Prova de Literatura - 6º ano -
Aluno(a)____________nº: ____ Turma: ___
A LUA NO CINEMA
A lua foi ao cinema,
passava um filme
engraçado,
a história de uma
estrela
que não tinha
namorado.
Não tinha porque era
apenas
uma estrela bem
pequena,
dessas que, quando
apagam,
ninguém vai dizer,
que pena!
Era uma estrela
sozinha,
ninguém olhava pra
ela,
e toda a luz que ela
tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão
triste
com aquela história
de amor,
que até hoje a lua
insiste:
– Amanheça, por
favor!
Paulo
Leminski. Distraídos venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1993.
1 - Nos
versos “Não tinha porque era apenas / uma estrela bem pequena” da segunda estrofe do poema, o uso da palavra
“porque” introduz
(A) a causa de não ter namorado.
(B) uma oposição a um filme engraçado.
(C) a consequência de uma história de
amor.
(D) uma comparação do tamanho da estrela com a
intensidade da luz.
2- Este poema
(A) explica o nascimento do cinema.
(B) faz a propaganda de um filme engraçado.
(C) apresenta as características de uma lua
solitária.
(D) conta a história de uma estrela que não tinha
namorado.
POR
ONDE ANDARÁ SEVERINO?
A última ariranha-azul em liberdade no
mundo mora no Brasil, mas está desaparecida há dois meses. Se não for
encontrada, a espécie corre o risco de extinção.
Apelidada de Severino, a ave habita a
região de Curuçá, no sertão da Bahia. Segundo a coordenação de comitê de
Recuperação da Ariranha-Azul, uma equipe de estudiosos e moradores já esta à
procura de Severino. Há suspeitas de que ele tenha sido atacado por gaviões.
A ariranha-azul é a menor arara
brasileira que existe, mede menos de 30 centímetros e pesa cerca
de 400 gramas. Hoje há cerca de 40 espécies em cativeiro no mundo todo (no
Brasil são sete). Seu pequeno tamanho e a beleza da cor azul infelizmente
atraem os traficantes de animais, que caçam e vendem as ararinhas como animais
domésticos.
O
Estado de S. Paulo, 9/12/2000. Estadinho.
3- A finalidade deste texto é
(A) divulgar a beleza das aves de nosso
país.
(B) informar que gaviões são animais predadores.
(C) comunicar o desaparecimento da ariranha azul.
(D) convidar as pessoas a visitarem a região de
Curuçá, no sertão da Bahia.
O
CONTO DA MENTIRA
Rogério Augusto
Todo dia Felipe inventava uma mentira.
“Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe largava a louça na pia e corria até a
sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do
cachorro, nota dez em matemática, gol de cabeça em campeonato de rua. A mãe
tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na
cara dela: “Quem tá mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com
ele: “Um dia você contará uma verdade e ninguém acreditará!”. Felipe ficava
pensativo. Mas no dia seguinte...
Então aconteceu o que seu pai alertara.
Felipe assistia a um programa na TV. A apresentadora ligou para o número do
telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta:
“É verdade, mãe! A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega
da bicicleta. É verdade!”
A mãe de Felipe fingiu não ouvir.
Continuou preparando o jantar em silêncio. Resultado: Felipe deixou de
ganhar o prêmio. Então ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia
deixou de contá-las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a
criar histórias. Agora sem culpa e sem medo. No momento está escrevendo um
conto. É a história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque
mentia...
4- Felipe começou a reduzir suas mentiras porque
(A) começou a escrever um conto.
(B) deixou de ganhar uma bicicleta.
(C) inventou ter sido sorteado por um programa de
TV.
(D) seu pai alertou sobre as consequências da
mentira.
5- No trecho “A mãe tentava assustá-lo.”,
o termo destacado substitui
(A) pai de Felipe.
(B) Pinóquio.
(C) cachorro.
(D) Felipe.
6- No
desfecho do conto, ficamos sabendo que Felipe
(A) continua contando mentira para seus pais.
(B) decide ler todos os livros sobre o Pinóquio.
(C) torna-se um escritor e volta a criar histórias.
(D) escreve um livro de normas para o campeonato de
rua.
Olá, mãe!
Mãe, eu queria te dizer ...
(não te chamando de mamãe como no tempo em que a
vida era você,
mas te chamando de mãe
deste meu outro tempo de silêncio e solidão.)
Mãe, eu queria te dizer
(sem cara de quem pede desculpa pelo que não fez ou
pensa que fez)
que amar virou uma coisa difícil
e muitas vezes o que parece ingratidão,
ou até indiferença,
é apenas a semente do amor
que brotou de um jeito diferente
e amadureceu diferente
no atrapalhado coração da gente.
Acho que era isso, mãe,
o que eu queria te dizer.
(Carlos
Queiroz Telles. Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna,
1995.)
7- O eu poético deseja, por meio deste texto,
(A) demonstrar seu sentimento de
amor.
(B) reviver um tempo de silêncio e solidão.
(C) revelar que está insatisfeito com as atitudes
da mãe.
(D) agradecer à mãe pelo tempo em que a vida era
mais simples.
8- O eu poético escreve uma mensagem à mãe por meio
de
(A) um conto.
(B) um poema.
(C) uma crônica.
(D) uma propaganda.
9- O
verso que comprova para quem o texto foi escrito é
(A) “acho que era isso,
mãe...”
(B) “que amar virou uma coisa difícil”.
(C) “no atrapalhado coração da
gente”
(D) “deste meu outro tempo de silêncio e solidão”
10- Na primeira estrofe do poema, o eu poético
utiliza-se dos parênteses para
(A) pedir desculpa pelo que pensa que fez.
(B) contar que a semente do amor brotou de um jeito
diferente.
(C) explicar o porquê do uso da palavra “mãe” ao invés
de “mamãe”.
(D) opinar sobre o sentimento de ingratidão ou
indiferença demonstrado.
Irapuru
– o canto que encanta
Certo jovem, não muito belo, era
admirado e desejado por todas as moças de sua tribo por tocar flauta
maravilhosamente bem. Deram-lhe, então, o nome de Catuboré, flauta encantada.
Entre as moças, a bela Mainá conseguiu o seu amor; casar-se-iam durante a
primavera.
Certo dia, já próximo do grande dia,
Catuboré foi à pesca e de lá não mais voltou.
Saindo a tribo inteira à sua procura,
encontraram-no sem vida, à sombra de uma árvore, mordido por uma cobra
venenosa. Sepultaram-no no próprio local.
Mainá, desconsolada, passava várias
horas a chorar sua grande perda. A alma de Catuboré, sentindo o sofrimento de
sua noiva, lamentava-se profundamente pelo seu infortúnio. Não podendo
encontrar paz, pediu ajuda ao Deus Tupã. Este, então, transformou a alma do
jovem no pássaro irapuru, que, mesmo com escassa beleza, possui um canto
maravilhoso, semelhante ao som da flauta, para alegrar a
alma de Mainá.
O cantar do irapuru ainda hoje contagia
com seu amor os outros pássaros e todos os seres da natureza.
(Waldemar
de Andrade e Silva. Lenda e mitos dos índios brasileiros. São
Paulo: FTD, 1997.)
11- Catuboré foi à pesca e de lá não mais voltou
porque
(A) apaixonou-se por uma índia de outra
tribo.
(B) encontrou uma flauta encantada.
(C) dormiu à sombra de uma
árvore.
(D) foi mordido por uma cobra.
12- No trecho “Deram-lhe,
então, o nome de Catuboré, flauta encantada.” Do primeiro parágrafo
do texto “Irapuru – o canto que encanta”, o termo destacado se refere
(A) ao grande dia. (B) ao certo
jovem. (C) à bela Mainá. (D) a sua tribo.
13- Para conceder a paz a Catuboré, o
Deus Tupã
(A) transformou a alma do jovem no pássaro
irapuru.
(B) desapareceu com todas as cobras venenosas.
(C) criou a primavera para celebrar o
casamento.
(D) convocou toda a tribo para tocar flauta.
A
lebre e a tartaruga
Era uma vez... uma lebre e uma
tartaruga.
A lebre vivia caçoando da lentidão da
tartaruga.
Certa vez, a tartaruga, já muito
cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre, muito segura de si, aceitou
prontamente. Não perdendo tempo, a tartaruga pôs-se a caminhar, com seus
passinhos lentos, porém firmes.
Logo a lebre ultrapassou a adversária
e, vendo que ganharia fácil, parou e
resolveu cochilar.
Quando acordou, não viu a tartaruga e
começou a correr.
Já na reta final, viu finalmente a sua
adversária cruzando a linha de chegada, toda sorridente.
Moral da história: Devagar se vai ao
longe!
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=29
14- O episódio da narrativa que
contribui para a vitória da tartaruga é
(A) a decisão da lebre de parar e
cochilar.
(B) o desafio de realizar uma corrida com a lebre.
(C) o desafio de correr para garantir a vantagem.
(D) a decisão firme de caminhar com passos lentos.
15- O trecho que expressa uma opinião a
respeito de um dos personagens é
(A) “Logo a lebre ultrapassou a adversária...”
(B) “Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga.”
(C) “A lebre, muito segura de si, aceitou
prontamente.”
(D) “Quando acordou, não viu a tartaruga e começou
a correr.
16- A finalidade deste texto é ensinar ao leitor
que
(A) o sono renova as energias do corpo.
(B) a caçoada do adversário garante a vitória.
(C) o êxito depende de dedicação e persistência.
(D) o esporte é necessário para manutenção da
saúde.
17- As características do texto “A lebre e a
tartaruga”, tais como – o tipo de personagens
e a presença de moral –, exemplificam o texto
conhecido como
(A) receita. (B)
fábula. (C) campanha publicitária. (D) história em
quadrinhos.
Fonte: https://armazemdetexto.blogspot.com
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