drogas: a mídia está dentro 8ª série
DROGAS: A MÍDIA ESTÁ DENTRO
Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gente pensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça. Ouvi-o de um professor - um professor brilhante, é bom que se diga. Ele se saía muito bem, tecendo considerações críticas sobre o provão. Aliás, o debate era sobre o provão, mas isso não vem ao caso. O que me interessou foi um comentário marginal que ele fez - e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário. Primeiro, ele disse que a publicidade não pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudes humanas são ditadas pela propaganda. Sim, a tese é óbvia, ninguém discorda disso, mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua constatação, o professor lembrou que muita gente cheira cocaína e, no entanto, não há propaganda de cocaína na TV. Qual a conclusão lógica? Isso mesmo: nem todo hábito de consumo é ditado pela publicidade.
A favor da mesma tese, poderíamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e não consegue mudar os hábitos do público. Inúmeros esforços publicitários não resultam em nada. Continuemos no campo das substâncias ilícitas. Existem insistentes campanhas antidrogas nos meios de comunicação, algumas um tanto soporíferas, outras mais terroristas, e todas fracassam. Moral da história? Nem que seja para consumir produtos químicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da mídia. Temos alguma autonomia para formar nossas decisões.
Tudo certo? Creio que não. Concordo que a mídia não pode tudo, concordo que as pessoas conseguem guardar alguma independência em sua relação com a publicidade, mas acho que o professor cometeu duas impropriedades: anunciou uma tese fácil demais e, para demonstrá-la, escolheu um exemplo ingênuo demais. Embora não vejamos um comercial promovendo explicitamente o consumo de cocaína, ou de maconha, ou de heroína, ou de crack, a verdade é que os meios de comunicação nos bombardeiam, durante 24 horas por dia, com a propaganda não de drogas, mas do efeito das drogas. A publicidade, nesse sentido, não refreia, mas reforça o desejo pelo efeito das drogas. Por favor, não se pode culpar os publicitários por isso - eles, assim como todo mundo, não sabem o que fazem.
Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gente pensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça. Ouvi-o de um professor - um professor brilhante, é bom que se diga. Ele se saía muito bem, tecendo considerações críticas sobre o provão. Aliás, o debate era sobre o provão, mas isso não vem ao caso. O que me interessou foi um comentário marginal que ele fez - e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário. Primeiro, ele disse que a publicidade não pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudes humanas são ditadas pela propaganda. Sim, a tese é óbvia, ninguém discorda disso, mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua constatação, o professor lembrou que muita gente cheira cocaína e, no entanto, não há propaganda de cocaína na TV. Qual a conclusão lógica? Isso mesmo: nem todo hábito de consumo é ditado pela publicidade.
A favor da mesma tese, poderíamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e não consegue mudar os hábitos do público. Inúmeros esforços publicitários não resultam em nada. Continuemos no campo das substâncias ilícitas. Existem insistentes campanhas antidrogas nos meios de comunicação, algumas um tanto soporíferas, outras mais terroristas, e todas fracassam. Moral da história? Nem que seja para consumir produtos químicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da mídia. Temos alguma autonomia para formar nossas decisões.
Tudo certo? Creio que não. Concordo que a mídia não pode tudo, concordo que as pessoas conseguem guardar alguma independência em sua relação com a publicidade, mas acho que o professor cometeu duas impropriedades: anunciou uma tese fácil demais e, para demonstrá-la, escolheu um exemplo ingênuo demais. Embora não vejamos um comercial promovendo explicitamente o consumo de cocaína, ou de maconha, ou de heroína, ou de crack, a verdade é que os meios de comunicação nos bombardeiam, durante 24 horas por dia, com a propaganda não de drogas, mas do efeito das drogas. A publicidade, nesse sentido, não refreia, mas reforça o desejo pelo efeito das drogas. Por favor, não se pode culpar os publicitários por isso - eles, assim como todo mundo, não sabem o que fazem.
Exercícios
1. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) DROGAS: A MÍDIA ESTÁ DENTRO; com esse título o autor:
A) condena a mídia por sua participação na difusão do consumo de drogas;
B) mostra que a mídia se envolve, de algum modo, com o tema das drogas;
C) faz um jogo de palavras, denunciando o incentivo ao consumo de drogas pela mídia;
D) demonstra a utilidade da mídia em campanhas antidrogas;
E) indica que a mídia é bastante conhecedora do tema das drogas.
2. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''Há poucos dias...''; há verbos denominados impessoais (como o verbo haver, nesta frase) que permanecem com a forma equivalente à terceira pessoa do singular, não concordando com qualquer termo da frase. O item abaixo que apresenta um outro verbo empregado impessoalmente é:
A) A droga nunca traz bons resultados;
B) Choveu dinheiro na premiação da loteria;
C) Iniciei a campanha na semana passada;
D) O homem não deve ter medo de nada;
E) Nesta rua tem um bosque.
3. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários...''; se desenvolvermos a forma do gerúndio assistindo de forma adequada ao texto, teremos:
A) depois de assistir;
B) assim que assisti;
C) enquanto assistia;
D) logo que assisti;
E) porque assisti.
4. ''...assistindo a um desses debates universitários...''; a regência cuida do emprego correto das preposições após certos nomes ou verbos. A frase a seguir em que há erro de regência é:
A) O público acompanha a novela que gosta;
B) A publicidade lembra ao consumidor o que deve comprar;
C) As pessoas preferem TV a teatro;
D) Nem todos aspiram cocaína;
E) A publicidade nunca se esquece de seu dever.
5. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''Ele se saía muito bem tecendo considerações críticas sobre o provão,...''; o gerúndio tecendo mostra uma ação:
A) que antecede a do verbo da oração anterior;
B) posterior à do verbo da oração anterior;
C) que é a conseqüência da ação da oração anterior;
D) simultânea à do verbo da oração anterior;
E) que mostra oposição à ação da oração anterior.
6. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gente pensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça.''; o comentário correto sobre esse segmento do texto é:
A) os três quês do texto pertencem à idêntica classe gramatical;
B) a expressão a gente, por dar idéia de quantidade, deve levar o verbo para o plural;
C) a forma verbal vão deveria ser substituída pela forma vai;
D) a forma verbal vão dar transmite idéia de possibilidade;
E) a última oração do texto restringe o sentido do substantivo raciocínio.
7. ''Ouvi-o de um professor...''; o item abaixo em que houve um mau emprego do verbo com o pronome oblíquo é:
A) Os comentários, escutei-os de um professor;
B) As revistas, compramo-las no jornaleiro;
C) Ao professor, dei-o um conselho;
D) Os debates, assistiram-nos muitas pessoas;
E) Os resultados, discuti-os com a turma.
8. A expressão destacada que tem seu significado corretamente expresso é:
A) ''...que a gente pensa que não vão dar em nada.''- que não vão chegar a ser publicados;
B) ''...ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça.''-que me deixou com dor de cabeça;
C) ''...o debate era sobre o provão, mas isso não vem ao caso.''- tem pouca importância;
D) ''...um professor brilhante, é bom que se diga.'' - é importante destacar isso;
E) ''Ele se saía muito bem...''- ele desviava do assunto principal.
9. ''O que me interessou foi um comentário marginal...''; o vocábulo destacado significa:
A) subliminar;
B) maldoso;
C) anormal;
D) desprezível;
E) paralelo.
10. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''O que me interessou foi um comentário marginal que ele fez - e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário.'' ; a forma menos adequada de reescrevermos o texto acima, respeitando-se o sentido original, é:
A) Interessou-me um comentário marginal que ele fez - e o exemplo escolhido para ilustrar seu comentário;
B) Interessaram-me não só um comentário marginal que ele fez, como também o exemplo que escolheu para a ilustração de seu comentário;
C) O que me interessou foram um comentário marginal (que ele fez) e o exemplo (que escolheu para ilustrar seu comentário);
D) Um comentário marginal que ele fez e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário foi o que me interessou;
E) Um comentário marginal feito por ele e o exemplo escolhido para a ilustração de seu comentário foi o que me interessou.
1. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) DROGAS: A MÍDIA ESTÁ DENTRO; com esse título o autor:
A) condena a mídia por sua participação na difusão do consumo de drogas;
B) mostra que a mídia se envolve, de algum modo, com o tema das drogas;
C) faz um jogo de palavras, denunciando o incentivo ao consumo de drogas pela mídia;
D) demonstra a utilidade da mídia em campanhas antidrogas;
E) indica que a mídia é bastante conhecedora do tema das drogas.
2. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''Há poucos dias...''; há verbos denominados impessoais (como o verbo haver, nesta frase) que permanecem com a forma equivalente à terceira pessoa do singular, não concordando com qualquer termo da frase. O item abaixo que apresenta um outro verbo empregado impessoalmente é:
A) A droga nunca traz bons resultados;
B) Choveu dinheiro na premiação da loteria;
C) Iniciei a campanha na semana passada;
D) O homem não deve ter medo de nada;
E) Nesta rua tem um bosque.
3. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários...''; se desenvolvermos a forma do gerúndio assistindo de forma adequada ao texto, teremos:
A) depois de assistir;
B) assim que assisti;
C) enquanto assistia;
D) logo que assisti;
E) porque assisti.
4. ''...assistindo a um desses debates universitários...''; a regência cuida do emprego correto das preposições após certos nomes ou verbos. A frase a seguir em que há erro de regência é:
A) O público acompanha a novela que gosta;
B) A publicidade lembra ao consumidor o que deve comprar;
C) As pessoas preferem TV a teatro;
D) Nem todos aspiram cocaína;
E) A publicidade nunca se esquece de seu dever.
5. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''Ele se saía muito bem tecendo considerações críticas sobre o provão,...''; o gerúndio tecendo mostra uma ação:
A) que antecede a do verbo da oração anterior;
B) posterior à do verbo da oração anterior;
C) que é a conseqüência da ação da oração anterior;
D) simultânea à do verbo da oração anterior;
E) que mostra oposição à ação da oração anterior.
6. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gente pensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça.''; o comentário correto sobre esse segmento do texto é:
A) os três quês do texto pertencem à idêntica classe gramatical;
B) a expressão a gente, por dar idéia de quantidade, deve levar o verbo para o plural;
C) a forma verbal vão deveria ser substituída pela forma vai;
D) a forma verbal vão dar transmite idéia de possibilidade;
E) a última oração do texto restringe o sentido do substantivo raciocínio.
7. ''Ouvi-o de um professor...''; o item abaixo em que houve um mau emprego do verbo com o pronome oblíquo é:
A) Os comentários, escutei-os de um professor;
B) As revistas, compramo-las no jornaleiro;
C) Ao professor, dei-o um conselho;
D) Os debates, assistiram-nos muitas pessoas;
E) Os resultados, discuti-os com a turma.
8. A expressão destacada que tem seu significado corretamente expresso é:
A) ''...que a gente pensa que não vão dar em nada.''- que não vão chegar a ser publicados;
B) ''...ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça.''-que me deixou com dor de cabeça;
C) ''...o debate era sobre o provão, mas isso não vem ao caso.''- tem pouca importância;
D) ''...um professor brilhante, é bom que se diga.'' - é importante destacar isso;
E) ''Ele se saía muito bem...''- ele desviava do assunto principal.
9. ''O que me interessou foi um comentário marginal...''; o vocábulo destacado significa:
A) subliminar;
B) maldoso;
C) anormal;
D) desprezível;
E) paralelo.
10. (INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS) ''O que me interessou foi um comentário marginal que ele fez - e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário.'' ; a forma menos adequada de reescrevermos o texto acima, respeitando-se o sentido original, é:
A) Interessou-me um comentário marginal que ele fez - e o exemplo escolhido para ilustrar seu comentário;
B) Interessaram-me não só um comentário marginal que ele fez, como também o exemplo que escolheu para a ilustração de seu comentário;
C) O que me interessou foram um comentário marginal (que ele fez) e o exemplo (que escolheu para ilustrar seu comentário);
D) Um comentário marginal que ele fez e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário foi o que me interessou;
E) Um comentário marginal feito por ele e o exemplo escolhido para a ilustração de seu comentário foi o que me interessou.
GABARITO
1 - C
2 - D
3 - C
4 - D
5 - B
6 - B
7 - D
8 - A
9 - A
10 - A
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário