra dos
Mascates), 1817 (Revolução Pernambucana), 1824 (Confederação do Equador) e 1889
(Proclamação da República).
A
HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
A História da região inicia-se em 1534, quando Portugal
criou as capitanias hereditárias. A Capitania de Pernambuco foi dada a Duarte
Coelho Pereira; no mesmo ano de 1534, foram fundadas as vilas de Igaraçu e
Olinda. Pernambuco foi uma das poucas capitanias que prosperaram, graças à boa
adaptação que a cana-de-açúcar teve ao solo da região.Desde cedo, a cultura da
região baseou-se na mistura de três povos: europeus, índios e negros; de
início, os portugueses tentaram utilizar mão-de-obra escrava índia; entretanto,
após sucessivos levantes indígenas, optou-se por importar mão-de-obra africana
(o que, por si só, constituía-se num grande negócio).
Recife, por décadas, foi apenas o porto utilizado para
escoar a produção local e receber peças da metrópole; o nome Recife deriva da
faixa de recifes que acompanha boa parte do litoral da região. Essa situação
alterou-se a partir de 1630, quando os holandeses (atraídos pela riqueza da cana-de-açúcar)
ocuparam Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Acostumados que estavam às
terras planas da Holanda, os holandeses preferiram estabelecer-se em Recife.
Em 1637, o conde
Maurício de Nassau assume o governo das possessões holandesas no Brasil. Culto,
Nassau conduziu uma revolução urbanística na cidade: ruas foram planejadas e
traçadas, várias pontes foram construídas; Nassau trouxe da Europa grandes
arquitetos, engenheiros e paisagistas que deram um ar de metrópole à cidade do
Recife.
Várias das obras urbanísticas dos tempos de Nassau são ainda
visíveis na cidade; alguns dos quadros pintados pelo holandês Frans Post no Brasil são hoje importante documentos que
retratam o país naquela época; veja algumas obras de Post, retratando o Brasil, no museu do Louvre, em Paris.
Quando os holandeses foram
expulsos, em 1654, Recife tinha-se tornado importante entreposto comercial. A
rivalidade entre os senhores de engenho, que tornaram a ocupar Olinda, e a
emergente classe comerciante que se formara em Recife resultou na Guerra dos
Mascates (Mascate era forma pejorativa de se referir àqueles que se dedicavam
ao comércio), no início do século XVIII.
Ainda
fundada na cultura de cana-de-açúcar e na pujança do porto, Recife continuou
desenvolvendo-se, tanto econômica como intelectual e culturalmente, durante os
séculos XVIII e XIX
A Faculdade
de Direito do Recife é uma das mais antigas do Brasil; vários importante
jornais foram publicados no Recife - atualmente, o Diário de Pernambuco, com
mais de 150 anos de circulação contínua, é o jornal mais antigo da América
Latina. Recife
teve papel importante nos mais importantes momentos históricos do Brasil. Em
1817, Pernambuco tentou proclamar-se independente de Portugal, mas o movimento
foi derrotado.
A
Revolução Praieira (1848) questionava o regime monárquico, e já pregava a
República. Joaquim Nabuco, um dos maiores símbolos do Abolicionismo, iniciou
suas pregações no Recife. A cidade consolidou sua posição como polo comercial e
cultural de toda a região Nordeste ao norte da Bahia. Os sucessores dos
mascates tornaram Recife um centro distribuidor; comerciantes de várias cidades
vinham ao Recife comprar mercadorias para revender localmente.
Durante o século 20, principalmente após a
criação da SUDENE, em 1950, a economia da região ganhou novo impulso, dessa vez
com o fomento de indústrias. Grandes empreendimentos foram instalados em polos
industriais de Recife; ainda hoje, o setor industrial é o mais importante na
economia da cidade.
Mais recentemente, uma nova tendência tem sido observada: o
crescimento do setor de serviços. Recife tem hoje o segundo maior polo médico
do Brasil, com grande concentração de hospitais e médicos especialistas. Com a
criação do Porto Digital, Recife está assumindo também papel de
ponta no setor de tecnologia da informação no Brasil. Por fim, a grande vocação
do Recife, Olinda e outras cidades de Pernambuco: o turismo. A infraestrutura
que se criou ao longo dos séculos para receber os comerciantes foi adaptada
para receber turistas de todas as partes do Brasil que chegam, atraídos pela
riqueza cultural e pelas belezas naturais da região.
Salta aos olhos dos visitantes a riqueza de culturas,
mistura de elementos europeus, índios e negros, que se reflete nos ritmos e
sabores da cidade. E essa riqueza vem rodeada por algumas das mais belas praias
do Brasil. Pernambuco: você vai se apaixonar.
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