INFLUÊNCIA AFRICANA NA COMIDA
BRASILEIRA
Você
sabia que os negros africanos deram uma importante contribuição para a
culinária brasileira? Eles introduziram ingredientes diferentes como leite de
coco, o azeite de dendê e a pimenta malagueta.Com eles descobrimos o feijão
preto, aprendemos a fazer acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, angu e muito mais!
Os
portugueses traziam da Europa os ingredientes para fazerem suas comidas. A
comida reservada para os escravos era pouca. Eles se alimentavam dos restos que
sobravam dos senhores. Mas, com criatividade, faziam comidas gostosas. Enquanto
as melhores carnes iam para a mesa dos senhores, os escravos ficavam com as
sobras. Pés, orelhas, carne seca, rabos, costelinhas e outras partes do porco,
misturadas ao feijão preto, deram origem à nossa tradicional feijoada. A
culinária africana para a nossa cultura é tão importante que o acarajé virou
patrimônio nacional. Nossa, quanta coisa gostosa!
Abará
: Bolinho de origem
afro-brasileira feito com massa de feijão-fradinho temperada com pimenta, sal,
cebola e azeite-de-dendê, algumas vezes com camarão seco, inteiro ou moído e
misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água.
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Acaçá : Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de milho macerado em água fria e depois moído, cozido e envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira.
Acaçá : Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de milho macerado em água fria e depois moído, cozido e envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira.
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Ado : Doce de origem afro-brasileira
feito de milho torrado e moído, misturado com azeite-de-dendê e mel.
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Aluá : Bebida refrigerante feita de
milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com açúcar ou rapadura,
usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem
africana.
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Quibebe Prato típico do Nordeste, de
origem africana, feito de carne-de-sol ou com charque, refogado e cozido com
abóbora.
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Acarajé Bolo de feijão temperado e moído com camarão seco, sal e cebola,
frito com azeite de dendê.
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Mungunzá Feito de milho em grão e servido doce (com leite de coco) ou
salgado com leite.
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Vatapá Papa de farinha-de-mandioca com azeite de dendê e pimenta, servida
com peixe e frutos do mar.
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Caruru É um cozido de quiabos ou carurus. Costuma ser servido
acompanhado de acarajé ou abará, de pedaços de carne, frango ou peixe, de
camarões secos, de azeite de dendê e de pimenta.
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Angu O nome angu vem da palavra àgun
do idioma africano fon da África Ocidental, onde a palavra se referia a uma
papa de inhame sem tempero. No entanto, desde 1498 os portugueses começaram a
propagar o milho pela costa africana, começando na bacia do Congo. A palavra
angu passou a ser usada no Brasil para papas feitas com farinha de mandioca ou
de milho, as quais eram acompanhadas por miúdos de carne de vaca ou de
porco.
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Azeite de dendê O azeite de dendê é um óleo popular nas culinárias africana e
brasileira. É produzido a partir do fruto da palmeira conhecida como
dendezeiro, originária do oeste da África.
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Leite de coco : O leite de coco é um produto obtido a partir da trituração e
prensagem das amêndoas ou polpa do coco maduro, não devendo ser confundido com
água de coco.
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Palavras de origem africana no
português brasileiro – Sugestões de atividades
Vamos viajar para a África que existe
em nós? São 8 os países que falam a Língua Portuguesa como sua língua oficial:
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste. Isso significa que além de Portugal,
Brasil e Timor-Leste, cinco países da África falam o português. No entanto,
nesses países africanos também se fala a língua local, os vários troncos
linguísticos que compõe a herança cultural desses povos milenares.
É errado, portanto, acreditar que a
partir da colonização desses países da África pelos portugueses, os africanos
tenham deixado de se comunicar em suas línguas maternas (nagô, iorubá,
quicongo, umbundo e quimbundo).
Conta-se que durante o tráfico de
escravos negros para o Brasil, um dos cuidados que os colonizadores tinham era
o de não transportar muitos negros que fossem da mesma etnia, ou seja, que não
falassem a mesma língua, pois acreditavam que assim eles não conseguiriam se
comunicar e, portanto, não conseguiriam se rebelar contra a condição de
escravidão.
Chegando em terras do Brasil e por aqui
ficando, a influência nos quase quatro séculos de escravidão (e cerca de cinco
milhões de africanos) fez com que houvesse o inverso do que desejava o
colonizador: os negros africanos agregaram palavras, expressões e sua cultura
como um todo aos povos que aqui viviam: os índios e os europeus.
O resultado dessa contribuição rica dos
negros para a cultura brasileira foi um vasto vocabulário de palavras
originárias da África.
Por isso, temos todos os motivos para
nos orgulhar dessa maravilhosa contribuição, de riqueza cultural e sabedoria
milenar trazida pelos africanos que se tornaram parte relevante da formação do
que é hoje a nação Brasil.
Palavras de origem africana
Abadá: Túnica folgada e comprida.
Atualmente, no Brasil, é o nome dado a uma camisa ou camiseta usada pelos
integrantes de blocos e trios elétricos carnavalescos.
Abará: Quitute
semelhante ao acarajé. A massa feita de feijão fradinho e os temperos são os
mesmos. Os bolinhos envoltos em folhas de bananeira são cozidos em banho-maria.
Acarajé: Bolinho de
feijão frito no dendê e servido com camarões secos.
Afoxé: Dança,
semelhante a um cortejo real, que desfila durante o carnaval e em cerimônias
religiosas.
Agogô: Instrumento
musical formado por a duas campânulas ocas de ferro.
Aluá: Bebida feita de milho, arroz
cozido ou com cascas de abacaxi.
Angola: Nome dado a
uma das mais conhecidas modalidades do jogo de capoeira. E, também, a um dos
cinco países africanos de língua portuguesa.
Angu: Massa de farinha de milho ou
mandioca.
Azoeira: Barulhada.
Zoeira.
Axé: Saudação. Força vital e
espiritual.
Babá: Origem controvertida. Para alguns
estudiosos, é originária do quimbundo; para outros, é do idioma iorubá.
Pai-de-santo. Ama-seca.
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Bagunça: Baderna.
Balangandãs: Enfeites,
originalmente de prata ou de ouro, usados em dias de festa.
Bambambã ou bamba: Maioral, bom em
quase tudo que faz.
Bamberê: Cantiga de
ninar entoada por negras velhas da Região Amazônica.
Banguela: Desdentado.
Os escravos trazidos do porto de Benguela, em Angola, costumavam limar ou
arrancar os dentes superiores.
Bantos: Povos
trazidos do sul da África, principalmente de Angola e Moçambique, que
espalharam sua cultura, idiomas e modos.
Banzé: Confusão.
Banzo: Tristeza
fatal que abatia os escravizados com saudades de sua terra natal.
Baobá: Árvore de
tronco enorme, reverenciada por seus poderes mágicos.
Batuque: Dança com
sapateado e palmas, com som de instrumentos de percussão. É uma variante das
rodas de capoeira, praticada pelos negros trazidos de Angola para o interior da
Bahia. No sul do Brasil, é sinônimo de rituais religiosos e, no interior do
Pará, é uma espécie de samba.
Berimbau: Instrumento
musical, composto de um arco de madeira com uma corda de arame vibrada por uma
vareta, tendo uma cabaça oca como caixa de ressonância.
Bitelo: Grande.
Tamanho exagerado.
Bobó: Um tipo de purê feito de aipim ou
inhame.
Borocoxô: Molenga.
Bunda: Nádegas, na
língua falada pelos bundos de Angola.
Búzios: Conchas
marinhas usadas antigamente na África como moedas e, em nossos dias, em
cerimônias religiosas e em jogos de previsão.
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Caçamba: Balde para
tirar água de um poço.
Cachaça: Bebida
alcoólica.
Cachimbo: Tubo de
fumar, com um lugar escavado na ponta para se colocar o tabaco.
Cacimba: Poço para se
extrair água.
Caçula: O mais novo.
Cacunda: Corcunda.
Corcova. Costas.
Cafofo: Lugar que
serve para guardar objetos usados.
Cafuá: Esconderijo.
Casebre.
Cafundó: Lugar
distante e isolado.
Cafuné: Coçar a cabeça de
alguém.
Cafuzo: Mestiço de
negro e índio.
Calango: Lagarto.
Dança afro-brasileira.
Calombo: Inchaço.
Calunga: O mar ou, então,
a boneca carregada pelas Damas do Paço nos desfiles de reis e rainhas dos
Maracatus de Nação em Pernambuco. Símbolo da realeza e do poder dos ancestrais.
Camundongo: Rato
pequenino.
Candomblé: Casas ou
terreiros de diferentes nações - Angola, Congo, Jeje, Nagô, Ketu e Ijexá - onde
são praticados os rituais trazidos da África.
Canga: Tecido com
que se envolve o corpo. Peça de madeira colocada no lombo dos animais.
Canjica: Papa de
milho.
Capanga: Guarda-costas.
Bolsa pequena que se leva a tiracolo.
Capenga: Manco.
Capoeira: Jogo de
corpo, agilidade e arte, que usa técnicas de ataque e de defesa com os pés e as
mãos.
Carimbo: Marca, sinal.
Caruru: Iguaria da
culinária afro-brasileira, feita com folhas, quiabos e camarões secos.
Catimba: Manha.
Astúcia.
Catinga: Mau cheiro.
Catita: Pequeno,
baixo, miúdo. Nome dado no Nordeste a um ratinho novo.
Catupé: Cortejo
afro-mineiro. As fardas de seus integrantes são enfeitadas de fitas, e dançam e
cantam acompanhados por instrumentos de percussão.
Caxambu: Dança e nome
de um tambor grande.
Caxangá: Jogo praticado em
círculo.
Caxixi: Chocalho pequeno
feito de palha.
Caxumba: Inflamação
das glândulas salivares.
Cazumbá: Negro velho,
personagem do Boi-Bumbá paraense.
Cazumbi: Alma penada.
Chilique: Desmaiar.
"Ter um troço".
Cochilar: Sono leve.
Congadas ou congos: Danças
dramáticas com enredo e personagens característicos.
Coque: Bater na
cabeça com o nó dos dedos.
Cubata: Palhoça.
Cuíca: Instrumento
musical que emite um ronco peculiar.
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Dendê: Fruto de uma
palmeira.
Dengoso: Manhoso.
Chorão.
Diamba: Um tipo de
erva alucinógena.
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Ebó: Oferenda feita aos orixás para se
resolver os mais diferentes desejos e problemas.
Eparrei: Saudação a
Iansã.
Erê: Divindade ligada à infância.
Criança, em iorubá.
Exu: Divindade que é considerada o
intermediário entre o Céu e a Terra. Aquele que está em todos os lugares.
Donodas encruzilhadas. Representa a ambivalência humana, os comportamentos e
desejos contraditórios.
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Farofa: Mistura de
farinha com água, azeite ou gordura.
Fubá: Farinha de milho.
Fulo: Irritado. Zangado.
Fungar: Assoar o
nariz, fuçar.
Fuxico: Falar mal dos
outros. Artesanato popular feito com pedaços de panos.
Fuzuê: Confusão.
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Galalau: Pessoa muito
alta.
Ganga Zumba: Título dado
aos chefes guerreiros. Um dos mais famosos líderes da confederação de Quilombo
dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas.
Ganzá: Chocalho.
Garapa: Caldo de
cana.
Ginga: Movimento
corporal na capoeira, na dança e no futebol.
Gonguê: Instrumento
musical semelhante ao agogô.
Gogó: Pomo-de-adão.
Gororoba: Comida
malfeita.
Grigri: Amuleto que
protege o seu possuidor.
Guimba: Resto ou
ponta do cigarro.
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Hã: Interjeição de surpresa ou de
admiração entre os iorubás.
Hauçá: Nome de um
dos povos africanos. A culinária baiana conserva o termo arroz-de-hauçá.
Hum-hum: Interjeição
de lamento ou de aborrecimento em Angola.
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Ialorixá: Mãe-de-santo. Sacerdotisa.
Ialorixá: Mãe-de-santo. Sacerdotisa.
Iansã: Senhora dos
ventos, do ar e das tempestades.
Ibejis: Divindades da
alegria e da pureza. Em setembro, seus devotos oferecem comida, doces e
presentes às crianças.
Iemanjá: A grande mãe,
poderosa rainha das águas.
Ifá: Divindade da adivinhação.
Ilê: Casa, moradia.
Ilê-Aiyê: Bloco afro de
Salvador, na Bahia, que realiza um trabalho de valorização e de afirmação da
identidade dos negros.
Inhaca: Azar. Mau
cheiro.
Inhame: Raiz
alimentícia e medicinal.
Iorubás ou nagôs: Povos sudaneses
da África Ocidental, que se estabeleceram principalmente nos engenhos e
lavouras da Bahia.
Iroco: Orixá e nome
de uma árvore sagrada na África, habitada por entidades sobrenaturais e
brincalhonas. No Brasil, o seu papel é exercido pela gameleira-branca.
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Jabaculê: Gorjeta.
Jagunço: Guerreiro.
Capanga.
Janaína: Um dos nomes de
Iemanjá.
Jegue: Jumento.
Jiló: Fruto do jiloeiro.
Jongo: Dança de
umbigada na qual homens e mulheres sapateiam, alternadamente, ao centro de uma
roda, provocando-se um ao outro, ao ritmo dos tambores e de cantos de desafio.
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Lamba: Desgraça. Trabalho pesado.
Lamba: Desgraça. Trabalho pesado.
Lambada: Chicotada.
Lelê: Comida feita com milho ou fubá.
Lelé: Maluco.
Lengalenga: Conversa
fiada.
Libambo: Corrente de
ferro que prendia o pescoço, as mãos ou os pés dos escravizados.
Lundu: Dança e música afro-brasileira.
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Macaco: Símio de
tamanho pequeno.
Maculelê: Dança executada com
bastões de madeira, que se batem uns com os outros.
Macumba: Termo
geralmente dado aos cultos afro-brasileiros.
Mafuá: Lugar
desorganizado.
Mambembe: Teatro
itinerante.
Mamona: Planta. O
talo é usado para fazer bolinhas de sabão em brincadeiras infantis.
Mandinga: Feitiço. Povo
temido por seus conhecimentos de magia. Muitos eram islamizados e portavam ao
pescoço talismãs com trechos do Alcorão.
Maracatu: Dança
afro-brasileira. Em Recife, os denominados maracatus de nação representam
embaixadas africanas com todo um séquito real. Os passos são marcados
tradicionalmente por instrumentos de percussão.
Maracutaia: Trapaça.
Marimba: Instrumento
musical, xilofone.
Marimbondo: Vespa.
Massapé: Terra escura,
argilosa, própria para a cultura da cana-de-açúcar.
Maxixe: Fruto de uma
planta utilizada na culinária brasileira e nome de dança de salão.
Miçanga: Contas de
vidro.
Minhoca: Verme que
vive sob a terra e serve de isca para pescar.
Moçambique: Nome de um
folguedo popular praticado no Brasil e de um país africano de língua
portuguesa.
Mochila: Bolsa
carregada a tiracolo.
Mocotó: Pata de boi e
também nome de um prato da culinária afro-brasileira.
Mojubá: Uma das
formas de saudar os orixás.
Molambo: Pedaço de
pano velho. Farrapo.
Moleque: Menino de
pouca idade. Travesso. Bagunceiro.
Moqueca: Prato da
culinária afro-brasileira, em geral de peixe ou de frutos do mar.
Moringa: Pote de
barro.
Muamba: Cesto para
carregar mercadorias. Contrabando.
Mucamas: Negras
escravizadas, selecionadas para trabalhar nas casas grandes e cuidar dos filhos
do senhor.
Mungunzá: Comida feita
de grãos de milho cozido, com leite de coco, semelhante à canjica-doce. Nos
velhos tempos, era apregoada nas ruas pelos escravos de ganho.
Muvuca: Confusão.
Esconderijo.
Muxiba: Pelanca. Coisa
ruim ou feia.
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Nanã: Divindade da vida e da morte.
Negreiros ou tumbeiros: Navios que
traziam os escravizados amontoados e acorrentados em porões.
Nenê ou neném: Criança de
colo.
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Odara: Bom. Bonito.
Ogum: Divindade do ferro e senhor da
guerra.
Omolu: Divindade da
cura e das doenças.
Ori: Cabeça humana, sede do saber e do
espírito, na tradição dos orixás.
Orixás: Divindades
ligadas aos elementos e às forças da natureza.
Oxalá ou Obatalá: Divindade da
criação, pai de todos os orixás.
Oxóssi: Divindade da
caça.
Oxum: Divindade vaidosa e faceira dos
rios, fontes e cachoeiras.
Oxumaré: Divindade do
saber, o arco-íris ou serpente encarregada de transportar água para as nuvens.
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Patota: Turma. Grupo.
Patota: Turma. Grupo.
Peji: Altar.
Pirão: Papa grossa
de farinha de mandioca.
Puíta: Tambor
vibrador, semelhante à cuíca brasileira.
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Quenga: Guisado de quiabo com galinha. Mulher prostituída.
Quenga: Guisado de quiabo com galinha. Mulher prostituída.
Quengo: Cabeça.
Quequerequê: O canto do
galo, cocoricar.
Quiabo: Planta. Fruto
do quiabeiro.
Quibebe: Comida feita
com abóbora.
Quibungo: Bicho-papão,
monstro com um buraco no meio das costas, que se abre quando ele se abaixa para
comer as crianças que encontra no meio do caminho.
Quilombos: Comunidades
organizadas por negros escravizados que se rebelavam contra o cativeiro.
Quilombola: Habitante de
Quilombos.
Quimbanda: Curandeiro e
adivinho.
Quimbundo: Um dos
idiomas falados em Angola.
Quindim: Doce feito de
gema de ovo, coco e açúcar.
Quitanda: Venda.
Quitute: Comida
gostosa.
Quizomba: Dança, festa,
alegria. Tema de um enredo da Escola de Samba de Vila Isabel em 1988.
Ranzinza: Rabugento.
Teimoso.
Reco-reco: Instrumento
de percussão no qual o músico esfrega com uma vareta as aberturas feitas em um
gomo de bambu ou numa peça de madeira.
Ritumba: Tambor. No
Pará, há uma dança de São Benedito chamada retumbão.
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Sacana: Patife.
Sem-vergonha.
Samba: Do
"semba", dança de umbigada ou de peitada praticada em algumas regiões
da África. Considera-se que o primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo
Telefone, de Ernesto dos Santos (Donga) e Mauro de Almeida, em 1916.
Saravá: Saudação.
Senzala: Moradias
apertadas, sem janelas, onde os escravizados dormiam trancados.
Sunga: Calção.
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Tanga: Roupa.
Tantã: Tambor.
Tipóia: Rede usada
como transporte. Tecido para descansar o braço ou a mão.
Titica: Excremento de
aves.
Tribufu: Feioso ou
feiosa.
Tunda: Dar uma surra
em alguém.
Tutu: Feijão cozido e refogado,
reforçado com farinha. Bicho-papão, nos contos populares.
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Umbanda: Sistema de
práticas divinatórias afro-brasileiras com elementos do espiritismo e do
catolicismo.
Ungui: Tutu de
feijão, em Minas Gerais.
Urucubaca: Azar, má
sorte.
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Vatapá: Um tipo de
pirão da culinária afro-brasileira, à base de peixes e camarões.
Vissungos: Canções de
trabalho outrora ouvidas nos serviços de mineração e, hoje em dia, em algumas
comunidades remanescentes de quilombos no interior de Minas Gerais.
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Xangô: Divindade dos
raios, dos trovões e da justiça. Tem como símbolo um machado de dois gumes.
Xilofone: Instrumento
musical de teclas de madeira. Marimba.
Xingar: Ofender.
Xinxim: Guisado de
galinha, com azeite-de-dendê, que ainda leva camarões secos, amendoins e
castanhas de caju moídos.
Xodó: Amor.
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Z
Zabumba: Bombo.
Tambor.
Zambi: Divindade
suprema dos povos bantos.
Zanga: Pirraça.
Antipatia.
Ziquizira: Doença.
Mal-estar.
Zonzo: Estonteado.
Zumbi: Espírito que
vagueia entre as sombras. Último líder do Quilombo dos Palmares. No dia 20 de
novembro, data de sua morte, comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra.
Texto
POR
QUE O ÍNDICE DE NEGROS EM CARGOS POLÍTICOS É BAIXO?
Escrito
por Inara Chagas/Portal Politize!
Sendo o segundo maior país do mundo com
população negra (atrás apenas da Nigéria), o Brasil é um território que possui
grande diversidade cultural, étnica e social. Porém, esta mesma diversidade não
aparece em alguns lugares, como, por exemplo, na política. Como está o índice
de negros em cargos políticos no Brasil? Continue a leitura que nós te
mostramos!
EXISTE DIVERSIDADE RACIAL NAS
CANDIDATURAS?
Um estudo feito em 2017 pelo cientista
social formado pela Universidade de São Paulo (USP), Osmar Teixeira Gaspar,
retrata a situação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e
da Câmara Municipal de São Paulo em relação à representatividade negra em
cargos políticos.
De acordo com o pesquisador, os
candidatos negros que se elegem possuem grandes dificuldades para seguir em
frente com a campanha, devido a maioria possuir escolaridade incompleta e pouca
estrutura financeira. Além disso, a ausência de representantes políticos negros
acaba por se naturalizar. Políticas públicas são votadas e atingem
significativamente uma minoria sem ao menos que um representante da mesma
esteja presente. Este tipo de estudo revela a desigualdade social presente no
país, mesmo sendo em esferas de alto poder.
Analisando os dados do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) sobre as eleições de 2016, a quantidade de candidatos
negros eleitos segue inferior à quantidade de candidatos brancos. São 29,11%
dos prefeitos autodeclarados negros e 70,29% dos candidatos brancos. O mesmo
ocorre para o cargo de vereador: 42,07% negros e 57,13% brancos. A diferença
também é notada quando fazemos o recorte para mulheres negras, mas este é um
outro assunto, que requer abordagem mais profunda.
POSSÍVEIS RAZÕES PARA
POUCOS POLÍTICOS NEGROS
Já compreendemos que a desigualdade
racial existe no setor político. Mas, por que isso acontece? Em primeiro lugar,
é importante a compreensão do significado do termo. Desigualdade significa a
falta de equilíbrio entre as partes, então, a desigualdade racial seria esta
diferença voltada aos grupos étnicos. No vídeo abaixo, do canal Super Interessante,
é mostrado o cenário atual de desigualdade racial no Brasil, mencionando,
inclusive, a representatividade dos negros em cargos políticos:
Políticas de equidade racial
No Brasil, não existe nenhum tipo de
cota mínima obrigatória para partidos candidatarem políticos negros, diferente
do percentual para gênero. A Lei das Eleições estabelece que os partidos
preencham, no mínimo, 30%, e, no máximo, 70% das candidaturas para cada gênero
Histórico do negro
no Brasil
Apesar do enfoque ser na baixa
quantidade de negros em cargos políticos, este acaba não sendo o único lugar em
que o índice é apontado. As diferenças em vários setores são resultado de
séculos de preconceito, racismo e discriminação no Brasil. Após anos da
abolição da escravatura, implementação de políticas públicas voltadas à
inclusão deste grupo étnico e afins, as desigualdades raciais no Brasil ainda
existem. Ainda há muito o que fazer para atingir a equidade de raças/cores. O
cenário de parte significativa dos negros nos dias de hoje continua sendo
reflexo desse histórico. Baixa escolaridade pode gerar menores oportunidades de
emprego, que, como resultado, contribuem para uma renda baixa.
Consequentemente, tudo isso reverbera no que foi citado neste tópico: campanhas
sem orçamento suficiente, falta de apoio dos partidos e tudo que já vimos.
EXEMPLOS DE NEGROS
EM CARGOS POLÍTICOS NO BRASIL
Não é porque estamos discutindo o baixo
índice de políticos negros que quer dizer que não exista nenhum, certo? São
notórios os personagens que contribuíram e/ou contribuem para causas de grande
valor para o nosso país. Alguns exemplos são:
Nilo Peçanha (1867-1924): Considerado o
primeiro presidente da república negro, também foi deputado, governador e
vice-presidente. Uma de suas medidas foi a criação da Escola de Aprendizes
Artífices e seu lema de governo era “Paz e Amor”.
Antonieta de Barros (1901-1952): Jornalista e
primeira parlamentar negra no Brasil, fundou o Curso Particular Antonieta de
Barros, com o objetivo de proporcionar uma educação digna para a população
carente.
Marielle Franco (1979-2018): Além de
socióloga e vereadora do Rio de Janeiro, Marielle defendia, entre outros
ideais, uma maior participação feminina na política. Chegou a presidir a
Comissão de Defesa da Mulher. Seu assassinato repercutiu internacionalmente e
motivou manifestações
Joaquim Barbosa (1954 – até os dias de
hoje): Advogado,
já foi ministro e primeiro presidente negro do Supremo Tribunal Federal (STF),
além de vice-presidente do TSE. Também já foi membro do Ministério Público
Federal (MPF).
Leci Brandão (1944 – até os dias de
hoje): Além
de cantora, compositora e atriz, Leci Brandão é deputada estadual pelo estado
de São Paulo. Foi Conselheira da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção
da Igualdade Racial e também membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
por quatro anos, além de lutar pelos direitos das minorias e ao respeito às
religiões de matriz africana.
COMO MUDAR ESTE BAIXO ÍNDICE DE
NEGROS EM CARGOS POLÍTICOS?
Antes de buscarmos uma solução, de
fato, para a desigualdade racial entre os políticos no Brasil, vale ressaltar
alguns pontos. Como dito antes, ela surge por uma série de outros fatores, a
raiz está mais no fundo. Não basta apenas uma atitude para que tudo se resolva,
ou esperar que as coisas mudem de repente. O senador Paulo Paim é o autor do
Estatuto da Igualdade Racial, instituído em 2010. Ele possui o objetivo de
estabelecer políticas visando a diminuição da desigualdade racial. De acordo
com o senador, na lei havia um artigo de cotas para negros em cargos políticos.
Contudo, o mesmo foi deixado de lado, porque acreditavam que, se permanecesse,
o Estatuto não seria votado.
Sobretudo, uma solução interessante é
um conjunto de políticas públicas voltadas para a igualdade social no Brasil.
Isto tanto no setor comercial (sanar as diferenças salariais) como cultural
(intolerância), educacional (acesso à educação de qualidade) e afins. Ainda
assim, é importante salientar que o racismo no Brasil existe. Não podemos nos
acomodar com este tipo de preconceito ou simplesmente ignorá-lo.
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