quarta-feira, 1 de novembro de 2017

BRASIL DE COR E CULTURA"

Secretaria de Educação Cultura e Desporto
Praça 29 de Dezembro nº 57
Modalidade  EJA

BRASIL DE COR E CULTURA"

Coordenadora :
Valdinere Alves dos Santos
                           Novembro  de 2017


CULTURA AFRO-BRASILEIRA : BRASIL DE COR E CULTURA"



Através das análises das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004 e partindo do cumprimento  Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, faz-se necessário amplia-se o debate sobre o tema que, em termos gerais e atualmente tem se tornado  relevante para se pensar em um modelo  de sociedade verdadeiramente justa e igualitária. Por esta questão, está incluído na proposta curricular de nossas escolas. Paralelo a esse currículo, os Parâmetros Curriculares Nacionais e todos os documentos cuja lei esta embasada contempla o Conteúdo de História da Cultura Afro-brasileira e africana como um tema interdisciplinarmente trabalhados nos conteúdos da Base Nacional Comum e Parte Diversificada. A escola precisa resgatar a nossa cultura os nossos valores e garantir as tradições das outras gerações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS :
*      Valorizar a pluralidade racial de nossa comunidade escolar; Combatendo  o racismo no âmbito escolar;
*      Promover a igualdade de oportunidades entre os diferentes grupos étnicos que compõem a comunidade escolar;
*      Desenvolver atividades que levem os alunos a uma reflexão e compreensão de mudança na maneira de ver e pensar sobre a raça e a cultura africana  e afrodescendentes.
*      Valorizar a cultura e os costumes trazidos da África e incorporados à cultura brasileira, bem como, os costumes dos indígenas brasileiros;







Sugestões 
http://valdinere123.blogspot.com.br/2013/05/musicas-para-cultura-afro-indigena.html




Atividade Cultura Afro-brasileira - Interpretação
Leia o texto e depois responda as questões interpretativas:

CULTURA AFRO-BRASILEIRA

O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura desse continente exerce grande influência, principalmente na região nordeste do Brasil. Hoje, a cultura afro-brasileira é resultado também das influências dos portugueses e indígenas, que se manifestam na música, religião e culinária. Devido à quantidade de escravos recebidos e também pela migração interna destes, os estados de Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados. No início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos, pois não faziam parte do universo cultural europeu e não representavam sua prosperidade. Eram vistas como retrato de uma cultura atrasada.

Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais e hoje fazem parte do calendário nacional com muitas influências no dia a dia de todos os brasileiros. Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. Para ajudar na criação das aulas e na abordagem pelos professores, Sinpro-SP preparou um site com várias dicas e material para estudo.

Música : A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvidas, o samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical do país e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou também diversos sub-gêneros e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o Carnaval. Mas os tambores de África trouxeram também outros cantos e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique. Sons e ritmos que percorrem e conquistam o Brasil de ponta a ponta.

Capoeira : Inicialmente desenvolvida para ser uma defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos. Os movimentos de luta foram adaptados às cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos capatazes. Durante décadas, a capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da prática aconteceu apenas na década de 1930, quando uma variação (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente Getúlio Vargas, em 1953, pelo Mestre Bimba. O presidente adorou e a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”.

Religião : A África é o continente com mais religiões diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais sendo praticados pelas tribos mais afastadas. Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão não tinha efeito prático e as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados nas florestas e quilombos. Na África, o culto tinha um caráter familiar e era exclusivo de uma linhagem, clã ou grupo de sacerdotes. Com a vinda ao Brasil e a separação das famílias, nações e etnias, essa estrutura se fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade e partilharam cultos e conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais de sua religião e cultura. As religiões afro-brasileiras constituem um fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé, a mais tradicional e africana dessas religiões, se originou no Nordeste. Nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros. Agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda originou-se no Rio de Janeiro, no início do século 20.

Culinária : Outra grande contribuição da cultura africana se mostra à mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são iguarias da cozinha brasileira e admirados em todo o mundo. Mas nenhuma receita se iguala em popularidade à feijoada. Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional. 




Atividades

1ª) Qual a região brasileira onde contém a maior população africana?
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2ª) Por ser o Brasil o país que contém a maior população africana fora da África, de que é o resultado da cultura afro-brasileira e como elas se manifestam?
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3ª) Por que no século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos?
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4ª) O que mudou na cultura brasileira a partir do século XX?
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5ª)Criada em 2003, o que a lei nº 10.639 exige? Em sua opinião que benefício essa lei contribuiu para todos os brasileiros?
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6ª) Qual a principal influência da música africana no Brasil? Como este estilo está atuando no Brasil hoje?
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7ª) Que tradição africana foi desenvolvida para ser uma defesa? E em que momento ela foi criada?
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8ª) Por qual presidente foi oficializada a capoeira no Brasil e em que ano? E que expressão ele pronunciou sobre ela?
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9ª) Que religião os escravos africanos quando chegavam no Brasil eram obrigados a seguir? No entanto, como eram as suas conversões?
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10ª) Como o culto dos africanos eram desenvolvidos aqui no Brasil?
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11ª) Localize no texto características da cultura afro-brasileira.
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12ª) Escreva algumas culinárias da cultura africana. Quais delas você ainda conhece ou já comeu?
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13ª) A feijoada também tem raízes da cultura africana, mas como foi a origem desta deliciosa refeição?
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14ª) Agora faça um relato sobre a cultura afro-brasileira.
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                         Atividade Cultura Afro-Brasileira

1ª) A cultura afro-brasileira é resultado de muitas influências também dos portugueses e indígenas.  O Brasil é fruto de uma miscigenação de raças e etnias, somos um resultado de muitas culturas e povos, daí a necessidade de respeitarmos todas as pessoas, independentemente de sua cor, religião ou raça. Em 2003 foi criada uma lei por número 10.639, ela exige que

(A) seja proibido o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas públicas.
(B) as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio insiram em seu currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.
(C) seja proibido qualquer atitude de agressão física ou verbal a um negro brasileiro.
(D) as escolas particulares, somente, insiram em seu currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.
2ª) Hoje o Brasil é o país que tem a maior população de origem africana fora da África, por isso a cultura desse continente exerce grande influência na população brasileira, mas principalmente na região
(A) do Centro Oeste.        
(B) do Nordeste.   (C) do Norte. (D) do Sudeste.

3ª) “Foi inicialmente desenvolvida (o) para ser uma defesa, ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos...” Neste trecho, descreve-se com clareza
(A) a Capoeira.  (B) o Karatê. (C) o Samba. (D) as comidas típicas dos escravos.

4ª) O estilo hoje é o cartão-postal musical do país e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou também diversos subgêneros e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o Carnaval. A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvida

(A) o Candomblé.(B) o Frevo.(C) a Quadrilha.(D) o Samba.

5ª)  Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir que religião? No entanto, como eram as conversões?
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6ª) No dia 20 de novembro comemora-se no Brasil o dia da consciência negra. O que marcou esta data no passado que a tornou tão importante para o nosso país hoje?
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Dia da Consciência Negra



Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Maiores informações podem ser consultadas no texto História do Quilombo de Palmares.
A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar Brasileira, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.
Com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, vários segmentos da sociedade, inclusive os movimentos sociais, como o Movimento Negro, obtiveram maior espaço no âmbito das discussões e decisões políticas. A lei de preconceito de raça ou cor (nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989) e leis como a de cotas raciais, no âmbito da educação superior, e, especificamente na área da educação básica, a lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira, são exemplos de legislações que preveem certa reparação aos danos sofridos pela população negra na história do Brasil.

A figura de Zumbi dos Palmares é especialmente reivindicada pelo movimento negro como símbolo de todas essas conquistas, tanto que a lei que instituiu o dia da Consciência Negra foi também fruto dessa reivindicação. O nome de Zumbi, inclusive, é sugerido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana como personalidade a ser abordada nas aulas de ensino básico como exemplo da luta dos negros no Brasil.

Essa sugestão orienta-se por uma das determinações da lei Nº 10.639, que diz no Art. 26-A, parágrafo 1º: “O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.”

A despeito da comemoração do Dia da Consciência Negra ser no dia da morte de Zumbi e do que essa figura histórica representa enquanto símbolo para movimentos sociais, como o Movimento Negro, há muita polêmica no âmbito acadêmico em torno da imagem de Zumbi e da própria história do Quilombo dos Palmares.

As primeiras obras que abordaram esse acontecimento histórico, como as de Edison Carneiro (O Quilombo dos Palmares, Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 3a ed., 1966), de Eduardo Fonseca Jr. (Zumbi dos PalmaresA História do Brasil que não foi Contada. Rio de Janeiro: Soc. Yorubana Teológica de Cultura Afro-Brasileira, 1988) e de Décio Freitas (Palmares, a guerra dos escravos. Porto Alegre: Movimento, 1973), abriram caminho para a compreensão da história da fundação, apogeu e queda do Quilombo dos Palmares, mas, em certa medida, deram espaço para o uso político da figura de Zumbi, o que, segundo outros historiadores que revisaram esse acontecimento, pode ter sido prejudicial para a veracidade dos fatos.






Zumbi dos Palmares


Zumbi dos Palmares foi o último dos líderes do Quilombo dos Palmares e também o de maior relevância histórica.

Era sobrinho do líder Ganga Zumba, o qual, por sua vez, era filho da princesa Aqualtune dos Jagas (ou imbangalas), um povo de tradições militares com ótimos guerreiros.

Zumbi ganhou respeito e admiração de seus compatriotas quilombolas devido suas habilidades como guerreiro, a qual lhe conferia coragem, liderança e conhecimentos de estratégia militar.
Apesar de ter lutado pela liberdade de culto e religião, bem como pelo fim daescravidão colonial no Brasil, este líder também ficou conhecido pela severidade despótica com que conduzia Palmares, onde, inclusive, havia um tipo mais brando de escravidão.
Apesar disso, não admitia a dominação dos brancos sobre os negros e, portanto, tornou-se o maior símbolo pela liberdade dos negros da história brasileira.
A palavra “Zumbi” ou “Zambi”, nome adotado pelo herói, é de origem 'quimbunda', e faz alusão à seres espirituais, como fantasmas, espectros e duendes.

Biografia

Nascido aproximadamente em 1655, no Quilombo de Palmares, Capitania de Pernambuco, região da serra da Barriga, (hoje, União dos Palmares, no estado brasileiro de Alagoas), Zumbi foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e entregue aos cuidados do Padre Antônio Melo, em Porto Calvo, quando ainda tinha cerca de seis anos.
Foi então batizado com o nome “Francisco” e recebeu uma educação acima da média, donde aprendera português e latim, além de receber os sacramentos para ser batizado na fé católica.

Aos 10 anos de idade, já era fluente em português e latim e, aos 15, fugiu e voltou para o Quilombo de Palmares.
Alguns anos depois, em 1675, Zumbi ganha notoriedade ao defender o quilombo do ataque das tropas portuguesas, numa batalha sangrenta onde demonstrou suas habilidades de guerreiro jaga.
Com 25 anos de idade, Zumbi desafia seu tio e, em 1680, assume o lugar de Ganga-Zumba como líder de Palmares (segundo estudiosos, Ganga Zumba teria sido assassinado).
Sua postura diante do governo colonial é de desafio e enfrentamento, levando o governo colonial a contratar os serviços do bandeirante Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo.
Em 1694, eles lideram o ataque que irá destruir a 'Cerca do Macaco', capital de Palmares, destruindo-a completamente e ferindo seu líder, Zumbi, o qual consegue fugir.

Em 1695, no dia 20 de Novembro, Zumbi é delatado por um de seus capitães (Antônio Soares) e, aos 40 anos de idade, é morto pelo capitão Furtado de Mendonça.
Sua cabeça foi cortada, salgada e levada com o pênis dentro da boca, ao governador Melo e Castro, o qual irá expô-la em praça pública de modo a acabar com o mito da imortalidade de Zumbi dos Palmares.


QUILOMBO DOS PALMARES

História e características

O Quilombo dos Palmares foi um dos mais importantes quilombos do Período Colonial da História do Brasil. Ele surgiu e se desenvolveu na antiga capitania de Pernambuco, na região da Serra da Barriga.
O auge do Quilombo dos Palmares foi a segunda metade do século XVII, embora tenha surgido no final do século XVI.
Era constituído por quilombolas (escravos fugitivos das fazendas que viviam nos quilombos) que tinham sido escravos em fazendas das capitanias da Bahia e Pernambuco.
Tornou-se símbolo da resistência negra à escravidão.


Organização

O Quilombo dos Palmares era composto por vários mocambos (núcleos de povoamento). Os principais foram: Subupira, Macaco e Zumbi. De acordo com historiadores, o Quilombo de Palmares atingiu de 15 a 20 mil quilombolas na segunda metade do século XVII.

Economia

Os quilombolas de Palmares viviam basicamente da agricultura de subsistência, da pesca e caça. Plantavam milho, banana, feijão, mandioca, laranja e cana-de-açúcar. Faziam também artesanato com cerâmica, tecido palha e até metais.

Organização política e lideranças

Alguns historiadores acreditam que o Quilombo dos Palmares tinha uma organização política semelhantes aos reinos africanos, ou seja, poder centralizado nas mãos de um líder. Ganga Zumba e Zumbi foram os líderes mais conhecidos deste quilombo.

Repressão

Considerando uma ameaça a organização política e social da colônia, o governo colonial organizou várias expedições para reprimir e dominar o Quilombo de Palmares.O quilombo foi dominado somente em 1695, após a investida militar do bandeirante Domingos Jorge Velho. Em 20 de novembro, Zumbi foi emboscado e morto.


 ÁFRICA

Considerada o berço da humanidade – teses indicam que o gênero homo tenha surgido no continente africano há mais de 2 milhões de anos – a África em sua história recente vive inúmeros conflitos políticos e uma grave crise social e econômica.

O continente africano possui uma das maiores diversidades culturais do planeta. Na chamada África Branca, ao norte, predominam os povos caucasóides e semitas e na chamada África Negra, ao sul do Deserto do Saara, encontram-se os povos pigmeus, bosquímanos, hotentotes, sudaneses e os bantos. Esta diversidade por sua vez, se reflete nas mais de mil línguas diferentes que existem no continente africano, sem contar os inúmeros dialetos.

Em algumas regiões inclusive, fala-se o português com algumas influências locais, como Moçambique e Angola.

O terceiro maior continente da terra, situado entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, possui baixa densidade demográfica como conseqüência das características de seu território.

Com uma extensão de cerca de 30 milhões de km² e mais de 800 milhões de habitantes em 54 países, a África é freqüentemente dividida em cinco regiões de acordo com características geográficas e demográficas: a África Oriental, África Ocidental, África Setentrional, África Central e África Meridional.


Ao norte o continente é delimitado pelo Mar Mediterrâneo, na costa ocidental encontra-se o Oceano Atlântico, na costa oriental o Oceano Índico e o Istmo de Suez que a liga com a Ásia e, ao sul com os Oceanos Atlântico e Índico sendo cercada pelas ilhas de Madagascar, Reunião, Maurício, Cabo Verde, Seychelles, Canárias e Madeira.

Em torno de 20 países do continente africano a população sofre de subnutrição crônica. Com um PIB (Produto Interno Bruto) de 1% do total mundial, é na África Subsaariana onde se encontram os países considerados os mais pobres do mundo e os maiores índices de desnutrição e propagação de epidemias
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Característica que se ameniza em regiões como a África do Sul e ao norte na Líbia, ArgéliaNigéria. O que acentua ainda mais as discrepâncias do continente.

O clima é equatorial ou tropical na maior parte do país, exceto no extremo norte e extremo sul onde é temperado. O deserto do Saara, ao norte, é uma das regiões mais áridas do planeta e ocupa um terço do território africano.
Em contraste, na bacia do Rio Nilo (o maior do mundo, em extensão) se encontram as regiões mais férteis do planeta, onde surgiu a civilização egípcia (Egito Antigo). O Kilimanjaro é o ponto mais alto da África com 5.895m.

A vegetação africana constitui-se basicamente de savanas e florestas equatoriais onde se encontra uma grande variedade faunística. Nas savanas encontram-se os leões, girafas, leopardos e hienas, entre outros animais. E nas florestas equatoriais encontram-se principalmente símios, aves, anfíbios e répteis. A principal ameaça para esses ecossistemas já foi a caça predatória praticada pelos colonizadores, principalmente nas savanas. Mas, atualmente o maior problema encontrado é o processo de desertificação provocado pelo desmatamento nas florestas equatoriais. Nas savanas esse processo é ainda mais grave por causa das condições climáticas propícias ao processo de desertificação, como baixa densidade pluviométrica e solo frágil.

Sugestões de atividades
·         Trabalhar a cultura a cultura afro-brasileira para despertando a consciência de valorização desta importante contribuição para a formação do povo brasileiro;
·          Promover conscientização dos alunos a respeito da desigualdade racial, principalmente na educação;
·         Realizar pesquisa sobre o número de negros na escola;
·         Realizar uma Semana da Consciência Negra na escola como forma de reconhecimento da importância da cultura e do povo africano na formação da cultura e identidade nacional.
·         Palestras, apresentação  de filmes e vídeos sobre o tema, seguido de debate, podendo escolher dentre os que a turma assistiu em sala de aula ou outros pesquisados pelos alunos e professores: ex.:a saúde da população negra na escola; debate com profissionais sobre o sistema de cotas para negros na escola, juventude negra etc;

Músicas para refletir o Dia da Consciência Negra.
·         Racionais MCs: “Negro Drama” (2002)
·         Jorge Ben: “Zumbi” (1974)
·         Milton Nascimento: “Raça” (1976)
·         Tim Maia: “Rodésia” (1976)
·         Clara Nunes: “Canto das Três Raças” (1976)
·         Clementina de Jesus: “Assim Não, Zambi” (1979)
·         Dona Ivone Lara: “Sorriso Negro” (1981)
·         Itamar Assumpção: “Pretobrás” (1998)
·         Rincon Sapiência: “Neguin di Kebra parte 2” (2014)



REFERÊNCIAS





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