Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome. Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembléia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos miados pelo telhado, fazendo sonetos à lua. — Acho – disse um deles - que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo. Palmas e bravos saudaram a luminosa idéia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse: — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino? Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembléia dissolveu-se no meio de geral consternação. Dizer é fácil - fazer é que são elas! LOBATO, Monteiro. in Livro das Virtudes – William J. Bennett – Rio de Janeiro: Na assembléia dos ratos, o projeto para atar um guizo ao pescoço do gato foi (A) aprovado com um voto contrário. (B) aprovado pela metade dos participantes. (C) negado por toda a assembléia. (D) negado pela maioria dos presentes. Nova Fronteira, 1995. p. 308. A assembléia dos ratos |
sábado, 16 de julho de 2011
A assembléia dos ratos
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